Alienação parental

Força, paciência e muita persistência!

Força Gofiolso

Gofiolso escreveu:

Pois eu sei k sim, afinal as pessoas são mesmo fraquinhas, já que não tinha resposta à não sei qt tempo, enviei-lhe um sms de aperto, e num ápice respondeu!!!! agora já vou buscar a pequena amanhã como estipulado e sábado almoça cmg! acho mesmo que tenho de me virar das avessas, o vosso apoio tem sido fundamental, cumprimentos a todos!!! A vida deve andar-lhe a correr menos bem, e como tal faz aquilo que eu não suporto: enfiar a cabeça na areia e deixar que passe irra!!!!

estou numa situação idêntica á tua e tambem ja aprendi que não posso deixar que a mãe da minha filha faça o que quiser quando quiser, ás vezes temos de ser um bocado mais rijos porque sabes que muitas vezes querem é que andemos de rastos... e que por muitas mães (como é o meu caso,e pelos vistos o teu),nunca viamos os filhos.... não te deixes ir abaixo e não te intimites pois isso é o que ela quer. Ainda deve ser daquelas que "a mãe é que pertence ficar com o filho/a, e posso e mando e faço" lol.

Meus amigos e amigas,

se posso dar-lhes um conselho é: sejam sempre correctos mas FIRMES a reivindicar os vossos direitos. Tentem sempre cumprir com o estipulado e fazer com que a outra parte tambem cumpra. Estou essencialmente a falar nos direitos dos filhos estarem com os pais (ou mães). Se um utilizar os filhos para atingir o outro progenitor nao deixando, ou reduzindo o tempo arbitrariamente, em que se está com os filhos isso deve ser imediatamente combatido.
O meu caso é muito diferente do vosso, tenho os meus filhos uma semana inteira e tem corrido tudo bem.
A ultima vez que tive de ser firme e colocar os pés contra a parede foi há dias pq a minha ex, tem/tinha a mania de começar a combinar com os meus filhos, quando eles estao comigo, as horas de nos encontrar para eles voltarem para a ela, ou, como aconteceu esta semana, o de trocarmos um dia. Isso pode causar desnecessariamente alguma angustia nas crianças se depois essa combinação nao puder ser cumprida e tive de lhe dizer que essas combinações tem sempre de ser feitas entre o pai e a mãe e depois de acordadas são transmitidas aos filhos.

Força a tod@s

Pois é isso mesmo, caros amigos, só que não consigo compreender como é que isto pode acontecer, sinceramente só pode ser porque ainda não está feito o divórcio emocional do lado da mãe da minha filha e de muitas outras mãe/pais, só assim se compreende o sentimento de posse em relação aos filhos.

Olá,
faz tempo que nao escrevo aqui.
Estamos numa época especial do ano, Natal, passagem de ano....
Nestes dois anos do divórcio ainda nao passei qualquer destas datas longe dos filhos. Passo a explicar pq é tb o que me trás cá ao forum novamente.
Eu e a ex temos um relacionamento cordial e embora no acordo das responsabilidades parentais esteja escrito que a consoada é passada com um dos pais e o dia de natal com o outro, nós nestes 2 anos fizemos o Natal sempre juntos, este ano em casa de um irmao meu (consoada) e almoço de natal em casa de uma irmã dela. A passagem de ano tb está programada passarmos juntos.
E é este o meu dilema: nao sei se faço bem, nem a mim nem aos filhos. Eles estão bem e não noto qq alteração de comportamento nem há conversas "estranhas". Eu, pelo meu lado, faço-o pq acho que eles ficam contentes e essa familia alargada ainda existe, só a do pai e da mãe é que não. Nao se se me faço entender, lol. Tb pq a consoada é especial e não gostava de ficar sem eles nessa noite e compreendo que a mãe tambem não.
No entanto esta familia ja nao existe e nao vai voltar a existir e por isso nao sei se isto tudo nao é um logro e se nao seria melhor deixar de fazer isto.
Não sei se esta situação ocorre com mais alguem, penso que talvez sim, mas sempre que conto isto a amigos riem-se e dizem que só falta nós nos reconciliarmos, algo que nao vai acontecer.
Não sei se esta situação tb nao faz com que eu permaneça na minha "concha" e não me "obrigue" a ser mais pro-activo (palavra muito em voga, lol) para encontrar alguem já que o divorcio não me fez desacreditar no amor e eu gosto de partilhar a vida e quero voltar a amar.

Muitas duvidas ....

@Unfug,

Se se sentem todos confortáveis nessa situação, qual é a dúvida em continuar? Desde que todos saibam os limites, não vejo mal nenhum nisso.

E depois de te dizer isto digo-te que... eu não era capaz!

Parabéns pela tua coragem!

Olá Unfug,

A tua dúvida é pertinente.

Na minha opinião não fazes bem a ninguem: nem a ti nem aos filhotes!
Como tu prórpio dizes "esta familia ja nao existe e nao vai voltar a existir" e não é passar o natal e o ano novo juntos que vai trazer isso de volta.
Pelo contrário, podes criar esperanças nos filhotes, ou confundir as cabeças deles, limitas-te emocionalmente (não consegues o distânciamento necessário).
Como tu prórpio dizes não consegues sair da concha... estás preso emocionalmente!
quando me divorciei foi das primeiras coisas que a psicóloga me disse: não me deixar prender emocionalmente... as visitas, continuar a fazer coisas em conjunto, falar ao teleofne com demasiada frequência... etc... não nos deixa prosseguir com a vida...

Unfug, isso é uma questão de falar a linguagem das crianças e explicar-lhes exactamente o que dizes, um momento, uma consoada, nao significa que a familia no todo volte a ser o que era.

Eu nao era capaz, mas defronto-me com isso em pequenas ocasioes e ainda me vai acontecer debater-me com uma questão identica nos encontros de escoteiros da minha filha quando houver acampamentos que incluem pais.

O que interessa é que se sintam bem, e com as partes todas esclarecidas.

A minha filhota faz anos amanhã...Vou ao KidZania com a filha, com a mãe da filha, com a tia da filha, com o primo da filha. A mãe perguntou-me se fizesse um jantar em casa dela se eu ia e se queria levar a minha mãe. Pelas razões que falaste, e que eu até já falei contigo, disse-lhe que não. Que a decisão foi não haver esta família e como tal não vale a pena andar a fazer de conta que existe. Existe eu e a filha, ela e a filha, nós e a filha já não existe. Não vale a pena andar a aligeirar o que se passa, a realidade, a fingir que não é nada demais. Há consequências pela opção tomada e não vale a pena andar a disfarçar a coisa.

Talvez os sentimentos sobre isto venham a mudar, mas temos de começar a cortar estas amarras sob o risco de morrermos enforcados com elas...

Pedro_1975 escreveu:

Talvez os sentimentos sobre isto venham a mudar, mas temos de começar a cortar estas amarras sob o risco de morrermos enforcados com elas...

é exactamente isso que acho...

E depois quando um dos 2 tiver companheiro o que vão fazer? Cortar de vez pois claro ou conviver com eles... (para quem consegue)... eu acho que ainda é pior.

Fui em Agosto convidada para a festa do meu afilhado (sobrinho do falecido)... deixei o meu filho ir, mas eu não fui

Se não há qualquer desconforto nessas reuniões familiares, nem teatros, não vejo mal em que ocorram. Duas pessoas divorciadas não têm que ser inimigas, podem mesmo ser amigas.

Há que saber se não há de facto qualquer desconforto, se as pessoas envolvidas não estão a usar máscaras para aguentar a reunião, porque se isso acontece as crianças notam, e é pior ainda que passarem o Natal separados.

Depois há a possível chegada de novos companheiros, e das respectivas famílias também. Se nessa altura houver um corte radical nestas reuniões familiares que descreves, o mais provável é que as crianças culpem os novos companheiros, e isso dificulte ainda mais a nova fase de vida do pai e/ou da mãe.

Boas Festas.

Olá,
vejo que as opiniões vão todas no mesmo sentido.... eu nunca fui muito de seguir conselhos de outros e sigo sempre a minha cabeça dando, por vezes, valentes cabeçadas, lol, e neste caso ainda nao tenho certezas.
Dito isto o que acontece é o seguinte: embora a familia não exista há ainda um relacionamento, principalmente por causa dos filhos, e isso, para o bem deles, irá ainda durar muitos anos. Tenho a certeza que para mim seria melhor, pelo menos durante algum tempo, anos? lol, quebrar qq contacto com a ex. Nao ver, ouvir, saber nada, nada dela e sua vida. Mas isso é impossivel, pois para alem destas datas de natal etc, ainda existe a escola com as reuniões etc, as actividades dos filhos e mesmo qd eles trocam de casa acabamos de nos encontrar, pois como sabem, eles estao uma semana comigo, uma semana com ela.
E mbprincesa, faças o que fizeres os filhos terão sempre alguma esperança (dependendo das idades, claro) de reconstituirem a familia, mesmo os pais estando afastados.
Acho que no nosso caso até os ajuda o facto de os pais terem este relacionamento cordial e eles viverem periodos iguais com cada um de nós. Vêm que cada um dos progenitores seguiu a sua vida e fa-la independentemente do outro. Em relação a fazer coisas e conjunto é mesmo só isto pq sao datas mesmo especiais (para alem do aniversário dos filhos, lol) e eu até prefiro enviar emails do que lhe telefonar qd há assuntos a tratar, mas mesmo assim é rara a semana em q nao falmos uma ou duas vezes (estou a escrever isto e nao posso deixar de me estar a rir de mim mesmo, hahahahah, deve haver casamentos bem piores que este divórcio hahahahha).
Pedro tens razão nalgumas coisas mas qd dizes "nós e a filha já nao existe" isso não é bem assim, acho que, para o bem dos 3, vão ter que se entender sempre sobre a filha.
Em relação ás amarras tens razao mas não é por 2 ou 3 dias por ano que elas me enforcarão (espero, lol).

Petra15, nestas reuniões de Natal nao houve qq desconforto, a minha familia continua a gostar da minha ex e a familia da ex continua a gostar de mim, se nao soubessem nao notavam q estamos divorciados (claro q não ha aquele contacto fisico, e bjos etc, mas conversamos normalmente uns com os outros etc).

Xela tens razão tenho mesmo de arranjar uma namorada para ver o que acontece....isto já é curiosidade minha, gosto de estudar o comportamento humano e, de facto se e quando isso acontecer, terei de ter especial atenção para q os filhos nao culpabilizem a nova parceira de algumas alterações q, naturalmente, irão ou deverão ocorrer.

PS. como vêm estou bem disposto, ano novo vida nova, veremos daqui a um ano o q farei ;-)


Fiquem bem e um excelente 2011 para todos!

Unfug,

Ainda bem que estás bem disposto! é o que precisamos!

Percebo o que dizes mas eu acho que é possivel manter um bom relacionamento com o ex mas ao mesmo tempo ter o nosso espaço!

eu explico através do meu exemplo:

No inicio do meu divórcio eu prórpia permmiti alguma proximidade. com o tempo percebi que não era bom para mim nem para a minha filha.

Hoje tenho uma boa relação com o meu ex. falamos sempre que necessário sobre a nossa filha. quando ele leva a menina lá a casa falamos sempre um bocado... mas só.

E acho que para todos é melhor assim!


Feliz 2011!

Unfug... é mesmo uma tontice

Para teres esse tipo de relacionamento ha que primeiro existir um distancionamento para te permitires deixares de teres esperanças... pq no fundo sabes bem que ainda nao deixaste de acreditar...
Mas , tens razao, cada um sabe de si e deve seguir pela propria cabeça. Mas tem atençao a quem te rodeia. E tem atençao a ti.

Há que seguir em frente e sem medos.

Acho que já escrevi por aí algures o que penso sobre isto, mas cá vai, sob o risco de ser repetitivo...

Penso que este é dos assuntos mais melindrosos e pessoais que se discutem aqui.

Ninguém pode dizer aos outros como nem quando devem por um ponto final numa relação. Se nos continua a apetecer estar com a pessoa (e não só como amigo ou conhecido) é porque ainda existem problemas por resolver e esses têm que ser resolvidos antes de se "partir para outra".

Por outro lado há a questão de manter hábitos ditos "familiares" que fazem lembrar a vida passada.

Penso que existem duas hipóteses, ou o fazemos por nós e aí caímos na questão do fim da relação ou fazemo-lo pelos filhos. Neste último caso a situação para nós será então indiferente ou má, nunca boa, não estaremos desejosos que chegue, não esperaremos tirar daí o prazer que tirávamos dantes, sob pena de estarmos a voltar no tempo.

Penso que só tu podes saber o que sentes nessas alturas e qual a melhor atitude a tomar em relação aos teus filhos... sempre com base nesta análise interior das tuas reais motivações.

P.S.: Não sou psicólogo nem gosto deles, mas o meu senso comum diz-me que um afastamento gradual entre a mãe e o pai será saudável para as crianças, mas não se poderá prolongar indefinidamente sob pena de depois causar um choque.

Mais umas achas para a fogueira

Dulia como sabes que ainda nao perdi a esperança?
Uma coisa eu sei: sou muito leal em relação ás minhas amizades e, consequentemente, em relação tb aos meus amores. É me dificil desprender de pessoas de quem gosto/gostei e mantenho contacto com antigos colegas de liceu, de locais de trabalho por onde passei etc. embora nunca mais lá volte ;-).
Lembro-me das primeiras semanas em que fiquei sozinho e era muito estranho, sentia a ausência ao lado da cama, ás refeições etc. mas isso ja foi ultrapassado. Sentir vontade de fazer programas a 2 c a ex? Nem pensar! Nestas datas OK, pelos filhos e, mesmo assim, fico por vezes com os pelos da nuca em pê (por me sentir transportado para determinados momentos desagradáveis do periodo do casamento) e tenho o cuidado de nao provocar e de evitar confrontos.
Por essa razão, como o Jorge diz, acho que para mim a relaçao está acabada e esclarecida pq nao me apetece estar c a ex mas quando estou tb nao estou a engolir sapos por lá estar, lol, (a não ser que me começe a chatear lol).

[quote]Xela tens razão tenho mesmo de arranjar uma namorada para ver o que acontece....isto já é curiosidade minha, gosto de estudar o comportamento humano e, de facto se e quando isso acontecer, terei de ter especial atenção para que os filhos nao culpabilizem a nova parceira de algumas alterações q, naturalmente, irão ou deverão ocorrer.


Já aqui postei qual a minha opinião sobre este assunto e a minha experiência pessoal. Não é uma questão fácil nem tão pouco consensual, como já se viu.

Há quase 7 anos que estou separada, penso (tenho a certeza) que o ex já não ocupa o mesmo espaço na minha cabeça nem no meu coração. Ainda hoje ele continua a frequentar a minha casa nas datas especiais (aniversário do filho, natal, passagem de ano, etc...) e já tem outra família. para o filho, que tem crescido assim, tem sido fantástico. Já aqui disse também que uma das psicólogas que acompanhou o meu filho louvou essa nossa atitude. Quando ele era mais pequeno fazíamos muitos programas em conjunto.

Não foi fácil para mim, nessa altura, mas compensou. Ainda hoje me questiono: e quando arranjar outra pessoa? Como também gosto de observar e analisar o comportamento humano, logo se vê...



Mas também acho que, independentemente dos pais serem ou não divorciados, não devem admitir só o "eu e o filho", "o ex e o filho". Os pais nunca se separam dos filhos e os dois têm responsabilidades sobre ele, que devem ser partilhadas, preferencialmente. Temos é de ter o cuidado de não misturar coisas...

Agora nós é que estamos divorciados, os filhos continuam a ter dois pais

Ah, e acima de tudo, devemos fazer aquilo com que nos sentimos bem.

É que dormimos com a nossa consciência todas as noites...

Lança, concordo com a ultima frase, e na generalidade com o resto.
Mas pergunto-me, porque tambem gosto de observar os outros, se esse facto nao mostra que nao existe ainda o distanciamento necessario para as ultimas fases de "cura" de um divorcio, e se talvez por isso ainda nao tenham seguido a vida para a frente... ok, seguir a vida para a frente nao significa que tenha que se ter alguem. Mas emocionalmente resolvidos e preparados para tal. Sera que sim?

Lança, talvez por isso é que tu ainda nao tenhas conseguido mesmo, seguir em frente, pois pelo que postas aqui das a entender isso.

E unfug, se achas que estas certo... nao tenho mais nada a dizer

Acima de tudo, só tu é que sabes... mas se te questionas...

Unfug se todos estão felizes e conscientes de que a qualquer altura as coisas podem mudar, então sigam em frente!
Sim, porque quando entrarem terceiras pessoas na jogada vai ser demasiada gente para juntar

Vou pegar nesta última frase: Todos felizes e contentes.....
Os filhos certamente, a ex nao faço ideia, eu com sentimentos misturados, pois embora saiba que acabou e qua nao ha volta, que há já muiito era um erro de casting e que nao estou mal como estou agora, sinto alguma tristeza por a família ter acabado.
Será que isto significa que estou aprisionado mbprincesa?
Mas, pegando noutra frase, fiz o que achei correcto e durmo muito bem com a minha consciencia, embora o que faça possa, por vezes, por me um pouco triste (e nunca os filhos).
Resumindo: a passagem de ano tb correu bem (como muitas outras anteriores) os adultos , eu a ex e os meus ex?-cunhados) ainda ficamos na cavaqueira até as 3 da manha e depois vim sozinho para casa...e a pensar nisto tudo e a chegar á conclusão de que ja nao faz sentido...

aprisionado estás... sem dúvida! Mas não porque sentes tristeza por a família (no sentido mais vulgar da palavra) ter acabado... esse sentimento é normal. Todos gostaríamos que tivesse dado certo, que não tivessemos que passar por tudo isto, que os nossos filhos não tivessem que passar por isto...
a tua prisão é porque não te consegues desligar e permitir-te aceitar a situação... não te permites abrir o teu coração à tua nova realidade.

eu continuo na minha... não acho que seja um acrescento para as crianças. Acho que os pais se devem dar bem, conversar, demonstrar que não há animosiade e que estão lá os dois para os filhos... mais do que isso, apenas cria uma prisão emocional e não permite que sejas feliz como homem (sim!!! Além de pai és homem!!!!)

Uma frase batida mas muito verdadeira: "pais felizes fazem crianças felizes!"

A passagem de ano foi o momento em que começaste a interiorizar isso? que começaste a sentir que, definitivamente, a vida tem que prosseguir?