Como lidar com a nova companheira do ex marido?

Eu tb estou a passar por isso.

Custa-me quando a minha filha vai passar o dia om o pai pq ela vai la estar, sei que se dão bem, pq ela era minha amiga e a minha filha já a conhecia e dava-se bem com ela.

Custa-me muito quando a minha filha volta a casa e depois conta o que se passou e conta permenores que o pai e ela dão beijos e mão dada, coisas que raramente tive (carinho) da parte dele.

Sinto raiva mas digo para a minha filha que fico contente que ela se dê bem com ela.

Mas é triste, é uma situação muito recente e custa-me muito...

Força Raioluar

Tendo sido eu que lancei este post, venho agora actualizá-lo.

Os meus filhos vieram ontem de férias com o pai e a "tia".

Estava com receio destas férias porque o mais velho andava com problemas de aceitação da namorada do pai e este já começava a rejeitá-lo.

Felizmente correu tudo bem, vêm grandes e saudáveis e, aparentemente, felizes.

O pai pareceu-me (finalmente!) mais apegado e só espero que assim continue.

Já os miúdos adoraram as férias mas as saudades do seu cantinho eram mais que muitas e de mim também.

Desde ontem que não consigo dar um passo sem ter um abraço apertado ou um beijo e um "mãe, adoro-te".

Apesar de me custar imaginá-los com ela, respirei de alívio pela maneira como os tratou.

Rosa pelo menos estás mais sossegada e com certeza te sabem bem os miminhos. É bom quando as coisas correm bem e as pessoas estão felizes.

Gostei de ler as tuas palavras. No meu caso, apesar do pai não ter contacto com ela, assusta-me como será o futuro da minha filha... se o pai vai aparecer na vida dela, se não vai, esses fantasmas existem na minha cabeça! Ela agora é pequenina, mas o que lhe vou dizer quando ela começar a perguntar pelo pai, como vai ela reagir se ele mantiver a postura que tem tido até agora, sentir-se-á rejeitada, tenho medo disso! Também me assusta que ele apareça e depois volte a desaparecer, eu só não quero que a minha filha sofra por causa da irresponsabilidade do pai dela. Por um lado gostava que o pai dela se interessasse por ela, mas por outro lado assusta-me a ideia dela lidar com a companheira dele.
O pai dela quando a vinha ver dizia à mãe que ela ainda era pequenina e nem falava nem brincava... tipo, leva-me a pensar que a ideia dele é aparecer quando ela estiver mais crescida, mas isto são meras ideias minhas.

Olá Vânia, sou nova por aqui e, desde já, peço desculpa por ir dar minha modesta opinião: Não percebo e não consigo compreender pq pensam as mulheres tão mal umas das outras. Pq pensam logo q a nova namorada do pai vai tratar mal os filhos da pessoa q ama? Isto não é uma visão mto péssimista e egoista? Devemos dar sempre o beneficio da duvida até prova em contrário...de q ela n presta p os "nossos filhos"!( eu n tenho filhos)
A namorada do pai não vai ocupar o lugar da mãe, vai ser mais uma amiga, talvez confidente e, se assim for, até as mães podem ficar descansadas pq vão saber sempre tudo o q se passa na vida dos seus filhos( sabemos q as crianças n contam td aos pais, por mto amigos q sejam).
Eu sou filha de pais separados e a minha madrasta sempre me tratou mto bem e o mais importante, p mim, foi ver a minha mãe a dar-se bem com ela e falarem sobre mim, sempre q era preciso.
Hoje, estou apaixonada por 1 homem q já tem duas filhas, não as conheço, só por foto e já me apaixonei por elas também...gostava q ele percebesse isso!

Boa Rita!

Rita,

Não entendes os nossos medos e receios precisamente por não seres mãe.

Quando um dia fores mãe espero que não passes por isto. Porque só passando é que se entende todos estes medos e reacções de mãe. Até porque quando tive o meu filho não era para partilhar o meu papel de mãe. Depois de criarmos os filhos com tanto sacrificio, vai aparecer uma mulher que vai estar no nosso papel, pelo menos de vez em quando?
Isto é tudo muito violento e arrasa-nos.

Beijinhos,

Lili.

Lili:

Eu sou mãe - tenho 2 filhos - e concordo com o que a Rita diz.

Acho mesmo que, nós mulheres, apesar de andarmos (quase) sempre a dizer mal dos homens, na verdade somos é muito mazinhas umas para as outras...

Há que dar o beneficio da dúvida; confiar no pai dos nossos filhos e respeitar a(s) nova(s) companheiras(s): não estamos livres que, no futuro, o nosso "principe encantado" venha com um "kit" completo, pois não? E aí, o que vamos ser para os filhos do principe: a madrasta má ou uma amiga?

O nosso lugar de mãe nunca estará ameaçado; seremos sempre a mãe.

E recordo também o que já foi dito neste fórum: também há mães e mães e a imprensa não se cansa de nos enfiar pelos olhos dentro casos de maus tratos a crianças infligidos pelas próprias mães...

Fica bem

Lola,

Todas as opiniões são válidas dentro de cada contexto.

Respeito a tua opinião e as outras. Mas... eu não penso assim. E não me parece que vá pensar alguma vez.

Dizer mal dos homens... Da maneira que sou tratada, relatei aqui alguns sentimos e situações que vivi. Penso que tenho esse direito. E como cada caso é um caso. Muitas vezes é mais dificil numas situações que noutras. E não chamo a isso dizer mal dos homens.
Penso que qualquer mulher que seja traída e humilhada não pensa como tu.

E ninguém pode avaliar ou criticar os sentimentos dos outros. Eu penso como penso e até posso ser a única mas não mudo a minha opinião. Não me parece que me vá dar bem com nenhuma Outra do meu ex, até porque quero é distância dele. Quanto ao meu filho vou protegê-lo sempre. Não o coloco contra ninguém mas também não me vou colocar a favor de ninguém. Vou ficar neutra, a não ser que seja preciso a minha intervenção para o caso de algum problema.

Mas fui eu que tive o meu filho e que o criei com todo o amor e com muito custo e sacrificio. Nunca nenhuma mulher há-de amar o meu filho como eu amo.

Beijinhos,


Lili.

Lola,

Em relação aos casos de mães que maltratam os filhos, não estou enquadrada nesse perfil.
Não sei a que te referias...

Lili.

"Mas fui eu que tive o meu filho e que o criei com todo o amor e com muito custo e sacrificio. Nunca nenhuma mulher há-de amar o meu filho como eu amo."

Isto nem está em causa...Na maior parte dos casos, não há maior amor q o de uma mãe (desculpem-me oas pais!). E uma boa madrasta não quer nem tenta ser mãe (não é esse o papel). Tenta ser amiga e companheira q ao ser assim contribui para o crescimento e educação das crianças (as (os) minhas (meus) melhores amigos têm autoridade para mimar, ralhar, educar a minha filha)!

Não se tentam usurpar papeis. A nossa postura deve ser claramente neutra, ser amiga da "Outra" é na maior parte das vezes muito dificil e complicado mas uma vivência saudável é o mais indicado para todos.´

Para além do q diz a Lola: não sabemos o dia de amanha, e se estivermos no outro lugar iremos gostar concerteza q não nos tratem como a madrasta cruel, mas como mais uma boa amiga!

Qdo a companheira do meu ex veio viver com ele foi complicado a gestão de sentimentos e no inicio proibi-o de levar a nina para casa... exactamente pq não sabia quem era ela, etc., etc.... mas a confiança conquista-se. Para a minha sanidade psiquica tudo se compoz da melhor forma!

Lili:

Obviamente que não me referia a ninguém que faz parte deste fórum - ninguém por aqui anda se enquadra em tal perfil. Aliás, o facto de estarmos neste fórum por si só já nos coloca noutro patamar completamente diferente.

Quanto às opiniões, eu também respeito todas. Aliás, quem sou eu para julgar seja quem for...

A minha opinião é fundamentada na minha experiência. Assim como todas as outras opiniões aqui expressas. Logo, são todas válidas e verdadeiras: não há opiniões melhores ou piores. Não há histórias melhores ou piores: cada uma das nossas histórias que aqui partilhamos - partilha às vezes motivada por grande desespero, solidão e sofrimento -são únicas e válidas.

E o facto de lançarmos diferentes perspectivas e opiniões apenas nos podem enriquecer a todos.

Concordas?

Fica bem

Olá a todas.
Li atentamente as vossas opiniões e fiquei a pensar... porque ainda não me tinha debruçado verdadeiramente sobre a questão das "tias". Que dói pensar que o nosso bem mais precioso vai estar "em mãos alheias" dói, oh se dói! Mas temos de ser optimistas e pensar que tudo poderá correr da melhor forma. Ou não

Talvez quando por lá passar possa dizer de minha justiça... Até lá vou sorvendo as vossas vivências e rezar para ter a sensatez e maturidade da Mite.
Beijinhos

Há casos e casos, e eu conhecendo-me sei que seria uma boa madrasta, assim como me considero uma boa mãe. Há boas mães e más mães. Há boas madrastas e más madrastas. No meu caso, sinceramente, se a companheira do pai da minha filha fosse uma boa madrasta incentivava-o a conviver com a filha em vez de lhe impor a distância, dizendo-lhe que tem ciúmes que eu e ele possamos voltar! E um dia que ele queira ver e estar com a filha e consiga convencer a tipa, como será que ela a vai tratar? Acham que será paciente e carinhosa com ela?? Não me digam que tenho de confiar nela e tentar ser amiga dela, por favor! Amiga de uma pessoa que "proíbe" um pai de ver uma filha?? Ela própria tem uma filha e já a deixou com os pais para sair de casa e viver com outro, o que conheço dela é que é irresponsável. Por vezes até acho que o pai da minha filha está a agir bem pois assim a nossa filha não terá de conviver com aquela tipa, e diga-se que chamo-lhe de tipa e até sinto que a estou a elogiar... eu acredito que se a minha filha tiver uma madrasta boa serei a primeira a tentar ser amiga dela, mas esta pessoa, espero que a minhja filha nunca tenha de conviver com ela.

olá a todos

não sei se me expressei mal quando dei a minha opinião quanto este tema, mas não minha intenção falar mal ou falar bem da namorada do meu ex, porque simplesmente não a conheço e eu acho compreensivel que eu tenha o pé atras com ela, porque nem sei como é fisicamente e mentalmente e nem faço questão de saber, porque simplesmente não me interessa.
Quem é mãe sabe que custa deixar os nossos filhos em mãos alheias, fora das nossas asas, ou eu é que sou muito mãe galinha, não sei...
Eu nunca disse que ela era má madrasta, eu apenas quero que ela trate bem a minha filha e sei que o pai nunca deixaria que algo acontecesse a nossa menina.
Mas que custa saber que a minha filha tem que conviver com ela isso custa, se dissesse que não estaria a mentir.
O meu papel de mãe não esta ameaçado e sei que isso nunca vai acontecer, porque mãe há so uma e ela nunca vai conseguir tirar-me isso. O que pode conseguir é a amizade da minha filha, que felizmente por causa da idade não percebe o que se passa.
Seja o que Deus quizer...

Realmente o tempo ajuda a distanciar-nos de determinadas situações, sobretudo dos sentimentos de raiva, ódio, angústia, medos... e no lugar destes, ficam as memórias das coisas boas, menos boas...
Passou um ano desde que estou separada, entre muitos confrontos e provocações com o ex, no fundo dou comigo a sorrir, porque apesar de ainda nutrir um sentimento de amor, de preocupação com o "dador", vejo que quem perdeu nesta história toda foi ele, porque eu sei que o amava (e amo) de verdade, pela pessoa que ele era (antes de ir para africa), e ele pode ter as mulheres que quiser (porque além de ser um homem interessante, tem dinheiro), mas nunca saberá se as mulheres com quem ele anda gostem dele ou da sua carteira.
Claro que fico triste quando vejo o cenário que me foi "roubado" a mim e à minha filhota, de o ver a passear com a sua "namorada" e enteada.
Mas logo sorriu, porque penso que o ex, preferiu comer a casca ("namorada"+enteada) em vez do miolo (eu+filhota) do camarão!!!

o tempo lhe ditará o que perdeu....
resta saber como reagirás quando ele te vier bater à porta....

boa sorte nessa decisão.
aproveita a tua filha!
beijo

Boa noite Gu, sinceramente não sei... se hoje batesse à porta, talvez a abrisse!!!!

pois eu sei....
se visse a porta dela aberta eu talvez entrasse... mesmo depois de tudo o que já passei.......

talvez....
ia a correr feito parvo...

enfim...

Também sei o que isso é...

A minha porta ainda se mantém aberta.
Só não sei é por quanto tempo...

e quem ama o ex, será que não tem sempre a porta aberta, ou pelo menos entreaberta?

Ana,

Penso que a porta só ficará aberta durante o tempo necessário para um reajuste individual de cada um. Esse tempo não poderá ser demasiado, sob pena de se abrirem outras feridas.
No entanto, cada caso é um caso, e o teu, tem sido de muito sofrimento.
Depois de tudo o que passaste durante este último ano, sozinha com a tua filha, será que existe ainda espaço no teu coração para uma nova tentativa (se a houver)?
Eu não estou separada há tanto tempo assim, nem me posso colocar no teu lugar, mas serias realmente capaz de perdoar?