Como explicar aos filhos?

Ontem o meu piqueno quebrou. É um miudo muito perceptivo e emocionalmente atento, mas pensava que ele estava melhor que o que está.

Ontem percebi que não aceitou nada. Diz que quer que a gente volte a ser uma família, que é infeliz por nos termos separado, que o pai ficou mau e que não é um pai vedadeiro porque se fosse queria ficar com a familia dele, não fica porque é egoista.

Quando estava a explicar-lhe que o pai não era mau apenas tinha alguns problemas, ele em tom acusatório pergunta-me: quer dizer que não te importas mais que ele grite comigo? E eu disse que claro que importo. Ao que ele respondeu: Então porque não fazes nada? E eu disse que já lhe tinha pedido várias vezes para ele não fazer isso, mas não posso controlar o que ele faz, e para mais o pai passa a vida a dizer ao miudo que eu não mando nada nas coisas dele.

Fartou-se de chorar desalmadamente e disse que quando crescesse nunca ia ter nenhuma família por causa das separações.

Provavelmente como na escola andam a falar sobre coisas familiares que normalmente são pensadas para casais, isso afectou-o de alguma forma.

Fiquei triste demais, dei a guarda conjunta para ele aproveitar o melhor do pai e o pai acha que gritar com o miudo é disciplina mesmo nas mais pequenas coisas, basta irritar-se.

E o miudo ao mesmo tempo que adora as brincadeiras com o pai (normalmente jogar jogos de PC que eu não aprovo mas n posso fazer nada), que gosta da casa onde foi feliz, divide-se entre uma raiva latente contra o pai, porque ele vê, percebe, mas é pai dele e gosta dele, é um miudo muito agarrado aos seus.

Ele quer continuar a dividir o tempo porque sabe que não podemos voltar a estar juntos, mas um ano depois ainda não aceitou isso, e não parece minimamente disposto a aceitar, conclui que não quer ter familia e tem um grande ressentimento e não fui eu que lho meti na cabeça, simplesmente os ambientes são muito diferentes, em minha casa quase que não tenho problemas com ele mas noto-lhe algumas saidas já algo parecidas com o pai, demasiado impulsivas e depois arrepende-se do que diz e pede desculpa.

Não sei se faço bem em dar a guarda conjunta, mas acho que seria pior de outra forma dado que o meu filho gosta de estar com ambos... é o que resta da família que ele adorava e o pai ainda tem coisas boas e quero que as aproveite.

Mas um dia o pai vai deixá-lo na mão assim que se aperceber que não é mais o herói do meu filho, e vai fazer como fez com os outros filhos: se os filhos não o idolatram afasta-se deles.

E um dia o meu filho provavelmente vai ter também essa desilusão e eu vou ter que assistir a isso, e a unica coisa que me passa na cabeça é que me dói mais o sofrimento dele que o meu, fiquei de rastos.

Não sei o que fazer, sendo o meu EX a pessoa que é, se deixar o meu filho na guarda conjunta, estou a sujeita-lo se calhar a mais sofrimento e uma educação e exemplo que não o beneficiarão, mas ao menos tem um pai. Se tiro a guarda conjunta para menos tempo com o pai, corro o risco de ele um dia se virar contra mim e dizer que não o deixei estar com o pai. O que não estou livre também é pagar as consequências de sujeitar o meu filho à parte violenta e manipuladora do meu EX.

Não sei o que fazer....

@Sofiaa
Que idade tem o teu filho? Não estarás a sobrecarregar as palavras dele com os teus receios? É óbvio que temos de estar alerta aos "sinais", mas muitas vezes eles dizem coisas que nos parecem o fim do mundo e passados 5 minutos já nem lhes passa pela cabeça o que disseram.

Quanto à guarda, não deves encarar a coisa como sendo tu a dar a guarda conjunta. Não é uma coisa tua, que possas dar ou não. Tens de pensar o que é melhor para o teu filho e se tens dúvidas sobre o que será melhor, deves tentar esclarecê-las. Não sei muito bem como funciona ou mesmo se existe apoio institucional para te ajudarem a perceber o melhor para a criança, mas seja como fôr, o Pai tem de estar incluído no processo e ser homem suficiente para perceber o que é melhor para o filho.

Felizmente não tive, não tenho e espero nunca vir a ter, um ser irracional do outro lado, e possivelmente tenho uma visão um pouco côr-de-rosa deste processo. Até agora estou ciente que tanto eu como a Mãe temos bem presente o "superior interesse do menor"

O meu filho vai fazer esta semana 7 anos, e foram essas mesmas as palavras, fora as vezes que ele me recrimina por eu aceitar as coisas que o pai me faz... neste tempo todo nunca o tinha ouvido exprimir-se assim, daí o meu desespero porque vi finalmente o sofrimento e revolta dentro dele. E aquilo foi um desabafo, não me pareceu daquelas coisas de dizer e depois já lhe passou. O miudo está dividido porque o meu EX tanto consegue ser uma pessoa adorável como uma pessoa... enfim, nem vou dizer... é como se fosse 2 pessoas, senão eu não tinha estado quase 10 anos "presa", é difícil alternar entre estas duas coisas e lidar com isso: ora trata mal e é cruel, ora pede desculpa e é gentil...

Quando digo "dei" a guarda conjunta, foi porque ele não ma pediu sequer, tanto lhe fazia naquela altura, na verdade eu perguntei ao meu filho o que ele queria e foi ele mesmo que decidiu. Sempre esteve na minha mira o bem estar dele, acima do meu e do dele.

O Pai anda à procura dele próprio, a frase preferida dele é "que se f... todos" e não me parece que ele saiba algo no que respeita a responsabilidade parental neste momento... anda preocupado com outras coisas... olha, por exemplo com a chegada dos alienígenas em 2012 e vai fazer uma viagem à amazónia para encontrar o xamã dentro dele...

Não, não estou a brincar, mas às vezes penso que ele é não vive neste planeta...

É difícil avaliar o que é melhor para o filho nestes casos, pelo menos para mim é.

Acho que vou falar com uma psicologa infantil para poder avaliar melhor que posso estar a perder a perspectiva.

Bom, decidi procurar uma psicologa, que pelo calo profissionalo que lhe notei e abordagem me parece bastante boa, que vai acompanhar-me e também acha que o miudo deve ser visto pelo que foi aqui dito.... já agora acha que o meu EX devia ser visto tb devido ao relatado mas essa decisão só pode ser feita por ele.

Logo, gostei muito de falar com ela, parece que me "lia" sem grande esforço e nem vou ter que pagar pelas consultas o que até ajuda dado que serei eu e o meu filho.

Assim ela saberá melhor como ajudar o meu filho a entender o que tiver que entender de uma forma independente e eu fico mais descansada relativamente a não estar saber dizer as coisas certas.

Nem mais Sofiaa, mas procura respostas em ti, podem indicar-te o caminho mas tens sempre de ser tu a fazê-lo!

Ainda bem para ti, mais um passinho para o bem-estar!

Soofia, foi um bom passo. Muito bem. Agora trabalha porque tudo depende de ti....

E, pronto... as minhas bonecas já sabem de tudo.

Quase 15 dias depois de nos termos separado, hoje foi o dia.

Aliás, a conversa que tivemos foi mais uma formalidade, uma explicitação daquilo que elas, no fundo, já pressentiam... Na verdade, desde há dois anos que o pai tem sido extremamente ausente (por motivos profissionais até provas em contrário...) Desde há muito que sentem saudades do pai e nem o argumento de que ele tinha de trabalhar as consolava. Até porque ao fim-de-semana o pai dificilmente tinha paciência para brincar ou conversar com as pequenitas.

Daí que hoje não tenha havido grande reacção emocional (pelo menos aparentemente) por parte delas. Ficaram a saber de imediato que a vida delas ia ser exactamente igual à que têm tido, ou seja, ficam durante a semana com a mãe e ao domingo vão para casa do pai. Não lhes explicámos o resto, ou seja, assim que a pós-graduação do pai acabar (Julho), irão com ele, de sexta a domingo, em fins-de-semana alternados. Para quê complicar? Vai-se contando à medida que as situações vão decorrendo.

Se este testemunho interessar a alguém... posso dizer que decidimos revelar às crianças a nossa separação conjuntamente, dizendo que já não éramos namorados, apenas amigos , e que continuaríamos sempre unidos para protegê-las e mimá-las.

(Aqui entre nós... só não sei é se o pai vai manter o mesmo interesse e entusiasmo que revela actualmente pelas filhas. Não duvido que cumpra o acordo e as "visitas", mas... bem, ele não sabe o que é passar dois dias sozinho com as filhas! Ou bem que recorre à família, pais e irmã, ou sozinho vai-se passar com elas... Paciência não é o forte dele... Mas pode ser que esteja enganada.)

Pode ser que sim, pode ser que não... As pessoas (e em particular, os homens) adaptam-se, se tiverem vontade para isso!
Como sempre, o que interessa é que elas estejam bem. E pelos vistos, é o que acontece.

Isabel GM:
Espero que estejas enganada a respeito do ex mas se acontecer como acontece com o meu...
pode estar com os filhos ao domingo das 8h às 20h...mas vem buscá-los às 11h e traz-mos às 15H...diz que não sabe lidar com eles!!!!
Boa sorte para a longa caminhada...
Beijinhos

@ Isabel pelos vistos correu bem, ainda bem. FIzeram bem em dizer que seriam amigo e que iriam sempre mima-las e protegê-las.Acho que esse deve ser o maior medo dos filhos....deixarem de ter um pai ou mãe.
Sobre os pais se demitirem e os "devolverem" antes do tempo etc. Eu posso compreender (um pouco) mas nao aceito. Todos nós que lidamos com os nossos filhos sabemos que (pelo menos os meus e outros que conheço) andam sempre a medir forças e a desafiar a autoridade. Se eles fazem isso no dia-a-dia com os pais presentes ainda mais o farão quando só vem o pai de quinze em quinze dias. Mesmo eu que estou semana sim semana nao com eles ja ouvi "... Não...Quero ir para a mãe" ou "nao faço", ou "não como" etc. Mas como lido com eles desde que nasceram e mantenho um contacto semanal (e na semana da ex. tb estou c eles) sei o que fazer e ultrapassar essas situações.
Outra situação que os deixa espantados é o facto de se acontecer algo (ou em casa, ou na escola, notas etc) na casa p.ex. da mãe eu o ficar a saber quase imediatamente (e vice-versa) e, qd os há, os castigos transitarem de uma casa para outra. Mas assim sabem sempre o que os espera, lol.

@ Andreia, espero que consigas fazer compreender ao teu ex que quanto menos tempo ele estiver com eles pior vai ser.

@Sofiaa, acho que 7 anos é demasiado jovem para saber o que é melhor para ele. Tens de ser tu a decidir se a guarda partilhada é melhor, e nem que seja temporario, talvez mudar e esperar que o teu ex cresça? A ajuda profissional pode ser muito importante e espero que seja uma grande mais valia

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Isabel GM escreveu:

(Aqui entre nós... só não sei é se o pai vai manter o mesmo interesse e entusiasmo que revela actualmente pelas filhas. Não duvido que cumpra o acordo e as "visitas", mas... bem, ele não sabe o que é passar dois dias sozinho com as filhas! Ou bem que recorre à família, pais e irmã, ou sozinho vai-se passar com elas... Paciência não é o forte dele... Mas pode ser que esteja enganada.)

Olá,

De facto agora que a minha separação parece estar confirmada a minha maior interrogação é essa mesmo, como é que eu vou conseguir cuidar uma semana inteira das minhas lindas. Concordo que a Mãe tem uma maior apetência e paciência (por vezes) para cuidar delas, mas eu não quero separar-me das minhas filhas e quero participar na sua educação e crescimento. Espero corresponder como Pai e como amigo delas e conseguir estar à altura desta missão que não me parece que seja fácil, principalmente para mim...

Olá, NDRC!

As mães têm paciência para umas coisas... e os pais para outras! Complementam-se. Por isso, é sempre importante que não faltem ambos na educação das crianças.

Mas, em muitos aspectos, o que a mãe dá, tu também podes dar... Dar banho, fazer as refeições, moderar conflitos entre irmãs, acompanhar as actividades escolares, ficar sentado com elas no sofá a ver desenhos animados, contar uma historinha antes de adormecerem... Se uma mulher sabe fazer, um homem também! Isto não sai do útero ou dos ovários, que caneco! Faz à tua maneira, com maior ou menor jeito, mas vais ver que o novo ritmo depressa se irá impor.

Mais importante de tudo é conversar, conversar, conversar. Eu gosto muito de conversar com as minhas filhas sobre a minha infância, quando tinha a idade delas, dos meus medos, das minhas asneiras... Falo do meu quotidiano profissional... Dos contratempos que me ocorrem no dia-a-dia... Tudo adaptado, como é óbvio, não pretendo propriamente desabafar, mas partilhar as minhas coisas, e muitas vezes até levo para a risota. Elas gostam de me ouvir e aprendem também a conversar comigo. Partilham à maneira delas o que sentem, o que pensam e as pequeninas coisas da pequenina vida delas...

O resto não interessa. Depressa entras no ritmo e as tuas filhas com certeza vão compreender que a mãe faz de uma maneira e o pai faz de outra, mas que os dois gostam muito delas e que lutam para que se sintam felizes.

Já agora, a missão de educar um filho, sejamos homens ou mulheres, estando ou não divorciados, é sempre uma longa, difícil e imprevista aventura... Mas temos de investir e confiar que a nossa plantinha há-de crescer forte e saudável!

Vai tudo correr bem.

Acho que o meu dia da conversa séria (Como explicar aos filhos) está para chegar em breve. Não que eu saiba como fazê-lo...
O pai comunicou-me ontem por sms +/- à meia noite (acordou-me) que vai oficialmente atrás (ou oficializar a relação) da "amiga especial" com quem eu o apanhei a trocar sms íntimas e que foi o motivo (ou o motivo despoletador) do divórcio. Claro que ele sempre negou tudo veementemente!
Quando achamos que a coisa não pode piorar, desenganemo-nos! Pode mesmo!
Como "as pessoas" podem ser crápulas (não vou dizer "os homens" embora me apeteça, pois sei que não se deve sexualizar a coisa).
Claro que eu vou continuar a fazer boa cara como sempre, pois sou eu que tenho que manter os meus filhos o mais "estáveis" (psicologica e emotivamente) que puder.
Quem me dera adormecer durante uma semana e acordar noutro planeta!
Desculpem o desabafo, mas há dias mesmo maus!

susy. escreveu:

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Obrigada pelo link, Susy! Gostei muito do artigo.

NDRC, depende do tipo de pai que fores.
Eu nao acho que a minha ex tenha mais apetencia no geral. Tera numas coisas como eu terei noutras. Simples. E na minha semana ele bebe das minhas competencias, na da mae, bebe das dela.....


Sim, lia, nem vale a pena generalizar porque tu sabes bem que não seria justo. Quanto ao teu caso, porque tens que ser tu? Senta o teu futuro Ex em frente aos filhos, senta-te ao lado, e JUNTOS expliquem. Que acabou. Que vao ficar amigos, que nao é culpa deles mas que deixam se ser namorados ( depende da idade claro.... ).

Liawolf escreveu:

Acho que o meu dia da conversa séria (Como explicar aos filhos) está para chegar em breve. Não que eu saiba como fazê-lo...
O pai comunicou-me ontem por sms +/- à meia noite (acordou-me) que vai oficialmente atrás (ou oficializar a relação) da "amiga especial" com quem eu o apanhei a trocar sms íntimas e que foi o motivo (ou o motivo despoletador) do divórcio. Claro que ele sempre negou tudo veementemente!
Quando achamos que a coisa não pode piorar, desenganemo-nos! Pode mesmo!
Como "as pessoas" podem ser crápulas (não vou dizer "os homens" embora me apeteça, pois sei que não se deve sexualizar a coisa).
Claro que eu vou continuar a fazer boa cara como sempre, pois sou eu que tenho que manter os meus filhos o mais "estáveis" (psicologica e emotivamente) que puder.
Quem me dera adormecer durante uma semana e acordar noutro planeta!
Desculpem o desabafo, mas há dias mesmo maus!

Lia..... é um desabafo, e há dias assim...

Penso que este era o tal empurrão que falámos e que te faltava para falares com os meninos sobre a situação, linguagem de criança, mas que os pais já não vivem juntos e não é provisório, ou estarias a transmitir-lhes a ideia que um dia voltam a estar todos juntos na mesma casa e passeios, e festas, etc etc..

Custa, mas tens que enfrentar desta vez.

Beijo, força (que sei que a tens)

Lia,

Então e o pai... não vai ter que explicar nada?

Talvez seja importante que a tal conversa séria seja na presença dos dois pais, para que, principalmente a tua menina mais velha se sinta mais segura.

Vai correr tudo bem, vais ver!
Tenho a certeza que tu vais saber como fazê-lo.


Um gde beijinho, muita força!

Lia,
O que eu te desejo que tudo corra pelo melhor com calma juntamente com o pai tentem explicar em linguagem apropriada a idade para que entendam e se sintam apioados pelos dois, sei que é dificil mas tem que ser..

Força e coragem, bjs

Lia,

Não deve ser mesmo fácil para ti esta fase mas, finalmente, tens a certeza daquilo que já desconfiavas há muito. Encara-o como um encerramento!

Os filhos são outra história. Claro que nenhuma pessoa é obrigada a manter-se numa relação, mas os filhos continuarão a ser nossos filhos para sempre. As nossas responsabilidades enquanto pais subsistem muito para além de vivermos juntos. A verdade é que, neste mundo onde cada vez mais se dá atenção ao imediato, podemos trocar de tudo menos os nossos pais e os nossos filhos!

Por isso, acho que é responsabilidade dos dois assegurar o crescimento estável destes. Não queiras adormecer uma semana e acordar noutro planeta. Isso significava que irias estar a afastar-te daqueles que tanto te importam. Aproveita antes para "limpar" as mágoas que subsistem, e enfrentar de vez um problema que, não foste tu a criar, mas que continua a ser teu e que terás de resolver.

Força no processo.

Obrigada pelo apoio e conselhos!
Hoje já estou quase de volta ao normal (pelo menos já me sinto muito melhor)... Valeu-me o apoio dos amigos, para ultrapassar mais uma "fase" má.
Ainda não falei com a minha filha, ainda estou a tomar coragem, mas talvez consiga amanhã...
Eu também acho que deviamos (eu e o pai) falar com ela em simultâneo, mas como não me está a parecer provável que isso venha a acontecer, tenho de falar com ela.
Vou apenas dizer-lhe mais ou menos o que o fsonecas sugere: "Que acabou. Que vão ficar amigos, que nao é culpa deles mas que deixaram se ser namorados."
Enfim, vamos lá ver se sou capaz...
Eu depois conto...
Bjs e obrigada a todos (fsonecas, susy, rocana, basco, jbsn)!

Liawolf:
Espero que consigas comunicar à tua filha a separação sem que a mágoa se instale no seu coração...eu sei que vais conseguir!!!
os miúdos têm uma capacidade de entender as coisas que nos surpreendem(o mais provável é que já se tenha apercebido de algo),mas de qualquer forma faz~lhe entender que assim vão ser os dois mais felizes pois essa palavra faz milagres junto dos nossos filhos!!!
A minha filha que tem 12 anos escreveu um texto na escola onde diz que agora a mãe tem um sorriso lindo e que os meus olhos também se riem e que nota pelo meu olhar se algo de mau se está a passar!!!
Mostra-lhe o teu sorriso para ela ver que não sofres!!!
UM beijinho e muita força

Liawolf escreveu:

Acho que o meu dia da conversa séria (Como explicar aos filhos) está para chegar em breve. Não que eu saiba como fazê-lo...
O pai comunicou-me ontem por sms +/- à meia noite (acordou-me) que vai oficialmente atrás (ou oficializar a relação) da "amiga especial" com quem eu o apanhei a trocar sms íntimas e que foi o motivo (ou o motivo despoletador) do divórcio. Claro que ele sempre negou tudo veementemente!
Quando achamos que a coisa não pode piorar, desenganemo-nos! Pode mesmo!
Como "as pessoas" podem ser crápulas (não vou dizer "os homens" embora me apeteça, pois sei que não se deve sexualizar a coisa).
Claro que eu vou continuar a fazer boa cara como sempre, pois sou eu que tenho que manter os meus filhos o mais "estáveis" (psicologica e emotivamente) que puder.
Quem me dera adormecer durante uma semana e acordar noutro planeta!
Desculpem o desabafo, mas há dias mesmo maus!

Ei Lia... deves estar a passar uma fase complicada, mas acredito que com o espírito positivo que nos acostumas te a ver vais dar a volta por cima a essa fase também.

Como disseram aqui, devem ser os dois a explicar, depois vais ter que ir estando atenta às reações deles e ir respondendo às perguntas deles pensando sempre no seu bem-estar, o que por vezes custa porque nos apetece dizer outras coisas, mas eles não têm culpa.

Coragem e boa disposição!

Boa tarde a todos!
A conversa está feita. Por mim, que com o pai em conjunto é impossível. Ele depois lá dirá qualquer coisa (digo eu).
Foi na 6ª feira passada que fui ter com a minha filha à hora de almoço (fui buscá-la à escola) e tinha pensado almoçar com ela por perto da escola, para a seguir ao almoço, deixá-la outra vez lá (o intervalo de almoço dela é das 12h às 13h30 o que complica um bocado ela vir comer a casa). Assim fiz, fomos a um shopping pertinho da escola e durante almoço, logo pós terminarmos de comer, comecei a conversar sobre os amigos dela da escola que tinham os pais separados (já tínhamos abordado o assunto) e perguntei se algum deles tinha casado novamente e tinha outros filhos, ela lembrou-se de um caso da nossa família em que isso se passa e eu disse-lhe que eu e o papá era a mesma coisa: estávamos divorciados e eu e ele podíamos ter namorados ou casar novamente que isso não alterava o facto de gostarmos dela e do irmão e que íamos estar sempre com eles e gostar deles na mesma, mas com vidas separadas... Ela não disse nada e continuou a conversa para outra coisa e eu pensei "já me safei, isto até foi fácil". Passados uns minutos começou a dizer que estava enjoada, que estava enjoada e tivemos de ir a correr até à casa de banho mais próxima, onde ela vomitou a totalidade do almoço, ainda inteirinho, pois tinha acabado de o comer...
Típico da minha filha, não fala, não faz perguntas, não se queixa e depois fica enjoada, vomita, faz febres, sempre que há um stress qualquer...
Não consigo fazê-la falar sobre o assunto e não vou estar a massacrá-la mais.
Está dito, mas agora não torno a tocar no assunto até ser estritamente necessário.

Andreia: Muito difícil sorrir, às vezes... não chorar em frente a eles é o melhor que se consegue...

Susy: é verdade, fase complicada...
Espero estar de volta ao registo habitual em breve...

Bjs

Lia, pelo menos já deste a informação, que era coisa que não tinham ainda, e muito importante para não viverem na ilusão de que os pais se juntam a todo e qualquer momento.

Vais voltar renovada, e vai correr tudo bem Beijos!