A Madrasta pode ajudar na relação pai/filhos?

Olá,

Eu sei que a maior parte de vocês é divorciado e com filhos. E muito bem.
No entanto, hoje gostaria de vos colocar na pele dos que são divorciados e não têm filhos e namoram com quem seja divorciado e tenha filhos.
Qual deverá ser a atitude dessa pessoa para com os filhos da outra parte? como gerir essa relação,por vezes complicada, quando se lida pela primeira vez com crianças e quando estas não são nossas?
Como gerir eventuais sentimentos de ciúmes quando a pessoa amada, que também é pai ou mãe, tem de partilhar tempo e amor com os filhos e com a nova parceira/parceiro?
Na qualidade de pais divorciados, o que esperam desse novo elemento quando este/esta passa a relacionar-se com os vossos filhos?
Sandrina

Olá

Pois é Sandrina, também é uma situação complicada. Mas eu acho que quando uma mulher conhece um homem que já tenha filhos ela se adapta facilmente porque existe sempre um instinto maternal que vem ao de cima. Quanto aos ciúmes, acho que depende muito do pai ou da mãe das crianças. Essa pessoa será uma espécie de mediador(a). É uma posição ingrata mas será essa a pessoa a que poderá colocar os dois lados em harmonia…
Na qualidade de mãe divorciada, o que espero da pessoa que escolhi? Que seja carinhosa com os meus filhos, que saiba ouvi-los e que também lhes repreenda quando necessário. É evidente que poderá correr o risco de ouvir a célebre frase: ”tu não és meu pai”. Aí é que eu entro em acção e tento mostrar-lhes que ele também deverá participar na educação deles. Se calhar estou a pensar de uma forma errada… Será? Umas dicas davam jeito!

Beijinhos

Mar

Olá Mar,

Obrigada pela tua reflexão, contudo tenho dúvidas de que o instinto maternal seja algo tão inato quanto isso, e ainda mais quando nunca se teve filhos.
Mas obrigada pela tua achega.
Beijinhos

Olá Sandrina

Quando me divorciei do meu primeiro marido os meus filhos já eram adolescentes,
sempre falei com eles abertamente e sempre nos apoiámos, mesmo no silêncio...

Quando casei com o meu marido, admirei a coragem dele assumir uma relação
com uma mulher com dois filhos adolescentes, reconheço que não é fácil...mas
como sempre me empenhei na construção das nossas vidas, embora lidando com esse ciúme dos filhos , do marido, fui construindo ...no sentido daquilo que era o meu objectivo-
a felicidade da familia e o seu equilibrio- os filhos têm o seu lugar e o marido idem
dou razão a quem a tem , tento ser justa nos pequenos conflitos que se vão gerando.

Lembro-me que uma vez entre o meu filho mais novo e o meu marido ter havido uma discussão "assanhada" que não passava senão da adpatação à nova vida !! Geri na altura o problema frontalmente com calma dando razão a quem a tinha e esclarecendo porque achava que aquele conflito tinha existido ( foi intenso) mas... após essa discussão surgiu uma admiração dum pelo outro que me delicia.

E hoje são amigos, e somos uma familia unida, mesmo com as diferenças que existem
como é natural- todos somos diferentes, mas perdemos muito tempo a rir e a falar e
quase nenhum a discutir.

Há lugar para todos !!! mas temos que estar nisto de coração doutra forma...

Olá mite95

É tão bom ler as suas palavras! Obrigada pela sua participação neste fórum...os seus testemunhos dão-me alento. Estamos todos a precisar!

Mar

Olá Mar

Fiquei muito feliz com as suas palavras!!! Sinceramente !!!

Sabe que são estas partilhas que nos dão lucidez para valorizar a vida e as pessoas

e eu amo a Vida

Obrigada Mar

Mite95

Parabéns pelo teu testemunho!

Seria interessante abrires um tópico na secção: "Relações bem sucedidas", onde se quiseres podes aprofundar a tua experiência de forma a servir como motivação e exemplo para os demais utilizadores deste fórum.

Abraço

Sabe Mite95, às vezes tento convencer-me que tudo vai ficar bem. Mas tentar convencer-me não é a mesma coisa que acreditar. Depois leio o teu testemunho e aí sim, começo a acreditar.

Obrigada!


Mar

Olá Mar,

Sabes, chego á conclusão que a esperança também é uma coisa que se adquire... através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança muitas vezes é preciso irmos além do desespero... e depois temos o caso da mite95, que reflete a paciência, a compreensão... a esperança.
É nisso que temos que acreditar... Toda a gente merece ser feliz... Uns mais cedo outros mais tarde...
Um beijo de amizade

Olá Mar,

Acredite, acredite em si e lembre-se que as coisas não se constroem "do pé para a mão"
todos temos momentos em que nos vamos abaixo, mas para a frente é que é o caminho
e é para a frente que obrigatóriamente temos que andar.

O tempo está sempre a passar e é no hoje, no momento, que temos de ir construindo,
construir sentimentos definir objectivos por mais ridiculos que pareçam ... não podemos parar....


Eu, aprendi a dar valor a tudo, momento a momento , e fundamentalmente faço-o com muito humor ...

E acredite que tudo vai ficar bem independentemente das pedras no caminho, tudo vai ficar bem... comece por sorrir... faz bem , fortalece-nos e evita as rugas...



Um beijinho para si e força aí !!!!!

Olá Mite95,

Bebo as suas palavras como quem precisa de água.
Obrigada porque por vezes a esperança desaparece e o medo de que não dê certo vem ao de cima e vence qualquer motivação...e volta-se a estaca a zero sem saber o que fazer. Bloqueia-se. Não se avança por temer errar mas não se desiste da relação porque se ama..o que fazer nessas alturas? não sei.
De qualquer forma, obrigada pelo testemunho.
Obrigada.
Sandrina

Olá Mar,

Na luta da vida o que temos a fazer é ponderar na decisão a tomar de acordo com aquilo que queremos e com a personalidade da pessoa com quem queremos construir uma relação , temos que ponderar por nós por ele e pela relação.

O medo existe sempre, faz parte da nossa condição de humanos...mas não podemos deixar de avançar porque temos medo... a nossa obrigação é pensar ponderar para sermos o mais possivel correctos com aquilo que são os nossos objectivos.. os nossos anseios ...e avançar...
Se o medo é superior nunca arriscamos, nunca avançamos e temo-lo a ele (o medo) como único companheiro.

Temos que prosseguir com coerência e coragem e mesmo que a resposta não seja a que queremos o que temos de fazer é parar repensar e voltar a tentar...

(Por experiência lhe digo e é apenas na minha experiência de vida que me baseio porque não sou mais que alguêm .. sou apenas uma pessoa que ama a vida e as pessoas...)

Temos que nos confrontar com as nossas fraquezas, por vezes quando insistimos e a resposta não é a que queremos temos que dar espaço também ao nosso desalento mas este só pode durar 30M +/- ( AHAHAH) e de seguida levantar a cabeça e ir à luta... porque
assim ficamos muito mais contentes connosco próprios e mais fortes...

A si de todo o coração desejo que consiga vencer o medo e fortificar a sua força para conseguir os seus objectivos e um dia dizer-me - Mité (pode tirar o 95) .... Consegui!!!

Um beijinho muito grande

Olá Mité,

Mais uma vez orbigada pelo seu testemunho de alento e força para todas nós que já fracassamos uma vez.

Um beijinho grande.

Sandrina

Olá a todos.

Gostaria de saber a vossa opinião sobre o papel das madrastas/padrastos nas vidas dos filhos de pais divorciados.

Devem ser amigos disponíveis, mas sem interferirem na vida, educação, futuro das crianças? Ou podem ter um papel mais activo?

Como veêm a possível amizade dos vossos filhos com os novos companheiros dos vossos exs? Saudável? Perigosa? Ameaçadora?

Obrigada.

Madrasta (31 anos, madrasta de 2 rapazes de 8 e 15 anos)

O meu ex já teve uma relação mais duradoura depois de mim. Nessa altura a minha menina ainda era muito bebé! Passada aquela fase inicial de a conhecer e de ter medo que ela quisesse "usurpar" o meu lugar, correu tudo bem. Acho q é saudável que se dêem bem. E temos que construir uma relação de alguma confiança, afinal são pessoas que passarão a fazer parte, interferindo ou não, da vida dos nossos filhos. Para o bem-estar da criança o ideal era que todos se dessem bem, mas acho que há crianças q rejeitam os padrastos/madrastas...
Isto só caso a caso.
Eu tive sorte da madrasta da nina ser impecável com ela e gostar muito dela! E dela tb ser alguém que "soube ocupar o seu lugar" sem entrar em conflitos, nem com tomadas de posição "de força"!!! Também é importante!

Agora madrasta de um menino de 15, não deve ser fácil, pois não? Essas idades são complicadas!
Em relação a interferir... a presença e maneira de agir já interferem na educação. As minhas amigas (os) mais proximos participam na educação da minha filha!

É um bom tópico!!

Bom sábado... finalmente veio o sol!!!

S ndra

Olá,

Eu acho importante a presença saudável das madrastas e padrastos na vida dos filhos do actual cônjuge. Não tenho filhos mas sou plenamente a favor de um bom entendimento entre ambos e defendo que essa pessoas, embora "estranha" aos miúdos deve ter o seu lugar e o seu papel, mais ou menos activo e participativo na educação e diversão dos miúdos, sem nunca subsituirem a figura do pai ou mãe, claro.
Acho que deve ser um desafio interessante, para ambas as partes e todos podem ficar a ganhar com isso.
Mas na verdade, cada caso é um caso.
Um abraço,

Bem vinda Madrasta

Especial beijinho para ti ...





tambem eu tenho kit ...

Obrigada a todas pelos comentários

Sandra,
os 15 anos são uma idade complicada, mas dou-me muito bem com ambos os rapazes e eles aceitam-me desde o início como esposa do pai e amiga. Quem não aceita mesmo é a mãe, quer à força que eu seja a madrasta má das histórias, a bruxa que todos odeiam, e os miúdos acabam no meio dum joguete sem sentido

SA,
là desafio é lol e é um treino para quando decidir ter o meu filho/filha.

Lecunga,
obrigada.

Bjs

Madrasta é uma palavra sem encanto, parece que se fala duma bruxa com vassoura, nós madrastas deveríamos ter uma designação mais bonita... Não acham!!!

Mas ser madrasta não é colocarmo-nos no lugar da mãe, mas sim acrescentarmos à vivência dos nossos enteados mais uma pessoa de familia, uma amiga, uma companheira...

Eu dou-me muito bem com a minha "filhota" como lhe chamo e não me inibo de lhe dar uma opinião mesmo discordante como faria com os meus filhos, porque para mim ela
é mais uma filha... respeita-me ouve-me acarinha-me , enfim corresponde ao meu comportamento para com ela !!!

A madrasta ( a miga) pode e deve sempre ajudar...

só aconselho a que os ciúmes fiquem de lado porque isso destrói qualquer boa intensão que exista e corta a lucidez...

Concordo contigo Tereza, não sei se na prática, isso se verifica tão bem em todos os casos.
Eu acho que deves ser uma "boadrasta", isso sim. Mulher linda...
Parabéns...

Jokas

esta vida madrastal ...

Boa tarde,

Eu acho que a madrasta não deve interferir se a criança não o pedir ou não estiver receptiva a..

Eu não sou madrasta, sou mãe.

Mas tb não gostaria que maltratassem o meu filho, mas tb nao gostaria que tentassem ocupar o meu lugar.

O meu filho tem 14 anos e não me parece que vá fazer amizade com a madrasta, até porque como ele diz:" Não pediu aquela familia e não quer ser forçado a ter de conviver com essa familia."

Para uma criança pequena deve ser mais fácil.

No meu caso esperava uma madrasta que não fizesse o meu filho infeliz, que lhe desse o espaço dele e o respeitasse e que não interferisse nos assuntos do meu filho, uma vez que para isso tem o pai e a mãe.

Uma coisa é ser amiga e dar conselhos outra é interferir na educação dele.

São os meus pensamentos e valem o que valem. Mas, sou divorciada e estou do outro lado....

Beijinhos,

Lili

pois ...