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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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AutorMensagem
Igualdade
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Masculino
Número de Mensagens : 84
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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 9:12 am

Nocas escreveu:
smendes escreveu:
... leio aqui histórias de mães que fazem o que podem para promover a presença dos pais na vida dos filhos, outras que fizeram e vão desistindo e leio aqui histórias de pais que lutam para estar presentes na vida dos filhos e outros que lutaram e vão desistindo.

Igualdade parental as minhas crenças estão muito perto das tuas, acima de tudo porque acho que TEMOS DE SER todos iguais, independentemente de sexo, raça ou credo, acredito que a sociedade evoluirá para aí, acho que temos que discutir, acho que temos de ter associações como a tua, benditas sejam... só não acredito nas estatisticas, prefiro não acreditar... sei que as colocaste para servir de alerta a quem as desconhece, mas acho que antes disso pertubam aqueles que não têm outro caminho que não seguir aquele que inicialmente escrevi.

Prefiro acreditar que a minha enteada crescerá saudável e feliz apesar de ter um pai ausente, prefiro acreditar que a minha filha crescerá saudável e feliz apesar de ter uma irmã ausente.

De qualquer forma muito obrigada pela diversa informação que aqui tens deixado... espero que a vossa proposta seja posta em prática o mais rápido possível...

Concordo, smendes!
Desejo-vos as maiores felicidades!



IP,
Já adivinhava o que o movia a abraçar esta nobre causa, desejo-lhe a si e a todos os que lutam pelos seus direitos (ou direito dos filhos, como queiram) os maiores sucessos e oxalá, o mais breve possível!

No entanto, a questão, relativamente ao que tem postado, e que aqui se coloca é a seguinte:
A mim, como mãe, com a guarda do filho, o que transmite, principalmente com post's de estatiísticas e dados de famílias monoparentais, é que o meu filho: será um individuo infeliz; um adulto irresponsável e sem valores.
Ora, como deve calcular, atenção por mim falo, não gosto e não aceito.
Porquê?
Porque apesar de não ter certezas de nada, sei que dou o melhor, faço o q posso, mas sobretudo porque ESTOU.
Se erro?
Claro que sim, mas pelo menos ESTOU, para se puder emendar o erro.

Aceite, IP, que há pais/mães que não estão por opção, assim como eu aceito que há pais/mães que não estão porque não os deixam estar.

Ressabiada? Estou, porque desejei que o meu filho crescesse com com pai e mãe e isso não lhe posso dar.

Parece-me que as nossas divergências estão nas generalizações:
Repare, eu também podia postar aqui meia dúzia de textos e opiniões de psocólogos que apontam prós e contras da guarda partilhada.
Mas o facto de ter conhecimento de pelo menos UM caso de sucesso e de saber de mais 2 ou 3 em que o sistema funciona, impede-me de o fazer, ou seja, GENERALIZAR.

Sem ressentimentos, e votos sinceros de sucesso!
Nocas

tem aqui um dos principais responsáveis e impulsionadores da guarda conjunta como regra:
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Leiam!
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smendes
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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 9:23 am

Não... mas a mãe da minha enteada não a deixava vir para nossa casa durante a semana porque na casa dela a miuda se deitava às 19h30 (ate no aniversário do pai veio a custo, e às 21h lá estávamos para a entregar, se não caía o carmo e a trindade), na nossa a essa hora chegámos do trabalho à pouco mais de meia hora... segundo ela os hábitos da criança estão primeiro... pois lamento mas nem todos trabalhamos em part-time como ela para podermos estar em casa às 14h.
Tenho a certeza que quando IS falava de rotinas e hábitos se referia a situações como a minha, e não a situações como a tua... assim como eu.
Mais uma vez digo que não defendo os maus pais (não me confundam)
E também grande nutro admiração pelas boas mães (aquelas que cuidam dos filhos sozinhas porque não têm outra hipotese) assim como nutro grande admiração pelo pai da minha filha, ou seja pelos bons pais (que não têm apoio da justiça e da sociedade).

Alice, NRibeiro e tantas outras... é desses que estamos a falar. ok???!!!
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smendes
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Feminino
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Data de inscrição : 20/04/2010

Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 9:39 am

IS eu também sou uma grande impulsionadora da guarda conjunta, ou pelo menos desse ponto de partida...
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Nocas
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Nocas

Feminino
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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 9:42 am

Igualdade Parental escreveu:
Nocas escreveu:
smendes escreveu:
... leio aqui histórias de mães que fazem o que podem para promover a presença dos pais na vida dos filhos, outras que fizeram e vão desistindo e leio aqui histórias de pais que lutam para estar presentes na vida dos filhos e outros que lutaram e vão desistindo.

Igualdade parental as minhas crenças estão muito perto das tuas, acima de tudo porque acho que TEMOS DE SER todos iguais, independentemente de sexo, raça ou credo, acredito que a sociedade evoluirá para aí, acho que temos que discutir, acho que temos de ter associações como a tua, benditas sejam... só não acredito nas estatisticas, prefiro não acreditar... sei que as colocaste para servir de alerta a quem as desconhece, mas acho que antes disso pertubam aqueles que não têm outro caminho que não seguir aquele que inicialmente escrevi.

Prefiro acreditar que a minha enteada crescerá saudável e feliz apesar de ter um pai ausente, prefiro acreditar que a minha filha crescerá saudável e feliz apesar de ter uma irmã ausente.

De qualquer forma muito obrigada pela diversa informação que aqui tens deixado... espero que a vossa proposta seja posta em prática o mais rápido possível...

Concordo, smendes!
Desejo-vos as maiores felicidades!



IP,
Já adivinhava o que o movia a abraçar esta nobre causa, desejo-lhe a si e a todos os que lutam pelos seus direitos (ou direito dos filhos, como queiram) os maiores sucessos e oxalá, o mais breve possível!

No entanto, a questão, relativamente ao que tem postado, e que aqui se coloca é a seguinte:
A mim, como mãe, com a guarda do filho, o que transmite, principalmente com post's de estatiísticas e dados de famílias monoparentais, é que o meu filho: será um individuo infeliz; um adulto irresponsável e sem valores.
Ora, como deve calcular, atenção por mim falo, não gosto e não aceito.
Porquê?
Porque apesar de não ter certezas de nada, sei que dou o melhor, faço o q posso, mas sobretudo porque ESTOU.
Se erro?
Claro que sim, mas pelo menos ESTOU, para se puder emendar o erro.

Aceite, IP, que há pais/mães que não estão por opção, assim como eu aceito que há pais/mães que não estão porque não os deixam estar.

Ressabiada? Estou, porque desejei que o meu filho crescesse com com pai e mãe e isso não lhe posso dar.

Parece-me que as nossas divergências estão nas generalizações:
Repare, eu também podia postar aqui meia dúzia de textos e opiniões de psocólogos que apontam prós e contras da guarda partilhada.
Mas o facto de ter conhecimento de pelo menos UM caso de sucesso e de saber de mais 2 ou 3 em que o sistema funciona, impede-me de o fazer, ou seja, GENERALIZAR.

Sem ressentimentos, e votos sinceros de sucesso!
Nocas

tem aqui um dos principais responsáveis e impulsionadores da guarda conjunta como regra:
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Leiam!

Obrigada!
Mas ao contrário do q possa pensar, já conhecia e há mt tempo!
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FA
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FA

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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 10:04 am

Eu faço parte do clube (infeliz) da Alice e da NRibeiro.

Podia estar a escrever no meu tópico (O pai que nunca quis ser pai...) a actualização da minha história mas acho adequado fazê-lo aqui.

Fui às tais entrevistas com a psicóloga da Segurança Social a mando do tribunal. Primeiro sozinha, depois com os filhos (o pai teve de participar também) e a última sozinha, para ouvir a proposta que a psicóloga apresenta aos pais e, posteriormente ao tribunal. Como sabem (sabe quem me leu) estava bastante de "pé atrás", achando que era mais uma perda de tempo e que seria difícil avaliar em condições controladas como uma sala de um edifício tão impessoal a real dinâmica (como lhe chamaram) entre os 4 elementos da família (pais e 2 filhos). Mas tenho de reconhecer que fiquei positivamente surpreendida com as conclusões que ela tirou em tão pouco tempo. Calma! Não vou enumerá-las a todas aqui.

Em resumo, ela percebeu quase de imediato que era o próprio pai que se alienava em relação ao filho e em graaaaaaaaande escala! Chamou-o à atenção e ele respondeu que nunca se tinha apercebido (!!!) mas que queria mudar isso e ligar-se ao filho. Ela retorquiu "então esta é a sua oportunidade!!"

Isto foi há um mês. Sabem o que mudou no pai do meu filho em relação ao menino depois? ABSOLUTAMENTE NAAAAAADA (perdoem-me as maiúculas, tinha de ser!). Agora tirem as vossas elações...
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analu
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analu

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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 10:15 am

FA mas o que se está aqui a debater não são os pais que não querem sê-lo!
O que se está aqui a debater são os que querem ser, mas as mães não permitem. E isto também não significa que seja o caso das mães aqui do forum!
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smendes
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 10:23 am

analu [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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alice.rosa
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 10:48 am

FA escreveu:
Eu faço parte do clube (infeliz) da Alice e da NRibeiro.

Podia estar a escrever no meu tópico (O pai que nunca quis ser pai...) a actualização da minha história mas acho adequado fazê-lo aqui.

Fui às tais entrevistas com a psicóloga da Segurança Social a mando do tribunal. Primeiro sozinha, depois com os filhos (o pai teve de participar também) e a última sozinha, para ouvir a proposta que a psicóloga apresenta aos pais e, posteriormente ao tribunal. Como sabem (sabe quem me leu) estava bastante de "pé atrás", achando que era mais uma perda de tempo e que seria difícil avaliar em condições controladas como uma sala de um edifício tão impessoal a real dinâmica (como lhe chamaram) entre os 4 elementos da família (pais e 2 filhos). Mas tenho de reconhecer que fiquei positivamente surpreendida com as conclusões que ela tirou em tão pouco tempo. Calma! Não vou enumerá-las a todas aqui.

Em resumo, ela percebeu quase de imediato que era o próprio pai que se alienava em relação ao filho e em graaaaaaaaande escala! Chamou-o à atenção e ele respondeu que nunca se tinha apercebido (!!!) mas que queria mudar isso e ligar-se ao filho. Ela retorquiu "então esta é a sua oportunidade!!"

Isto foi há um mês. Sabem o que mudou no pai do meu filho em relação ao menino depois? ABSOLUTAMENTE NAAAAAADA (perdoem-me as maiúculas, tinha de ser!). Agora tirem as vossas elações...

Pois... tambem já fui a essas entrevistas...
E tambem a impressão final foi bastante positiva... Pois o relatorio foi-me completamente favoravel...
Certo é que ele nem sequer apareceu... como já era de esperar... apesar de ter sido ele a colocar-me um processo dizendo que eu não o deixava ver as filhas... quando o tribunal resolve establecer um plano de reaproximação, o que é que ele faz??? simplesmente nem aparece...
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alice.rosa
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alice.rosa

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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 10:50 am

analu escreveu:
FA mas o que se está aqui a debater não são os pais que não querem sê-lo!
O que se está aqui a debater são os que querem ser, mas as mães não permitem. E isto também não significa que seja o caso das mães aqui do forum!

Se vamos combater alienação, então que se lute em todas as vertentes...

Resolver uma parte dos problemas nunca será a solução...
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alice.rosa
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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 10:52 am

não sou contra esta luta...

quero é incluir a "minha" luta... se é que me faço entender...
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smendes
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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 11:21 am

E quem disse que não se luta para que os pais não se alianiem?? (suponho que seja esta a luta a que te referes Alice)

Acho que promover a igualdade de tempo dos pais com os filhos (ou pelo menos não uma diferença tao atroz) é uma forma de prevenir o distanciamento destes... mais uma vez falo do meu caso, o pai da minha enteada só começou a passar o fds com a filha a partir dos 18meses, até lá passava 12horas por mês, acham que tem a mesma ligação que com a minha filha? Acham que lhe podem pedir isso?! Acham que alguem lhe valeu quando a mãe lhe impôs a sua vontade. Ainda houve quem dissesse "mãe é mãe". E pai é o quê? Avestruz, nabo, jarra??
Nem sequer para dar o nome à filha foi consultado, e agora a filha recusa-se a dizer que tem o apelido dele... fogo, esta impunidade revolta-me. No fim e para aquela criança no futuro o mau pai será ele. Têm duvidas?? Se ela já diz que não gosta dele? Porquê? Ele questionou a mãe, a mãe disse que era normal? [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Se a minha filha dissesse que não gostava do pai eu iria preocupar-me, tentar perceber a razão deste comportamento, ela não, pois claro, ela sabe bem porquê, sabe que não é porque a tratamos mal.

Por amor de Deus, deixemos de enfiar a cabeça na areia, a mãe impede a filha de estar com o Pai, primeiro fisicamente, depois psicologicamente, e depois querem que ambos desenvolvam um laço sendo praticamente estranhos!!

Desculpem o desabafo, sou mulher, sou mãe, sou divorciada, algumas coisas percebo, outras não... parece-me que andamos à volta e não é só aqui, é esta sociedade que desenvolveu numas coisas e noutras não, criando estas discrepâncias...
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Igualdade
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQua maio 12, 2010 6:07 pm

FA escreveu:
Eu faço parte do clube (infeliz) da Alice e da NRibeiro.

Podia estar a escrever no meu tópico (O pai que nunca quis ser pai...) a actualização da minha história mas acho adequado fazê-lo aqui.

Fui às tais entrevistas com a psicóloga da Segurança Social a mando do tribunal. Primeiro sozinha, depois com os filhos (o pai teve de participar também) e a última sozinha, para ouvir a proposta que a psicóloga apresenta aos pais e, posteriormente ao tribunal. Como sabem (sabe quem me leu) estava bastante de "pé atrás", achando que era mais uma perda de tempo e que seria difícil avaliar em condições controladas como uma sala de um edifício tão impessoal a real dinâmica (como lhe chamaram) entre os 4 elementos da família (pais e 2 filhos). Mas tenho de reconhecer que fiquei positivamente surpreendida com as conclusões que ela tirou em tão pouco tempo. Calma! Não vou enumerá-las a todas aqui.

Em resumo, ela percebeu quase de imediato que era o próprio pai que se alienava em relação ao filho e em graaaaaaaaande escala! Chamou-o à atenção e ele respondeu que nunca se tinha apercebido (!!!) mas que queria mudar isso e ligar-se ao filho. Ela retorquiu "então esta é a sua oportunidade!!"

Isto foi há um mês. Sabem o que mudou no pai do meu filho em relação ao menino depois? ABSOLUTAMENTE NAAAAAADA (perdoem-me as maiúsculas, tinha de ser!). Agora tirem as vossas elações...
FA, estes problemas não se resolvem de um dia para o outro. Falou-nos em 1 mês. Mas deve estar a falar das avaliações psico-sociais feitas a pedido dos tribunais, mas quando falamos em terapia familiar não é essa mera avaliação sem acompanhamento. Isso geralmente pouco funciona. E nem vamos falar das falhas gritantes desse tipo de avaliações. Em outros fóruns (físicos) de discussão isso tem sido mais que referido.
A Terapia Familiar só resulta se for continuada e sistemática, caso contrário é apenas uma aspirina para tentar curar uma patologia mais grave que uma dor de cabeça.

Para podermos mudar o sistema temos que ter um patamar de entendimento sobre aquilo que queremos enquanto seres humanos, homens e mulheres. Se nos deixamos levar pelas nossas mágoas e revoltas só vamos criar uma sociedade de ódio e de mal estar.

Já que falam em casos pessoais, volto também a referir o meu: ainda hoje a mãe da minha filha me provoca (vamos ter a 3ª conferência de pais daqui a 1 semana e meia) porque eu quero estar todos os dias com a minha filha (ir busca-la à escola, leva-la às actividades e se desse até dar-lhe de jantar), conforme está acordado e ela simplesmente recusa e decide os dias em que eu estou ou não estou. Estamos a falar de 2h na vida da minha filha. Isto faz algum sentido?! causar conflitos e problemas emocionais (que só a mãe é que não vê) à minha filha sem qualquer razão relevante?!
Do meu caso podem generalizar: pais que têm conflitos parentais de pequena e média intensidade (que são a maioria, pois só 6% dos divórcios são litigioso) podem ser evitados em grande parte se o tipo de intervenção institucional e comunitária seja outra.
Se me deixasse levar pelos meus sentimentos epidérmicos iria querer fazer algo contra a mãe da minha filha. No entanto nunca o fiz nem quero fazer. Aliás, o que peço é a guarda conjunta, como sempre o pedi e na altura a Lei descriminava-me, pois presumia a guarda da mãe, tendo eu que provar que tinha condições para ter guarda conjunta. Ora, sabemos que basta a oposição simples da mãe, à altura, para a guarda ser única. Estas mães (e pais, que também existem) não conseguem quebrar a sua relação fusional com o filho(a) e com isso passam a coisifica-lo e deixam-no de ver como ser autónomo. O pai passa a ser o "inimigo" principal. Mas como dizia uma pedopsiquiatra, que melhor pode querer uma mãe do que um pai a cuidar do nosso filho?!


Voltando à intervenção cívica para a mudança da parentalidade, continuamos a ter ideias muito claras sobre isto:
- guarda conjunta como meio para evitar muitos dos conflitos parentais
- mediação familiar obrigatória
- desenvolvimento de um sistema alargado e acessível de pais a terapia familiar e acções de formação/conhecimento sobre competências parentais
- mudança do Direito de Família e da organização dos Tribunais de Família e Menores
- atribuição de mais meios técnicos aos TFM
- Promover as questões da Igualdade Parental e Parentalidade Positiva junto da sociedade civil.
- procurar propostas de tornar mais célere as decisões dos tribunais bem como a efectiva penalização dos incumprimentos (sejam da pensão de alimentos ou do direito de visita, quer aqueles que impedem que existam quer aqueles que não cumpram).
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 2:55 am

alice.rosa escreveu:
analu escreveu:
FA mas o que se está aqui a debater não são os pais que não querem sê-lo!
O que se está aqui a debater são os que querem ser, mas as mães não permitem. E isto também não significa que seja o caso das mães aqui do forum!

Se vamos combater alienação, então que se lute em todas as vertentes...

Resolver uma parte dos problemas nunca será a solução...
Alice, garanto-lhe a si que a nossa associação defende todas as vertentes. Tanto é que temos associadas, mães, que são afastadas dos seus filhos. E temos a perfeita consciência de que a nossa principal luta é na responsabilização dos homens,pois na essência este modelo de relação entre géneros é herança do modelo machista que ainda hoje reprime a mulher e lhe atribuí funções com carácter de exclusividade quando deviam ser já partilhadas. Voltamos a dizer, é um caminho que temos que o fazer em conjunto e não uns contra os outros. Infelizmente duvido que as mudanças afectem os presentes, pois são sempre muito lentas nestas áreas.
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FA
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 3:19 am

Igualdade Parental escreveu:


FA, estes problemas não se resolvem de um dia para o outro.

Pois não. Mas não é uma questão de tempo, é uma questão de vontade.

Igualdade Parental escreveu:
Mas deve estar a falar das avaliações psico-sociais feitas a pedido dos tribunais, mas quando falamos em terapia familiar não é essa mera avaliação sem acompanhamento. Isso geralmente pouco funciona. A Terapia Familiar só resulta se for continuada e sistemática, caso contrário é apenas uma aspirina para tentar curar uma patologia mais grave que uma dor de cabeça.

Repito, é uma questão de vontade. Não havendo, não há nada a fazer. Por acaso gostava que me respondessem como é que criamos força de vontade em alguém que não em nós próprios?

Igualdade Parental escreveu:
Se nos deixamos levar pelas nossas mágoas e revoltas só vamos criar uma sociedade de ódio e de mal estar.

Mas afinal tanta teoria, estudos científicos com direito a diagramas... como se isso explicasse a complexidade das relações humanas (reservo-me o direito de dizer que tenho razoável formação na área da interpretação de estudos científicos) ainda que o p seja estatísticamente significativo...
... para depois se remeter à conclusão do costume, usada quando não existem mais argumentos, "deixamo-nos levar pelas nossas mágoas e revoltas", queixa que fazemos do outro quando este não está de acordo connosco...

Quanto ao seu caso, parto do princípio que os motivos que o movem são os mesmos que os meus, ou seja, o bem estar físico e psicológico da sua filha. Não falemos do amor que temos pelos filhos pois este deve ser apenas o vector para o seu bem estar e não o objectivo, ou correremos o risco de nos pôr a nós e aos nossos sentimentos em primeiro lugar em detrimento dos filhos. Sim, os filhos devem estar com ambos os pais - aqui friso o que já foi dito várias vezes - quando estes o desejam (o seu caso é neste aspecto diferente do meu) mas, pegando nesta sua frase:

Igualdade Parental escreveu:
Voltando à intervenção cívica para a mudança da parentalidade, continuamos a ter ideias muito claras sobre isto:
- guarda conjunta como meio para evitar muitos dos conflitos parentais
Não vejo onde está a clareza ou a lógica deste argumento. Então se há conflito, onde é que a guarda conjunta o evita??
Parece-me exactamente o contrário, só se dá em partes iguais aos pais a hipótese de viverem com os filhos cada um à sua maneira potenciando na criança o desenvolvimento de um sentimento de instabilidade. Por favor poupem-me ao argumento que isto leva as crianças a se fortalecerem contra as adversidades!

Igualdade Parental escreveu:

- procurar propostas de tornar mais célere as decisões dos tribunais bem como a efectiva penalização dos incumprimentos (sejam da pensão de alimentos ou do direito de visita, quer aqueles que impedem que existam quer aqueles que não cumpram).
Talvez se deva começar por aí, em vez de se dar já guardas conjuntas ao desbarato para penalizar à posteriori se as coisas não correrem bem...
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Guarda partilhada - Página 14 Vide
MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 3:42 am

FA escreveu:
Igualdade Parental escreveu:


FA, estes problemas não se resolvem de um dia para o outro.

Pois não. Mas não é uma questão de tempo, é uma questão de vontade.

Igualdade Parental escreveu:
Mas deve estar a falar das avaliações psico-sociais feitas a pedido dos tribunais, mas quando falamos em terapia familiar não é essa mera avaliação sem acompanhamento. Isso geralmente pouco funciona. A Terapia Familiar só resulta se for continuada e sistemática, caso contrário é apenas uma aspirina para tentar curar uma patologia mais grave que uma dor de cabeça.

Repito, é uma questão de vontade. Não havendo, não há nada a fazer. Por acaso gostava que me respondessem como é que criamos força de vontade em alguém que não em nós próprios?

Igualdade Parental escreveu:
Se nos deixamos levar pelas nossas mágoas e revoltas só vamos criar uma sociedade de ódio e de mal estar.

Mas afinal tanta teoria, estudos científicos com direito a diagramas... como se isso explicasse a complexidade das relações humanas (reservo-me o direito de dizer que tenho razoável formação na área da interpretação de estudos científicos) ainda que o p seja estatísticamente significativo...
... para depois se remeter à conclusão do costume, usada quando não existem mais argumentos, "deixamo-nos levar pelas nossas mágoas e revoltas", queixa que fazemos do outro quando este não está de acordo connosco...

Quanto ao seu caso, parto do princípio que os motivos que o movem são os mesmos que os meus, ou seja, o bem estar físico e psicológico da sua filha. Não falemos do amor que temos pelos filhos pois este deve ser apenas o vector para o seu bem estar e não o objectivo, ou correremos o risco de nos pôr a nós e aos nossos sentimentos em primeiro lugar em detrimento dos filhos. Sim, os filhos devem estar com ambos os pais - aqui friso o que já foi dito várias vezes - quando estes o desejam (o seu caso é neste aspecto diferente do meu) mas, pegando nesta sua frase:

Igualdade Parental escreveu:
Voltando à intervenção cívica para a mudança da parentalidade, continuamos a ter ideias muito claras sobre isto:
- guarda conjunta como meio para evitar muitos dos conflitos parentais
Não vejo onde está a clareza ou a lógica deste argumento. Então se há conflito, onde é que a guarda conjunta o evita??
Parece-me exactamente o contrário, só se dá em partes iguais aos pais a hipótese de viverem com os filhos cada um à sua maneira potenciando na criança o desenvolvimento de um sentimento de instabilidade. Por favor poupem-me ao argumento que isto leva as crianças a se fortalecerem contra as adversidades!

Igualdade Parental escreveu:

- procurar propostas de tornar mais célere as decisões dos tribunais bem como a efectiva penalização dos incumprimentos (sejam da pensão de alimentos ou do direito de visita, quer aqueles que impedem que existam quer aqueles que não cumpram).
Talvez se deva começar por aí, em vez de se dar já guardas conjuntas ao desbarato para penalizar à posteriori se as coisas não correrem bem...

Não vejo nenhuma contradição nas minhas palavras, apenas lhe disse que se nos deixarmos levar pela falta de controlo das emoções temos comportamentos que prejudicam todas as partes, pais, mãe e filhos. A reflexão, aquela que já na Antiguidade Clássica era valorizada, e a procura de uma visão global pode ajudar-nos a relativizar a individualização deste fenómeno e perceber que ele é mais complexo do que a nossa própria experiência. Por ser mais complexo do que a nossa experiência é que acredito que neste momento histórico o único instrumento válido em termos de objectividade é a ciência social.
Agora, não é sequer intelectualmente honesto confundir a intervenção individual que cada um faz do seu caso da análise global que devemos fazer em termos de intervenção organizada para a mudança de um sistema de relações, que não dependem da vontade individual, mas de um todo. É essa a diferença que é difícil para muita gente a fazer, ou seja, abstrair-se do seu caso para se fazer generalizações e antes encontrar na ciência social (sociologia, psicologia, direito, etc).

Sobre a guarda conjunta: a guarda conjunta é o ponto de partida, pois muitos dos conflitos surgem pelo desequilíbrio de direitos e deveres. E só pode ser essa a regra, caso contrário vais estar a descriminar progenitores por esta ou aquela razão. Seja pelo argumento que as mulheres é que são biológicamente mais aptas (falso em termos científicos) ou porque as mulheres são intelectualmente fracas e o homem é que tem que assumir a responsabilidade (mesmo tipo de visão biologista que permitiu às mulheres sempre reprimidas durante séculos). Se o ponto de partida é o equilíbrio a probabilidade de abuso de poder será muito menor. Claro que em progenitores em que existe um elevado nível de conflito a guarda conjunta não serve de elemento PREVENTIVO, pelo que tem que se recorrer a outro tipo de instrumentos, como a terapia familiar e a mediação familiar.
No Brasil houve uma discussão intelectual muito mais rica do que houve em Portugal sobre isto e eles têm trabalhos muito interessantes.
Veja só estes 2 trabalhos:

Razões e contra-razões para a aplicação da guarda compartilhada
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A VIABILIDADE DA GUARDA COMPARTILHADA EM SEPARAÇÃO CONSENSUAL
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Sobre o seu caso: cada casa é o um caso e eu de todo tenho os elementos para sequer fazer qualquer tipo de avaliação. Em abstracto (só assim posso falar) quando há falta de vontade deveria haver um envolvimento terapêutico para perceber essa falta de vontade e trabalhar a alteração, que pode passar por exemplo pelas aprendizagem de novas competências parentais em situação de separação. Mas compreenderá que será complicado andarmos aqui a comentar os casos uns dos outros e partir daqui para generalizações. Daí que prefira falar em análises sociais e intervenções colectivas, do que temos que fazer para mudar.
Tenho a perfeita noção que de me empenhar nesta causa pela igualdade parental em nada me estou a beneficiar, nem à minha filha, mas não me sentiria bem comigo mesmo se não procurasse de forma efectiva mudar o sistema. E isso passa por acções concretas, que é o que a nossa associação se quer diferenciar: grupos de auto-ajuda, parcerias em projectos com tribunais, outras associações, mediação, apoio psico-juridico, iniciativas de sensibilização para a igualdade parental, aumento de competências parentais com acções especificas e claro a tal intervenção institucional.
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teresa carneiro
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teresa carneiro

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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 6:34 am

E se eu vos disser que uma das razões que levou à minha separação foi ist0 que tanto se fala agora. E pelo qual eu me debati desde que os meuas filhos nasceram. Parentalidade.
Há Pois é. O pai dos meus filhos não quer estar nem nunca quis estar tanto tempos com os filhos como eu. E continua na mesma. Ou seja o paizinho acha que os filhos são para a mãe tratar, educar,etc ele no minimo leva-os a passear. O ridiculo desta pessoa vai ao ponto de dizer que se assim não for os meninos vão viver com ele(agora reparem estou a falar de um menino de 20 anos e uma menina de 15). Estou cansada até porque neste monemto são os filhos que já afirmam que se o Pai quer estar com eles que esteja mas que não conte com eles para fins de semana, férias e convivios prolongados. Sera que o tribunal tambem me vai colocar a obrigar estes meninos a fazerem o que é correcto. Não me parece. Os meus filhos já frquentaram o psicologo em varias etapas da suas vidas, quando foi necessaria a presença do pai para complementar a terapia. O pai disse logo não posso tenho de trabalhar.
Por isso digo cada caso é um caso.
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Se eu protejo os meus filhos. Lógico que protejo e assim não fosse já faziam parte das estatisticas que aqui já foram publicadas
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NRibeiro
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 7:25 am

Teresa, Fa e alice.rosa

Obrigada por transmitirem o que sinto de forma tão clara!
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smendes
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 9:55 am

IP, sabes o que me custa muito, ver escrito coisas como "direito de visita", como é que um filho pode ser considerado como uma visita para um Pai ou uma Mãe? Há muito que já não vivo com os meu pais, quando vou a casa deles não sou uma visita, a casa deles é a minha casa... A descriminação começa logo aqui...
Incomoda-me como cidadã, como mãe, como mulher que todos os dias luta para profissionalmente ter os mesmos direitos que os homens...
Já escrevi aqui que há mães extraordinárias, também há pais, assim como há maus e bons profissionais, independentemente do sexo.
Para lá dos casos pessoais injustos que se vê aqui, pior é uma justiça que descrimina...
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alice.rosa
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 9:57 am

smendes escreveu:
IP, sabes o que me custa muito, ver escrito coisas como "direito de visita", como é que um filho pode ser considerado como uma visita para um Pai ou uma Mãe? Há muito que já não vivo com os meu pais, quando vou a casa deles não sou uma visita, a casa deles é a minha casa... A descriminação começa logo aqui...
Incomoda-me como cidadã, como mãe, como mulher que todos os dias luta para profissionalmente ter os mesmos direitos que os homens...
Já escrevi aqui que há mães extraordinárias, também há pais, assim como há maus e bons profissionais, independentemente do sexo.
Para lá dos casos pessoais injustos que se vê aqui, pior é uma justiça que descrimina...

Não podia estar mais de acordo...
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 2:27 pm

O direito de visita é o direito do PAI ou da MÃE de visitar o filho.
E não, não concordo quando dizem que é um direito da criança conviver com o pai/mãe.
Se assim fosse, porque é interposto pela pessoa interessada(exemplo, o pai) e não pelo responsável legal(exemplo: a mãe) ? Porque se assim fosse, poderiamos obrigar o pai/mãe a conviver com a criança. E se esta não quer, prescinda totalmente dos direitos parentais (como se entregasse para adoção), para não voltar dalí a 8 ou 9 anos afirmando que está arrependido e estragar a dinâmica familiar já construida com a mãe/pai e padrasto/madrasta, qualquer q seja o caso.

Se assim fosse, porque uma criança que viveu a infância sem ver a cara da mãe, e como tal, considera "mãe" quem o criou, é Obrigada pelos Exmos Srs. Juizes a passar Fins-de-semana inteiros com quem não conhece de lado nenhum, só porque o nome consta da certidão de nascimento?

E sabem que mais, para voltar a desaparecer, que foi o caso.

Quando quiser mais dinheiro, volta a chorar para algum juiz inventando histórias para justificar a ausência, e vai dái, volta tudo a descambar?

beijos
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 2:56 pm

guarda conjunta, para os pais e mães que querem realmente o ser.

porque haverá quem use e aproveite para não pagar pensão, para apenas estar mais tempo mas igualmente sem responsabilidades.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 5:34 pm

teresa carneiro escreveu:
E se eu vos disser que uma das razões que levou à minha separação foi ist0 que tanto se fala agora. E pelo qual eu me debati desde que os meuas filhos nasceram. Parentalidade.
Há Pois é. O pai dos meus filhos não quer estar nem nunca quis estar tanto tempos com os filhos como eu. E continua na mesma. Ou seja o paizinho acha que os filhos são para a mãe tratar, educar,etc ele no minimo leva-os a passear. O ridiculo desta pessoa vai ao ponto de dizer que se assim não for os meninos vão viver com ele(agora reparem estou a falar de um menino de 20 anos e uma menina de 15). Estou cansada até porque neste monemto são os filhos que já afirmam que se o Pai quer estar com eles que esteja mas que não conte com eles para fins de semana, férias e convivios prolongados. Sera que o tribunal tambem me vai colocar a obrigar estes meninos a fazerem o que é correcto. Não me parece. Os meus filhos já frquentaram o psicologo em varias etapas da suas vidas, quando foi necessaria a presença do pai para complementar a terapia. O pai disse logo não posso tenho de trabalhar.
Por isso digo cada caso é um caso.
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Se eu protejo os meus filhos. Lógico que protejo e assim não fosse já faziam parte das estatisticas que aqui já foram publicadas
daí que defendemos a igualdade parental quer se esteja em situação de divorciado/separado ou casado/junto. O equilíbrio de direitos e deveres como pais e mães passa pela igualdade na conjungalidade, facto que ainda estamos longe. Nas declarações que fiz sobre o Dia Internacional de Consciêncialização sobre a Alienação Parental falo exactamente disso: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

A educação para a parentalidade, se calhar mais do que a educação para a sexualidade, é algo que temos que promover na nossa sociedade.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 6:00 pm

Dividida escreveu:
O direito de visita é o direito do PAI ou da MÃE de visitar o filho.
E não, não concordo quando dizem que é um direito da criança conviver com o pai/mãe.
Se assim fosse, porque é interposto pela pessoa interessada(exemplo, o pai) e não pelo responsável legal(exemplo: a mãe) ? Porque se assim fosse, poderiamos obrigar o pai/mãe a conviver com a criança. E se esta não quer, prescinda totalmente dos direitos parentais (como se entregasse para adoção), para não voltar dalí a 8 ou 9 anos afirmando que está arrependido e estragar a dinâmica familiar já construida com a mãe/pai e padrasto/madrasta, qualquer q seja o caso.

Se assim fosse, porque uma criança que viveu a infância sem ver a cara da mãe, e como tal, considera "mãe" quem o criou, é Obrigada pelos Exmos Srs. Juizes a passar Fins-de-semana inteiros com quem não conhece de lado nenhum, só porque o nome consta da certidão de nascimento?

E sabem que mais, para voltar a desaparecer, que foi o caso.

Quando quiser mais dinheiro, volta a chorar para algum juiz inventando histórias para justificar a ausência, e vai dái, volta tudo a descambar?

beijos
o Direito de Visita é um conceito jurídico. Deixo aqui um excerto de uma sentença em que explica isto:

O direito de visita significa o direito de o progenitor sem a guarda dos filhos se relacionar e conviver com estes, uma vez que tais relações não podem desenvolver-se de forma normal em virtude da falta de coabitação. Esse direito é, assim, um pobre substituto do convívio diário entre os progenitores e os seus filhos. O objecto do direito de visita abrange um conjunto de relações, desde contactos esporádicos por uma horas, expressão mínima do referido direito, a estadias por várias semanas e ainda qualquer forma de comunicação. O exercício desse direito funciona como meio de o progenitor não guardião manifestar a sua afectividade pela criança, de ambos se conhecerem reciprocamente e partilharem os seus sentimentos.
Tal regime de visitas deve ser regulado atendendo ao equilíbrio emocional e afectivo dos menores.
Tem-se entendido serem fundamentalmente três os elementos que influenciam o juiz na determinação do conteúdo do direito de visita: as conveniências do guardião (designadamente a necessidade de que o direito de visita não perturbe a unidade e estabilidade da educação da criança), o interesse do titular do direito de visita e o interesse da criança na manutenção daquela relação. É este último elemento que constitui o ponto de referência privilegiado e o princípio fundamental de que o julgador faz uso na configuração do direito de visita. O interesse do menor reconduz-se à necessidade de preservar as suas referências parentais, numa tentativa de manter a relação familiar filho-progenitor, enquanto fonte do equilíbrio psicológico da criança e garante de um bom desenvolvimento. No entanto, deve tentar conciliar-se esses interesses, todos valiosos, concedendo sempre a primazia ao interesse do menor, em caso de grave colisão ou incompatibilidade entre tais interesses.
De salientar que a lei, propositadamente, não regulou o direito de visita de forma precisa, abandonando os moldes da sua aplicação prática à ponderação judicial—situação que é, sem dúvida, de louvar atentos os interesses em causa, dando ampla margem de actuação ao julgador de acordo com a situação que em cada tenha de apreciar e decidir.




Sobre o último comentário, de "aparecer passado x tempo", continuo a defender que nunca é tarde para se recomeçar uma relação com os nossos filhos. E nós, enquanto pais, não podemos olhar apenas para os nossos sentimentos. Volto a dizer que falo em termos abstractos, pois não conheço as pessoas em causa. No entanto, não me faz qualquer sentido que pelo passado se impeça o presente e o futuro, pois só se vive uma vez. O acompanhamento técnico de um "reaparecimento" é igualmente fundamental.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 6:02 pm

Dividida escreveu:
guarda conjunta, para os pais e mães que querem realmente o ser.

porque haverá quem use e aproveite para não pagar pensão, para apenas estar mais tempo mas igualmente sem responsabilidades.
não se misture convivência com pensão de alimentos sff!
isso sempre foi algo que me incomodou. O tempo com os nossos filhos não tem preço! são direitos-deveres autónomos, sem correlação entre si.
Como a percentagem de guardas conjuntas é tão baixa esta lógica referida, a existir, é completamente residual para uma análise generalizada.
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MensagemAssunto: Re: Guarda partilhada Guarda partilhada - Página 14 EmptyQui maio 13, 2010 6:05 pm

smendes escreveu:
IP, sabes o que me custa muito, ver escrito coisas como "direito de visita", como é que um filho pode ser considerado como uma visita para um Pai ou uma Mãe? Há muito que já não vivo com os meu pais, quando vou a casa deles não sou uma visita, a casa deles é a minha casa... A descriminação começa logo aqui...
Incomoda-me como cidadã, como mãe, como mulher que todos os dias luta para profissionalmente ter os mesmos direitos que os homens...
Já escrevi aqui que há mães extraordinárias, também há pais, assim como há maus e bons profissionais, independentemente do sexo.
Para lá dos casos pessoais injustos que se vê aqui, pior é uma justiça que descrimina...
não consigo responder à tua mensagem privada porque tu não aceitas respostas

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