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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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 Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso!

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xela
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xela

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Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Vide
MensagemAssunto: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 8:08 am

Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]


As famílias reconstituídas enfrentam, como já tive oportunidade de referir aqui,
mais dificuldades do que os casais que se juntam pela primeira vez. Dada a complexidade das relações, estas famílias podem precisar de quatro a sete anos para se adaptarem. Trata-se, portanto, de um processo gradual e que envolve algumas dificuldades específicas. Assim, um dos requisitos para que estas famílias alcancem a estabilidade emocional consiste em reconhecer que estas dificuldades são “normais” e devem ser encaradas como desafios. Pelo contrário, se um casal ignorar as especificidades do seu novo modelo familiar, e fizer comparações entre a sua família e as famílias nucleares características dos primeiros casamentos, tenderá a sentir-se frustrado e incapaz de resolver os problemas.

É possível até falar-se num ciclo de vida próprio destas famílias:

O PRIMEIRO ANO (OU ANO E MEIO)
Constitui o período mais crítico dos segundos casamentos – cerca de 25% dos casais separam-se nesta altura. Num segundo casamento os membros do casal não estão sozinhos, pelo que a adaptação é mais complexa. Algumas pessoas sentem-se mesmo impotentes para enfrentar tantas mudanças ao mesmo tempo. No entanto, é possível encarar estes desafios de forma positiva: quanto mais unidos os membros do novo casal estiverem, mais facilmente enfrentarão os problemas. Além disso, a resolução de cada dificuldade tenderá a reforçar os laços e a família reconstituída sentir-se-á cada vez mais integrada.

Um dos desafios desta fase consiste em lutar contra as expectativas irrealistas
– se o casal estiver à espera de formar uma família igual às famílias nucleares (primeiro casamento), é natural que surjam frustrações. As famílias reconstituídas enfrentam problemas específicos e é preciso reconhecê-lo.

Esta fase também é propícia ao aparecimento de situações delicadas, em que o cônjuge que tem filhos é pressionado no sentido de tomar partido nas discussões entre o novo companheiro e os filhos. O casal deve desenvolver, no dia-a-dia, formas eficazes de comunicar e gerir os limites de actuação entre o cônjuge que não tem filhos e os enteados.

OS TRÊS A CINCO ANOS SEGUINTES
Este período corresponde à consolidação dos hábitos familiares. É natural que, nesta altura, pais, filhos e enteados se sintam mais confortáveis nos seus papéis. A estabilidade conjugal é muito importante para as crianças, permitindo que elas se adaptem às novas figuras familiares – padrasto e madrasta. Tal como acontece num ciclo virtuoso, a adaptação das crianças fortalece a relação conjugal, dissipando quaisquer receios. Nos casais felizes este período
corresponde à sensação de pertença a uma família com características
diferentes das famílias nucleares mas, ainda assim, muito funcional.
Nesta fase o casal também consolida as fronteiras com os “ex”, pelo que a
cordialidade tende a sobrepor-se ao conflito. O casal sente-se, nesta altura, preparado para pensar em ter mais filhos.

A PARTIR DOS CINCO ANOS
Na maior parte dos casos, esta fase corresponde à adolescência dos filhos do primeiro casamento, pelo que o casal enfrenta novos desafios.
Como se sabe, a adolescência é propícia à tentativa de romper com os limites impostos pelos pais. Estando os progenitores a viver em casas separadas, pode
acontecer que o adolescente tente usufruir da falta de coordenação entre
os dois lados para conseguir os seus objectivos. Por exemplo, saídas à
noite ou o incumprimento de castigos ficam facilitados se não houver boa
comunicação entre os pais. A autoridade do padrasto e da madrasta pode
ser posta à prova. Expressões do tipo “Tu não és o meu pai” são utilizadas frequentemente para fugir às regras. Os adultos que compõem os dois lares do adolescente precisam, por isso, de apostar na coerência das regras.

Além disso, as mudanças corporais e a descoberta da sexualidade podem levar a um afastamento entre padrastos e enteadas – ambos tendem a sentir-se menos confortáveis em relação ao contacto físico existente até aí. O ex-marido também pode influenciar este comportamento, manifestando o seu desagrado.

Apesar destas dificuldades, é provável que os laços do casal estejam, nesta
altura, suficientemente fortes para sustentar estratégias de resolução de problemas eficazes. Ou seja, nesta altura os adultos deixam de se sentir pressionados pelos receios de ferir os filhos e aceitam que o bem-estar de todos também depende do bem-estar conjugal. A satisfação e a estabilidade conjugal atingem, nesta altura, o seu ponto alto.

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Madrasta
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 8:23 am

Olhando para trás e fazendo as contas, são de facto vários anos de investimento pessoal e emocional Smile
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xela
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 8:25 am

No teu caso madrasta, existe: o teu, meu e o nosso???
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Madrasta
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 8:43 am

No nosso caso existe os teus e o nosso. Eu não tinha filhos quando casei. Mas todo o processo de adaptação que fala o artigo é real. Ao mesmo tempo que se evolui na relação com o namorado/marido, há a relação com os enteados. E não é fácil. Em situações normais já não será fácil, juntando uma ex difícil e com gosto em complicar... Vive-se o dia a dia, semana a semana, vamos conquistando os enteados, criando laços fortes. Quando damos conta passaram-se 6, 7, 8 anos.

Depois a decisão de ter um filho nosso, pensada e repensada mil vezes. Não é só casal e o novo filho que entra na equação, são os filhos do primeiro casamento, as reacções, será a melhor altura? O mais novo é muito pequeno, vamos deixá-lo crescer um pouco. Depois o mais velho entrou na adolescência, ui, vamos deixar acalmar... Em parte sentimos que vivemos a nossa vida em função de outras vidas, mas tem mesmo de ser assim.

Ouvi algumas vezes a célebre frase "não és minha mãe", mas muitas mais vezes recebi carinhos dos meus enteados, beijinhos, e agradecimentos. Crescem eles e crescemos nós, como pessoas e como casal, e mais tarde como mães, porque a experiência com os enteados também ajuda quando somos mães. Smile
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 1:01 pm

Madrasta escreveu:
No nosso caso existe os teus e o nosso. Eu não tinha filhos quando casei. Mas todo o processo de adaptação que fala o artigo é real. Ao mesmo tempo que se evolui na relação com o namorado/marido, há a relação com os enteados. E não é fácil.


... Em parte sentimos que vivemos a nossa vida em função de outras vidas, mas tem mesmo de ser assim.

Crescem eles e crescemos nós, como pessoas e como casal, e mais tarde como mães, porque a experiência com os enteados também ajuda quando somos mães. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]


É verdade, é um processo de adaptação (e evolução) para a madrasta/padrasto e até para as crianças que crescem num novo modelo familiar. E não é fácil.

O ideal seria que os intervenientes entrassem nesse mundo já com as ideias bem resolvidas e com um manual de instruções para fazer face a uma experiência do qual não temos qualquer precedente ou experiência semelhante na nossa vida para nos orientar. Mas algum bom senso e noção clara que, em primeiro lugar, já não se trata de "nós" mas sim de "eles" (as crianças), ajuda.

Mas a maior dificuldade reside, como diz (e bem) o artigo, na comparação com as familias tradicionais. Ainda é, um pouco, a minha dificuldade.

Enquanto as pessoas namoraram (e em ultimo caso, foram contra a vontade e conselhos dos progenitores por esse amor), nestas 2ªs relações, o foco do divorciado é o filho e não a companheira(o).

E é preciso muito auto-estima para se estar com alguém que não nos coloca em 1º lugar (como numa relação tradicional) embora nós o façamos com o companheiro (porque não temos filhos quando embarcamos nessa relação, ou porque faz parte da natureza feminina "distribuir os afectos" sem considerar que toda a escolha deve ser considerada "Ou eu ou o teu filho").

E é dificil não cobrar, uma relação de igualdade, que sejamos a Nº1 na vida dele, como ele é para nós. Desejamos que, como casal, sejamos a prioridade um do outro. Mas essa ideia dura até termos filhos. Depois mudamos de prioridades: 1. filho: 2.marido.
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Ou até percebermos que essa é a lei da natureza, a lei da vida, como preferirem. Um filho é um tesouro a defender. É e será sempre o nº 1 de quem o desejou.


Vivemos M-E-S-M-O em função de outras vidas: do marido e os dele. (E depois os nossos!)




beijos
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analu
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 1:41 pm

Bom artigo Xela [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] eu só vivo a situação do meu e do teu, do nosso já está fora de questão, mas é de facto uma situação nova para mim.
De repente tinha uma miúda de 9 anos na minha vida, que até então não passava duma estranha para mim, para aprender a gostar!
Mas tem corrido bem, nós gostamos muito uma da outra [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySex maio 07, 2010 1:53 pm

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Espero que a Xela não se importe, mas vou também dar o meu contribuito, encontrei outro artigo.

Do qual saliento o seguinte:

Mães e pais separados começam a namorar e, muitas vezes, se casam. As famílias se reconstituem. É algo esperado e muitas vezes, benéfico para as crianças. O casal é sempre o modelo importante de relação de par. Assim, ter os pais felizes em novas relações conjugais é, idealmente, algo positivo para o desenvolvimento dos filhos. Porém, cumpre salientar, que a reconstituição da família é algo delicadíssimo e requer muita paciência, muita calma e muita sabedoria.
Madrastas e padrastros, diferentemente dos personagens dos contos de fada, podem ser figuras benéficas e podem trazer à criança, o aprendizado de novas e sadias formas de relacionamento. Mas é longo o tempo da transformação verdadeira da mulher do pai em madrasta e do marido da mãe em padrasto. Podem existir fases de negação, de não aceitação, de confronto, de hostilidade aberta ou velada, antes da possibilidade de aceitação e de trocas afetivas. Parece, entretanto, que o processo vale a pena para ambos os lados, pelo testemunho de pessoas que viveram tal experiência.
Filhos de padrastos e filhos de madrastas, meio-irmãos, “avodrastos”, tios de todos os lados ampliam a família nesses tempos hipermodernos. Em muitos casos, a família nuclear deu lugar à uma comunidade familiar. Reside-se não mais em uma casa, mas em um verdadeiro condomínio. Assim, novas regras de convivência estão sendo elaboradas, para que os filhos de famílias reconstituídas possam viver e crescer em uma atmosfera rica de estímulos, sem dúvida, mas também de paz.
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xela
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyDom maio 09, 2010 4:38 pm

Não me importo nada, até porque é um tema que interessa por vários motivos...
a minha opinião é que realmente não deve ser fácil... mas gostava de "ouvir" quem conhece esta realidade.
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mite95
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mite95

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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 3:16 am

Na minha 2ª familia não existe o meu o teu e o nosso...
Existe sim um todo em que estão incluídos os meus filhos
a minha enteada e por esta via a nossa neta.

No primeiro ano foi um pouco complicado porque vinhamos de realidades diferentes, mas depressa nos adaptámos no sentido da construção da nossa família.

Eu estava habituada a fazer tudo sózinha no meu primeiro casamento
eram dois filhos 1 marido a casa o emprego os amigos ( vida social cheia)
No 2º segundo casamento - passei a ter um marido (sempre presente) que me ajudava e por estranho que pareça isso "abanou" um bocado comigo...

Ele por sua vez estava habituado a ter zangas com a ex-mulher que chegavam a demorar um mês para serem sanadas, pois andavam esse mês sem se falarem, e comigo isso não é possível a conversa é tida na altura
esclarecem-se os pontos e... a vida continua ( a vida é curta para zangas
prolongadas)

Portanto durante o primeiro ano a adptação foi complicada, mas, adaptámo-nos um ao outro porque os momentos bons eram muito superiores aos momentos maus criados por pequenas diferenças de comportamento

Hoje passados 13 anos somos 1 família e interagimos como tal...

Claro que às vezes brincamos: isto é meu , aquilo é teu, mas não
passa duma brincadeira sem sentido , pois tem sido tudo feito em conjunto
e quando nos separámos dos ex, construímos uma nova vida de raiz

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martita
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 4:05 am

Ó mite95, fantástico, parabéns [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
sempre dá uma luzinha ao fim do túnel, mas eu tenho muito receio em reconstruir a minha vida, eu sei que certezas ninguém tem, mas expôr os meus filhos a uma nova pessoa, e depois falhar? [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
É que nós somos adultos e temos mais é que aguentar, mas os nossos filhos [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem] acho que tenho o dever e a obrigação de os proteger [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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Mario
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 5:06 am

Eu acho que é uma questao de bom senso de ambos, gerir a integracao dos miudos gradualmente e quando a relação se torna realmente seria...

Basicamente, quando esta "merece a pena", porque antes disso servem apenas para criar falsas expectativas e eventualmente magoar as crianças...

Parabens Mite95... é bom ler exemplos de sucesso.

Abraço
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Madrasta
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Madrasta

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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 5:45 am

É difícil, não é impossível Smile Nuns casos é mais rápida a adaptação, noutros demora anos, depende da idade dos miúdos, da maturidade dos pais, padrasto e madrasta, etc. No nosso caso, sentíamos que éramos uma família, uma família a crescer (tínhamos um bebé com poucos meses), quando de repente tudo muda e os miúdos desapararecem com a mãe... Por muito que se lute, há sempre algo que nos foge do controlo.
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mite95
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 7:12 am

O meu lema foi gerir as coisas com respeito por ambas as partes fazendo sentir que os amo (marido+ filhos) e que o amor só tem sentido se os meus
filhos forem para o meu marido o que a filha dele é para mim.(novos filhos)

A minha segundo relação nasceu duma amizade sentida, de desabafos,
o meu filho mais velho tinha 14 anos e o mais novo 11 anos, idades dificeis
para alterações de familia...a filha do meu marido já tinha 17 anos.

Quando ele veio para junto de nós houve problemas, ele não queria interferir directamente (talvez por eles já serem grandinhos) e fazia-me as criticas a mim, por vezes os meus filhos apercebiam-se e não gostavam,
eu tentava proteger ambas as partes, com coerência e capacidade de análise ia agindo conforme o que a minha sensibilidade me dizia, uma coisa eu sabia, só podia estar bem com alguém se esse alguém gostasse dos meus filhos.

Tive momentos dificeis, mas nunca me afastei da minha batalha, nunca me inibi de fazer ver as minhas razões... de lutar pelos meus filhos , pelo meu marido, pois sabia que ele era uma excelente pessoa, mas também sabia que a adaptação seria complicada.

Os anos foram passando, sempre lúcida, fui sendo a mediadora desta nova familia e de todos os sentimentos e cumplicidades que uma familia exige.

Construí com a minha enteada uma amizade sincera, adoro a minha netinha. O meu marido e os meus filhos dão-se perfeitamente, são cúmplices e por vezes até se unem na critica contra mim ( o que eu adoro, pois criticas positivas são sempre bem vindas)

Na minha opinião uma nova relação mexe com sentimentos, formas de estar,alterações profundas de vida quando existem filhos ex- maridos ex-mulheres mas, se a decisão é avançar com a relação, tem que se ser prático, confiante, inteligente, frontal , nunca como se estivessemos num campo de batalha, separar as estações os sentimentos filhos/marido(mulher) analisar as razões e manter a força e a meta que se pretende.

Hoje sentamo-nos todos à mesa e somos uma familia, muito querida e muito unida.

E até, consegui que o pai dos meus filhos e o meu marido falem sem constrangimentos, o passado ficou lá atrás, o presente é o agora e
o futuro é pelo que lutamos convictos, serenos com muita amor e
(espero) muita saúde e boa disposição ... [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Estes são os meus relatos de vida, fico feliz por lhes darem atenção!
Eu não sou melhor, sou é mais "velhota"

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xela
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 7:49 am

Quando as crianças são mais pequenas a coisa funcionará melhor? É isso?

Tenho na família um exemplo...

Uma prima minha tinha um menino de 3 anos. O namorado não tinha filhos. Mas depois de viverem juntos relativamente pouco tempo decidiram ter "o nosso". O meu primito já tem 18 anos... e o outro menino tem 14. Dão-se super bem tanto os irmãos como o namorado da minha prima com o puto de 18 anos... acho que se dá muito melhor com ele do que com o próprio pai.
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 9:50 am

Pela minha experiência, penso que os filhos forem pequenos, até à idade escolar, a adapatção é mais fácil. Os meus enteados tinham 2 e 8 anos quando os conheci. A relação com o mais novo foi muito mais natural, com o mais velho teve obrigatoriamente de ser mais trabalhada. No nosso caso muito particular, o mais nvo era muito novo para o "leva e traz" mas o mais velho estava na "idade ideal" para esse joguinho da mãe, e isso também se reflectiu na adaptação à nova família.

Para terminar, só o facto de ser chamado por todos de "nova família" já é uma vitória. A mãe dos meus enteados nunca permitiu que se referissem a mim ou ao irmão como nova família. Era o pai e a família do pai, numa tentativa descarada de perpetuar a ideia do pai que abandonou o lar e os filhos para se dedicar à sua nova família, independentemente de ser verdade ou não.
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 11:25 am

Mite

É legitimo, mas não será exigente demais, que o parceiro ame nossos filhos como se fosse igualmente dele, os ame como UM PAI? A mesma questão se aplica à nova parceira.
Gostar, sentir afeição, mas Amar?

Não estou criticando, estou tentando perceber. Quem já me conhece aqui, sabe que eu sou de compreensão Muuuuuito lenta.

Não podemos pedir à pessoa que nós amamos que nos ame, para além disso, ame a sogra e à cunhada psicótica. Se assim fosse, eu era uma mulher feliz. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]




Esta situação de "meus, teus e os nossos" assemelha-se mais a uma familia de acolhimento, em que podemos nos afeiçoar às crianças, até amá-las, mas nunca poderemos "invadir o território", assumir e substituir o pai ou a mãe. Como se fossemos apenas, amas, ou as educadoras de uma creche.


beijos
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 11:32 am

Concordo com a Madrasta.

Se as crianças forem muito pequenas, é mais fácil nós afeiçoar-mos-nos e eles a nós. Mas, não estamos isentas, de a dada altura, a relação mudar, quer por influência da mãe sobre as criança, quer pela própria noção que a criança vai tendo do mundo, que, se não somos A Mãe, não devemos ser levadas a sério.

Mas tudo, TUDO mesmo, depende da postura do pai (mãe). Se somos questionadas, desautorizadas em frente da criança, seja pelo pai(marido) ou pela mãe(ex-mulher do marido) que interfere, em tudo concorre para que a criança crie a ideia de que pode manipular a situação quer através do pai ou da mãe, que irão sempre se meter na vida do novo casal e com essa atitude minar a nossa autoridade como adulto responsável, quer (a criança) não aprendendo a resolver a situação directamente com o padrasto/madrasta, precisando sempre de recorrer e manipular os receios do pai/mãe.



beijos
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 12:13 pm

Olá Dividida,

Claro, que cada pessoa age conforme a sua maneira de ser, o seu perfil
e eu falo de jovens adolescentes que aprenderam comigo o verbo amar e
respeitar, eles com a idade que já tinham souberam analisar aquele homem que entrou na minha vida, nunca lhes escondi NADA, souberam valorizá-lo
criticavam-no no que achavam menos certo, sempre falámos abertamente,
o amor tem muitas formas, para mim amizade é uma forma de amor como existem muitas diferentes, claro que pai é pai e mãe é mãe nem nunca deveremos querer ou deixar que outro queira ocupar esse lugar, mas o amor o respeito o sentimento de união, constrói-se.
Hoje o meu mais velho diz:
- Posso estar descansado contigo porque estás bem acompanhada!!

O facto de eles terem "olhado " para o meu marido, das múltiplas conversas,
o facto de eu ter sempre agido naturalmente com a minha enteada e no dia
do meu casamento lhe dizer, que nunca quereria ocupar o lugar de mãe mas sim o lugar duma amiga especial, sempre disponível para ela, reforçou
a realidade de toda a situação

Depois vem o convivio , o estar... o crescimento dos sentimentos do carinho ... a vivência e aí tudo ganha sentido e amor existe entre todos!!
Tudo tem que fluir naturalmente , com muita honestidade, franqueza, sentimento, frontalidade, cumplicidade e amor seja ele de que forma fôr

Volto a repetir o que já disse aqui noutro post, O meu filho mais velho foi n/ padrinho de casamento e a minha enteada foi n/ madrinha...

Eu sei que posso ter tido sorte com os intervenientes mas também sei que fiz MUITO por isso..

Bjos

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microchip
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptySeg maio 10, 2010 3:48 pm

Tenho 41 anos

e Amo o meu Padrasto, aprendi desde os meus 10 anos de idade e quanto mais o tempo passava e passa mais gosto dele Grande Amigo que tenho.

Claro que Amo o Meu Pai Também e Muito..... Muito.

Madrasta não tenho Sad fui tendo..... e sempre me trataram bem quando as tive em miudo.


Cya
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyTer maio 11, 2010 6:02 am

no meu caso só existe as minhas... mas na nossa casa é tal e qual como se fossem as nossa...
ele adoptou-as como sendo dele... e ama e educa tal e qual como se fossem filhas dele, não tenho qualquer duvida nisso...

assumiu o papel de pai... confesso que antes nunca elas tinham tido um pai a serio... e que desapareceu por completo da vida delas...
por isso o meu companheiro tambem é para elas como um pai...

acrescento ainda que quando me separei uma tinha 2 anos e outra 3. E o meu companheiro entrou rapidamente na minha vida, assim como na delas...

Por isso, na nossa casa, somos uma familia sem isso do meu e do teu... so existe o nosso.
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Sleepless
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyTer maio 11, 2010 6:09 am

Nunca poderia ser de outra forma Alice.
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alice.rosa
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alice.rosa

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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyTer maio 11, 2010 6:35 am

sabes Sleep, conheço familas que vivem de forma diferente...

E o infelizmente os padrastos ou madrastas têm apenas deveres morais para com os enteados, porque a nossa lei nao prevê quaisquer direitos...

Morro de medo que um dia me aconteça alguma coisa, e que por essa razão seja impedido o contacto das crianças com o meu companheiro... Já existem laços tão fortes...

Morro de medo que me aconteça alguma coisa e que as entreguem ao pai, irresponsavel e sem qualquer condição de ter a seu cargo duas crianças...
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mite95
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyTer maio 11, 2010 6:42 am

Alice

És uma mulher nova, não penses pela negativa os anos vão passando os teus filhos crescendo e haverá uma altura que quem decide são eles...

Todos temos medos, mas também temos de ser positivos, e tu vais ver que ano após ano a tua segurança em relação a este problema vai-se fortificando.

Vive a familia e a riqueza que tens

Beijinhos [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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alice.rosa
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyTer maio 11, 2010 6:53 am

eu vivo...

e dou graças pelo que tenho, apesar de todos os problemas... nem tudo é mau...
em certos aspectos a sorte bateu-me a porta, e fico feliz pelas minhas filhas...


Beijinhos Mite
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Sleepless
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Sleepless

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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! EmptyTer maio 11, 2010 8:35 am

alice.rosa escreveu:
sabes Sleep, conheço familas que vivem de forma diferente...

E o infelizmente os padrastos ou madrastas têm apenas deveres morais para com os enteados, porque a nossa lei nao prevê quaisquer direitos...

Morro de medo que um dia me aconteça alguma coisa, e que por essa razão seja impedido o contacto das crianças com o meu companheiro... Já existem laços tão fortes...

Morro de medo que me aconteça alguma coisa e que as entreguem ao pai, irresponsavel e sem qualquer condição de ter a seu cargo duas crianças...

Tive um caso semelhante na família.
Quem faleceu foi a mãe.
Mas tudo se resolveu pelo melhor.
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MensagemAssunto: Re: Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Famílias que têm: o meu, o teu e o nosso! Empty

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