A Madrasta e o Companheiro

Quer um exemplo: o filho do casal está ali, todos os dias. O enteado está longe(!?) mas só vem no fim-de-semana, ou feriado (o q acontecer primeiro).

Se derem 2 fotos ao pai, ele vai expor a foto (no quarto infantil) do 1º filho, mas esquece de fazer o mesmo com a fotografia do outro filho. O que vive lá. O que dorme nesse quarto.

O 1º filho deve ir à todas as festas que essa familia reconstituida (pai-madrsata-filho comum) sejam convidados, mesmo não vivendo com eles. Mas o inverso não acontece.
O 2º filho tem o mesmo direito de ir a festas q o 1º irmão vá?
Não. Porque o 1º filho tem 2 familias (e 2 casas). O 2º tem apenas 1 familia.


Compreendem as diferenças?

Posso não ter percebido muito bem ... mas do que percebo não concordo.

Eu tenho uma menina com 3 anos e meio. O meu companheiro tem um filho com 6 anos.
Não vou mentir e dizer que o amor que sinto pelo menino dele é igual ao que tenho pela minha filha.
No entanto, ambos fazemos um esforço para tratar os dois por igual, seja nos miminhos e atenção seja nos castigos e reprimendas.
Para mim, nós os 4 somos uma família e os dois são filhos do casal.
Um dia, assim espero, virá um filho dos dois e eu espero nunca fazer qualquer diferença entre os 3.

Dividida escreveu:

Quer um exemplo: o filho do casal está ali, todos os dias. O enteado está longe(!?) mas só vem no fim-de-semana, ou feriado (o q acontecer primeiro).

Se derem 2 fotos ao pai, ele vai expor a foto (no quarto infantil) do 1º filho, mas esquece de fazer o mesmo com a fotografia do outro filho. O que vive lá. O que dorme nesse quarto.

O 1º filho deve ir à todas as festas que essa familia reconstituida (pai-madrsata-filho comum) sejam convidados, mesmo não vivendo com eles. Mas o inverso não acontece.
O 2º filho tem o mesmo direito de ir a festas q o 1º irmão vá?
Não. Porque o 1º filho tem 2 familias (e 2 casas). O 2º tem apenas 1 familia.


Compreendem as diferenças?

Sim compreendo. Mas lá está... o mal está no comportamento do pai.

Mas são mesquinhices que não vale a pena pensar. Tenho q ser menos obsecada pelos pormenores.

Beijos

Mas aí está, as crianças são tratadas como filhos do casal. Mesmo não o sendo.

Mas se o teu companheiro, para compensar a ausência forçada durante a semana, quiser dedicar o fim de semana ao filho e só querer fazer planos para rapazes, nada de shoppings, de teatros e musicais infantis. Só coisas de futebol, motas, enfim, coisinhas de rapazes.... Aceitas na boa, claro. E a tua filha provavelmente terá de ir, mesmo não apreciando muito...

E se fosse sempre assim, o pai a defender os programas masculinos e tu e a tua flha, como ficavam?

sem dúvida que não está correcto. Ficava irritada com o pai!

chamava-o à razão... gritava e esperneava...

quem está a agir mal é o pai!

La esta... Ja pensaste que se calhar nao funcionam como casal?

Parece-me simples... Um sabado vao ver futebol, no domingo vao todos assistir ao Lago dos cisnes....

Provavelmente começarias a sentir o que eu senti. Que esse menino só destabiliza (o pai está sempre justificando o comportamento dele, com "o meu filho não quer", "o meu filho isto, aquilo"). Que vocês não são uma familia, são "Ele" e "Ela" e respectivos filhos.

O problema foi o egoísmo. O Dele porque só via o seu lado de pai, truncado pela consequência do divórcio. E o meu, ao fim de tempos, por não ter a vida familiar q suspirava. Eu tornara-me um bibelot, para não afastar, meter-me e impedir a relação pai-filho.

Estamos sempre a aprender.

É isso q eu gostava q vocês entendessem: Que o vosso amor aos filhos é tudo de bom. Que ninguém quer vos separar. O que queremos é a possibilidade de construir uma relação com esse homem, e que o companherismo, o respeito, amizade e amor,, compreensão e tolerância, são uma via de mão dupla. Eles também tem de dar e não apenas receber.

E saber de que forma, agradamos um ao outro, nesses requisitos.


Se eles querem os filhos sempre perto, nós queremos ter algum tempo de casal, namorar como um casal normal. Vocês não fizeram filho no 1º encontro com o vosso ex-marido, namorado actual, seja lá o q for... Tiveram o vosso tempo sozinhos, antes de "formar familia".
E quando tiveram os vossos filhos, esqueceram logo de imediato, que eram apaixonados pela vossa mulher/marido e se desligaram logo porque filho é o mais imposrtante? Ou simplesmente, tiveram q se dividir: de mulher/marido juntaram um novo papel a desempenhar, ser mulher/mãe e ser marido/pai.


É um pouco por aí, q quero chegar, que também precisamos desse tempo para fortalecer o relacionamento do casal.. Assim como um pai precisa do filho. NÂO TEM DE SER uma escolha exclusiva: ser pai/mãe versus ser marido/mulher, podem ser os 2. Simultâneamente.


Beijos

Dividida escreveu:

NÂO TEM DE SER uma escolha exclusiva: ser pai/mãe versus ser marido/mulher, podem ser os 2. Simultâneamente.

Eu diria mais. NÂO PODE SER uma escolha entre ser pai/mãe versus ser marido/mulher. Não relação que suporte tal coisa...

Fsonecas

Essa é uma excelente solução. Equilibrada, justa. Todos têm direitos e todos têm a sua vez de escolher.

Eu era tolerante (digo era, porque tolerância funciona para quem entende e merece. Se não, é apenas uma forma de abusarem de nós) ao ponto de pensar q nesse fids (fim-de-semana) poderia ser futebol e Playstation e noutro fds qualquer qualquer poderia ser Cinema, ou ir sair com amigos, qualquer coisa do agrado do casal. Mesmo com o filho junto.

Tal nunca aconteceu. Porque o menino iria se aborrecer. Então qualquer plano entre os adultos teria de ser depois das 7h de Domingo.

Mau dia.... Véspera de uma semana de trabalho. mas era o que eu tinha. Então não saíamos, jantar fora, etc... o pai não queria, parece-me q ficava triste por ter de ficar 1 semana sem o filho.

E parece-me q ele se sentia culpado por viver para além da paternidade, pois eu não podia dizer nada à frente do menino (podia ele ficar triste) de irmos jantar com A,B,C no domingo.

Então, a maneira com que o pai encara a paternidadade e as consequências do divórcio, afectam o relacionamento do casal.


Se alimenta raiva à ex, porque ela quiz o divórcio, e com isso, levou também à separação fisica do filho. Se ser pai é uma Missão contra tudo e todos, como se tratasse de uma guerra sangrenta entre Católicos e Protestantes. Esse drama todo, tornará a relação casal inexistente.

Volto a dizer, dividida, sera que o erro nao esta na vossa relaçao?
Podes continuar a ignorar esta pergunta, mas o mal vai continuar ai presente.

Acho q já respondi, mas se calhar, não entendi a essência da pergunta. Rsrsrrs


Está na nossa relação. Não sei se é do meu egoismo, do egoismo dele, das expectativas e ilusões sobre o casamento, romance, amor, ?


Mas uma ex-namorada passou a ex no exacto momento q desabafou que eles nunca estavam sozinhos. Captou?

Mas então, exactamente, na nossa relação, como? Que indicios deva procurar?


bjs

Se passou a ex por tentar orientar para o caminho certo talvez o sr nao esteja preparado para uma relaçao.
Se calhar precisa de tempo sozinho.

So tu podes saber o que queres para ti.

Eu sei o q quero.

Não quero é as consequências dessa decisão. O ex odiar-me-à porque o abandonei, porque o afasto do filho, já não estaré todos os dias, a acusação que sou uma egoista que faço com q o nosso miudo ande nessa vida de cá para lá, de casa em casa. Que não amo nosso filho e a prova é eu decidir tal coisa. Eu já ouvi o discurso dele.

E sinto-me culpada e egoista, por o meu filho pagar por essa decisao. Então, travo.

O que te importa mais? O que o ex vai sentir? Ou o que tu e o teu filho querem para a vida???

Cobardia minha...

Será q o meu pequeno quer andar a mudar de casa a cada fim d semana? É uma escolha q me custa.


Quando eu ganhar coragem...

Valha-me Deus Dividida...

Queres que o teu filho cresça com esses valores?? Que a mulher pode ser sempre relegada para 2º (quiça 3º, último) plano? Que ele próprio (pelo que tu dizes o teu próprio filho é relegado para 2º plano em relação ao filho dele....

Que não aprenda que os nossos filhos são o nosso maior Amor, mas que também tem de existir tempo de casal? E que eles, eles filhos, não têm de se sentir incomodados com isso porque sabem que têm seguro o lugar deles nas nossas vidas??

É que o menino (enteado) é um menino extremamente carente. Não tem na mãe, aquele amor, carinho q encontra no pai. E o pai quer compensar a sua ausência física, durante a semana (actualmente de 15/15 dias, por força da psicologa infantil) e da ausência emocional materna.

E meteu o filhote aqui, (à socapa) os 3 meses de férias. Férias de Verão (as únicas férias repartidas entre mãe e pai) são mês e meio com o pai. Eu estranhava ele aparecer logo no 1º dia e ir ficando.

Eu perguntava ao maridinho, porquê, teria algo se passado? Seria troca de vez com a mãe?

Os homens calam-se, quando o assunto é incómodo. E o tempo foi passando. Até que ele foi obrigado a contar.

A carência do filho, justifica tudo.

Como se pudesse, com o amor todo do pai, curar o vazio deixado pela mãe.

Dividida eu poderia comentar muito do que tens escrito. Mas apenas te vou dizer que estás a ir pelo caminho errado. Colocas culpas numa criança que não tem culpa nenhuma Se o teu marido não te conta as coisas é porque ja sabe qual vai ser a tua reacção. O que me leva a crer que ele pode estar errado mas a tua atitude foi sempre a mesma o teu entiado não passa mesmo do filho do teu marido com outra mulher e é isso que tu não suportas

E mais o filho do meu namorado tambem não tem a presença da mãe com ele. Ou seja o menino vive com o pai e nem a mâe vê. E quando estivermos a morar todos eu faço questão de o mimar como mimo os meus filhos