Um sorriso no meio de tanta tristeza e revolta

Estou um bocadinho... alias no fundo sempre fui... mas ca tenho as minhas razões...

Este cantinho é especial mas não da para expor tudo... até porque eu mesmo que quisesse não posso...

A frase não me pertence. Escutei-a de uma amiga.

Por aquilo que os meus amigos me viram sofrer e por acharem que dei a volta, tenho sido confidente de várias rupturas matrimoniais.

Quis o destino que na sua maioria fossem as mulheres a desejar essa ruptura em nome de um amor com uma intensidade que nunca viveram.

O resultado é o óbvio.

Limito-me a dizer o seguinte: Há um milhar de pessoas com quem conseguimos ter alguns meses de entrega total, de atenção permanente e sexo para lá de tórrido.
Mas uma pessoa que saiba relacionar-se connosco nos momentos importantes, que nos aceite e respeite tal como somos já não são assim tantas.
E se adicionarmos a isso filhos em comum, mais difícil se torna alterar esta equação.

Tudo isto para me dirigir àqueles que ponderam divorciar-se:

A minha ex mulher não se sentia amada por mim. Deixou de valorizar a minha companhia. Conheceu um homem que lhe dava a atenção que ela sabia que tinha direito enquanto eu ficava a tomar conta dos filhos.
Foi usada. Tinha mais do que razões para saber isso porque não era a primeira investida dele e largou a outra sem dó nem piedade para ter um novo brinquedo.

Eu chorei o que NUNCA imaginei chorar. Preferia que me tivessem arrancado um braço a perder mais de metade de mim e do meu projecto de família.

Hoje, quase três anos depois, arrepende-se. Perdeu a cumplicidade que tinha comigo e o ambiente que tinha de familia.
Descobriu - por motivos que desconheço - que não confiará em mais nenhum homem para a ajudar a educar os seus filhos.

Eu deixei de acreditar no modelo de familia que me foi ensinado.
E deixei de confiar nela.

Fred escreveu:

Eu deixei de acreditar no modelo de familia que me foi ensinado.
E deixei de confiar nela.

Compreendo-te perfeitamente...
No meu caso fui eu que coloquei o ponto final na relação, mas ele já tinha desistido há muito e eu sofri muito mais do que ele...
Mas a confiança, quando se perde... é muito dificil recuperar...

Eu só me arrependo dos momentos em que voltei a confiar na Ex. Tudo se repetiu.

Eu perdoei várias vezes e em todos elas fui traída!

Conclusão: Nem todos merecem uma 2.ª oportunidade, nem 3.ª, nem 4.ª... all night long!

Beijinho para ti Fred

Recebido!

:-)

A tua história, Fred, é a minha. Também fui eu que fiquei para trás...

Ele sai de casa amanhã, não sei o que o futuro lhe reserva. Ela é casada e o marido não sabe (julgo eu).

Como compreendo as tuas palavras. Descobri tantas, mas tantas mentiras e durante tantos meses... Duvido que volte a confiar como um dia confiei.

Deixa-o ir, liberta-o, porque ele por mais que tente ser feliz vai dar tanta cabeçada na vida que se vai arrepender da asneira!

E tu aproveita e descansa, vive a vida, devagarinho, com calma, e vai chatar sempre que puderes!

Beijo grande

xela escreveu:

Deixa-o ir, liberta-o, porque ele por mais que tente ser feliz vai dar tanta cabeçada na vida que se vai arrepender da asneira!

Mas eu quero que ele seja feliz, acreditas? Já que deixou "tudo", pelo menos que não tenha sido em vão...

Arisca,

força linda, sei que nao é facil, mas com o tempo melhora vais ver.
Deves mesmo desejar o melhor ao teu marido ou ex marido, ... Quando nós não temos nenhum tipo de sentimento mau ou bom por eles, foi quando fechamos o capitulo, mas sempre desejando o melhor para eles, que sejam muito felizes e nós vamos ser também...

A vida é curta demais para estarmos com quem não nos quer e para chorarmos por quem não está nem aí para nós...
E sabes uma coisa? Viver sozinha, nem que seja só por uns tempos, é mesmo muito bom...

Sabes o que é mais importante em viver sozinha? É que nunca mais estarei numa relação que não seja melhor do que estar sozinha. Porque agora sei a diferença. E penso que é o que falta a muitas pessoas também.

Arisca, não esqueças que deves fazer o luto da relação. É muito importante... Senão os "fantasmas" do passado vão andar sempre a pairar sobre a tua vida e nas novas relações...

Beijinhos e um xi muito apertado para te dar força...

Fred,

entendo e sinto cada palavra tua.
Poderiam ter sido escritas por mim.
O meu mundo, o que eu acredtava foi tremendamente abalado...

Obrigado por expores com tanta clareza os teus sentimentos e pensamentos...

Um abraço e força aí na tua vida...

Olá Fred. O título do teu tópico diz tudo. É mesmo isso.

Abraço

Lili escreveu:

(...)Deves mesmo desejar o melhor ao teu marido ou ex marido, ... Quando nós não temos nenhum tipo de sentimento mau ou bom por eles, foi quando fechamos o capitulo, mas sempre desejando o melhor para eles, que sejam muito felizes e nós vamos ser também...

Vês Arisca?
Aí está algo que tu foste capaz e eu ao fim de tanto tempo ainda não consegui.
Tu fechaste o capítulo, desejas que seja feliz!

E eu ainda tenho vontade de lhe atirar um extintor à cabeça!

Força

Não sejas assim, Xela!

Tens que controlar esses sentimentos!

Se o extintor lhe cair em cima - acidentes que lamentavelmente acontecem - convém que não seja com muita força porque têm um filho em comum.

:-)

Pois eu sei, mas não consigo controlar a raiva e o ódio sempre que olho para ele... por isso optei (optamos) por nem nos ver, porque dá uma faísca que ninguém imagina!

Imaginem que ele é gasolina e eu sou um fósforo! Explode tudo à nossa volta...

Mas um dia chego lá... espero!

Demorei 3 anos a atingir o estado zen.

Não gosto de me cruzar com ela nem de falar ao tlm porque me recordam outros tempos. O messenger está bloqueado porque me ocorrem as memorias do tempo em que a aguardava para tentarmos falar, já que funcionava melhor ali que pessoalmente.

Obviamente que o facto de eu a ver hoje como a primeira vítima daquilo que fez me ajuda a perceber que não lhe desejo mal, antes pelo contrário.
Se estivesse feliz e contente como no inicio, talvez o zen ainda estivesse para chegar.

Deixei de tomar tranquilizantes antes do verão.

Xela,
só tens que dar tempo ao tempo. Isso que sentes todas ou quase todas sentimos. Momentos de raiva... fazem parte do luto...
Em breve vais olhar para ele e não te despertar nenhum tipo de emoção...nem boa nem má... vai ser apenas mais uma pessoa na multidão que vai ser sempre o pai do teu filho, mas como homem não te vai dizer nada...

Caro Fred,

Numa relação há varios pilares.

A confiança é um deles.

O respeito outro.

Afectados estes, dificilmente a "coisa" continua a merecer a pena...

Desejo-te tudo de bom.

E sabes? Depois de um amor vem sempre um Grande Amor!!

Um abraço

Mario,
Não me sinto disponível para um grande amor.

Tenho hoje uma companheira com quem partilho as minhas alegrias e tristezas.

Estive, antes do divórcio, a ponderar o suicídio. Nunca tentei nem nunca imaginei como o concretizar. Queria ter a certeza que era a melhor opção.
Achei, depois de muitos meses a ponderar, que os meus filhos não mereciam isso.

Ganhei energia para enfrentar parte do problema (há assuntos profissionais que também enterrei nessa altura e estou agora a começar a resolver). Renasci!

Mas não voltarei a permitir a ninguém que tenha a influência sobre mim como aquela que confiei à mãe dos meus filhos.

Tenho a minha vida, o meu ritmo, o meu espaço.

Se a relação com a minha actual companheira terminar sei que continuaremos a ser bons amigos porque é esse o grande motor da nossa união.

Um Padre entrega-se a Deus. Eu entreguei-me aos meus filhos.

descobri quando comecei a ganhar dinheiro, cedo, que jamais serei independente porque sempre vou depender dos meus afectos. Tinha dezassete anos. Quanto ao grande amor ... Já amei que chegue para as próximas dez vidas. E se não amar mais só isso bastar-me-á. De sofrer não preciso mais. E também me entreguei de alma e coração aos que verdadeira e incondicionalmente me amam: aos dois pedaços de mim que me chamam MÃE.

Estou separada há quase 3 meses ao fim de 20 anos de vida comum... um afastamento meu de um ano resultou na nossa separação (... partilhado num outro fórum)
Mantenho um bom relacionamento com ele porque temos um cumplicidade que nos une e um nino de 12 anos.
Ele arranjou uma boía que o mantêm à superfície e longe da solidão (...)
No entanto quero partilhar convosco o o seguinte:
Comigo não fez qualquer esforço quando lhe pedia ajuda e hoje sei, por me o ter confidenciado até faz jantares...
Talvez o male de muitos seja ter o outro como garantido e não lhe darmos a atenção que merece... Eu com ele tinha de ler o seu amor através do seus ciúmes, das suas pequenas atenções que muitas vezes passavam despercebidas... tempos modernos (...).
No entanto, nunca fui procurar a atenção junto de outros embora tenha sido "cortejada" de uma forma velada. Estas atenções traziam-me segurança ou talvez me faziam bem ao ago porque a vida de casal nem sempre é um mar de rosas mas nunca dei o passo.
Porquê? Porque sempre o amei e jamais olhei para outro homem da forma como o olhava. Apesar disso ele sempre se questionou sobre o meu Amor. Tanta insegurança
Li algures o seguinte:
++ "Apesar de não viveres na casa dos teus sonhos não vives na rua? É o que penso do amor. Não temos o amor dos nossos sonhos mas não significa que deixamos de viver a relação"

Hoje magoa-me ouvi-los confidenciar a sua nova postura face à vida porque era o que eu queria que Ele tivesse sido comigo.

Sim Fred, tens todo o direito de viver um grande Amor alias como todos nós mas não te esqueças de seres tu logo no início da tua relação. Sei que aprendemos com o erros mas acredita que doí ouvi-lo dizer que afinal agora é o homem que queria que tivesse sido comigo.

Sou recém chegada e vou lendo as historias que partilham e nos vão dando alento.
Um grande obrigada a todos

Não acho que tenho amado que chegue. Tenho muito para amar. Mas deixei de querer ser de alguém que não sejam os meus filhos e um dia netos.

Sei que se envolver alguém na minha vida no sentido de a partilhar vai ser mau para os dois.

Fred,
Como o meu ainda marido não te queres entregar à tua nova relação.
É algo que não entendo...
Sei que ele sofre por diversos motivos (...) mas porquê é que não vivem a vossa relação plenamente?
Ele receia magoar-se, acha-se velho demais para se entregar e como ele diz "não tem idade para viver uma a paixão como a nossa"
Será que são esses os sentimentos que partilham?
Afinal têm medo de se entregar para não sofrer?
Apesar de não saber porque ainda não olhei para outra pessoa, admiro a carapaça que consegue erguer. Mas confesso não entender!

São,
Eu nunca me imaginei separado. Estive, tal como ele, a viver sem a minha ex durante um ano. Reorganizei a minha vida profissional para ir ter com ela por não aguentar as saudades de 5 dias por semana sem ela. Depois disso veio o divórcio. Ela já tinha resolvido o assunto.

Fred,
Acredita que nunca me passou pela cabeça separar-me um dia mas acabou por acontecer (...)
Aconteceu porque já não nos amavamos apenas gostavamos um do outro... ou pelo menos eu gostava. Habituamo-nos a ter alguém à nossa espera em casa mas isso não é amar porque deixei de ter o meu companheiro.
Hoje ganhei um Amigo, alias Amigo que sempre tive e espero sempre ter a meu lado.
Estamos separados há 3 meses e confesso que, como ele, temos saudades da sua companhia, da nossa cumplicidade.
Mas estou certa de não querer voltar atras como já lhe disse diversas vezes. Gosto dele mas já não era feliz (...)

Será que voltarei a ser feliz? Não sei.
Hoje apesar da solidão, sinto-me bem; serena como nunca e já há muito sentia.
No entanto, estou certa que se cruzar alguém, me irei entregar porque acredito que o amor vale a pena de ser vivido. Sofremos se der para o torto e então? Ao menos terei vivido algo a 100%.
Como algumas mulheres, nunca acreditei no principe encantado pelo que quando entrar numa relação tenciono vivê-la.
É talvez aí que reside o segredo do meu casamento ter durado 20 anos: casei dizendo-lhe que era apenas um acto administrativo que poderiamos quebrá-lo (...).
Acredito que numa relação cada um tem de conseguir expressar o que sente. Mas verifico que as pessoas acabam por ter falta de assertivadade não dizendo ao outro o que sente com medo que o outro vá embora.
Daí não conseguir compreender a sua reticência a entregar-se nessa sua relação, tal como tu.
Costumo dizer-lhe que agindo assim está apenas a ter uma boía a seu lado e não uma companheira.

Afinal será que é isso que querem uma boía e não uma companheira?
Não quero de modo algúem ferir susceptibilidades, quero apenas compreender.