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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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 Educação...

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tounessa
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jun 17, 2010 4:59 pm

… antes de perder a paciência devemos sair de cena.

“ Bem sei que por vezes é muito difícil quando, pela vigésima vez, acabámos de dizer a mesma coisa e o comportamento da criança nada se alterou.
Temos de começar por ser realistas: todas as crianças se portam mal de vez em quando. E se o seu temperamento é mais difícil, pior se vão portar ou mais vezes vão esticar a corda. É um comportamento natural no qual os nossos filhos testam as nossas regras e verificam se a nossa teoria é igual ao que fazemos na prática.
É também normal que possamos perder a calma por estarmos mais cansados e a criança apanha por tabela.
Mas quando perdemos a paciência, perdemos o controlo da situação e a partir desse momento todos saem a perder. Perder o discernimento impede-nos de tomar as decisões acertadas. E se perdemos a paciência de forma frequente então temos um problema a longo prazo, mesmo que no curto prazo o problema pareça estar resolvido.
O primeiro passo é reconhecer os nossos limites, saber até onde conseguimos ir sem desesperarmos e aceitar esse facto. Em seguida, antes de perder a paciência devemos sair de cena. Com poucas excepções (por exemplo se a criança corre perigo por alguma razão) não há nada que não possa ser resolvido algum tempo depois, quando estivermos mais calmos. Devemos aproveitar este momento para relaxar e rever a situação, perceber porque estivemos à beira do descontrolo e conseguir antecipar situações futuras, percebendo o que nos tirou do sério. Por fim, mais calmos, podemos voltar para junto da criança e resolver o problema. “


(Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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tounessa
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptySeg Jun 21, 2010 3:26 pm

“ … A educação sexual pode deve ser ensinada às crianças com menos de cinco anos para lhes dar competências e confiança para atrasar a intimidade sexual até que estejam prontas, disse um membro do organismo responsável pelo ensino britânico … “

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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptySex Jun 25, 2010 4:51 pm

“Os avós podem ser preciosos para a educação das crianças.

Se quiserem, podem ser o braço-direito dos pais, transmitindo valores e servindo como modelo privilegiado da atitude a ter perante as adversidades da vida. Estão suficientemente longe da criança para a poderem criticar sem que isso signifique um atentado à sua auto-estima ou autoconfiança, mas suficientemente perto para que essas críticas sejam levadas em consideração. Neste seu papel, devem preocupar-se em estar em sintonia com os pais, para que a criança receba, daqueles que lhe são mais chegados, uma educação coerente. Para isso, devem compreender e respeitar que é aos pais que cabe a tarefa educativa e seguir (com alguma flexibilidade e bom senso) as regras e limites estabelecidos por aqueles. Além de poderem contribuir para a educação dos seus netos, os avós podem desempenhar um papel fundamental na transmissão dos valores familiares e na perpetuação das tradições da família. Se assim o desejarem e puderem, a sua casa pode ser o centro da família, onde se realizam as principais reuniões familiares e se vivem as épocas festivas. Este seu papel de âncora familiar é de grande importância para a criança pois dá-lhe um sentimento de pertença a algo maior do que a sua própria casa, pais e irmãos. As tradições familiares tornam cada família única e levam a criança a ver a sua família como especial. Tal como os pais, também os avós se devem divertir com os netos, dispondo de tempo para todos e para cada um em particular. Se possível, devem estabelecer rotinas próprias, independentes das dos pais, como ir buscar o neto à escola ou levá-lo a lanchar em dias combinados. E não os tratem a todos por igual. Tenham gestos próprios para cada um deles, para que cada um se sinta especial.”

Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptySeg Jun 28, 2010 3:39 pm

“ … o meu filho perguntou-me se existe outra maneira de ganhar dinheiro sem ser a trabalhar. Ora, tirando as lotarias, o euromilhões, as heranças ou o roubo, não vislumbrei mais nenhuma. E disse-lhe. Ele ficou a pensar. Eu também.

No dia seguinte dei de caras com esta notícia: no Luxemburgo, um em cada quatro alunos que abandonam a escola secundária é português … Conclusão: está-nos no sangue, a escola não é para levar a sério. É um mal necessário até se encontrar um bem superior, que pode ser um café, uma oficina, entregar pizas, uma padaria, um rendimento mínimo. O que for, desde que não seja estudar. Porque estudar é para aquecer. É uma questão cultural, portanto: a escola é para meninos.

Ou seja, o estudo, o esforço intelectual, é só para quem tem tempo a perder, ou não és um verdadeiro português. E porquê? Porque a escola, para um lusitano de gema, não é garantia de sucesso, de dinheiro ou de desenvolvimento. Nada disso: é uma seca, não uma prioridade. E os exemplos somam-se e seguem-se. Prova disso é que cada ano que passa a escola se torna mais fácil, até se tornar num processo meramente administrativo.

Depois desta notícia percebi melhor o meu filho. Ora, se ele não conhece ninguém que tenha chumbado um ano, porque todos os colegas e amigos passaram com pouco ou nenhum esforço, porque é que não há-de pensar que existem outra maneiras de ganhar dinheiro sem ser a trabalhar? …

(Inês Teotónio Pereira, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyTer Jun 29, 2010 4:10 pm

Ainda o (tão contestado) KIT de educação sexual:



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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 01, 2010 4:14 pm

“A escola é uma importante fonte de regras e um local de eleição para o desenvolvimento da personalidade e moldagem do carácter da criança. Nesse ambiente, a criança tem a oportunidade de contactar com diferentes realidades sociais, económicas, culturais, familiares, religiosas e raciais. Desta forma, a escola, ao ser o espelho da diversidade da comunidade em que a criança se insere, tem um papel único na promoção da tolerância e na aceitação da diferença, onde a criança aprende a gerir o equilíbrio entre as suas necessidades e as necessidades dos outros.

Mas a escola não substitui a família. São dois mundos à parte e muitos de nós temos a perfeita noção de que os nossos filhos podem comportar-se de forma completamente diferente em casa e na escola. Na escola come tudo, em casa não abre a boca. Na escola obedece à professora, em casa não faz o que lhe mandam. Na escola brinca com os amigos, em casa bate nos irmãos. A criança rapidamente aprende a integrar-se num ambiente e percebe perfeitamente, desde muito nova, o que esperam dela e até onde pode ir em ambientes diferentes. Isto é normal e, até certo ponto, desejável. O mais importante é que, no que diz respeito às regras mais importantes, a escola e a família formem uma frente unida, para que a criança, mesmo vivendo realidades distintas em casa e na escola, perceba que existem regras fundamentais que são válidas sempre. Para que isto seja conseguido tem de existir cooperação entre os pais e as educadoras. A criança aprende mais depressa se um maior número de adultos for coerente na forma de a educar.

( Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptySeg Jul 05, 2010 4:07 pm

"As meninas de oito anos, agora … Parecem as de 12, com maminhas e tudo... antes chegavam ao 3.o ciclo e às vezes ainda não tinham nada … Tenho alunos com oito e nove anos com uma sensibilidade muito desenvolvida para o namoro, para apreciar o sexo oposto e o corpo." Nas idas à piscina … comparam o tamanho do peito … gabam-se dos músculos.

… a puberdade começa cada vez mais cedo e o seu fim tem continuado a cair na última década. Um estudo dinamarquês publicado em 2009 na revista "Pediatrics" faz um dos últimos balanços: nas meninas, a idade média do início de crescimento do peito diminuiu de 10,9 anos para 9,9 em 15 anos, e o aparecimento do período cerca de quatro meses. Nos rapazes a puberdade, em média, começará três a quatro meses mais cedo do que nos anos 90.

O ponto de partida para um dos principais centros de estudo sobre a puberdade na Europa, o Departamento de Crescimento e Reprodução do Hospital Universitário de Copenhaga, foi uma pequena tragédia num dos mais famosos grupos corais da Escandinávia - o coro de rapazes de Copenhaga - em 2003, muitos dos pequenos coristas, admitidos a partir dos nove anos e então com 12/13 anos, não iriam poder participar numa tournée por estarem a mudar de voz cedo demais. Os investigadores decidiram agarrar o coro como caso de estudo, e em 2006 publicaram os primeiros resultados: num período de dez anos, as fífias adolescentes na voz tinham começado a aparecer em média quatro meses mais cedo. E quando mais forte fosse o rapaz aos oito anos, mais cedo isso acontecia.

Meses depois a investigadora Lise Aksglæde decidiu verificar a tese em raparigas, e acabaram por avançar com um estudo misto com 4000 adolescentes que revela que os sintomas da puberdade recuaram até um ano desde a década de 90. Há trabalhos a consolidar os resultados dinamarqueses um pouco em todo o mundo, também em Portugal. Um estudo da antropóloga Cristina Padez, da Universidade de Coimbra, concluiu que a idade da menarca entre as mulheres portuguesas caiu cerca de um ano entre a década de 70 e a década de 80, dos 13,18 anos para os 12,03.

Procurar novas explicações para este declínio é uma das preocupações dos investigadores nesta área. Sabe-se que nos últimos 150 anos, as melhorias na nutrição, higiene (por exemplo o facto de haver menos doenças infantis) e condições socioeconómicas nos países desenvolvidos, ter-se-á traduzido numa antecipação da puberdade, mas poderá haver outras como o stress familiar ou a exposição a toxinas, todos em estudo.

Meninos-adultos O desfasamento entre a idade física e a mental também provoca alguns receios. "A puberdade física e a social estão cada vez mais separadas. As crianças começam a desenvolver-se fisicamente em adultos antes de terem todo o tipo de informação sobre sexo, socialização e responsabilidade pessoais", defende Mark Bellis, autor de estudos sobre o impacto da puberdade precoce no comportamento (ver caixa). A opinião é partilhada por Teresa Paula Marques, psicóloga especialista em em contexto escolar: "Daqui a algum tempo teremos pessoas com aspecto de adultos mas com atitudes de crianças", diz.

Entre especialistas, importa contudo distinguir duas realidades: a idade média da puberdade, e os casos precoces e patológicos. "Para lá da maior precocidade da entrada na puberdade, em termos populacionais, há casos de entrada muito precoce, que mesmo que não traduzam nenhuma situação patológica, podem causar problemas, já que, socialmente, a autonomia e identidade da adolescência se fazem mais tarde", explica o pediatra Mário Cordeiro. Marcelo da Fonseca, da Sociedade Portuguesa de Pediatria, mantém que a puberdade normal "é progressiva e habitualmente tem início por volta dos 11 anos de idade no sexo feminino e dos 12 anos no sexo masculino".

António Piedade, especialista em antropologia biológica da Universidade de Lisboa acredita que pode estar em causa um ligeiro encolhimento da infância, sem que haja razões para preocupação. "Sempre houve infâncias mais curtas do que outras, o que importa é a qualidade", afirma. "Tem-se sentido o recuo mais no caso das mulheres, até porque no caso dos rapazes pode dizer-se que a puberdade é mais discreta. Costumo dizer que as mulheres parecem maduras antes de o serem, e os homens são antes de o pareceram. Verificamos que a melhoria das condições de vida, do ponto de vista nutricional às vezes até excessiva, aumentou os casos precoces e diminuiu os tardios. Mas quando as condições ambientais se degradam a fisiologia atrasa a sua maturidade", diz. Desvaloriza contudo a questão da maturidade psicológica, pela grande mescla que já hoje existe entre jovens. "Quem lida com crianças sabe que por volta dos 12 anos temos de tudo: meninas menstruadas, não menstruadas, rapazes sexualmente capazes e outros que não o são - são quatro grupos biológicos diferentes. Nunca poderemos estar todos completamente adaptados", diz.

Na prática, mais do que o salto físico, é a maturidade e a falta dela que salta à vista. António José Sarmento, professor de ciências no Colégio Planalto em Lisboa, só de rapazes, entende que mais do que o desenvolvimento físico nota-se que os alunos nos últimos anos são "infantis" durante mais tempo, e entram na puberdade por osmose. "A abordagem deve ser sempre esclarecer a curiosidade do jovem, mas que sentido faz um rapaz de 11 anos perguntar o que é um orgasmo, que não parte da sua experiência física nem estará no seu horizonte próximo?", diz. Já Zilda Azevedo, professora numa escola do 1º ciclo da região de Lisboa, nota que as conversas sobre os temas da puberdade vão e vêm por fases, também por exposição: há alunos mais velhos, pesa a integração nas escolas dos alunos de realidades desfavorecidas que trazem as brincadeiras de casa. Nos coros infantis portugueses para já ainda não há muitas vozes a rachar mais cedo. Talvez porque, como explica Erica Mandillo, maestrina do Coro Infantil da Universidade de Lisboa, a amostra de rapazes nos grupos não seja muito grande. Mas as meninas também mudam de voz, e nessas, é verdade, acontece mais cedo.

(in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyTer Jul 06, 2010 3:42 pm

“ … A relação entre alunos e professores entra em crise se não houver bons projectos. Os jovens procuram ideias e liberdade, se não os soubermos ouvir a relação transforma-se …

Um mestre é uma pessoa que nos ensina qualquer coisa, como ler, escrever ou fazer um desporto? Não, é mais do que isso, é alguém que nos orienta no mundo, nos faz crescer, nos ajuda a sermos o que podemos ser. E isto sem nos oprimir e deixando desabrochar as nossas potencialidades. Há também uma relação pessoal em que entra em jogo a qualidade humana de ambos.

Este tipo de relação mestre - aluno hoje em dia está muito enfraquecida, tanto em casa como na escola. A relação entre a geração mais jovem e o mundo adulto está cada vez mais relacionada com as imagens, como os desenhos animados, os filmes da televisão, a PlayStation e também com actividades físicas como ginástica, natação, ténis, equitação, basquetebol, voleibol, dança, canto, música. É uma correria contínua de um sítio para o outro, uma indigestão de estímulos. Os jovens reagem criando uma comunidade própria na qual comunicam por meio de frases breves, músicas, imagens, mas também procuram um modelo, alguém que lhes sirva de guia. Noutros tempos, os mestres eram os sacerdotes, os políticos, os poetas, os filósofos, os escritores. Hoje são sobretudo os cantores. Através da junção música-imagens-palavras, indicam-lhes os caminhos da emoção, os estímulos vitais.

Esquecemo-nos muitas vezes de que todos os seres humanos precisam de atribuir um significado à vida. É isso que procuram os jovens em todas as pessoas que conhecem: amigos, amores, cantores. Mas também querem que seja um encontro livre, não uma imposição. Querem descobri-lo como sempre fizeram, como farão sempre, com espírito crítico, virados para a novidade, para o futuro, para a criação. E vão em busca de quem perceba esta exigência e saiba dar-lhes respostas.

Durante a minha vida, apercebi-me de que, sempre que reuni à minha volta jovens com um grupo de bons professores, motivados, com um projecto interessante e ambicioso, todos trabalharam com entusiasmo. Mas têm de sentir que acreditamos neles, que estamos implicados e que queremos trabalhar com eles, que queremos criar em conjunto e realizar uma obra comum, colectiva. Que começamos por ser exigentes connosco antes de o sermos com eles, porque tudo deve ser perfeito. Têm de sentir que sabemos para onde vamos, mas que eles são livres de nos seguirem, que são escutados e levados a sério. É só nessa altura que nos tornamos mestres: quando traçamos em conjunto o caminho a percorrer.

(Francesco Alberoni, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyTer Jul 06, 2010 4:42 pm

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Maravilhoso!

Tenho muitos colegas que precisavam de ler isto ( e sobretudo de tentar pôr em prática!)
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 08, 2010 3:10 pm

“Como todos sabemos, cada criança tem o seu temperamento ou seja, tem uma tendência inata para agir de determinada forma perante uma situação. Esta tendência está presente desde o nascimento e é composta por diferentes traços individuais que estão presentes em todas as crianças, cada um deles em maior ou menor grau. Se conhecermos bem os traços de temperamento dos nossos filhos podemos facilmente prever como eles vão reagir a determinada situação. Todas as crianças têm estes traços numa intensidade diferente e é da mistura de todos eles que resulta aquilo a que chamamos o seu temperamento. As crianças mais difíceis são as mais persistentes, mais intensas, de adaptação difícil a novas situações, desatentas por natureza, demasiado sensíveis, para quem tudo é fonte de stress, que precisam de tempo para se adaptar a novas situações e com um humor predominantemente negativo. Se tem um filho com todas estas características está seguramente a viver um pesadelo. Mas felizmente nem tudo é mau. Os nossos filhos terão alguns traços mais vincados, outros mais leves. Alguns serão mais persistentes, outros mais intensos, mas, de uma forma geral, misturam alguns traços mais fortes com outros mais suaves. Tudo se torna mais fácil se os traços de temperamento forem semelhantes aos nossos porque quando não o são temos mais dificuldade em os aceitar.
É fundamental conhecermos estes traços pois isto vai permitir-nos antecipar a reacção da criança a determinada regra e adaptar a nossa própria forma de educar ao temperamento de cada um dos nossos filhos para que se torne mais eficaz. Só assim conseguiremos levar a água ao nosso moinho.”


( Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptySex Jul 09, 2010 2:44 am

Excelentes contributos para este tópico. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Obrigada, tou!
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyDom Jul 11, 2010 2:23 pm

<object width="640" height="385"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/nqnicijg56M&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="https://www.youtube.com/v/nqnicijg56M&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>

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Petição Contra os Mega-Agrupamentos

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyDom Jul 11, 2010 3:04 pm

Crianças sem meninice … no reverso da medalha

<object width="480" height="385"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/yamvQ4SU1Kk&hl=pt_BR&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="https://www.youtube.com/v/yamvQ4SU1Kk&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyTer Jul 13, 2010 4:25 pm

… não responder, sair dali e deixar o provocador a falar sozinho.

“O que é uma provocação? É um acto que tem por objectivo gerar em nós uma reacção exagerada e irracional, que nos torna ridículos ou fracos ou exageradamente agressivos. Há muitos graus de provocação. O objectivo de alguns é apenas provocar uma reacção emocional, uma perturbação. É o caso do quadro, da escultura, do filme, do romance que saem dos códigos habituais para abrir um novo caminho. Foi o que aconteceu, no início, com os quadros de Kandinsky e de Picasso, com o romance "Lolita" ou, na televisão, com "Drive In" e "Big Brother". A provocação implica sempre uma inversão de papéis. A pessoa que habitualmente é considerada inferior trata com superioridade e desprezo a que costuma ser considerada superior. Deixa-a em dificuldades, provoca-lhe ressentimentos. Nas contestações estudantis, o grupo de estudantes esquece a relação de deferência que tem com o professor, interpela-o com arrogância, como se fosse um ser inferior, e, se este reage, recrimina-o, qual aluno indisciplinado. Uma das formas mais importantes de provocação são os maus-tratos persecutórios entre jovens, o chamado bullying.

O agressor empurra a vítima, insulta-a, rouba-lhe a carteira e, quando ela protesta, vê nessa reacção um motivo para a importunar. Ou seja, o perseguidor usa a provocação para justificar a posterior perseguição. A provocação é muitas vezes usada para desencadear um conflito e depois atribuir ao outro a culpa desse mesmo conflito. Nos grupos de jovens, quem quer provocar uma rixa mete-se com uma rapariga de um grupo rival ou choca com um dos adversários fingindo não ter sido de propósito. O outro reage e o primeiro declara-se agredido, aproveitando para iniciar o combate. Este tipo de provocação também é muito usado na política. Muitas das frases trocadas pelos políticos são provocações, sob a forma de acusações ou lamentos. Os nazis insultavam os judeus, partiam-lhes as montras e, quando estes reagiam, gritavam indignados, como vítimas. Em todos os partidos que recorrem à violência pública há a figura do agente provocador que atira uma pedra, um cocktail molotof, e depois começa a gritar que foi agredido. E tem sempre companheiros prestes a testemunhar a seu favor. Conclusão; quando nos apercebemos de que se trata de uma provocação devemos ter presente que, se reagirmos, haverá sempre danos. Por isso o melhor é não responder, sair dali e deixar o provocador a falar sozinho.”

(Francesco Alberoni, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQua Jul 14, 2010 3:58 pm

… a internacionalização dos gangs de capa e batina e o seu denominador comum: frustrações, recalcamentos, falta de imaginação.

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Calouros da faculdade de agronomia da Universidade de Brasília (UnB) passaram na terça-feira pelo tradicional “trote”. A violência das atividades, porém, colocaram a universidade em alerta. Em nota, a UnB classificou o episódio como “humilhante”.

De acordo com a agência de notícias da instituição, os novos alunos - já sujos de tinta, ovos, farinha e vinagre - tiveram que escorregar por uma poça de água no corredor do Minhocão. Estudantes sem camisa eram incentivados a escorregar de barriga no chão molhado. Em outra brincadeira, os calouros lambiam leite condensado de uma linguiça encapada com um preservativo.

Num curral improvisado nos fundos da universidade, os estudantes participaram ainda de uma gincana. A prova seria rodar ao redor de um cabo de vassoura com a testa em uma das extremidades até ficarem tontos para depois pularem em uma piscina de lama com pedaços de vegetais, legumes, folhas, galhos e lixo.

Vitor Dias, do 2º semestre, e um dos organizadores do trote, declarou que a intenção era promover a interação entre os calouros. “É como se fosse uma iniciação mesmo. Depois do trote, acaba a divisão entre calouros e veteranos”. O reitor José Geraldo de Sousa Junior, que condenou a atividade, discorda. "Essa não é uma maneira adequada de dar boas vindas. Os novos alunos não devem ser submetidos pelos veteranos a atitudes vexaminosas", afirmou.

Os excessos cometidos em trotes dentro da UnB serão discutidos na próxima reunião do Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) que deve acontecer em 22 de julho.”

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Educação... - Página 3 Vide
MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 15, 2010 4:10 pm

Aceitar o temperamento e mudar o comportamento é a nossa missão como pais …



“Muitos pais passam horas a tentar mudar o temperamento da criança. Querem um conselho? Desistam. O temperamento nasce com a criança, faz parte do pacote. E todos nós seremos mais felizes se aceitarmos o temperamento dos nossos filhos como um facto da vida. O que pretendemos mudar é o seu comportamento, o que é uma coisa muito diferente. O comportamento resulta, em parte, do temperamento mas também da forma como os pais lidam com esse temperamento.

A nossa função consiste em moldar o temperamento para que o comportamento seja aceitável. Uma criança persistente será sempre persistente, mas pode ser apenas isso ou a pessoa mais teimosa que conhecemos. Em grande parte isso vai dever-se à forma como lidamos com ela. Perante uma criança persistente temos de ter um cuidado acrescido com a coerência dos nossos actos. Ameaçar e não cumprir vai exacerbar esse comportamento. Pelo contrário, ser claro, directo e firme, vai levar a uma maior aceitação, por parte da criança, do que pretendemos.

Aceitar o temperamento e mudar o comportamento é a nossa missão como pais e mães. Muitos pais gastam demasiado tempo e energia a tentar mudar o temperamento dos filhos. Não deve ser esse o nosso objectivo. Pelo contrário, devemos pegar no temperamento do nosso filho e guiá-lo, moldá-lo e levá-lo na direcção correcta. Não é fácil, mas é possível.

As crianças mais difíceis testam mais, resistem mais, protestam mais, dramatizam mais, esticam mais a corda. E conseguem provocar nos pais reacções e emoções mais fortes. Mas não fazem parte de uma conspiração maléfica para tornar a sua vida miserável. A maioria são crianças perfeitamente normais que precisam apenas da nossa ajuda para se tornarem melhores.”

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:26 pm

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“ … Ter um filho de cinco anos em casa tem destas coisas. Por muito que o pediatra diga que são comportamentos normais, Cátia Jorge, de 32 anos, vê-se "aflita" para responder a algumas perguntas do filho e, por muito que tente abordar "sem tabus" as temáticas ligadas ao sexo, confessa que nem sempre é fácil.

"Ele é muito curioso e às vezes até me parece precoce" … Apesar de ser criança, Diogo passa "muito tempo a olhar para a pilinha e a mexer-lhe". Cátia já teve até de engolir em seco quando o filho lhe disse: "Mãe, ela está viva" ou "Acho que está velhota e quase a morrer". Diogo até arranjou uma namorada na natação, um ano mais velha. "Um dia, apanhei-a a dizer: 'Diogo, vamos fazer sexy debaixo de água'", lembra. Pensou no pior: "Tenho de afastar esta mulher do meu filho." E depois: "Estarei a transformar-me na sogra mais bruxa do mundo?"

As crianças têm uma sexualidade e negar esse facto é meio caminho andado para que na idade adulta não saibam lidar devidamente com a intimidade e com o sexo. "Há sexualidade em todas as idades, embora as componentes que a envolvem, como a companhia, o erotismo, o bem-estar, a realização ou a procriação variem consoante as idades", explica o pediatra Mário Cordeiro.

Logo no ventre materno e a partir do sétimo mês de gestação, o feto começa a ter erecções regulares, "que nada têm a ver com a libido, mas com o próprio amadurecimento do órgão genital", explica o pediatra Gomes Pedro. Enquanto recém-nascido e sobretudo depois de deixar as fraldas, o bebé percebe que sente prazer quando toca nos genitais. "Não se pode falar em masturbação, porque isso implicaria a existência de fantasias", esclarece Mário Cordeiro. Essa "manipulação" do corpo faz parte da descoberta da sexualidade e quando o bebé percebe, instintivamente, que "tem prazer", começa a repetir o gesto.

Por volta dos quatro anos, as crianças começam a brincar aos médicos. Um comportamento normal, que favorece a descoberta do próprio corpo e do corpo do outro, mas que "apavora os adultos", admite a psicóloga infantil Rita Jonet. "Eles só querem perceber as diferenças, não se pode encarar essa curiosidade como uma experiência aflitiva", recomenda. Na maioria dos casos, as brincadeiras acontecem entre irmãos, vizinhos, primos e, frequentemente, entre crianças do mesmo sexo. "Porque nessas idades há maior intimidade entre rapazes ou entre raparigas do que com o sexo oposto", justifica a psicóloga. "É a descoberta através do corpo do outro. É tocar para sentir como será ser tocado", acrescenta Mário Cordeiro.

Como lidar A resposta é simples, apesar de raramente ser fácil de aplicar: agir e reagir com naturalidade. Castrar estes comportamentos "por causa de moralismos, falsos ou verdadeiros, acabará por interromper, mais tarde, a sexualidade normal da pessoa", aconselha Mário Cordeiro. Gomes Pedro concorda: "Nunca se deve fazer mistério em torno dos assuntos. Por vezes, os adultos diabolizam, porque já se esqueceram de como eram."

Mesmo assim, há dois sinais a que os pais devem estar atentos. O primeiro é se a masturbação acontecer em público. "Os pais têm de ensinar o valor da intimidade e da privacidade", refere Mário Cordeiro. "Explicando que o corpo é um tesouro que deve ser guardado", acrescenta Rita Jonet. O segundo é se a masturbação ou os contactos com outras crianças são demasiado frequentes. "Se chega a casa e abdica de outros entretenimentos ou tarefas e se começa a isolar", explica Rita Jonet. O mais indicado é distrair a criança. "Chamá-la para outras actividades, como ver televisão", recomenda. Caso o comportamento se mantenha, então será preciso consultar o médico ou um psicólogo. Normalmente, explica Gomes Pedro, as crianças que se tocam demasiadas vezes é porque estão sob stresse "e percebem que é uma forma de diminuir a ansiedade".

( Rosa Ramos, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:26 pm

“ … Muitos casais "esquecem-se" de delinear as fronteiras e as regras de convivência com os filhos. A família nasce, mas os pais não podem trocar a função conjugal pela função parental - estas devem conviver, em paralelo. É preciso que o casal seja capaz de ensinar aos filhos que os pais precisam de um espaço seu e que isso é uma coisa boa. Está na natureza dos filhos testarem os limites dos pais; cabe aos pais dizerem-lhes quais são. É preciso não ter receio de dizer: aqui não, esta cama não é tua. Vai para o teu quarto! …”

(Marta Crawford, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:27 pm

“ … Se é verdade que os nossos filhos precisam de conhecer limites, também é verdade que esses mesmos limites devem ser para cumprir.

Os pais que estabelecem limites firmes são aqueles em que a teoria é seguida pela prática, ou seja, quando decidem algo é isso que vai ser feito e o que se espera da criança não é outra coisa que não a cooperação. "Não" significa "não". Quando pretendemos que os limites sejam firmes, a comunicação com os nossos filhos deve ser eficaz, feita por mensagens claras, directas e concretas. E as nossas acções devem ser coerentes, seguindo de forma natural aquilo que foi conversado. Desta forma a criança vai cooperar mais vezes, sem estar sempre a testa-nos, porque nos leva a sério.

Pelo contrário, os pais que estabelecem limites fracos são aqueles para quem o que dizem nem sempre corresponde ao que vai acontecer. Para os seus filhos o "não" pode significar "às vezes", "talvez" ou "sim". Isto acontece quando comunicamos com os nossos filhos de forma pouco eficaz, através de mensagens vagas e pouco definidas, por meias palavras. Algumas vezes os pais parecem implorar aos filhos que cumpram determinada regra que há muito está estabelecida. Desta forma, as crianças aprendem que a cooperação é uma opção e que são elas quem, em última análise, decide o que fazer. Isto leva a relações difíceis, em que a criança resiste às nossas ordens, está sempre a "esticar a corda", muitas vezes ignorando o que dizemos, pois já sabe que é vazio de consequências.”

(Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:27 pm

“ … Aquilo que podemos conseguir com a disciplina que ensinamos aos nossos filhos vai muito mais além do que o curto prazo. No imediato, aconselhamos à criança a forma correcta de lidar com as situações do dia-a-dia, que regras deve cumprir, que limites deve respeitar. E que os seus comportamentos e atitudes todos têm consequências, sejam boas ou más.

Mas o nosso verdadeiro objectivo não deve ser apenas esse e não pode ficar por aqui. Quando ensinamos os nossos filhos, o que pretendemos é que eles se comportem bem, mesmo quando nós (ou outros adultos) não estamos presentes. O que pretendemos é ajudá-los a interiorizar como suas as regras, os limites e as atitudes que lhe vamos ensinando ao longo do tempo, para que eles possam, quando sozinhos e em outras situações, manter a mesma forma de actuar que teriam se estivessem na nossa presença. A isto se chama "autodisciplina" e representa o melhor que podemos transmitir aos nossos filhos. Cabe-nos a nós, como pais e mães, ajudar a criança a controlar os seus impulsos, a gerir as suas emoções e a confiar em si mesma, respeitando os sentimentos e as necessidades dos outros. Quando um dos nossos filhos consegue fazer tudo isto sem estarmos presentes, estamos de parabéns pois conseguimos o nosso principal objectivo.”

(Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link])
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:28 pm

… as convicções de quem julga mentir bem … e por bem … e se sente bem:



“Sei que não devia, mas de vez em quando minto aos meus filhos. Quer dizer, não é bem de vez em quando, é muito. É uma alegria. Sempre que posso, toma, lá vai mais uma mentira. Eu chamo a essas mentiras "mentirinhas". Coisinhas de nada. Mas é mentira: são mesmo mentiras. Ou, como dizem alguns políticos que não querem ser processados, são inverdades.

E quais são essas mentiras? As típicas. "Ah, já venho, é só um bocadinho", mas não volto. Ou "Não há mais bolachas", mas há. Ou, as minhas preferidas - "São só mais três colheres!", e dou dez, porque eles não sabem contar.

Tudo começa por volta dos quinze dias, altura da minha primeira mentira: tiro devagarinho a mão que denuncia a minha presença, substituo por um livro a fazer peso em cima da fralda e piro-me para a sala. O bebé fica a dormir, sem desconfiar que a mão que o embala é um calhamaço do Lobo Antunes.

Ora isto parece uma mentirinha inocente, sem mal. Mas não é: uma mentira é sempre culpada.

O mal desta prática é que, depois de tanta mentira, dá um trabalho dos diabos educar as crianças e ensinar-lhes, por exemplo, que não se deve mentir. Além disso, mentir a uma criança não está ao alcance de qualquer um, exige criatividade, engenho e sapiência: elas têm uma memória de elefante e não se ficam com qualquer treta.

Consola-me, no entanto, a convicção de que minto por bem (e bem). Afinal os meus filhos não precisam de saber que vou ao cinema enquanto eles vão para a cama. Dizer a verdade, no fundo, pode ser uma maldade.”

Inês Teotónio Pereira, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:30 pm

Mentir ou não mentir, eis a questão!



“Há anos, quando era médica residente em pediatria, um adolescente perguntou-me se já tinha fumado erva. Não era uma pergunta amigável, mas antes uma reacção do tipo "ah, sim, isso é o que tu dizes" às minhas questões, como que a avisar-me.

Nenhum doente me perguntou tal coisa em décadas. Mas, recentemente, dei por mim no meio de várias conversas entre pediatras sobre como os pais devem lidar com as perguntas sobre o assunto. Médicos e pais precisam de uma forma de integrar os seus padrões de honestidade com o que sabemos sobre o abuso de drogas - e com investigações que tornam claro que sabemos hoje mais sobre o assunto.

Em particular, os cientistas compreendem melhor a neurobiologia do cérebro adolescente e os riscos de experimentar drogas e álcool na adolescência. Embora pensássemos que o cérebro era relativamente maduro aos 16/18 anos, na realidade continua a desenvolver-se até aos 25. O que se desenvolve cedo é a área de procura do prazer, o núcleo acumbente. As regiões que auxiliam o raciocínio abstracto, a tomada de decisões e a capacidade de julgamento estão ainda a amadurecer e, logo, com menos inclinação para inibir a procura de prazer. Pelo que as drogas e o álcool podem, de facto, levar a alterações permanentes no cérebro - em particular, dizem especialistas, uma maior propensão para a dependência em adulto. No entanto, dar conselhos a jovens nunca foi fácil, e quando a história dos pais vem à baila, fica ainda mais complicado.

Há uma questão moral para os adultos que se orgulham da honestidade e abertura. Há o medo de que, mesmo se explicarmos cuidadosamente a lição da nossa história, possamos estar a oferecer ao nosso filho uma lição implícita acerca da falta de consequências, uma espécie de parábola de eu fiz isso e estou bem. "O problema vem sempre à baila quando dou conselhos aos pais", diz Sharon Levy, directora do programa de abuso adolescente de substâncias no Children's Hospital Boston. "Eles dizem 'bem, o que lhe devo dizer - ou não?'" A investigação é limitada. Mas há provas que sugerem que quando os pais prestam mais informação e dão melhores conselhos desde cedo, o risco de abuso é menor. E um estudo de 2009 do centro Hazelden para o tratamento da dependência, concluiu que muitos adolescentes apontavam a honestidade dos pais acerca do álcool como influência positiva.

É claro que todos os pais, crianças e todas as situações são diferentes, e não existe uma regra que diz que pais e médicos devem revelar qualquer informação particular sobre o seu consumo de álcool e drogas, passadas ou actuais. Em vez disso, é importante perceber "porque é que perguntas? O que se passa contigo?", diz Janet F. Williams, professora de pediatria no Health Center da Universidade do Texas, e directora do comité para o abuso de substâncias da Academia de Pediatria. "O que nós pensamos que eles querem saber pode não ser aquilo que eles estão a perguntar", afirma. E, tal como sucede com outras conversas, tenha em conta o estado de desenvolvimento da criança; a resposta a uma criança de 12 anos ou a quem tem 22 anos é dada em termos e detalhes diferentes.

Porém, a maioria dos especialistas concorda que quando uma criança faz uma pergunta, o melhor é não mentir. "Diga sem glorificar", aconselha Levy, "e se acha que cometeu um erro, diga isso." Na realidade, uma criança que faz esta pergunta pode ter pensado muito em como e quando puxar do assunto. Trate a questão com respeito, utilize-a para fazer a conversa fluir. Pode não ser uma questão que queira ver levantada mas é uma conversa que, como pai, deve encorajar. (Sites úteis:teens.drugabuse.gov - informação para adolescentes; eteen-safe.org - conselhos sobre como falar com adolescentes.)

Então e o pesadelo familiar de todos os pais: o adolescente zangado que reage à disciplina ou à reprovação virando a conversa com uma acusação sobre as transgressões dos pais? Deborah Simkin, psiquiatra que faz a ligação ao comité Williams da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente, faz a analogia com um alcoólico que resiste ao tratamento tentando trazer à baila os problemas dos outros. "O miúdo está a tentar desviar a atenção da intervenção oportuna por parte dos pais", diz. Em tais casos, a resposta dos pais deve ser clara: "Vamos discutir o que tu fizeste."

O que queremos fazer como pais é transmitir sabedoria - mesmo que a tenhamos adquirido da maneira mais dura - sem que os filhos tenham de correr riscos. "Conduziu sem cinto de segurança e não morreu num acidente. Isso significa que quer que o seu filho conduza sem cinto?", pergunta Levy. Ou como diz Williams: "Se a forma como a questão é apresentada é 'Isto é arriscado e espero que não tenhas de colocar a mão no lume para descobrir que te podes queimar', eles não têm de tomar o mesmo risco." Por fim, depois de todos os cuidados e ansiedades, é essencial voltar ao lado positivo - "lembre-se sempre de reparar no que há de bom no seu filho", aconselha Williams.

Afinal de contas, a mensagem mais importante não é sobre os erros que podem fazer descarrilar mas sim sobre o prazer de encontrar o próprio caminho. Diga ao seu filho, nas palavras de Simkin, que "preferiria que te dedicasses a descobrir a tua paixão, descobrir o que queres fazer na vida" - e celebrar esse potencial. E, por isso, diz Williams, "gostaria que tivessem todas as células cerebrais a que têm direito."

(Perri Klass, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:31 pm

“ … Um tapinha, um beliscão. Que mal podem fazer? Educar é dar limites. O limite então seria o da dor? Não é sensato nem inteligente associar palmadas e beliscões à educação dos filhos. O projeto de lei assinado pelo presidente Lula na quarta-feira pune qualquer castigo físico em crianças e adolescentes. Alguns pais e mães se revoltaram. São os que se descontrolam com seus filhos. Eles não querem o Estado legislando sobre como devem se comportar em casa. Só não percebem que o tapa fraquinho um dia será mais pesado, e o beliscão deixará uma marca roxa. Isso não é amor. É mau exemplo.

Não adiantou conversar nem gritar. A criança continua fazendo malcriação. O próximo passo é bater. Onde? No bumbum. Ela chora, grita. Mais palmadas, num lugar do corpo que provoque mais dor para ela aprender. Os vizinhos ouvem, quem passa na rua se escandaliza se a cena for pública. Talvez um beliscão faça a criança parar. Ninguém sabe a partir de que idade pais estão livres para dar palmadas, beliscões, apertar o bracinho, torcer o bracinho. Com 2 anos, a criança já sabe que está desobedecendo. Tem consciência disso. Então merece. É preciso planejar também com que idade se deve parar de dar tapas. Talvez quando seu filho tiver força para revidar.

Em que momento as palmadas viram surra? Pode ser o número. Mais de cinco palmadas seguidas, quem sabe, pode se chamar espancamento. Com a mão, é palmada, mas, se pega no rosto, já vira bofetada. Pode abrir o lábio, se pegar de mau jeito. “Ah, foi sem querer.” “Perdi a paciência.” “A criança, ou o adolescente, estava pedindo.” Pais que apelam para castigos físicos precisam reconhecer que são incapazes de educar. Não fazem a menor ideia de que provocar dor só pode ser um recurso inócuo ou nocivo. Não há nenhum efeito positivo na violência contra um filho, mesmo que ela seja leve.

“Dizer como eu devo educar meu filho está fora de cogitação. Mesmo que tiver essa lei, provavelmente eu não vou cumprir”, disse na televisão o consultor de informática João Lopes Antunes.

O tapa fraquinho um dia será um beliscão ou uma marca roxa.

Isso não é amor. É mau exemplo

O objetivo do projeto de lei é garantir o direito de uma criança ou jovem de ser educado sem uso de castigos corporais, definidos como “qualquer ação disciplinar ou punitiva que resulte em dor”. Caso seja aprovado pelo Senado, pais como João Lopes serão considerados infratores se as palmadas forem comprovadas. As penas são advertência, cursos de proteção à família e tratamento psicológico. O projeto criou polêmica. Segundo muitos pais, não leva em conta que cada caso é um caso. Pessoas de bem não querem machucar seus filhos. Mas machucam, física e emocionalmente.

Sou a favor do projeto de lei – mesmo sabendo que não há como descobrir o que pais e mães fazem entre quatro paredes. Os casos que vêm a público são os aterradores, como a procuradora que espancou a menininha adotada por se negar a comer tudo. Está presa. A proposta do governo tem um mérito: provoca a discussão nas famílias, nas escolas e na mídia sobre a palmada como recurso legítimo para mostrar o certo e o errado. Com o debate, pode-se quebrar uma cadeia de violência passada de pai para filho como “exemplo de amor”. Mais ainda, de mãe para filho. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Proteção à Infância e Adolescência, as mães são as maiores responsáveis pelas palmadas: 48,6%, em comparação a 25,2% dos pais. São elas que continuam a ficar mais tempo com os filhos.

Já dei palmadas ou “tapinhas” em meu filho mais velho, hoje com 28 anos. Eu me sentia péssima a cada vez que perdia a paciência. E até hoje me envergonho disso. Quando ele tinha 4 anos, eu o chamei e disse: “Não tente me provocar até a hora da palmada. Desista. Porque nunca mais vou encostar o dedo em você, a não ser para fazer carinho. A partir de agora, será conversa, bronca ou castigo, mas palmada não”. Essa decisão é libertadora. Não bata em seu filho nem de leve. Porque não adianta nada. Infligir propositalmente dor ou medo a uma criança que você ama é crime sim. E covardia.”

(Ruth de Aquino, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:33 pm

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... - Página 3 EmptyQui Jul 29, 2010 2:36 pm

Obviamente que é nas escolas pequenas que pode haver ensino de maior qualidade ...

“ … A partir do próximo ano lectivo já não vão abrir 701 escolas do 1.º ciclo, mais 200 do que a estimativa inicial do Governo, sendo que mais de metade localizam-se na zona Norte, segundo dados do Ministério da Educação. ... Durante o mandato da ministra Maria de Lurdes Rodrigues já tinham sido encerradas cerca de 2.500 escolas do 1.º ciclo do ensino básico de reduzida dimensão. …”

( in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )



“ … Há 701 escolas do ensino básico que no próximo ano letivo já não abrem as portas. Mas o Ministério da Educação recusa dizer quais são ... Com a colaboração dos leitores do Expresso, estamos produzir um mapa digital onde ficará documentada a real dimensão deste problema.

Consulte aqui a primeira versão deste documento em atualização permanente …”

(in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )



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