O mistério do amor

...loucuras...amor...

acho que já não sei o que isso é...

Estou pronta para voltar a fazer loucuras por amor!

A melhor forma de amor que posso ter para com alguém é manter-me afastado dessa pessoa...


Ai, um dia que já esteja noutra situação...
Quero ficar sozinho sempre e não magoar mais ninguem, ninguem, ninguem...

PedroM escreveu:

A melhor forma de amor que posso ter para com alguém é manter-me afastado dessa pessoa...
Ai, um dia que já esteja noutra situação...
Quero ficar sozinho sempre e não magoar mais ninguem, ninguem, ninguem...

Já desejei tanto, tanto desaparecer da vida dos que amo para não os magoar... E é tão mau sentir isso Pedro.

Sei o que é, acredita, querer desaparecer até da vida dos meus filhos, que amo mais do que tudo.
Um abraço

Já me devem estar a achar insuportável e egoísta com tanta lamentação.....


Desculpem-me...

Pedro,

Aquilo que estás a fazer poderá ser visto como uma falsa questão... Passo a explicar...Vou usar palavras um pouco duras...Penso que não te preocupas verdadeiramente com a tua mulher mas tentas proteger-te atrás dessa atitude para assim não enfrentares mais uma situação dolorosa. Nem ela pode crescer, nem tu. Tu colocas-te na grelha de partida quando verdadeiramente não estás. Tens de ser acima de tudo honesto contigo mesmo e EGOISTA. É verdade, há momentos da nossa vida que temos de pensar em nós próprios para assim conseguirmos fazer alguma coisa pelos outros. Em relação ao teu testemunho de vida e pelo que li, poderás não necessitar de um psiquiatra com uma medicação pesada (determinada medicação não nos permite ver claramente o caminho) mas talvez um psicólogo, um coaching emocional que te ajude a redefinir rotas de vida. A partir daí, terás adquirido a tua bússola e conseguirás orientar-te novamente sózinho.
És um rapaz com uma aparência cativante... Tens de ir buscar ao baú os valores e principios de vida que para ti são importantes.
Contraria algumas das tuas atitudes, tais como, fuma menos, bebe menos, dá longos passeios por sítios que aches agradáveis, que gostes. Contraria os maus pensamentos.
Tem uma boa conduta e segue o teu coração.

Tens toda a razão....eu tento esconder-me e não enfrentar....assumo isso!

Mas porque não suporto provocar-lhe essa dor.... Acreditem ou não...


Quanto ao psiquiatra....foi o psicólogo que me encaminhou...foi honesto e não soube lidar com o meus pensamentos apenas com coaching....

Olá Pedro,

E que tal mudar de psicólogo? Andás-te quanto tempo nas consultas?
As mudanças requerem tempo e acredita que não é numa, nem em duas consultas que conseguirás ver alguns resultados. São precisos meses e no estado depressivo em que te encontras talvez demore mais tempo.

Força

É loucura acabar um casamento estável de 14 anos e com dois filhos?

Deves ter razao, Sun....

Não me parece que isto vá ser nada rápido... E além disso o problema nunca vai deixar de estar lá a atormentar-me o tempo todo...

Mas...

BOM 2009 para todos, melhor que esta porcaria de 2008!!! mt melhor!!!

Bom ano para todos....

"Não sei se era maior o desejo ou o espanto
Só sei que por instantes deixei de pensar
Uma chama invisível incendiou-me o peito
Qualquer coisa impossível fez-me acreditar" (Jorge Palma)

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Os amores eternos são aqueles que nunca foram correspondidos .... alguém escreveu isto não perguntem quem foi porque não sei...
Bom ano novo.

Tretas eternas...

Pedrolimma escreveu:

Os amores eternos são aqueles que nunca foram correspondidos .... alguém escreveu isto não perguntem quem foi porque não sei...
Bom ano novo.

Concordo plenamente!

Boa noite.
Hoje venho partilhar o sentimento de amar e ser amada, mas nem sempre...
É estranho? Eu também acho.
Estou com alguém que amo e que me ama, mas nem sempre sente que quer estar comigo!
Principalmente após uns dias sem estarmos juntos. Faz hoje uma semana desde a última vez que estivemos juntos, apaixonados, como adolescentes na descoberta do primeiro amor. Hoje, diz-me que tem dúvidas. Sabe que me ama mas não sente a minha falta, e então duvida do que sente. isto é assim há anos. Já terminámos a relação. Há menos de um mês, e após muitos meses, reatámos, por descobrir que ainda nos amamos, mais que tudo.
Mas hoje não.
E não me digam que ele não sente amor, porque eu sei que sim! Nunca me magoou, apesar de dias como hoje, é sincero comigo. Ouve-me, é o meu ombro, o meu melhor amigo. Com um olhar comunicamos meia dúzia de frases. Somos companheiros, amantes, cúmplices... e agora, oficialmente namorados.
Quando leio sobre o amor, é nele que penso, em nós. E percebo que não basta ter amor quando não se usa da melhor forma. Eu estou a errar em algumas coisas, só não as identifico com clareza. Sei que falo demasiado, que falo mais do que escuto. Sei que vivo mais os meus problemas do que tento compreender os dele. Sei que exijo mimos e boa disposição quando nem sempre ele me pode dar.
E há histórias passadas ainda por resolver, e isso sim, mata.
Talvez não mate o amor, mas a confiança, a certeza...
Amigos, hoje não estou bem e peço desculpas pelo desabafo. Nem sei se estou a ser coerente no que escrevo.
Simplesmente tenho partes que morrem no meu coração de cada vez que oiço ou leio: "tenho dúvidas quanto ao que sinto" e alegro-me um pouco com o "por certo amanhã já passou. passa sempre"
Obrigada.

Olá Div X,

Embora não tenha acesso a + pormenores da tua história, a verdade é que por vezes as pessoas sentem amor mas não o sabem assumir: não sabem, ou melhor, não querem dar um "nome" à coisa por medo, receio de sofrer, ou não se sentirem capazes de o assumir. Enfim, por insegurança, não do sentimento, mas da responsabilidade que ele implica.
Não sei se me faço entender...e isto acontece sobretudo, e antes de mais, quando há questões pendentes do passado por resolver.
Há como que uma parte de nós que vive o presente, mas há uma parte de nós que ainda vive atormentada, como que perseguida pelos flash-backs do passado (sentimentos que não funcionaram, perdas que não poderá recuperar jamais).
Isto é apenas uma opinião, com base nos poucos dados que aqui partilhas.
Não entres no jogo do flash-back: sê mais forte e insiste nesse amor mas exige em troca...
ânimo.
Coragem.
SA

Obrigada SA.
Penso que tens razão. Eu não pretendo desistir, porque sei que é um amor verdadeiro.
Há dias mais difíceis e a minha vida é feita de desafios como este.
Parece que sou posta à prova a toda a hora por Alguém que sabe mais que eu.

Pois então, as grandes conquistas fazem-se com grandes lutas, sem baixar os braços e sem olhar para trás.
O melhor pai/mãe é aquele que acarinha e ralha: não temas ser exigente, mostra o quanto vales e que existe a probabilidade de te perder, mas não deixes de acarinhar e amar.
Ama sem receios: di-lo abertamente, fá-lo sentir sem pudores, no amargo e no doce.
Força.
Amar é "trabalhar" e lutar. E momentos de desânimo, todos nós temos, servem para retemperar forças e partir à luta com mais certezas.
SA

Boa sorte Div X

Boa análise SA......... "insegurança, não do sentimento, mas da responsabilidade que ele implica".. é isso mesmo....

Ainda bem que temos este cantinho com pessoas como vocês, que me ajudam quando mais preciso.
Beijos pra todas.
Vou dormir e assentar as ideias.
Hoje foi um dia não a todos os níveis, mas ao menos agora sinto-me melhor um pouco.
Obrigada.

Fazes bem em descansar. A almofada é boa conselheira. É um cliché, mas é a mais pura verdade.

Beijinhos e força para enfrentar as coisas de frente e sem medo!

Muito bom este, tb...
Gostei e partilho...




"Amores de talibã

Publicação: 28 March 09 12:00 AM


DESCONFIO sempre dos amores totais, brutais, avassaladores, que movem montanhas e provocam grandes mudanças na vida das pessoas. Quando um amor é tão forte a ponto de alterar o curso de uma vida, das duas uma: ou quem o vive estava tão mal antes que qualquer mudança vale a pena ou alguém perdeu a cabeça. Ou então as duas coisas.

O próprio acto de repetir vezes sem conta ao longo do dia o verbo ‘amar’, com as variações do costume – ‘amo-te muito’, ‘nunca amei tanto’, ‘amo-te cada dia mais’ –, se for levado à exaustão, acaba por dar cabo do amor. Um homem que está sempre a repetir-se torna-se ainda mais chato do que uma mulher e às tantas não só já não o levamos a sério, como ficamos com vontade de lhe bater. Quando o amor sufoca, o melhor é ir à varanda apanhar ar, ou então apanhar o avião e ir arejar para outras paragens.



OS AMORES talibã ardem com grande intensidade, mas também podem acabar da pior maneira: insultos, discussões, cobranças e ressentimentos começam a vir ao de cima quais cogumelos selvagens em prado fértil; quando damos por isso já existe uma lista infindável de coisas que nos irritam e não sabemos onde as arrumar. A luz é inseparável da sombra e quanto mais alto o voo, maior a queda. Sonhar alto nunca fez mal a ninguém, mas levantar voo sem conhecer os comandos do avião dá direito a aterragens mal calculadas, não raro a grandes desastres sentimentais.



O PROBLEMA dos homens que amam perdidamente, seguindo a máxima espanquiana ‘eu quero amar, amar perdidamente/mais este e aquele, o outro e toda a gente’, é que depois também cumprem o resto do verso: ‘amar, amar e não amar ninguém’. Ou seja, se por acaso aquele grande amor com aquela determinada mulher que era a mulher da vida deles lhes corre mal, duas semanas depois já amam perdidamente outra mulher, que rapidamente ganha o estatuto da anterior.

Faz-me lembrar o meu amigo Pedro Paixão, «há 20 anos eu gostava de me casar com todas as raparigas que conheço». Acredito que quisesse mesmo casar-se com todas, mas tenho quase a certeza que nenhuma delas, sabendo disto, quereria casar com ele.



O AMOR talibã não reconhece erros, falhas, hesitações, pausas, momentos de dúvida ou de reflexão. É como um tsunami de paixão e de fanatismo que varre tudo à sua passagem, sem margem para compassos de espera ou segundas oportunidades. É o branco no preto, o tudo ou nada, o pegar ou largar, o nunca ou o sempre, seguindo uma lógica de contos de fadas que nunca existiu na vida real. O mito do ‘foram felizes para sempre’ cai pela base, porque ninguém consegue estar sempre feliz nem ninguém vive para sempre.

E quando um amor talibã acaba, entre mortos e feridos e depois de muito sangue, suor e lágrimas, mais vale fazer uma missa campal, enterrar a dor e a tristeza com a dignidade possível, fazer o luto e virar a página. E já agora aprender a lição: não existem relações instantâneas nem perfeitas, não se constroem casas a partir do telhado, não se brinca às famílias com os filhos dos outros nem com os nossos, não se fazem promessas impossíveis de cumprir, não se hipoteca a vida a troco de um sonho.

Quem quiser voar alto, que tire o brevet, sem aldrabar as horas de voo necessárias para se fazer à pista.

por MargaridaRebeloPinto [Apenas Administradores podem visualizar imagens]
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