Alienação parental

claro que não! a fazeres-te de surda....

Os anos passam e há poucas mudanças .... até agora.

ai sim? E que mudanças serao essas?

Bom, não me alongando muito, vou ficar com os filhos não a 50% como agora mas aí a uns 90%. A minha ex vai viver/trabalhar para fora e eu fico com os filhos sozinho.
Haveria muito mais que dizer mas hoje não.

boa sorte!!

Hallo Unfug!

Pois ... eu acho que te percebo. É sempre a sensação de que os nossos filhos mereciam mais mãe/pai não é???? E o peso da responsabilidade é todo nosso ... não que nos incomode ... até nos dá mais força para andar para a frente e fazer cada vez mais ... mas na verdade ... quanto mais fazemos, mais o outro lado se encosta e ... isso não pode ser.

Eu tive de mudar um apontamento semanal da hora de almoço das segundas feiras para quarta feira à hora do jantar (disse que era até Julho deste ano ) ... para que os meus filhos tivessem mais ... pai.

Eles não gostam nada.
Passaram a pernoitar a meio da semana.
E o pai também não gosta .... olha a chatice, tssssssssssssst .... filas de carro para Lisboa, levantar às 6.00 da manha e tal ...
Têm de se levantar muito cedo, tb os garotos.

E depois lembro-me daqueles de vocês, pais, aqui, que dormem no sofa da sala para poderem ter uma casa (ainda que mais pequena) perto dos filhos enquanto os filhos têm um quarto para dormir, dos que fazem 160 kms diários para poderem viver perto dos filhos, dos que se endividaram para poderem ter uma casa maior onde coubessem todos os filhos das novas familias e se esgatanham a trabalhar para as pagar .... e também naaaaaaaa gosto. Nadinha.

Tu vais dar conta do recado.
Lindamente.
Como sempre deste.


Olha ... há 3 anos atrás queixavas-te que um dia eles iam querer ir para a mãe porque a mãe iria ter uma capacidade financeira superior, lembras-te???????
Como vês ... nunca nada acaba por ser como pensamos.
Preocupamo-nos, claro.
Mas ... tudo se leva.
Com calma.

E se os vires ir abaixo com soidades da mummy ... "enquadras" a senhora à séria e ela que aterre em Lisboa bem depressinha e eles vão visitar a mummy, olhá agora!!!!!!!!!!!
Só não queremos é pré-adolescentes a sugerir que foram "trocados"


Beijos aos 3 de nós os 3!
BG

Obrigado BG!

Mas acabei de ler um artigo no Publico [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] que fala de alienação parental.
Eu sou mesmo ingenuo pois pensava que esse termo nao tinha nada de ver com o género, servia tanto em relação á ause
ausência do pai como da mãe. Pelos vistos ha "duas senhoras" (Clara Sottomayor e Dulce Rocha) que, entre outras coisas afirmam o seguinte:

"Dulce Rocha, que não se limita a contestar a validade do conceito e nega mesmo a possibilidade de uma mãe tentar quebrar o vínculo entre pai e filho com outra intenção que não a da protecção da criança face a uma ameaça que pelo menos julga real. Apontando casos de erros judiciários, ambas consideram que a alegação de "alienação parental" "é usada para encobrir abusos sexuais dos filhos pelos homens" e constitui uma "discriminação das mulheres, encaradas como loucas, perversas, histéricas e manipuladoras" "


Por amor de Deus!!!!!!!!!!!!

P'amor da santa digo eu pah!!!!!!!!!!! mas tu ainda ligas a "volklore"????????

Todos aqui, que já andámos um bocado bom no caminho das pedras - eu acredito na teoria dos 6 anos - sabemos que a maioria dos casos de alienação parental são provocados pelos próprios que se dizem alienados ... e de forma tao subtil no dia-a-dia que quase não se dá por isso!

Queres um exemplo?
Quando se desresponsabilizam ao evitar sobrecarga de trabalho com os filhos!!!!!!!!!!!!

Estão-se a alienar a eles próprios!



Senhoras, não.
Senhora sou eu e mais umas quantas que aqui conheço. e não são assim tão poucas!
Sinhoras, querias tu dizer

Bjs&Abrjs
BG

BG, discordo da tua afirmação de que: "...a maioria dos casos de alienação parental são provocados pelos próprios que se dizem alienados ... e de forma tao subtil no dia-a-dia que quase não se dá por isso!", mas respeito.

Aproveito para deixar um link, curiosamente, publicado numa revista feminina...

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Boa semana.

BG,

Realmente estou mesmo totalmente contra a tua afirmação de serem os próprios a ser alienados! Não sei onde te baseias mas olha que eu conheço até casos muito tristes, inclusivé um em que a mãe acusou o pai que abusava sexualmente das miudas! Claro que tudo ficou absolvido em tribunal (com correpondente raspanete à mãe) só que o mal já ficou feito!

Aconselho-te a procurar um filme chamado "a morte inventada" (que tenho se quiseres...). Nele vais ver casos reais do que foi feito e dos danos que provoca principalmente às crianças. Se procurares vais ainda ver que, no Brasil, já é inclusivé considerado crime. Portanto, não será assim tão inventado.

Claro que há dificuldade de julgar isto é que os indicios são apenas psicologicos (não existem fatos fisicos) e podem ser usados de forma a justificar comportamentes contrários (ex: um pai/mãe que não quer fazer parte do processo de crescimento e depois usa isto até para justificar alterações a pensões de alimentos) mas isso nunca será razão para ignorar que existe, que é uma realidade e que cabe a todos lutar contra ela! Afinal os grandes prejudicados nem é o alienado, são as CRIANÇAS! Essas sim que irão sofrer para toda a vida, existindo casos documentados onde chegaram ao suicidio.

Portanto, volto a dizer-te que não é caso mesmo para brincadeiras.

Em relação ao link que o Unfug nos deixou eu digo que não são mesmo senhoras. São gajas! No pior termo da palavra. Estão a tentar justificar o injustificável.

Bom dia a tod@s!

Peço desculpa mas tenho efectivamente de me desculpar porque não me fiz entender.
E mea culpa desde já!

Os casos de alienação parental a que se referem vocês e o artigo que o unfug faz referência são aqueles casos extremos que infelizmente, praticados com dolo - intenção de causar dano/mágoa/prejuízo - são os mais conhecidos.

São os casos em que um dos pais tenta por completo apagar a imagem ou presença do outro da vida dos filhos. Condenáveis. Criminosos. Não posso estar mais de acordo.

Aqueles que eu refiro, são muito mais comuns e que também configuram alienação parental e destes ninguém fala.
Mas ... fala o Unfug.
Fala a Nocas.
E falo eu.



Falamos daqueles que em primeiro lugar põem e sempre puseram o futebol, as carreiras profissionais, etc, etc ... estes estão a alienar-se eles próprios da vida dos filhos.
E se nós deixarmos - ao tomarmos sempre o seu lugar porque NUNCA faltámos aos nossos filhos seja/fosse em que circunstâncias forem/fossem - continuarão a fazê-lo.

Mas ... já o disse e continuo a dizer: os nossos filhos estão a ver-nos e serão como nós formos.

Se desistirmos deles também eles desistirão de quem os ama.
É isso que desejamos para eles? Não.

O segredo é não desistir.
Aliás não é segredo.
O amor incondicional é assim mesmo.
É preserverante.

É insistir em fazer o outro estar presente sempre que este se fizer dispensar.


Para outros casos "mais bicudos":



É insistir em estar presente sempre que nos tentem dispensar.
Namorar os nossos filhos/as!!!!!!! porque não?!?!??!? Há lá quem mereça mais??????????

Se uma filha minha não me quisesse ver ... havia de receber um ramo de rosas, assim um bouquet piquenino amoroso, sem nome .... com um bilhetinho " amo-te daqui ao sol com passagem pela lua 3 voltas e meia, 3 vezes ao dia!!!!"; no dia seguinte, ía buscá-la à escola .... assim como quem não quer a coisa ... vim buscar-te e vou levar-te a casa, no outro dia .... uma caixinha com um chocolate: um beijo teu sabe melhor que 4 caixas destes chocolates, sem nome, no dia seguinte: vou levar-te a casa ... mas primeiro tenho de ir comprar uma "treta qualquer" a um lado qualquer e "tomamos um chocolate quente?" ....

Claro que no primeiro dia em que fosse buscar a minha filha à escola, o pai/mãe do outro lado levava um solene enquadramento POR ESCRITO, já depois da filha estar na escola, para não ter tempo de envenennar a minha filha:

"Comunico que a partir de hoje, e por tempo indeterminado, vou buscar a X à escola todos os dias e a entrego para jantar na TUA casa. Cordialmente MOI, o PAI/MAE."



BJS
BG

Mas quem se põe de lado num processo desses não se pode dizer alienado! Efetivamente não se pode obrigar um pai a ser pai! Assim como não se pode obrigar uma mãe a ser mãe!

O que falas não é alienação. É um dos pais a tentar fugir aos seus deveres e até aos seus direitos. É muito triste, mas principalmente para os filhos. O objetivo que falas de impor ao que se quer afastar que isso não é admissivel é muitissimo nobre. Significa apenas que colocas o bem estar dos filhos (embora eles agora possam achar que é uma chatice, dentro de uns anos irão agradecer pela oportunidade de terem pai e mãe) acima daquilo que até te seria mais confortável! Só por defenderes isso te dou

O outro processo é muito mais preocupante. Porque destrói uma relação. Nem é preciso chegar a casos tão extremos como falas. Ainda ontem estava à conversa com uma pessoa que me partilhou que o irmão tinha sempre o caso de ter toda a roupa que comprava e enviava ao filho destruída! São apenas pequenas coisas para minar o ambiente que deveria era ser salutar (porque os filhos continuam a ser filhos mesmo após os pais já não serem um casal!). Outro exemplo disso são os variadissimos casos de mães (normalmente) que insistem em que os filhos passem a chamar pai aos novos companheiros! Tal como todos sabemos mãe só há uma... assim como pai.

São pequenos (ou não tão pequenos) actos que são fomentados para poder apagar aos poucos o que o outro pai quer e pode fazer. A critica constante e dissimulada não deixa de ser uma forma muito grave de manipulação (que é o que estamos a falar quando se fala de alienação). O conceito que falas é completamente diferente. E tens todo o mérito em te opores e educares quem até nem vê o que o por-se de lado irá provocar a todos.

Mas digo-te eu que é!

É uma atitude alienante.
Auto-alienante.
Comodista.
Egoísta.


Não se pode obrigar o tanas!
Eu também não obriguei ninguém a deitar-se comigo lol!
E posso dizer-te que ambos os meus filhos foram desejados, por ambos.
E não só posso obrigar como o faço.
Azar.
Tivesse arranjado outra para mãe dos filhos.

Sim, porque se o sinhor pensa que só me vai aparecer na adolescência armado em pai-herói-conquistador-responsável .... tá bem lixado!!!!!!!!!!

Porque nessa altura, forreta como ele é .... vai sair-lhe a sorte "grande": eu vou andar a viajar com os meus filhos e com os meus pais pelo mundo inteiro!
Escreve aí meu amigo.





ps: a proposito da igualdade na partilha da responsabilidade parental:

eu: olha, já abriram as inscrições este ano, para ELA. eu trato na boa lá na escola. sem crise. mas como isto é partilhado e este ano ELE tem de mudar de agrupamento é melhor seres tu a tratar do assunto ... dado que o ano passado tratei eu da mudança dela ... (novela dramática a que tu assististe de camarote Jbsn)

o pai: opah ... etal ... epah, não, nã faço questão ... trata tu que tens mais jeito.

eu: isto não é uma questão de jeito. é uma questão de empenho e de esforço e de responsabilidade ... parental!

jbsn escreveu:

O outro processo é muito mais preocupante. Porque destrói uma relação. Nem é preciso chegar a casos tão extremos como falas. Ainda ontem estava à conversa com uma pessoa que me partilhou que o irmão tinha sempre o caso de ter toda a roupa que comprava e enviava ao filho destruída! São apenas pequenas coisas para minar o ambiente que deveria era ser salutar (porque os filhos continuam a ser filhos mesmo após os pais já não serem um casal!). Outro exemplo disso são os variadissimos casos de mães (normalmente) que insistem em que os filhos passem a chamar pai aos novos companheiros! Tal como todos sabemos mãe só há uma... assim como pai.

São pequenos (ou não tão pequenos) actos que são fomentados para poder apagar aos poucos o que o outro pai quer e pode fazer. A critica constante e dissimulada não deixa de ser uma forma muito grave de manipulação (que é o que estamos a falar quando se fala de alienação).

As pessoas fazem o que fazem se NÓS LHES DERMOS DO NOSSO TEMPO E ESPAÇO.

Nem todos os tempos são tempos para calar e ignorar.

Aqui há tempos o meu pai ensinou-me uma coisa que eu precisava aprender.

"Só um louco não sabe dizer não."

Há coisas que não podemos ouvir/ver/assistir calados ou ignorar.
E muito menos consentir que se passem em frente aos nossos filhos.
E isso faz com que nos tenham respeitinho.
Na nossa frente e nas nossas costas.
Por algum motivo que tu desconheces as pessoas que te relataram esses feitos escabrosos não têm (merecidamente ou não) os respeito das mães dos filhos.


E mais uma coisinha meu amigo ... também foi o meu pai, que é órfão de pai e comeu o pão que o diabo amassou, que me ensinou, embora eu ainda não tenha precisado nesta vida ...

"antes fdp que coitadinha" .... e que tal abandonar o papel de vítima e dar a volta à mesa?!?!?!?!?!?!?

Mas afinal o pai só se quer presente para PAGAR??????????????????


Na, na.

Mas quem te disse isso? Estás a tomar conclusões precipitadas. Queres saber a conclusão dessa situação que te relatei? Então é assim, a mãe da criança (que já é agora bastante grande) nunca mais conseguiu manter um vinculo emocional com mais ninguém (o pai é casado e tem outra menina). E diz a toda a gente, pese todos os anos, que ele é um excelente pai! No fundo todos percebem que o vinculo emocional nunca foi desligado!

Mas foi sempre esse sentimento que pautou a relação entre eles. Nunca desligou o facto de já não serem um casal do facto do continuarem a ser ambos pais! E isso contribuiu para ir deteriorando o ambiente.

Como vês, as conclusões precipitadas são perigosas. E o não assistir calado não significa que alguém nos ouve! Sabes que ouvir e compreender é uma virtude. E nem toda a gente está disposta a ouvir, muito menos compreender!

Boa tarde,
relatei algo (a ex ir para fora) e mais tarde um link de um artigo que me enfureceu (alienação parental).
AS DUAS COISAS NAO TEM NENHUMA RELAÇÂO ENTRE ELAS.
Quero com isto dizer que a minha ex sempre foi, e continua a ser, boa mae, presente, carinhosa, procupada etc.
Quero acreditar que ela vai para fora somente por dificuldades de trabalho cá. Nao há ptt, neste caso nenhum caso de alienação, auto-alienação etc. seja de quem for.

Este fórum serve-me com escape, por por escrito as precupações, aniedades etc ajuda-me a ultrapassa-las.
Naturalmente preocupa-me ficar com os meus filhos a tempo inteiro, sem qualquer ajuda de famiares etc. Naturalmente preocupa-me eles verem a mãe somente nas férias.
Sempre acreditei que nao foi sem razão que a natureza exige 2 seres para terem/criarem filhos. Se isso ja levou um abanão com o divórcio, apesar de no meu caso - por aquilo que ja relatei atrás - termos conseguido minimizar os efeitos, agora vai levar um segundo ainda maior.
Isso precupa-me.
Ou talvez me preocupe demasiado.

Boa noite.
Unfug, talvez te preocupes demasiado, talvez não, ou talvez seja a preocupação que te leva a ser um pai melhor! É bom extrovertires receios, medos e dores, invejo-te esse traço. Não o tenho. Eu retraío-me, daí o não ter participado da troca de ideias da BG e do JBSN, que achei mesmo muito interessante e não tão oposta como possa parecer..
Tenho a felicidade de adorar crianças, de ter um talento com elas que nem eu compreendo, de ter uma filha que me adora, e de a ter como único calcanhar de Aquiles.... Na quinta-feira passada fiz perto de 90 km só para a ver, e não consegui. Vi-a na terça e virá comigo na sexta. Não é a primeira vez, mas já acontecem muito menos, estas e outras variadas peripécias.
O meu caso, comparado com outros que tenho visto, não é nada, é uma brisa que, com algum jogo de cintura, até se contorna.
Julgo pacífica a existência da alienação parental, nas suas variadas formas e graus, e é bom que se fale disso aqui e fora daqui.
É uma questão de decência poupar-mos um ser indefeso à negligência (que é o que realmente é a alienação parental), porque independentemente do ângulo que escolham, esse comportamento não passa de maus-tratos infligidos a um ser indefeso a quem devíamos amar sem restrições.
Sou uma pessoa moderada por natureza, mas aceito a crítica de ser radical neste ponto, se alguém assim o entender.
Durmam bem, tenham uma semana agradável. MJ

Muito bem mj_magalhaes! Revelas um sentido prático e objetivo fora do comum! Continua assim e não desistas.

Em relação à troca de ideais entre a BG e mim, não te preocupes, somos Amigos (com a muito maisculo) de longa data. Posso dizer-te que é das pessoas que muito admiro. Mas, como todos os amigos, por vezes discordamos

Continua por aqui!

vou continuar e espero ler-vos noutros posts. Ob
É perceptível a vossa amizade, bem como a de algumas outras pessoas que por aqui interagem, eu não estava preocupado, apenas segui com um silencioso interesse a vossa troca de ideias, conversa tão positiva quanto a vossa amizade. A discordância é normal e até desejável, muitas vezes, e o discordar-se reflecte diferenças naturais.
JBSN, "os Amigos, são a família que nós escolhemos" (desconheço o autor).
Boa noite

Eu já estive muito por aqui (como podes ver das quase 4.200 msg que contam no meu perfil ). Depois deixei de postar tanto por motivos que não importam, mas tenho tentado acompanhar as histórias dos que chegam e ajudar sempre que acho que tenho alguma coisa a dizer.

E tens razão, os amigos são isso mesmo. Segue em frente. Com calma e serenidade porque o divorcio não é o fim de nada, é apenas o inicio de uma nova fase na tua vida! Fase essa que pode ser brilhante se assim quisermos que seja.

Bom dia!

Já estou registado neste site há um bom par de anos mas nunca contribui com nenhum assunto ou comentários. Mas nunca é tarde demais para começar e por isso aqui vai a minha primeira participação.

Há pouco menos de um mês saiu um artigo bastante extenso no Público acerca de filhos de casais divorciados, da alienação por parte de alguns pais e o mal que isso provoca às crianças. Na altura não tive tempo para o ler mas guardei o link e apenas hoje o li e porque o considero bastante bom e elucidativo do mal que muitos pais infligem aos seus filhos resolvi pô-lo aqui no Forum: Que é feito dos filhos que sobram da guerra entre os homens e as mulheres?

Espero que seja do vosso interesse.

fs

Olá mais uma vez.

Aqui vai mais um artigo relacionado com o anterior, da mesma data e do mesmo Jornal.
Desta feita um relato de uma jovem de 25 anos que passou pela alienação do pai após uma chantagem emocional e guerrilha psicológica por parte da mãe:
As vítimas somos nós.
Hoje, depois de muito sofrimento e alguma psicanálise, despreza os dois... Cuidado pais e mães de filhos de casamentos que terminaram em divórcio... Todo o cuidado é pouco! :-/

fs

O meu caso atual...

A minha relação de amor, com a minha Carolina, tem 2 anos e meio, sendo que a Carolina nasceu a 13/12/2010, já sabem quem é a minha querida...

Desde o inicio não teve uma vida fácil, a sua mãe ao ela completar 1 mês, pediu que a minha mãe ficasse com ela para ir trabalhar...
Por infortunio do destino, o meu pai adoeceu gravemente, e a minha mãe ficou impossibilitada de ficar com a menina, a solução ir para a avó materna com 3 meses de idade a 350Kms de distância.

Isto até seria tudo "normal" mas para infelicidade da Carolina, a mãe dela não trabalha desde 2008!
Sim, todos os dias ia deixá-la à porta do trabalho, e tinha a minha coisa mais boa a 350Kms, para a mãe não fazer nada o dia todo!
Nada contra quem não trabalha, mas já dá para perceber a revolta de quem é enganado.

O logro durou cerca de um ano, no entretanto sofri muitas humilhações perdi muitos amigos, por confusões criadas por ela, e no entretanto, a minha Carolina a 350Kms...

O período de separação não melhorou nada, desde amigas da Ex a ligarem-me constantemente e aos meus pais, a alegarem ser do Ministério Publico e a ameaçarem-me com cadeia, enfim, estão a ver o calibre da bicha...
Na altura não tinha contacto com a minha filha à 3 meses, encontrava-se ainda com a avó materna e as ameaças fisicas eram mais que muitas.
Aceitei a regulação conseguida em tribunal como se de um milagre se tratasse ia poder estar com a menina a cada 15 dias, teria 15 dias no Verão e mais 3 dias nas festividades, como acordo experimental.
Uma das clausulas propostas pela mãe, era de que só poderia ter férias com ela a partir dos 6 anos!!!!!


Escusado será dizer que ela se deu ás mil maravilhas comigo e com a minha familia, é música para os meus ouvidos as 500 vezes por hora que ela diz Pai, se pudesse escolher uma voz e uma palavra para ouvir para o resto da vida... Era aquilo!!!
Saudades eram muitas, a necessidade de protecção também, as senhoras que me perdoem, mas há certas coisas que apenas um pai pode dar, a uma filha menina de tão tenra idade

O que me leva a escrever aqui é o momento actual...

No inicio do ano tentei chegar a acordo com a minha ex, primeiro pelo advogado, depois pela mediação familiar, tentei chamá-la à razão mas nada, irredutível, mas ao pedir um motivo simplesmente diz que não tem de mos dar, ou melhor diz que a menina não pode ter mais férias comigo devido ás atividades letivas!
Tenho um filho do primeiro casamento, e o ministério publico balizou como minimo 60 dias de férias no Verão, eu tenho 15 com a Carolina (18 se contar com as festividades)...

Nada mais havia para mim a fazer se não colocar um pedido para alteração da guarda/regulação...

Desde esse momento a nossa vida, minha e da Carolina tem sido o inferno na terra...
Por coincidencia ou não, desde o dia da notificação não consigo falar em condições com a menina, chora diz não querer falar comigo... Na ultima visita... E com aquela voz de anjo no alto dos seus 30 meses diz: O pai é mau ; O Pai não presta ; Não gosto do Pai...
Hoje então foi de cortar o coração...
Ao aperceber-me que o telefone estava em alta-voz, e com o ruído envolvente não conseguia ouvir nada, pedi a alguém que tirasse da alta-voz e que metessem o telefone
ao ouvido da menina (tal como faço quando lhe ligam quando ela está comigo)...
Do outro lado a avó materna pegou num dicionário de palavrões e despejou-os, sendo que ao ouvir o choro da menina, nada pude fazer se não desligar...

Aos que dizem que a alienação parental é um mito...
Para ser simpático, é um mito que dói tanto que até parece real.

Nesta fase estou a estudar hipóteses, para ver como posso proteger a minha menina, da melhor forma...
A mãe da menina, não responde aos meus apelos, apenas se ouve o som do silencio do outro lado.

É bem verdade o que se diz, ser mãe não é parir... Dá um pouco mais trabalho do que isso.

Que crueldade dessa mãe nao colocar o bem estar da filha em primeiro lugar ....

Muita força para lutar pela sua menina

Didix escreveu:

Que crueldade dessa mãe nao colocar o bem estar da filha em primeiro lugar ....

Muita força para lutar pela sua menina

Obrigado pela força Didix...

Acaba por ser estranho ser uma mãe a permitir, ou a promover este tipo de condicionamento
à própria filha...

Hoje em dia, com casos documentados, do resultado final deste tipo de comportamento, para
mim figura como um abuso psicológico, tão grave como a violência doméstica sobre menores,
deixa sempre marcas.

Na última visita, peguei na menina ao colo, e ela disse três vezes não quero...
Dei 3 passos, e viramos costas à casa e à avó da menina, e ela sorriu e escondeu a cara,
parecia que tinha encontrado um refugio seguro no colinho do pai...

Desistir não é uma opção!