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 Família monoparental: que papel na educação infantil?

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Família monoparental: que papel na educação infantil? Vide
MensagemAssunto: Família monoparental: que papel na educação infantil? Família monoparental: que papel na educação infantil? EmptyQui maio 06, 2010 5:19 am

A maternidade e a paternidade implicam a responsável tarefa de educar, cuidar e proteger os filhos, o que exige atenção, interacção e preocupação diárias.
Actualmente, constata-se que o número de famílias monoparentais em Portugal tem vindo progressivamente a aumentar. Assim, a tarefa de educar os filhos adquire um papel unipessoal, cada vez mais assumido pelo progenitor que, de modo individual, coabita mais tempo com os filhos.
As famílias monoparentais são, portanto, famílias onde a geração dos pais está representada por um único elemento. Esta situação pode acontecer devido a vários motivos, como o divórcio ou separação dos pais, a morte de um dos progenitores ou ainda na opção de “pais solteiros”, em que um dos pais nunca assumiu plenamente a parentalidade.
Quando a mãe ou o pai vive sozinho com os seus filhos, acontece, por vezes, tentar criar uma ligação extremamente próxima com o filho, o que pode, caso esta seja demasiado protectora, limitar o desenvolvimento da autonomia da criança. Ao procurar compensar a ausência do outro progenitor, falha na imposição de regras e limites essenciais na educação da criança. Se é esse o seu caso, não se esqueça portanto que, como qualquer outra criança, o seu filho também precisa de espaço para a sua privacidade e, por um lado, de controlo e definição de regras estabelecidas por si.
No caso do divórcio ou separação, é importante tentar evitar transmitir ao seu filho os sentimentos negativos derivados do fim da relação conjugal. Ao mesmo tempo, é essencial, sempre que possível, assegurar a presença do outro progenitor na educação e vida do filho. Apesar de terem deixado de ser um casal, os progenitores não deixaram de ser ambos pais. Por isso, de forma a promover a necessária estabilidade emocional da criança, deverão ficar claramente definidas as “novas regras da nova família”. A concordância nas práticas educativas parentais utilizadas por ambos os progenitores é muito importante para o desenvolvimento psicológico saudável da criança.
No caso da morte ou ausência de um dos progenitores, é vital conversar com o seu filho, dando-lhe espaço para colocar as questões que ele desejar. Seja verdadeiro e dê-lhe respostas coerentes e consistentes sobre a ausência do outro pai e perceptíveis na faixa etária em que se encontra. Por exemplo, explique que a criança “tem um pai mas que está longe e não pode viver com ela” ou que “o pai morreu porque estava doente, tal como aconteceu com o animal de estimação que teve”.
Em todos os casos, podem surgir sentimentos de zanga, raiva e culpa na criança. Por isso, não se esqueça de fomentar o diálogo com o seu filho e de permitir, também, a libertação dessas tensões, importantes para assegurar a sua integridade psicológica.
E, claro … não se esqueça de si, pois o envolvimento na exigente tarefa de educar sozinho, tenderá a esquecer que também tem necessidades próprias e dúvidas também. A consciencialização de saber o que dizer à criança, e como fazê-lo no momento certo, exigem sobretudo preparação técnica da sua parte, que deve procurar continuamente em livros pedagógicos ou com profissionais qualificados.
Lembre-se: é importante valorizar cada momento que passa com a criança, promover um acompanhamento psicológico consistente e estar atento a pequenos sinais que a criança pode evidenciar em momentos de crise psicológica. Para saber como actuar… no momento certo!
Dra. Marta Salazar
Psicóloga da Equipa BabySOL
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