Filhos! A coisa mais importante do mundo...

Gostava de partilhar neste topico, vivências de quem ficou com as "coisinhas" mais importantes no mundo que são os filhos. Como se sentem, o que mudou, o que continua a mudar pois preocupa-me muito o facto de que a minha filha de 4 anos possa vir a ter que ser "disputada" pelo pai que agora se lembrou que quer o poder paternal. Quais as melhores atitudes a tomar para evitar que eles sofram, pois é a ultima coisa que eu quero no mundo é fazer a minha filha sofrer... Agradeço a vossa opinião. Um beijao para todos aqueles e aquelas que vao fazer parte deste universo... que é o nosso!

Todos os dias olho para a minha filha e me pergunto se estou a fazer o que é melhor para ela...
Tento por tudo que ela se sinta feliz, mas a falta do pai (em casa), nao a faz sofrer? Eu acho que sim e só a quero proteger do sofrimento, mas sinceramente eu e o pais só somos mesmo isso... Os seus pais... Mas ela só tem 4 aninhos
Fiquem bem
Bjs

Boas!
Compreendo o teu penssamento, mas se os pais não se entendem penso que as Crianças acabam por sofrer mais a verem os pais a Discutir e ás vezes até pior.

Isto é só a minha opinião, não sou muito entendido no assunto.
Sorry não poder ajudar mais.

Os pais continuam sempre a ser pais, mesmo depois do divorcio. Basta que as pessoas tenham bom senso. Eu também passei por esse pensamento. Andei meses a pensar nisso. No fim percebi que o mau ambiente em casa, a infelicidade estampada na cara da mãe, nao lhes trazia felicidade nenhuma...Acredita que estamos os tres muito mais felizes assim (eu e os meus meninos) e vejo que tomei a atitude certa...

Pensa bem no melhor para ti, porque por arrasto será o melhor para eles...

Um beijinho e muitas felicidades para a tua vida..

Sabes....tem tanto de dificil o pai querer o poder paternal e fazer guerra como tem o pai nao ligar nenhuma....

Os meus filhos vão para o pai de 15 em 15 dias 24 horas. Raramente liga durante o intervalo dos 15 dias. Isso entristece os miudos que eu bem noto. E entristece-me a mim porque foi este o pai que escolhi para os meus filhos....
De inicio nao os levava, não tinha regras nenhumas, nunca quis ter. É um pai ausente, mas já era bastante, agora pior...nunca pergunta quando os levo, sou sempre eu a telefonar, nunca pede para os levar no intervalo, nunca vem ve-los. Não veio para a festa de aniversario da filha. Nao pergunta se preciso de mais alguma coisa para eles. Dá-me uma ninharia....Isto é a minha vida.

O meu sobrinho tambem é filho de pais divorciados desde antes de ele nascer. O pai quer que ele va todos os fins-de-semana, ja conseguiu que vá tambem dormir durante a semana um dia e vai busca-lo todos os dias a escola. leva-o de férias e contribui de forma activa na vida dele.

O filho de amigo, o G. tambem filho de pais divorciados. os pais partilham a guarda, ele dormem um dia com o pai, um dia com a mae, tem dois quartos, muitos brinquedos e amigos nos dois lados. Os pais em relação a isso são rigorosos. E ele ve sempre todos os dias o pai e a mãe e vive feliz assim.

Como vês, há tantas diferenças que é dificil opinar. Deves falar com o pai da tua filha e ver a melhor forma. Agir com diplomacia. Com sensatez e ver o que é melhor para a menina, o que lher der mais alegria e estabilidade..mesmo que as vezes nós tambem soframos um pouco com a ausencia dos nossos mais-que -tudo...

Infelizmente já tenho visto tanta coisa em relaçao a este assunto, conheço muitos casais divorciados que até assusta, mas se agirmos de boa fé tudo se resolve.

É apenas uma partilha de experiencia, espero que te sirva par alguma coisa.

beijinhos

Olá,

Sem dúvida que cada caso é um caso e que só quem passa pelas situações é que pode, de uma forma mais realista, relatar qual foi a sua experiência.

Já tive a oportunidade de "conversar" sobre este importante assunto com a mentora do Forúm, expressando na altura algum desapontamento sobre o conteúdo da maioria dos comentários relativos a este tema.

Parece ser quase unânime a opinião negativa que se tem sobre o pai divorciado, no que concerne ao acompanhamento dos filhos, após o divórcio. E isto levanta uma questão que penso ser fundamental e que vos queria colocar para que possam comentar caso achem pertinente:

- As estatísticas não mentem: somente cerca de 2-3% dos pais é que ficam a viver com os filhos após o divórcio.

Gostava que se colocassem por um instante na "pele" dos restantes 97-98% dos pais e que justificassem os motivos pelos quais isto acontece!

Será que desse "lote" a maioria não quer viver com os filhos?
Mas que raio de homens são esses, que foram maridos, companheiros, cofidentes, amantes, bons pais... boas pessoas? Foram assim tão poucos?

Agora gostava que pensassem, unicamente por 10 sgs, se tanto, o que fariam se vos fosse vedada a possibilidade de viverem com os vossos filhos? Duro não é?

Eu incluo-me no rol dos que sugeriram isso e que abandonaram a ideia para que o crescimento dos miúdos não fosse por demais afectado por essa opção levada às últimas consequências.
Também não tenho dúvidas que faço o que está ao meu alcance (e por vezes mais que isso!) para poder acompanhá-los sempre que possível.

Mas uma coisa é inegável; não tenho o previlégio de poder dar-lhes um beijo de boa noite todos os dias, de poder ajuda-los a escolher a roupa que vão levar para a escola, lembrar-lhes de lavar sempre os dentes, entre muitas outras "coisinhas" tão simples, mas tão importantes... e isto porque...não vivo com eles

Luis,

Não consegues a guarda partilhada como este caso que referi? O G. dorme um dia com a mae e outro com o pai, alternadamente. E funciona bem!!! Não poderias sugerir isso à tua ex mulher?

Beijinhos e pensa que mesmo sem essas coisas eles nunca te esquecem...

Viva Cláudia,

Eu tenho guarda conjunta, mas não moro perto deles!? Não posso por isso fazer parte do seu dia a dia. No entanto estou com eles sempre que posso sem grandes atribulações com a mãe (agora, passados 3 anos...).
O que eu queria que pensassem é o que, mesmo nestas circunstâncias, sentiriam por não poderem viver com eles? O terem que ir a casa da pessoa de quem se separaram para os ir buscar e ir levar?
Tem só isto presente: ir buscá-los e ir levá-los... Sem opção, pois não podem viver contigo.
O que é que tu sentias?

Luis,


É uma questão dificil de resolver, tanto mais que a minha experiencia é precisamente o contrario, ou seja, eu a levar e a ir buscar os miudos ao pai para eles passarem lá um pouco de tempo. A ir leva-los lá ao pai mais um pouco durante a semana e tomar um café para eles verem o pai mais vezes. Eu a ligar todos os fins-de-semana para lembrar que é fds de eles irem...O pai dos meus filhos nunca lhe deu banho, nem de comer, nunca os acompanhou numa doença a tempo inteiro. E nada disto foi por minha causa...ele sempre esteve demasiado ocupado com a sua propria vida....

Mas tentando responder ao "e se". Acho que sentiria uma saudade imensa, um vazio dentro de mim e dentro da minha vida. Os meus filhos sao uma parte de mim, como um braço ou uma perna. Sentiria que me foi vedado a participação numa parte da vida deles. Sentiria que muito mais cedo do que o normal estava privada da presença deles. O normal seria aos 18 ou 20 anos....

A associação 26-4 em Portugal luta por uma igualdade maior entre os dias que estao com a mãe e os dias que estao com o pai. E eu acho bem. Mas o que eu vejo, e olha que vejo muitos pais divorciados, é que os pais (homens) ficam quase aliviados porque já não tem que aturar as birras diarias, os choros, livram-se da responsabilidade da educaçao no caso de correr mal, etc e passam a ter o amor incondicional dos filhos, que é aquele amor que se tem pelas pessoas que nunca nos ralham porque nao vivem sempre connosco. Como tudo na vida tem excepçoes e eu espero que sejam cada vez mais. Mas acho que os pais tambem nao criam condiçoes para poder participar mais na vida dos filhos. Por exemplo, vão morar longe como o meu ex marido, ou vão morar para casa dos pais da nova namorada, etc. Ninguem pensa nisso antes de ter os filhos, só depois é que se poe as maos a cabeça....eu tambem não pensei e foi assim que correu. Doze anos a tentar não privar a vida dos meus filhos da presença do pai até ser impossivel continuar...

Não sei bem qual é a soluçao, mas penso que passa pelo casal assumir um compromisso antes de ter os filhos, morar perto um do outro e ter guarda conjunta, do genero uma semana em cada casa...

Como tudo na vida do homem, não há soluçoes perfeitas....

Certíssimo...
Olha perdi toda uma resposta agora, sem saber como.

Podíamos era arranjar um grupo de ajuda para quem está agora a passar pela má experiência do divórcio recente ou anunciado (ou outra idêntica!), particularmente em relação às dificuldades que encontram no sentido dos filhos teremum relacionamento saudável e feliz com ambos os pais. O que achas?

Luis,

Acho uma optima ideia. Apesar de eu não ser entendida em nada, posso contribuir com a minha experiencia e modesta opinião. As vezes uma ideia surge de onde menos se espera. Às vezes o exemplo de alguem serve-nos de liçao...vale a pena tentar!

Ora bem, preciso de ajuda!
Quem é que tem filhos com 11-12 anos e que estão naquela fase de gozar com tudo, de dizer mal de tudo, de pensarem que são os maiores, de não quererem ser vistos na companhia dos pais, etc., hein?
Que fase do caraças... não há volta a dar-lhe!?
Podem ajudar-me? Uma sugestão ou assim?

Ora bem, eu tenho dois filhos, um de 14 e uma de 9. O André tem 14 anos e não me dá um beijo na rua, e então perto dos amigos é tabu!!! Quando lhe dou conselhos faz cara de "seca" e quando ralho de maior vitima do mundo!!! Já acha que é adulto porque mede tanto como eu...mas só tem 14 anos...Conselhos? não sei! Eu também preciso deles... Cá por mim, tento ser o mail cool que posso e ao mesmo tempo nunca deixar de mostrar autoridade...mas que isto é dificil é....

A Ana tem 9, mas é uma pré-teen. Reinvindica tudo e mais alguma coisa, acha sempre que tem razão. Esperam-me tempos dificeis!!

Bem... com amor e paciencia havemos de levar o barco a bom porto!!

Tenho dois filhos, uma menina com 9 e um rapaz com 13. Uma boa técnica e que tem funcionado comigo é não entrar em conflito directo. Deixo-os falar e de seguida falo eu. Não imponho nada, mas demonstro tudo o que penso. Falo com jeito e mais tarde espero que eles decidam. Eles pensam que decidiram, mas acabam por fazer mais ou menos o que eu sugeri. Mas, cada caso é um caso… e as crianças têm feitios diferentes. O que funciona com os meus não funciona com outros. Quando eu passo a responsabilidade para eles, eles intimidam-se e pensam duas vezes se estarão a fazer bem ou não. Até agora tem funcionado… ainda são novos… Há uma coisa que nunca escondo aos meus filhotes: os meus sentimentos em relação às coisas...choro quando tenho que chorar, não escondo as minhas tristezas...afinal sou um ser humano.
Mar

As minhas filhas são bem mais pequenas, 5 e 8 anos.
Quando a minha vida "desabou", a mais pequena tinha dois anos e meio.
Posso dizer que nenhuma das minhas filhas sentiu, de maneira amarga, o meu processo de divórcio. Apesar de ele no papel só ter acontecido o ano passado.
Sempre procurei, e continuo a procurar agir com bom senso. Mas claro que para mim, foi muito dífícil. Tive como se costuma dizer "engolir muitos sapos". Mas, sempre achei, que se a responsabilidade, de os colocar nesta vida, é nossa, então temos a obrigação de fazer tudo para que eles se sintam bem. As crianças têm que ser preservadas das guerras dos adultos.
Claro que o pai, também optou por ir viver para outra cidade. Claro que não aceitou uma guarda partilhada, como eu sugeri, pois isso não servia os interesses dele.

Todos nós sabemos que as tarefas rotineiras, o seu dia a dia, a sua educação, as suas birras, ás vezes são complicados e cansativos. Mas, também sabemos que um beijo de bom dia, um abraço espontaneo, um beijo de boa noite, nos dão força e alegria para continuar a viver.

Li, li e reli, tudo ou quase tudo... Não consegui evitar as lágrimas. Ainda estou na fase inicial em que tudo é difícil e não parece haver luz lá no fundo do túnel... O mais difícil é, sem dúvida, a minha filha de apenas 3 aninhos. Ainda não parei para pensar em mim... Mas depois de ler tudo quanto escreveram acredito que, mais cedo ou mais tarde, haverá o depois...

Bem-vindo Mendes e força.
Sandrina

Li os vossos testeunhos...tb tenho dois filhosum princesa com dez anos,e um tesouro com quatro..estão a guarda da mãe....posso estar e ve los sp que quero,existe um bom entendimento.. desde o inicio que foram sp prioridade e preocupação primaria.. no principio por falta de algumas condições fiquei poucas vezes com eles..atualmente fico sp de quinze em quinze dias e sp que posso vou pelo meu principe ao infantario,adora que va por ele de jeep..já quer conduzir(já lhe peguei o vicio)tem um fascinio por carros e motos invulgar..para ele a chave de um carro é um brinquedo...msm assim é mt complicad sp que é o meu fim de semana tenho que ir com ele para casa dos meus pais(moro num t1)é roupa deles são os objectos deles(só dorme com a almofada dele)bem é sp uma angustia no dia de os ir levar a casa deles...o pequeno faz mil perguntas porque ñ fico na casa dele porque ñ como lá quer ir cmg(começa ele ñ quero ficar aqui) pee para ir dormir cmg..da ultima vez (no fim de semana passado)que o levei a casa fui a convence lo pelo caminho,lá lhe ia dizendo que a mãe estava com saudades dele que estava chorar por ele.. a primeira coisa que fez foi perguntar se estava msm a chorar,ela confirmou..a resposta dele:mas eu ñ quero ficar aqui quero ir dormir com o meu pai...meus amigos isto custa doi mt..eu ali na soleira da porta como um estranho numa casa que tb já tinha sidi minha.... os meus dias de ficar e ir entregalos são assim...

Vejo-me na obrigação de deixar aqui um elogio, que não é mais que a constatação de um facto.

Para além da força que temos dado uns aos outros, da partilha de experiências que nos faz pensar e reavaliar as nossas próprias vivências, de termos sempre uma palavra de conforto, de ânimo e de amizade não posso evitar, como homem, de destacar uma grande realidade:

Este é o fórum que tem os membros femininos mais bonitos

gostei o teu comentario amigo luis...
é realmente uma grande entre ajuda como se fosse uma terapia..afinal a nossa dor ñ é unica...existe mt mais gente nas msm circunstancias ou ainda piores..

Olá Patrícia,

Não tenho filhos, mas a minha opinião vai totalmente de encontro ao da Cláudia. Eu tenho uma amiga que está a divorciar-se agora, coisa que ela já desejava à uns anos e não os fez pelos filhos. Agora finalmente decidiu ser feliz e começou a perceber que a frustação dela se reflectia nos filhos. Acredito piamente que o que é melhor para nós contribui para que sejamos felizes e que consigamos finalmente irradiar felicidade para aqueles que amamos.

Beijos enormes e muita força.

Mónica

Só um desabafo,

Odeio Segundas e especialmente estas, quando tenho de separar-me do meu filho durante uma semana inteira. Fico sempre um bocado à toa. daqui um pouco já passou pois entra o stress do trabalho, mas enfim.

Contudo à noite, chegar a uma casa vazia sem o riso e as gargalhadas do miúdo é difícil, o modo que encontrei de ultrapassar, é chegar a casa bastante tarde mesmo só para dormir.

Mas torno a afirmar.

EU ODEIO AS SEGUNDAS (pelo menos de 15 em 15 dias)

Jorge

olá jorge.
partilho ctg esse sentimento...
é mt dificil entrar numa casa vazia...é quase msm só para dormir.....ainda mais qd o vais enregar como foi o meu caso ontem e ele fica agarrado ao teu pescoço a pedir para ir ctg quer ir dormir com o pai/o meu (filho tem quatro anos)

É com grande prazer que vou pela primeira vez participar neste Forum tão importante para todos nós, pois é na troca de experiências que crescemos como pessoas.
Ninguém é dono da verdade, mas a experiéncia partilhada pode ser uma grande ajuda para
se ultrapassar problemas ou pelos menos pensarmos de outra forma. Parabéns Ana!!!

Os filhos são realmente os mais importante na nossa vida, os meus já são grandinhos e
já falamos sobre o que mais os marcou em criança e na adolescência.
(Também eu vivi um divórcio e hoje estou casada e considero ter uma relação muito feliz).

Os filhos são para toda a vida por isso temos a responsabilidade de actuar pensando ao
segundo... qualquer encolher de ombros em vez de uma conversa... um presente em vez duma conversa... podem ser fatais no futuro.

É bom quando ambos os pais conseguem acima de todos os problemas que um divórcio envolve entre duas pessoas , pôr os interesses dos filhos, porque se não o fazem, mais
tarde, talvez se venham a arrepender e quando os filhos acusam não há volta a dar....

Eu pensei nisso quando me divorciei e quando me voltei a casar pensei fundamentalmente
neles... ao minuto, ao segundo... e hoje posso ouvir da parte dos meus filhos afirmações que me fazem pensar que não falhei... e.. não existe maior felicidade!!!

Continuarei sempre empenhada na minha relação com eles.. para sempre... com eles com as respectivas companheiras com quem me esforçarei por fazer também um bom trabalho
Porque os amo e os dia em que os tive são o que mais embeleza a mina existência..