Famílias Reconstituídas

A madrasta das minhas filhas apareceu estava eu grávida da minha filha mais nova!! Se me devia alguma coisa?? Claro que não!! Se vou ser amiga dela?? Nem pensar!! Se falo mal dela às minhas filhas?? Isso nunca!! Não gosto dela porque simplesmente não me parece bem formada!! Somente isso!! Em boa verdade quem me devia respeito era o meu ex-marido!! O facto de passar dois meses longe dele fez com que se envolvesse com outra e a partir daí tudo o que fazia não lhe parecia bem!!
Os meus sentimentos por ele acabaram!! Se tiver outra namorada não vejo porque não falar-lhe. esta que agora tem não vou falar porque tanto ele como ela agiram muito mal comigo!! O casamento pode não durar para sempre mas o respeito deve manter-se quando pelo menos existem filhos da relação!!
A madrasta não deve substituir a mãe nem por sombras. Em meu entender pode ser um bom complemento e uma amiga!

Bom, não sei se isto contribui com alguma coisa, nem sei o que se passou entre eles.

Mas uma coisa que aprendi com o meu ex, é que só sabemos a versão dele sobre a ex-mulher, e muitas vezes está longe da realidade. Quando se é separada com filhos e se recebe apenas uma pensão com todos os encargos (não é o meu caso porque eu não recebo pensão nenhuma, tenho custódia partilhada), a vida pode tornar contornos de instabilidade muito grandes.

Durante muito tempo também achava que a EX não "jogava com o baralho todo", até me aperceber por fim a parte dela.

Ele tinha 2 filhos desse casamento, que eu aceitei nesse regime de 15 em 15 dias. Foi estranho para mim porque não fazia a mínima ideia de como cuidar de 2 crianças, e sobretudo, conquistá-las. E depois da resistência inicial, que durou talvez um ou 2 anos, as coisas assentaram e desenvolvi uma boa relação com os meus enteados. Neste momento estão no exterior, e quando vieram cá nas últimas férias e o mais velho percebeu que eu não estava mais com o pai (ninguem lhe disse nada!) começou simplesmente a chorar e só se aclamou quando eu lá fui, acabou por passar metade das ferias na casa do pai e metade na minha, o que não deixa de ser caricato. É um pre-adolescente e fala comigo sobre tudo, desabafa aquilo que não fala com o pai, e se calhar nem com a mãe (é um teen lolo). Gosto de ambos os meus Ex-enteados, mas particularmente dele.

Isto exemplifica que é normal haver sempre uma resistência inicial, e não desaparece de um dia para o outro. Os enteados testam-nos, confrontam-nos e sentem ciumes de nós. É preciso entender isso e ter paciência, tratá-los como gostávamos de ser tratados. E parewcendo que não, se fizermos um trabalho bem feito, eles vão afeiçoar-se a nós, vamos ficar sempre na memória deles e vamos contribuir por ser mais uma referência da sua infância/adolescência, depende muito de nós escolher se vai ser uma boa ou não.

Claro que isto exige que tenhamos perdas, é uma responsabilidade, é impeditivo de muita coisa, enfim, não é fácil não e compreendo a tua perspectiva.

Mas o que não tem remédio, remediado está, se formos a ver é muito importante o contacto do pai com a filha, salvo ele seja mesmo muito ruim. É importante no crescimento dela ter a presença paterna, conviver com o pai sob pena de desenvolver desiquilíbrios.

Logo, quando se escolhe alguem com filhos, sabemos que é quase como termos nossos, não são apenas duas visitas que vêm ali de 15 em 15 dias, são parte da nossa família, e devem ser respeitados como tal. E para não haver problemas é preciso boa vontade (porque estamos a criar os filhos dos outros, é verdade), mas são família, e vão-nos lembrar, vão ser entes queridos também se as coisas correrem bem.

Dado o tamanho desta responsabilidade, acho que se deve pensar muito bem se a aceitamos ou não, e os sacrifícios envolvidos (que também têm recompensas, é certo), mas se existir alguma dúvida, o melhor é optar por alguem sem filhos, que é uma decisão, a meu ver, perfeitamente legítima.

Aqui está o tema com que me debato. O meu filho tem 8 anos.
Quando fui viver com o namorado (depois do dicorcio obviamente) ele tinha 7 anos e meio.
Aceitou ate bastante bem.
As coisas começaram a correr mal com o namorado quando, imediatamente apos estarmos a viver juntos começou a tentar impor as ideias dele de educação. Apesar de varias tentativas a avisar que para o bem e para o mal a educação era dada por mim e pelo pai dele. Opinar sim - impor não.

Será que por estarmos a viver com alguem temos de ser obrigadas a modificar a educação que damos ao nosso filho ou será que o "padrasto" devia respeitar a nossa posição?

Olá Adele

Ora se viviam os 3 juntos para mim é Óbvio que, o Padrasto ou Companheiro tenha alguma coisa a dizer acerca de educação.

Ou vivem os 3 só porque dá jeito?

É uma relação a 3, ou só uma relação entre Mãe e filho? numa casa com 3 pessoas.

Todos têm o direito de opinar, agora depende como o fazem.

Passei por isso e admito que não me dei bem, talvez por falta de uma boa comunicação entre nós, entre outras coisas como por exemplo a solidão em casa.

Cya

Bem vinda Adele,

Pois concordo com o opinar sim e impôr não. Mas há aqui um pormenor que não é de somenos importância ...

Quer queiramos quer não, ao refazermos as nossas vidas (já sei que me vão cair em cima porque não gostam do termo ... mas é mesmo assim) e sempre que há filhos, a pessoa com quem dividimos a nossa casa, cama, tecto, mesa ... vai estar a educar os nossos filhos. Através dos seus gestos, das suas palavras, das suas decisões, dos seus valores e princípios, etc ... e isto é incontornável.

Aqui há umas semanas uma antiga colega de trabalho que vive uma situação destas ligou-me para me dizer que os dois filhos de ambos estavam a dar cabo de tudo e que já via o barco a afundar ... e que quando as coisas afinavam entre os garotos era dificil não impôr ao filho dele o que ela entendia ser o melhor para o filho dela. E instintivamente a imposição ... saía.

Com uma familia reconstituída na minha familia aprendi a formula "do sucesso" segundo eles:
- Tal como em qualquer casal com filhos, quando tudo está bem "o meu filho é o maior" mas quando tudo está mal não dizemos "o teu filho fez ou disse isto".
Quando tudo está mal aprendemos, para bem de todos na família, que os nossos filhos são CRIANÇAS como quaisquer outras. Quando a coisa afina não há cá o teu filho ou o meu filho. É uma criança que como qualquer outra precisa de um abraço, guerra boa no chão, que manipula, chora, chantageia e precisa que a vejam tal qual como ela é e que se aja em consonância com a necessidade da criança para ultrapassar aquela dificuldade do momento.

E isto já não tem nada que ver com pôr em causa a educação dos pais biológicos.
Tem que ver com aquilo que é a necessidade da criança naquele momento.


E por isto me custa aceitar que os filhos sejam a causa de separação.
Respeito muito mas custa-me.
Falta qualquer coisa.

Porque conheço situações em que isso sucedeu e removida a questão filhos ... ie: separados, o problema e a dor não desapareceram ... e por isso ... sou forçada a concluir que o problema não eram os filhos ... senão ... tudo estaria bem e ... não está.

ps: ;-)

Browned girl: concordo contigo.
Eu que sou hiperprotectora dos meus filhos e nunca admitiria que ninguém tivesse uma má influência na vida deles (nem sequer considero seriamente a hipótese de tornar a viver com alguém o resto da vida, por uma questão de protecção deles) concordo com o que dizes. Se alguém se separa "por causa dos filhos" era porque essa relação não tinha pernas para andar. Isso tornou-se evidente se calhar devido aos filhos, mas o problema está na relação em si e não no facto de um ou outro (ou ambos) terem filhos.

E repara ... os nossos filhos não impediram que nos separássemos ... porquê acreditar que agora seriam eles o motivo da separação?

Tempo Lia, haja tempo e calma.
Para conseguirmos ver bem o caminho e separar as águas.


ps: adoro a Neytiri aí do teu avatar e gosto muito dos filmes do Cameron ...

Liawolf escreveu:

Browned girl: concordo contigo.
Eu que sou hiperprotectora dos meus filhos e nunca admitiria que ninguém tivesse uma má influência na vida deles (nem sequer considero seriamente a hipótese de tornar a viver com alguém o resto da vida, por uma questão de protecção deles) concordo com o que dizes. Se alguém se separa "por causa dos filhos" era porque essa relação não tinha pernas para andar. Isso tornou-se evidente se calhar devido aos filhos, mas o problema está na relação em si e não no facto de um ou outro (ou ambos) terem filhos.

Liawolf
Mas porque raio um padrasto ou companheiro, só por opinar ou tentar ajudar (acho que se o faz, é para o bem da relação e não para o mau da mesma, agora também depende como o faz), será uma má influência ?

Pá desculpa lá mas isso não....

Se é má influência, nem deveria entrar em casa.

E eu não sou santo, sei o que fiz de bem e de mau, reconheço isso, mas tb reconheço que o excesso de protecção, é coisa bem pior.
Mas cada um é como cada qual, uns mais liberais, outros nem tanto.

A Educação é coisa complicada, o que eu penso não tem de ser necessáriamente, o que o outro pensa, o problema é quando tentamos impor a nossa opinião (errado e errei), o outro, é quando o outro não quer ouvir sequer a tua opinião (errado tb) assim ninguém se entende e depois dá no que dá.

Ora bem, essa questão ainda não coloquei a mim própria. Tb, não me vejo junto de uma pessoa, novamente. Não quer dizer que vire freira mas...tendo uma criança tenho muito receito de estar junto de alguém. Ao fim e ao cabo, passei a minha vida com alguém que conhecia , crescemos juntos (no sentido de crescer interiormente) e envolver um 3º numa relação mae e filho deve ser complicado.
Quanto há educação o caso muda de figura. Acho que me estou a portar muito bem e, como eduquei o mei filho sózinha tenho as mionhas regras e directrizes.
Se o meu companheiro opina-se ouviria mas daí a impor ...calma com o andor. O mesmo deste lado. Se ele tivesse filhos e, depende da idade, certamente o mais acertado, seria falar com ele sem nunca interferir directamente porque e repito, dependendo da idade concerteza arriscava-me a ouvir:-" Não és a minha mãe".
Por isso, pezinhos de lá é o melhor. Calminha, porque a questão é delicada e embora a outra parte esteja ausente, se for o caso, tem de se ponderar até que ponto se deve permitir a cara metade presente, meter a colher. Mas isso, lá está, depende de cada um, das vivências, das idades dos filhos e do poder de persuação dos ex's.
Cada caso é um caso e os feitios contam bastante.
Aconselho muita lucidez, respirar fundo e pensar bastante. E, principalmente falar com a criança .

microchip escreveu:

Mas porque raio um padrasto ou companheiro, só por opinar ou tentar ajudar (acho que se o faz, é para o bem da relação e não para o mau da mesma, agora também depende como o faz), será uma má influência ?

Eu não quiz dizer que É má influência. Quiz dizer que poderá ser ou não, e concordo contigo que se fôr má influência nem deveria entrar em casa. Não quero é fazer experiências que incluam os meus filhos. E não quero obrigá-los a passar por outra separação (da mãe), uma já é mau que chegue.

Mas é só a minha opinião e por isso vale o que vale (pouco ou nada). Cada um é livre de pensar e agir como entender melhor e de tentar proteger e educar os filhos o melhor que sabe, pode e consegue.
E concordo com a Brisa do mar que nestas situações o melhor é "pezinhos de lã, muita lucidez, respirar fundo, pensar bastante e, acima de tudo, falar com a criança".

Again e as vezes que forem preciso ... não foi pelos filhos que se atraíram certo?
Não foram eles o motivo de quererem estar juntos pois não?


Ora então ... se acharem que vale a pena, claro ... peguem no que raio foi que vos juntou na vida ... e dêem-se ao trabalho, com tempo e muiiita calma, de se explicarem ... quanto mais não seja como amigos que são ... com respeito por vós próprios e consequentemente pelo outro ...

E filhos fora desta conversa que não se quer escrita.

É voltar atrás e ao príncipio ... o que foi já sabem e já foi portanto... não importa.
O que importa é Agora.
O que será: descubram ou não.

PS: Só são precisas duas coisas para uma relação funcionar: Amor e Vontade. Onde há Amor há Respeito e onde há Vontade não há obstáculos ... só contratempos.

BG

Nem Mais

Olha Tu deixa-te mas é de escritinhos porque de escrita tou eu fartinha!!!!!!!

E não me mandes abracinhos ... em vez disso, na primeira oportunidade que tenhas vai mas é abraçar a tua Amiga Acima de Tudo porque um abraço sentido é a primeira coisa a conversar entre pessoas que se respeitam.


Irrrraaaaaaaaaaaa!

O problema é que a teoria é linda....mas a prática, essa, é tramada pra xuxu! LOL

Olha, difícil é filho no hospital ou ... nem me atrevo a escrever.

Isso é que é tramado ...

Simplify.

ps: a prática dói. mas vale a pena. porque a alma num é piquena.

Já passei por isto...por isto sei exactamente do que falo...

Então sabes que há que tentar tudo ... tudo e não deixar nada por dizer.

Não deixes nada por fazer e nada por dizer Lost.
Quando achares que é tempo e ... se de facto valer a pena ... falo-ás ou ... fizeste-o.
Porque não há outra forma de andar de bem com a vida que não seja de coração aberto.

;-)

BG. Desculpa de te chatei.
Ponto 1 Já tentei o Abraço, já Me rebaixei, perdi o meu Orgulho
Ponto 2 Ate Me dispus a ir viver para longe dos meus Filhos e do Trbalho
Ponto 3 Reconheci os meus erros, e actos menos próprios que tive ao sair de cada

Agora não posso ser só eu a agir, se uma das partes não quer, o resultado está mais que visto.

E Parvo nou sou estranhamente alguns posta, aparecem do nada.

Estou na loja não posso sair
Cya

Boa tarde...

Como se reage ao ver o meu filho-te , um dia , a passear com um desconhecido , ou seja Padrasto ...deus me livre...que coisa

Já postei aqui a cerca de ano e meio.

Tenho um Padrasto que é como um Pai para mim, ou seja tenho 2 Pais Espectaculares.
De pensas assim pensas mal, o importante é o filho estar bem. Esse bem tratado

Browneyed Girl, nada ficou por fazer, tentar ou dizer. Não deu! Paciência!

Como eu digo muitas vezes, é sempre muito fácil educar os filhos dos outros. Contra mim falo.

Há coisas pels quais não quero passar...porquê?

Porque os amores tão depressa aparecem como vão...e os filhos permanecem.

Se a minha filha está habituada a fazer determinada coisa, não é porque a 3º pessoa acha que não deve fazer que tudo muda...não...porque antes de a 3ª pessoa chegar já cá estávamos nós!

Sei que todos ficam chocados com esta minha forma de pensar! Que provavelmente ficarei sozinha. E então?? Se ficar? Só somos felizes acompanhados?

Não me parece...

Não me peças desculpas e os meus amigos não me chateiam.

Olhem se se vai e não fica, seja por filhos, orgulho parvo ou favas com entrecosto, também não é importante.

Porque se fosse não iria embora nem nós deixaríamos que fosse.

Desculpem os erros mas escrever no iPhone o dicionário complica as coisas

E para mim este post já cheira Mal, pois como já disse, tenho Padrasto, tive Madrastas, tenho uma mas só a vejo como namorada do meu Pai.

Quando dizem que não estão a ver o Filho com mão dada com um Padrasto, ou Madrasta ta Tudo dito é o egoísmo, ou mesmo outra coisa Pior.

Fui educado e penso que bem mas falo por mim e sou suspeito, os tempos agora tb são outros a disciplina não existe para muitos .

Não sou a favor de correctivos corporais completamente contra, mas levei umas lambadas e foram bem dadas. Atenção sou contra mas como dizem aí alguns iluminados "psicólogos" devem dar a palmada da ordem outros dizem que não, aceito o que dizem.

Quando Me portava mal na escola, tive alguns correctivos da professora, alguns bem outros mal, mas assim aprendi algumas coisas, hoje em dia e ainda bem isso não acontece, e se há como pode haver, a paciência as vezes esgota-se e salta a tampa.

Alguém que nunca tenha saltado a tampa, peço desculpas.

Quando o menino ou menina for a tropa, felizmente já não é obrigatório ou o patrão o achincalhar, desafio o Pai ou Mãe a ir lá tirar satisfações. Como fazem algumas pessoas que vão a escola espancar os professores por ter repreendido o menino.

A educação é coisa complicada, mas mais complicado é a nossa cabeça, se tu és minha companheira não tens o Direito de dizer nada ou fazer, ora porra se for assim andamos a fazer
o quê? a brincar aos papas e mamas ?

Isto é coisa Complicada, eu penso assim posso estar errado ? Claro que sim e provavelmente estou.

Mas numa coisa tenho a certeza de estar certo, eu é que mando nos meus Filhos até de emanciparem, não são eles que mandam em Mim, como é obvio vivo em função deles mas tb vivo e acima de tudo por mim pelo meu bem estar, pois estando bem eles tb o estão de certeza.

Como diz o Mario nós é que complicamos as coisas.

Mas tb são os tempos em que vivemos, são outros tempos outra informação e tb muitas reticências a certos assuntos.


Se eu vir os meus filhos felizes com o Padrasto é sinal que eles estão bem e são bem Tratados por ele, qual o Stress?

Cya
Desculpem o testamento mas este assunto diz-Me muito pelo que passei e infelizmente estou a passar.