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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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smendes
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 3:30 am

IP, vou escrever para a associação para nos tornarmos sócios, aquilo que sentimos é que em muitas situações estávamos desinformados e desapoiados, talvez nos ajude.

Relativamente ao termo visita, continuo a achar que é infeliz...
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smendes
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 3:39 am

Dividida escreveu:
guarda conjunta, para os pais e mães que querem realmente o ser.

porque haverá quem use e aproveite para não pagar pensão, para apenas estar mais tempo mas igualmente sem responsabilidades.

Sabes dividida que o contrário também acontece, que à mães que não querem ter guarda conjunta porque não querem e muitas vezes não podem prescindir da pensão.
No caso do meu marido a mãe da minha enteada chegou a escrever frases como: "Se queres estar mais tempo com a tua filha, então tens que participar com mais dinheiro" (atenção que o dinheiro que ele dava era suficiente, está provado com facturas)

Aí concordo com o IP, não se deve confundir alhos com bugalhos...

Quanto a uma mãe/pai que desaparece e volta a aparecer, perder o direito a estar com o filho, também concordo, se claro os motivos que o levaram a esse afastamento lhe puderem ser imputáveis. Também acho que Pai e Mãe é quem cria.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 5:44 am

smendes escreveu:
Dividida escreveu:
guarda conjunta, para os pais e mães que querem realmente o ser.

porque haverá quem use e aproveite para não pagar pensão, para apenas estar mais tempo mas igualmente sem responsabilidades.

Sabes dividida que o contrário também acontece, que à mães que não querem ter guarda conjunta porque não querem e muitas vezes não podem prescindir da pensão.
No caso do meu marido a mãe da minha enteada chegou a escrever frases como: "Se queres estar mais tempo com a tua filha, então tens que participar com mais dinheiro" (atenção que o dinheiro que ele dava era suficiente, está provado com facturas)

Aí concordo com o IP, não se deve confundir alhos com bugalhos...

Quanto a uma mãe/pai que desaparece e volta a aparecer, perder o direito a estar com o filho, também concordo, se claro os motivos que o levaram a esse afastamento lhe puderem ser imputáveis. Também acho que Pai e Mãe é quem cria.

Um esclarecimento sobre esta questão do modelo da guarda vs pensão de alimentos, visto que o que aqui foi posto é muito relevante.
Tem a doutrina e a jurisprudência entendimento que o juíz deve ter atenção quando os progenitores chegam a tribunal com uma proposta de guarda conjunta, pois poderá estar pode detrás uma chantagem financeira sobre a mulher. Daí que muitas guardas conjuntas sejam rejeitas pelos próprios juízes com base nesta ideia criada à priori. Ora, isto não faz qualquer sentido no plano da igualdade. Voltamos nós outra vez ao ponto de partida. O ponto de partida é SEMPRE a desconfiança sobre o pai/homem. Hoje a mulher (ainda que genericamente continua a ganhar menos que os homens) em muitas e muitas situações têm melhores condições sócio-económicas que os homens. Claro que existem assimetrias regionais, mas na área da grande Lisboa, generalizar desta forma e colocar logo o homem/pai num patamar inferior de direitos e deveres é algo que não faz qualquer sentido de acordo com os valores constitucionais que todos devemos defender.
Qualquer chantagem que se faça com o tempo e espaço dos filhos utilizando dinheiro, seja pelo pai ou pela mulher deve ser severamente censurado. Como custumo dizer, o tempo/convivência com os nossos filhos não tem preço!

Aqui o fenómeno não é tão grave, mas no Brasil chamam-me a Indústria da Pensão Alimenticia. Existem mulheres que vivem à custa dessa pensão que deveria ser para a criança. Aqui essa realidade não é tão generalizada quanto isso, felizmente. Aliás, com a nova Lei do Divórcio. aquela ideia de que um dos conjugues se ganhasse mais teria que manter uma pensão vitalícia para garantir o mesmo nível de vida quando estavam casados acabou, ou seja, no momento em que a parte mais desfavorecida deixa de necessitar desse apoio não faz qualquer sentido a outra parte continuar a pagar. Diga-se que a nível da pensão de alimentos é o mesmo. Nós defendemos que primeiro deverá haver regras claras para a determinação da pensão de alimentos e não podem ser deixados ao livre arbítrio dos juízes (100 euros para uns é muito, para outros é pouco). Devem haver mecanismos céleres que garantam que consoante as flutuações da economia e do nosso nível de vida a pensão de alimentos da criança seja adaptada. Pessoas que ficam desempregadas, sem subsidio de desemprego, demoram mais de 1 ano para que um juíz reveja o valor. Sem falar que tem custas judiciais por interpor esse processo. Isto faz qualquer sentido?!
se as pessoas estiverem casadas e uma delas estiver no desemprego a família no SEU CONJUNTO adapta-se. Porque é que não se deve fazer o mesmo quando estão separados?! esta insensibilidade das dinâmicas de vida e familiares é algo que o Direito ainda tem que eliminar.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 5:49 am

smendes escreveu:
IP, vou escrever para a associação para nos tornarmos sócios, aquilo que sentimos é que em muitas situações estávamos desinformados e desapoiados, talvez nos ajude.

Relativamente ao termo visita, continuo a achar que é infeliz...

ainda bem.. precisamos de mães que queiram lutar pela igualdade parental. Ou seja, pegando no exemplo da pensão de alimentos, mais comum, ajudar a encontrar mecanismos que evitem os processos em tribunal e se resolva o problema rapidamente: que a criança tenha a sua pensão para fazer face às suas necessidades. Ou então o direito de visita (também não gostamos do termo) e de procurarmos, enquanto sociedade civil, desenvolver projectos que promovam a parentalidade activa, chamado à responsabilidade quem não a assumiu. Não serve de nada apontar o dedo e destilarmos ódio pelo pai ou mãe dos nossos filhos porque a dado momento não quiseram saber. Haverá de certo casos em que não há nada a fazer. Haverá muitos mais, é essa a nossa convicção, que através de uma intervenção de todos nós, poderá mudar a realidade da vida dos nossos filhos e da nossa própria.

Posso contar de um caso recente de um utente que nos contactou e que devido aos nossos conselhos/informações, que até eram coisas simples, passou de uma situação complicada para ter o acordo com a mãe da filha para a guarda conjunta. Voltamos a dizer: às vezes bastam pequenas coisas ANTES do conflito se instalar de forma irreversível.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 6:10 am

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alice.rosa
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alice.rosa

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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 6:43 am

Igualdade Parental escreveu:
Dividida escreveu:
O direito de visita é o direito do PAI ou da MÃE de visitar o filho.
E não, não concordo quando dizem que é um direito da criança conviver com o pai/mãe.
Se assim fosse, porque é interposto pela pessoa interessada(exemplo, o pai) e não pelo responsável legal(exemplo: a mãe) ? Porque se assim fosse, poderiamos obrigar o pai/mãe a conviver com a criança. E se esta não quer, prescinda totalmente dos direitos parentais (como se entregasse para adoção), para não voltar dalí a 8 ou 9 anos afirmando que está arrependido e estragar a dinâmica familiar já construida com a mãe/pai e padrasto/madrasta, qualquer q seja o caso.

Se assim fosse, porque uma criança que viveu a infância sem ver a cara da mãe, e como tal, considera "mãe" quem o criou, é Obrigada pelos Exmos Srs. Juizes a passar Fins-de-semana inteiros com quem não conhece de lado nenhum, só porque o nome consta da certidão de nascimento?

E sabem que mais, para voltar a desaparecer, que foi o caso.

Quando quiser mais dinheiro, volta a chorar para algum juiz inventando histórias para justificar a ausência, e vai dái, volta tudo a descambar?

beijos
o Direito de Visita é um conceito jurídico. Deixo aqui um excerto de uma sentença em que explica isto:

O direito de visita significa o direito de o progenitor sem a guarda dos filhos se relacionar e conviver com estes, uma vez que tais relações não podem desenvolver-se de forma normal em virtude da falta de coabitação. Esse direito é, assim, um pobre substituto do convívio diário entre os progenitores e os seus filhos. O objecto do direito de visita abrange um conjunto de relações, desde contactos esporádicos por uma horas, expressão mínima do referido direito, a estadias por várias semanas e ainda qualquer forma de comunicação. O exercício desse direito funciona como meio de o progenitor não guardião manifestar a sua afectividade pela criança, de ambos se conhecerem reciprocamente e partilharem os seus sentimentos.
Tal regime de visitas deve ser regulado atendendo ao equilíbrio emocional e afectivo dos menores.
Tem-se entendido serem fundamentalmente três os elementos que influenciam o juiz na determinação do conteúdo do direito de visita: as conveniências do guardião (designadamente a necessidade de que o direito de visita não perturbe a unidade e estabilidade da educação da criança), o interesse do titular do direito de visita e o interesse da criança na manutenção daquela relação. É este último elemento que constitui o ponto de referência privilegiado e o princípio fundamental de que o julgador faz uso na configuração do direito de visita. O interesse do menor reconduz-se à necessidade de preservar as suas referências parentais, numa tentativa de manter a relação familiar filho-progenitor, enquanto fonte do equilíbrio psicológico da criança e garante de um bom desenvolvimento. No entanto, deve tentar conciliar-se esses interesses, todos valiosos, concedendo sempre a primazia ao interesse do menor, em caso de grave colisão ou incompatibilidade entre tais interesses.
De salientar que a lei, propositadamente, não regulou o direito de visita de forma precisa, abandonando os moldes da sua aplicação prática à ponderação judicial—situação que é, sem dúvida, de louvar atentos os interesses em causa, dando ampla margem de actuação ao julgador de acordo com a situação que em cada tenha de apreciar e decidir.




Sobre o último comentário, de "aparecer passado x tempo", continuo a defender que nunca é tarde para se recomeçar uma relação com os nossos filhos. E nós, enquanto pais, não podemos olhar apenas para os nossos sentimentos. Volto a dizer que falo em termos abstractos, pois não conheço as pessoas em causa. No entanto, não me faz qualquer sentido que pelo passado se impeça o presente e o futuro, pois só se vive uma vez. O acompanhamento técnico de um "reaparecimento" é igualmente fundamental.

Discordo totalmente... é o uso de "poder" a todo o custo, sem nunca se pensar nas consequencias que esta tipo de atitude por parte dos adultos pode provocar na formação de uma criança...

E aqui se vê que são apenas tidos em conta os direitos dos progenitores...
Concordo plenamente com o que foi dito " pai/mãe não é quem procria... é quem cuida... quem ama..." Laços de sangue não são sinonimo de laços de amor...
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alice.rosa
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alice.rosa

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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 7:00 am

Citação :
Voltamos nós outra vez ao ponto de partida. O ponto de partida é SEMPRE a desconfiança sobre o pai/homem. Hoje a mulher (ainda que genericamente continua a ganhar menos que os homens) em muitas e muitas situações têm melhores condições sócio-económicas que os homens. Claro que existem assimetrias regionais, mas na área da grande Lisboa, generalizar desta forma e colocar logo o homem/pai num patamar inferior de direitos e deveres é algo que não faz qualquer sentido de acordo com os valores constitucionais que todos devemos defender.
Qualquer chantagem que se faça com o tempo e espaço dos filhos utilizando dinheiro, seja pelo pai ou pela mulher deve ser severamente censurado. Como custumo dizer, o tempo/convivência com os nossos filhos não tem preço!

Aqui o fenómeno não é tão grave, mas no Brasil chamam-me a Indústria da Pensão Alimenticia. Existem mulheres que vivem à custa dessa pensão que deveria ser para a criança. Aqui essa realidade não é tão generalizada quanto isso, felizmente. Aliás, com a nova Lei do Divórcio. aquela ideia de que um dos conjugues se ganhasse mais teria que manter uma pensão vitalícia para garantir o mesmo nível de vida quando estavam casados acabou, ou seja, no momento em que a parte mais desfavorecida deixa de necessitar desse apoio não faz qualquer sentido a outra parte continuar a pagar. Diga-se que a nível da pensão de alimentos é o mesmo. Nós defendemos que primeiro deverá haver regras claras para a determinação da pensão de alimentos e não podem ser deixados ao livre arbítrio dos juízes (100 euros para uns é muito, para outros é pouco). Devem haver mecanismos céleres que garantam que consoante as flutuações da economia e do nosso nível de vida a pensão de alimentos da criança seja adaptada. Pessoas que ficam desempregadas, sem subsidio de desemprego, demoram mais de 1 ano para que um juíz reveja o valor. Sem falar que tem custas judiciais por interpor esse processo. Isto faz qualquer sentido?!
se as pessoas estiverem casadas e uma delas estiver no desemprego a família no SEU CONJUNTO adapta-se. Porque é que não se deve fazer o mesmo quando estão separados?! esta insensibilidade das dinâmicas de vida e familiares é algo que o Direito ainda tem que eliminar.



O que eu considero é que um filho é resposabilidade dos dois progenitores.
É uma responsabilidade conjunta mas ao mesmo tempo individual.

E passo a explicar o que quero dizer com isto...

É responsabilidade de ambos, educar, criar, dar condiçoes a uma saudavel educação e crescimento... Asssim como é um direito de ambos participar na vida do filho... Esta é a responsabilidade conjunta...

Agora são responsabilidade individuais , garantir as condições necessarias para a educação de uma criança... Por exemplo se um ficar desempregado, não é o outro progenitor que deve assumir aos deveres que o primeiro não consegue cumprir... As opções que fazemos na nossa vida são da nossa inteira responsabilidade, e quando existem filhos devemos ter em conta que acabamos sempre por prejudica-los se não tomarmos as opções certas...

Fala-se aqui de que quando as pessoas estão casadas adaptam-se... Porque não fazer o mesmo quando estão separadas???
Para mim isso não faz qualquer sentido... cabe ao outro resolver os seus problemas pessoais de modo a que estes interfiram o menos possivel na vida do filho...
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 7:31 am

alice.rosa escreveu:
Citação :
Voltamos nós outra vez ao ponto de partida. O ponto de partida é SEMPRE a desconfiança sobre o pai/homem. Hoje a mulher (ainda que genericamente continua a ganhar menos que os homens) em muitas e muitas situações têm melhores condições sócio-económicas que os homens. Claro que existem assimetrias regionais, mas na área da grande Lisboa, generalizar desta forma e colocar logo o homem/pai num patamar inferior de direitos e deveres é algo que não faz qualquer sentido de acordo com os valores constitucionais que todos devemos defender.
Qualquer chantagem que se faça com o tempo e espaço dos filhos utilizando dinheiro, seja pelo pai ou pela mulher deve ser severamente censurado. Como custumo dizer, o tempo/convivência com os nossos filhos não tem preço!

Aqui o fenómeno não é tão grave, mas no Brasil chamam-me a Indústria da Pensão Alimenticia. Existem mulheres que vivem à custa dessa pensão que deveria ser para a criança. Aqui essa realidade não é tão generalizada quanto isso, felizmente. Aliás, com a nova Lei do Divórcio. aquela ideia de que um dos conjugues se ganhasse mais teria que manter uma pensão vitalícia para garantir o mesmo nível de vida quando estavam casados acabou, ou seja, no momento em que a parte mais desfavorecida deixa de necessitar desse apoio não faz qualquer sentido a outra parte continuar a pagar. Diga-se que a nível da pensão de alimentos é o mesmo. Nós defendemos que primeiro deverá haver regras claras para a determinação da pensão de alimentos e não podem ser deixados ao livre arbítrio dos juízes (100 euros para uns é muito, para outros é pouco). Devem haver mecanismos céleres que garantam que consoante as flutuações da economia e do nosso nível de vida a pensão de alimentos da criança seja adaptada. Pessoas que ficam desempregadas, sem subsidio de desemprego, demoram mais de 1 ano para que um juíz reveja o valor. Sem falar que tem custas judiciais por interpor esse processo. Isto faz qualquer sentido?!
se as pessoas estiverem casadas e uma delas estiver no desemprego a família no SEU CONJUNTO adapta-se. Porque é que não se deve fazer o mesmo quando estão separados?! esta insensibilidade das dinâmicas de vida e familiares é algo que o Direito ainda tem que eliminar.



O que eu considero é que um filho é resposabilidade dos dois progenitores.
É uma responsabilidade conjunta mas ao mesmo tempo individual.

E passo a explicar o que quero dizer com isto...

É responsabilidade de ambos, educar, criar, dar condiçoes a uma saudavel educação e crescimento... Asssim como é um direito de ambos participar na vida do filho... Esta é a responsabilidade conjunta...

Agora são responsabilidade individuais , garantir as condições necessarias para a educação de uma criança... Por exemplo se um ficar desempregado, não é o outro progenitor que deve assumir aos deveres que o primeiro não consegue cumprir... As opções que fazemos na nossa vida são da nossa inteira responsabilidade, e quando existem filhos devemos ter em conta que acabamos sempre por prejudica-los se não tomarmos as opções certas...

Fala-se aqui de que quando as pessoas estão casadas adaptam-se... Porque não fazer o mesmo quando estão separadas???
Para mim isso não faz qualquer sentido... cabe ao outro resolver os seus problemas pessoais de modo a que estes interfiram o menos possivel na vida do filho...
incrível quando se diz que quando uma pessoa fica desempregada a outra não tem nada a ver, ou seja, que deve continuar a pagar a pensão de alimentos nem que isso o leve à miséria total. Depois gostaria de ver onde é que iria buscar a pensão de alimentos nessa situação. A falta de sensibilidade para ver esta questão como um todo é gritante. Então a condição do pai da criança é irrelevante? se calhar gostaria que estivesse na miséria para o poder humilhar. Será que é disto que estamos a falar? de androfobia? de revanchismo?!

NADA deste pensamento interessa ao interesse da criança que tem que passar SÓ POR UM CAMINHO: IGUALDADE ENTRE DIREITOS E DEVERES DOS PROGENITORES.

Reveja os conceitos de resiliência, que são aplicados igualmente aos adultos.
Essa ideia de que os progenitores que se separam têm que viver num espécie de "guerra fria" é um tipo de sociedade que nada tem de humanista e que não preconizamos para Portugal.
Até lhe coloco a situação ao contrário: a mãe tem a guarda única, fica no desemprego sem subsidio de desemprego. O pai até aumenta o seu rendimento. Acha bem que o pai tenha o direito de dizer: tu é que colocaste nessa situação, tu que te arranjes que eu não pago mais do que está estipulado. E depois a mãe tenha que ir para tribunal, esperar muita das vezes mais de 1 ano, para depois aumentarem a pensão de alimentos da criança em 50 euros?!
Esta atitude anti-cooperante, pouco assertiva, só nos leva ao mal estar actual. As pessoas separam-se e quando têm filhos têm que meter na cabeça que vão ter uma relação, diferente, é certo, com o outro progenitor para o resto da vida. O egoísmo e o individualismo dominante na sociedade portuguesa tem que começar a ser combatido a sério, especialmente na questão dos filhos. Eles não são coisas, não são propriedade de um progenitor!

Quanto ao interesse da criança, parece que lê as coisas já completamente tolhida. Então na sentença está bem claro o interesse da criança:

Tal regime de visitas deve ser regulado atendendo ao equilíbrio emocional e afectivo dos menores.
Tem-se entendido serem fundamentalmente três os elementos que influenciam o juiz na determinação do conteúdo do direito de visita: as conveniências do guardião (designadamente a necessidade de que o direito de visita não perturbe a unidade e estabilidade da educação da criança), o interesse do titular do direito de visita e o interesse da criança na manutenção daquela relação. É este último elemento que constitui o ponto de referência privilegiado e o princípio fundamental de que o julgador faz uso na configuração do direito de visita.



Parece é que é contra a manutenção de uma relação parental com os homens/pais. Porque o superior interesse da criança é SEMPRE tentar-se, dentro daquilo que é possível, manter a convivência com ambos os progenitores. O equilíbrio dessa relação, ou seja, anular qualquer possibilidade de uso de poder e centrarem-se, AMBOS, nas suas responsabilidades, leva a um caminho de bem estar sócio-emocional para todos.
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smendes
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 8:01 am

Alice ficar desempregado não é uma opção... tens razão quando dizes que devemos tentar que isso não interfira com a vida dos filhos... mas às vezes é impossivel. O facto de o meu marido estar desempregado não interfere para já na qualidade de vida da minha filha e da minha enteada, porque recebe o subsidio de desemprego, mas quando deixar de receber é menos um ordenado lá em casa, vamos ter que prescindir de algumas coisas, a minha filha não irá passar fome, mas se calhar terá menos roupa e menos brinquedos no armário. Porque não estender isto para a outra filha?
Sabes... tenho a certeza que não o iremos fazer, nem que seja para evitar problemas.
De qualquer forma aquilo que o IP falava era de situações em que as mães recebem mais dinheiro do que aquele que precisam para sustentar os filhos. Eu conheço casos de mulheres que pediam aos ex-maridos dinheiro para ir ao cabeleireiro!
Claro que o contrário também existe, mas o errado mais uma vez é partir de pressupostos... eu ganho mais que o meu marido... e a mãe da minha enteada também ganharia se trabalhasse a tempo inteiro... já viste duas excepçoes à regra, assim num instantinho [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 8:19 am

IP já li excertos da investigação... mais uma vez digo a sociedade evoului, tenho a certeza que daqui a uma geração estas discussões que aqui temos parecerão tão ridiculas aos nossos filhos e netos quanto hoje seria discutir o direito das mulheres a trabalharem ou a não serem espancadas pelos maridos (achei piada a uma parte que dizia que nos anos sessenta os homens é que decisiam se as esposas íam ou não para um determinado emprego). [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Até lá... enfim... faz-se o que se pode
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 9:46 am

Desemprego
Pais pedem para baixar pensões
por ANA BELA FERREIRA09 Maio 2010

Tribunais estão a receber mais pedidos para alterar valores de pensões de alimentos por causa da crise.


João (nome fictício) trabalhava na construção civil e pagava 100 euros de pensão de alimentos ao filho. Como ficou desempregado viu-se obrigado a pedir ao tribunal para baixar o valor da pensão. Agora paga 75 euros. Os casos em que os pais pedem para baixar os valores das pensões de alimentos estão a chegar em maior número aos tribunais e a culpa é da crise e do desemprego, dizem os juízes de família e menores ao DN.

Na maioria das situações as pensões não são superiores a 150 euros e chegam a ser cortadas para os 75. Para mudar o valor da pensão os pais têm de pedir a alteração da regulação do poder paternal em tribunal, pedidos que também servem para alterar outras vertentes das responsabilidade parentais (ver caixa ao lado).

"Os pedidos de alteração da regulação parental sempre foram motivados pela questão financeira e naturalmente que com a crise tem havido mais pedidos desses", admite Celso Manata, procurador --coordenador do Tribunal de Família e Menores de Lisboa. Também o juiz António Fialho, do Tribunal de Família e Menores do Barreiro, refere que "as situações de desemprego estão a levar mais pessoas a pedir para baixar a pensão".

Embora sublinhe que estas situações começaram a surgir já há cerca de cinco anos, a juíza Lídia Renata, do Tribunal de Família e Menores de Lisboa, reconhece que há "cada vez mais incumprimentos" e que muitas vezes "os pais deixam de pagar em vez de pedir para pagar menos". As situações mais frequentes são as dos pais desempregados da área da construção civil ou com empregos temporários, que pagavam pensões entre 100 e 150 euros.

Embora percebam as dificuldades dos pais, os juízes definem um limite mínimo de pensão. "Não gosto de definir uma pensão abaixo dos 75 euros, porque a partir daí está em causa a sobrevivência da própria criança", defende António Fialho. Ainda assim, o juiz confessa que já desceu abaixo desse valor, tal como a juíza Lídia Renata. "Cem euros é a bitola mínima, mas já fixei pensões de 75 e até de 50 euros, ainda que muito raramente, quando são dois filhos e a soma dá 100 euros", diz.

Porém, o juiz Jorge Santos, do Tribunal de Família e Menores do Porto, lembra que "no ponto em que estamos também já há pessoas que tinham um nível de vida mais desafogado e agora já não podem pagar o estabelecido".

Além das mudanças nas pensões de alimentos, as alterações ao regime de visitas também são frequentes. Mais raros são os pedidos de mudança da guarda. "Os pedidos de alteração da guarda são normalmente da mãe para o pai", explica Lídia Renata. Nestes casos é mais difícil haver uma alteração porque a entrega da guarda obedece ao "princípio da estabilidade" e são precisos motivos fortes, justifica António Fialho.

Apesar de ser um tipo de acção mais flexível, os pedidos de alteração têm regras. Por isso, Lídia Renata alerta: "É importante que as pessoas percebam que apesar de se tratar de um processo de jurisdição voluntária, as decisões não se alteram se não existirem fortes motivos que justifiquem essa alteração."
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 9:54 am

Presença do pai aumenta a auto-estima
A propósito do Dia do Pai que é hoje assinalado, referimos os dados de estudos de psicologia que indicam que o factos das crianças habitarem com o seu progenitor é fundamental para o seu desenvolvimento.
Lusa
10:22 Quinta-feira, 19 de Março de 2009

Estudos recentes, feitos por investigadores do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), concluem que "a presença do pai na vida da criança tem um papel fundamental para o seu desenvolvimento sócio-emocional a vários níveis".
Na sua tese de mestrado intitulada "Pai, conta-me uma história - A importância do Pai no Desenvolvimento da Auto-estima na Criança", apresentada em Março, a psicóloga Inês Rito concluiu que "as crianças que têm um pai presente, com o qual coabitam na mesma casa, têm um nível de auto-estima superior àquelas que têm um pai ausente, com o qual não vivem".
Para este estudo, a investigadora inquiriu 81 crianças, com idades entre os oito e os doze anos, das quais 51 têm um pai presente e 30 têm um pai ausente.
Para medir o desenvolvimento da sua auto-estima, utilizou o método de Susan Harter, um instrumento científico utilizado para este fim nas crianças, através de perguntas que têm uma escala de auto-avaliação.
O método diz respeito a vários domínios, nomeadamente a competência escolar, que mede o quão competente a criança se sente, a aceitação escolar, que mede o quão popular ou socialmente aceite a criança se auto-avalia, entre outros aspectos.
"Depois de analisar todas as respostas nos dois grupos de crianças, concluí que as crianças com pai presente têm os seus níveis de auto-estima bastante superiores àquelas não vivem com o pai", disse à Agência Lusa Inês Rito.
A psicóloga defende que "o pai é um pilar muito importante no desenvolvimento de qualquer criança", mas assume que "nem sempre os pais presentes são uma mais-valia", referindo-se àqueles que, embora presentes, não convivem directamente com os filhos.
Um outro estudo feito na Unidade de Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação do ISPA e também divulgado neste mês de Março concluiu, de forma semelhante, que "quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e educação da criança melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos".
Segundo a psicóloga Manuela Veríssimo, uma das responsáveis pela investigação e docente do ISPA, "a figura do pai tem uma grande importância na vinculação com o progenitor e a sua imagem na família, enquanto um ser um pouco esquecido, começa a ser encarada de outra forma".
A amostra deste estudo consistiu em entrevistas a 44 díades mãe/criança e pai/criança, tendo as crianças, em média, 31,91 meses, sendo 23 do sexo feminino e 21 do sexo masculino, com mães e pais a trabalhar a tempo inteiro.
Foram feitas análises à participação do pai nas actividades e à qualidade da vinculação pai/filho, que permitiram chegar a estas conclusões.
"Apesar de, hoje em dia, ser quase sempre a mãe a realizar as tarefas domésticas, a ir às reuniões da escola ou a ficar em casa quando os filhos estão doentes, o pai participa de forma igualitária nas actividades lúdicas da criança", pode ler-se nas conclusões da investigação.
Ainda na área das actividades lúdicas, estes investigadores concluíram que "quanto mais elevadas as habilitações literárias do pai maior a sua participação nas actividades de brincadeira/lazer".

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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 10:53 am

Espero que as senhoras não tenham gasto dinheiros públicos a fazer essa tese.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 11:08 am

Just escreveu:
Espero que as senhoras não tenham gasto dinheiros públicos a fazer essa tese.

LOL
estás a gozar certo?!
és androfóbico?! só pode....

sinceramente, tanto ódio não sei para quê.. se acham que isso resolve o mal estar societal em que vivemos estão totalmente enganado(a)s. Opções de descriminação e ódio devem ser severamente afastadas como opções!

Já agora, diz lá o mesmo deste estudo:

Interação mãe-criança: enfoques teóricos e implicações decorrentes de estudos empíricos
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O pai ser importante na vida da criança não significa, de todo, que a mãe é menos importante. Acho que o conceito de igualdade não passa por aqui.. pelo menos por algumas...
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 11:40 am

Aquilo que o senhor podia e devia ter feito era pedir-me para justificar a minha opinião e depois concordar ou não com a explicação.

Mas não têm o direito de fazer esse tipo de comentários, porque são as opiniões e apenas as opiniões que se discutem. Não as pessoas.

Mas apesar de não me ter pedido, vou-lhe explicar porque disse o que disse:

Há teses que não se entendem. É preciso demonstrar que o pai é importante na vida de uma criança? isso carece de demonstração?

Parece mais uma daqueles teses para justificar um emprego


PS: Aproveite e leia as regras do fórum: os bolds não são permitidos


Última edição por Just em Sex maio 14, 2010 11:43 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 11:42 am

Não é nada comigo IP, mas um pouco de sentido de humor nao te faria mal nenhum ;-)
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 12:10 pm

Just escreveu:
Aquilo que o senhor podia e devia ter feito era pedir-me para justificar a minha opinião e depois concordar ou não com a explicação.

Mas não têm o direito de fazer esse tipo de comentários, porque são as opiniões e apenas as opiniões que se discutem. Não as pessoas.

Mas apesar de não me ter pedido, vou-lhe explicar porque disse o que disse:

Há teses que não se entendem. É preciso demonstrar que o pai é importante na vida de uma criança? isso carece de demonstração?

Parece mais uma daqueles teses para justificar um emprego


PS: Aproveite e leia as regras do fórum: os bolds não são permitidos

primeiro, então, devo-lhe pedir desculpa por ter entendido de outra forma
segundo, não sabia sobre a regra do fórum relativamente ao bold. Não me parece uma regra que faça grande sentido. As letras grandes ainda compreendo.

terceiro, mesmo com a sua explicação discordo. A evolução do entendimento das relações humanas tem sido enorme nos últimos 200 anos. Os estudos sobre as mulheres, por exemplo, não têm mais de 100 anos. Dir-me-á hoje: mas é óbvio que a mulher tem a sua importância. Ora, no século XIX tinha um estatuto menor.
Nos dias de hoje, num momento onde estamos numa fase de transição entre o paradigma machista que reprimia a mulher e um paradigma mais liberal, onde a diversidade da conjugalidade é a regra, cumpre rever alguns dos paradigmas dominantes. O convívio do pai com a criança há 50 anos atrás era realizado de forma completamente diferente. O contacto com a própria criança começava apenas a ser mais efectivo quando a criança começava a ter alguma autonomia. Se hoje existirem estudos científicos que nos ajudam a mostrar que no actual enquadramento histórico e social o pai tem um papel importante no desenvolvimento da criança, desde o seu nascimento, é um instrumento de reflexão e de acção importante para uma nova parentalidade. Para si que acha óbvio isto, para muito boa gente "crescer sem pai não vem mal ao mundo", tal como aqui já foi expresso várias vezes.
Esta reflexão entre o passado e o presente, bem como a necessidade de uma acção prospectiva é algo fundamental para a mudança. Pode-lhe parecer insignificante, mas garanto-lhe que estudos sobre o papel do homem na vida familiar são muito reduzidos em comparação com o papel da mulher/mãe.
Deixo-lhe aqui um excerto do trabalho "A Vida Familiar no Masculino" que fala exactamente sobre isto:

Em suma, investigar os novos lugares dos homens na família significa entrar
numa área ainda pouco pesquisada em Portugal e, assim, contribuir, seguindo
tendências em expansão noutros países, para o conhecimento das
transformações no modelo tradicional de relações de género. As questões da
masculinidade têm sido, apesar de tudo, mais objecto de investigações que,
centrando os seus interesses nas questões do género (nomeadamente, Almeida,
1995 e Amâncio, 1994, 2004), não pesquisam directamente a realidade da vida
familiar, nem o lugar (mais ou menos tradicional) que os homens aí ocupam.
No entanto, a partir da década de noventa têm surgido inúmeros estudos que
advogam a necessidade de se recolocar a “masculinidade” no interior da vida
familiar, de maneira a identificar algumas tendências de mudança fundamentais
(ver por exemplo, Marsiglio, 1995).
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySex maio 14, 2010 12:11 pm

Unfug escreveu:
Não é nada comigo IP, mas um pouco de sentido de humor nao te faria mal nenhum ;-)
foi mais devido ao seguimento das outras intervenções...
mas mal entendidos por comunicarmos de forma mediada por máquinas acontece... cyclops
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 5:56 am

IP,

Tenho de admitir que domina a teoria a ponto de se tornar quase impossível de ler tanta informação.
Percebo que está a defender a igualdade entre pais e não sexos mas deve compreender que a maior parte das histórias aqui são de mulheres que se vêm na mesma situaçao. Não obstante, são muito estimados os pais que conseguem e mentêm uma guarda partilhada. Falo por mim quando digo que gosto muito de conhecer a sua perspectiva. Ainda assim temos de admitir que se trata de uma minora...e em comum têm todos o mesmo: separaram-se de forma civilizada, mantêm uma relação cordial com o outro progenitor e nunca usaram o pedido de guarda com forma de não dar pensão de alimentos.

Deixe-me explicar-lhe, grosso modo, o que se passa comigo.

- Pai resolveu que a vida de casal já não lhe interessava mais quando mãe estava grávida de 5 meses do 2º filho do casal (gravidez muito querida sobretudo pelo pai;

- Quando se foi embora não queria guarda partilhada. Aliás, na "meiguice" do momento, deixou-me bem claro quem tinha mais a perder era eu: a minha juventude, a minha carreira, o meu tempo livre...

- Foi para o estrangeiro em trabalho durante 2 meses e de lá ligava a gritar ordens: onde Eu deveria ir passar férias com o filho Dele, que só dava dinheiro se justificasse onde eram os meus gastos,...

- Como a mãe já não fazia o que o pai queria, grita de lá: Vou tirar-te os filhos e assim não te dou dinheiro nenhum! Nunca perguntou pela filha que estava por nascer nem nunca o impediu de fazer todo o tipo de ameaças contribuindo uma gravidez demasiado atribulada.

- A separação aconteceu em Junho do ano passado. Cumpro religosamente um acordo de cavalheiros (fds e 4ªs feiras, feriados e épocas festivas) para estar com o filho e finalmente consegui que levasse a filha para passar o dia depois de o ter ameaçado não deixar levar o filho (a menos que a filha também fosse) e depois de ter garantido que a filha não teria de ficar a dormir na casa do pai.

- Desde essa altura: nunca me deu um cêntimo nem outro tipo de bens (a roupa que compra ou dão aos filhos fica em casa do pai, mesmo no caso dela que nem ia com o pai)! Pago 2 colégios (este mês ainda tive de pagar as inscrições para o próximo ano), médicos (no caso dela mensal) vacinas, fraldas, roupa (que tirando roupa interior não pode herdar do irmão), comida, gasolina para ir levar 2 miúdos a escolas diferente, e tudo e tudo e tudo.

- Mesmo assim, continua em tribunal a dizer que quer uma guarda partilhada.

- Saiu de casa e deixou-me sem carro e tem-me feito as mais diversas ameaçãs para me fazer sair da nossa casa!

Deixe-me rematar dizendo que ele ganha Substancialmente mais que eu!

Dir-me-à que mais importante que a pensão de alimentos é o convívio com o pai. Será?
Será o convívio com o pai mais importante que ter leitinho, rabo seco, e ir ao médico? Se calhar não! Primeiro vêm as necessidades básicas depois as sociais, não!

Ainda assim, lembro-lhe que faço questão que os filhos passem tempo com o pai.
Mas convenhamos, para mim e para muitos pais que aqui estão, é difícil aceitar que nos falem em direitos iguais quando as responsabilidades não são iguais!

Para mais, pode dar-me milhões de estudo que vou continuar a ter a mesma opinião: para ser pai não basta fazê-los. Também é um direito que se ganha.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 6:15 am

NRibeiro escreveu:
IP,

Tenho de admitir que domina a teoria a ponto de se tornar quase impossível de ler tanta informação.
Percebo que está a defender a igualdade entre pais e não sexos mas deve compreender que a maior parte das histórias aqui são de mulheres que se vêm na mesma situaçao. Não obstante, são muito estimados os pais que conseguem e mentêm uma guarda partilhada. Falo por mim quando digo que gosto muito de conhecer a sua perspectiva. Ainda assim temos de admitir que se trata de uma minora...e em comum têm todos o mesmo: separaram-se de forma civilizada, mantêm uma relação cordial com o outro progenitor e nunca usaram o pedido de guarda com forma de não dar pensão de alimentos.

Deixe-me explicar-lhe, grosso modo, o que se passa comigo.

- Pai resolveu que a vida de casal já não lhe interessava mais quando mãe estava grávida de 5 meses do 2º filho do casal (gravidez muito querida sobretudo pelo pai;

- Quando se foi embora não queria guarda partilhada. Aliás, na "meiguice" do momento, deixou-me bem claro quem tinha mais a perder era eu: a minha juventude, a minha carreira, o meu tempo livre...

- Foi para o estrangeiro em trabalho durante 2 meses e de lá ligava a gritar ordens: onde Eu deveria ir passar férias com o filho Dele, que só dava dinheiro se justificasse onde eram os meus gastos,...

- Como a mãe já não fazia o que o pai queria, grita de lá: Vou tirar-te os filhos e assim não te dou dinheiro nenhum! Nunca perguntou pela filha que estava por nascer nem nunca o impediu de fazer todo o tipo de ameaças contribuindo uma gravidez demasiado atribulada.

- A separação aconteceu em Junho do ano passado. Cumpro religosamente um acordo de cavalheiros (fds e 4ªs feiras, feriados e épocas festivas) para estar com o filho e finalmente consegui que levasse a filha para passar o dia depois de o ter ameaçado não deixar levar o filho (a menos que a filha também fosse) e depois de ter garantido que a filha não teria de ficar a dormir na casa do pai.

- Desde essa altura: nunca me deu um cêntimo nem outro tipo de bens (a roupa que compra ou dão aos filhos fica em casa do pai, mesmo no caso dela que nem ia com o pai)! Pago 2 colégios (este mês ainda tive de pagar as inscrições para o próximo ano), médicos (no caso dela mensal) vacinas, fraldas, roupa (que tirando roupa interior não pode herdar do irmão), comida, gasolina para ir levar 2 miúdos a escolas diferente, e tudo e tudo e tudo.

- Mesmo assim, continua em tribunal a dizer que quer uma guarda partilhada.

- Saiu de casa e deixou-me sem carro e tem-me feito as mais diversas ameaçãs para me fazer sair da nossa casa!

Deixe-me rematar dizendo que ele ganha Substancialmente mais que eu!

Dir-me-à que mais importante que a pensão de alimentos é o convívio com o pai. Será?
Será o convívio com o pai mais importante que ter leitinho, rabo seco, e ir ao médico? Se calhar não! Primeiro vêm as necessidades básicas depois as sociais, não!

Ainda assim, lembro-lhe que faço questão que os filhos passem tempo com o pai.
Mas convenhamos, para mim e para muitos pais que aqui estão, é difícil aceitar que nos falem em direitos iguais quando as responsabilidades não são iguais!

Para mais, pode dar-me milhões de estudo que vou continuar a ter a mesma opinião: para ser pai não basta fazê-los. Também é um direito que se ganha.

Há aqui algumas problemas no seu raciocínio:

- eu não disse que a convivência com o progenitor não-residente excluí a questão da pensão de alimentos. O que eu digo e o que defendemos é que é imoral e mesmo legalmente errado fazer uma ligação entre as duas. Ouvir frequentemente: "se queres estar com o teu filho(a) paga a pensão de alimentos" é do ponto de vista moral transformar o filho(a) numa coisa que se aluga e isso é um valor anti-humanista que não partilhamos.

- se um pai convive com o seu filho numa base regular será estranho que ele não contribua com nada para a subsistência do filho.

- como é óbvio, não defenderemos nunca que em situações em que esteja em causa a sobrevivência básica da criança não se tenha em atenção à pensão da alimentos. Aliás, acho que há aqui um grande equivoco: é uma dever-responsabilidade de qualquer progenitor garantir o bem estar físico e sócio-emocional da criança. São duas dimensões que se tem que intervir. Remeto-lhe mais uma vez para o conceito de Parentalidade Positiva, aprovada no Conselho Consultivo das Famílias (que é um órgão do Governo) e que neste momento está a espalhar-se por todas as instituições que lidam com isto.
A vida não é preto e branco e as coisas estão interligadas. Sem competências sociais também não conseguimos prover à nossa própria subsistência nas sociedades modernas, não se esqueça disso.

- Nós temos a perfeita convicção de que o nosso maior problema nesta questão continua a ser dos pais-homens que não assumem as suas responsabilidades. Aliás, isto agora uma frase pessoal, eu costumo dizer que as mulheres são a 1ª linha de defesa do Machismo (algo que a Sociologia já demonstrou), mas que na essência a mudança passa por mudar aqueles pais-homens que têm uma visão conservadora e machista sobre a divisão dos papeis entre homem e mulher quanto às crianças. Mas o que afirmamos e os estudos demonstram isso é que existe uma MINORIA CRESCENTE. Não é por acaso que cada vez mais pais-homens lutam pelo direito de convivência dos seus filhos com eles. E isto deve-se à mudança objectiva operada na conjugalidade na sociedade portuguesa. É inevitável ter-se que lidar com isto de outra forma que não a que a "maioria das pessoas aqui" tem demonstrado, o de oposição de um género contra o outro. Volto a referir, esse caminho leva a NADA.

- Sobre os casos pessoais: é muito complicado irmos por aí e depois tentarmos generalizar. Podia falar-lhe do meu caso que dura há 4 anos e que em nenhum momento desisti da minha filha. No entanto, para algumas pessoas que não sabem da história, eu sou um monstro. Histórias como a minha eu dava-lhe milhares. Eu é que não tenho feitio para desistir, mas compreendo que muitos e muitos pais desistam de um conflito que é psicologicamente muito violento. Este é um problema que exige uma mudança de todos nós. A outra é de facto a Educação Parental, que muitos não a têm. Porque é muito bonito falar-se em educar, quando por exemplo, muitos dos homens foram educados com base em pressupostos machistas de que o "homem não faz determinadas tarefas com os filhos porque são para as mulheres". Sabemos hoje que isso foi um mecanismo de repressão da própria mulher e ainda o é. Como tal devemos, como cidadãos, lutar para que isso mude. Dar competências parentais aos pais para que saibam lidar normalmente com os seus filhos.
Veja esta acção de formação sobre exactamente estas matérias:
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perceberá que ainda haverá muito trabalho a fazer e que destilar ódio contra o outro não resolverá nada: a mãe continuará sozinha, a criança não terá um pai presente e o pai se calhar nem se vai aperceber o que perderá na sua vida.

A nossa proposta é simples: trabalharmos em conjunto para a igualdade parental, ou seja, igualdade em direitos e deveres, na partilha de responsabilidades. Acreditamos que na esmagadora maioria dos pais e mães separados isto é possível. Haverá, claro, sempre um grupo em que isso não será possível, mas mesmo assim, deverá sempre garantir-se a convivência com ambos os progenitores, exactamente porque nos dias de hoje a afectividade está no centro das nossas vidas (coisa que há 100 anos atrás não estava).
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 6:31 am

Nribeiro... Mais uma mulher de coragem.
Ha de facto historias dificeis.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 6:46 am

NRibeiro escreveu:

Dir-me-à que mais importante que a pensão de alimentos é o convívio com o pai. Será?
Será o convívio com o pai mais importante que ter leitinho, rabo seco, e ir ao médico? Se calhar não! Primeiro vêm as necessidades básicas depois as sociais, não!

Ainda assim, lembro-lhe que faço questão que os filhos passem tempo com o pai.
Mas convenhamos, para mim e para muitos pais que aqui estão, é difícil aceitar que nos falem em direitos iguais quando as responsabilidades não são iguais!

Para mais, pode dar-me milhões de estudo que vou continuar a ter a mesma opinião: para ser pai não basta fazê-los. Também é um direito que se ganha.

É exatamente isto que eu tenho dito desde o dia que me inscrevi no forum
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 7:46 am

alice.rosa escreveu:
NRibeiro escreveu:

Dir-me-à que mais importante que a pensão de alimentos é o convívio com o pai. Será?
Será o convívio com o pai mais importante que ter leitinho, rabo seco, e ir ao médico? Se calhar não! Primeiro vêm as necessidades básicas depois as sociais, não!

Ainda assim, lembro-lhe que faço questão que os filhos passem tempo com o pai.
Mas convenhamos, para mim e para muitos pais que aqui estão, é difícil aceitar que nos falem em direitos iguais quando as responsabilidades não são iguais!

Para mais, pode dar-me milhões de estudo que vou continuar a ter a mesma opinião: para ser pai não basta fazê-los. Também é um direito que se ganha.

É exatamente isto que eu tenho dito desde o dia que me inscrevi no forum

o direito é um direito-dever. Volto a dizer, é um erro, de Direito inclusive, dizer-se que pelo incumprimento de um direito-dever excluí-se outro. São autónomos. Qualquer incumprimento de um direito nesta área deve ser censurado e penalizado com um único objectivo: gerar um NOVO comportamento positivo para a criança (seja a pensão de alimentos ou o direito de visita).
Como dizia Malcolm X: “A liberdade nunca será dada voluntariamente pelo opressor terá que ser conquistada pelo oprimido”. Talvez aqui será difícil quem está em posição dominante (na questão dos filhos em termos de Direito, que reflecte a visão machista, é a mãe que acaba por estar pela mudança dos papeis sociais de género) compreender a necessidade de igualdade e terá ser de quem se sente oprimido fazer valer a mesma. Compreendo alguma revolta individual, enquanto reacção para mudança, não leva a lado nenhum.
Mais uma vez podia-vos até falar do meu caso pessoal e até da situação de incumprimento de pensão de alimentos, por situação involuntária. Tenho todas as características que algumas pessoas aqui falam, de ser sócio de uma empresa, sendo exactamente acusado que por isso tenho dinheiro. Devo-lhes dizer que desmontei um por um qualquer argumento sobre isto que foi apresentado, pois confunde-se ter-se participação social com liquidez e lamentei o facto, até porque fui o primeiro a determinar uma pensão de alimentos bem acima do que era necessário. Mas a vida às vezes dá voltas, então a economia capitalista nem se fala. Querem exigir-me mais (quando já não consigo o que EU próprio estabeleci). Para onde isso leva? miséria. Se me tornar insolvente de que sirvo em termos financeiros para a minha filha?! para NADA. Portanto, antes das pessoas estarem revoltadas com a sua situação pessoal têm é que se saber se os instrumentos de avaliação sócio-económica são os adequados. Depois se essas avaliações são céleres. Sabemos hoje que não só não são adequados como não são céleres. Logo, devemos é pensar como podemos melhorar isto e não procurar pode expiatórios no outro progenitor.
A injustiça tem muitas faces, acreditem que não é só para um lado. Essa ideia de que hoje em dia apenas um género é o oprimido é cada vez menos verdade. São os dois!
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 8:14 am

Bem... mais uma vez... a minha história...

O meu filho esteve a semana toda em casa comigo doente. Na semana anterior o pai não o foi buscar nenhum dia à escola, não telefonou para falar com ele nenhum dia.
Na semana em que esteve doente, pensei eu, que o inútil pudesse preocupar-se... mas não... eu avisei que o menino ia ficar em casa... e sinceramente nem sei para que avisei.

No sábado o animal lembrou-se que precisava duma coisa que tinha lá em casa (ainda) e eu aproveitei e juntei tudo o que ainda lá tinha para que levasse.

Entrou lá em casa, no hall porque daí não passa, e enquanto eu lhe dava a mer** toda, o filho em baixo dizia papá papá papá e o merd*s nem para o filho olhou. Saiu, enfiou-se no elevador e deixou que a porta fechasse com a criança a chorar por ele.

Eu... lá fiz o que pude. Acalmei-o e expliquei-lhe que o papá ia trabalhar. Mas caramba!!!! Não vou mentir toda a vida ao meu filho e fazer do paizinho dele um homem trabalhador.

Ele magoou-o, e ele não pediu para nascer!

Este pai tá separado da mãe há 1 ano e meio... mas abdicou também do filho!

E sou eu que o vou fazer mudar de ideias????????? NÃO...

E é tudo muito bonito, guardas conjuntas e igualdades parentais, mas é quando as pessoas são inteligente e sensatas... coisa que por estes lados não há. Aliás começo a ter dúvidas se aquela "coisa" será mesmo um ser humano ou é um calhau.

p.s. Agradecia eu ao mundo que a abécula desaparecesse de vez do planeta e do coraçãozinho do meu menino.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 15 EmptySeg maio 17, 2010 8:16 am

Já sei que me vão cair em cima, mas vai assim cru e duro...
...se as necessidades básicas são mais importantes que as sociais (se é que podemos considerar o convivio com os progenitores uma necessidade não básica), então as mães que dizem que os pais ganham mais que elas que as entreguem aos pais que as querem mais tempo e passam elas a ver os filhos de 15 em 15 dias... isto sim seria altruismo ou então sou só eu a ver o outro lado...
NRibeiro parabens por promoveres o convivio dos teus filhos com o pai, nem todas as mães são como tu... suponho que lhes falte o altruismo!
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