Pais que alteram o seu comportamento após o divórcio

DH escreveu:

És de ma lucidez impressionante CFPLC...

Faltou-me o u

eu queria dizer: És de uma lucidez impressionanteCFPLC.... Isto é o cansaço

Eu nunca deixaria a minha filha nas mãos de alguém que não conheço. Concordo com o que disseram anteriormente: Se o Pai não quer ou não pode estar com ela, fico eu que sou a Mãe!

Revivo em ti o meu caso. E realmente também acho que devemos enquanto mães e mulheres termos um espaço para nós mas, custa-me que o meu filho não tenha apoio do pai e isso faz com que eu não consiga impor espaço. Tem 4 anos, faz 5 dia 3 de maio e ainda dorme na minha cama... O pai desde Abril passado que não o vem ver e quando telefona só pergunta se gosta do pai mas, nunca diz que gosta do menino... Agora ao fim deste tempo todo dia que o quer vir ver este mês mas, eu acjho que vai ser prejudicial ao fim deste tempo todo ver o pai...

Não ajudei nada ao teu problema mas, pelo menos sabes que não estás sózinha.

Bjokas

Olha princesa, hoje já estou divorciada no papel e o pai agora leva no minimo 30 dias para ir fazer 1 visita de 1 hora (quando mora a 20 minutos da ama do menino e tem permissão para estar com o filho o dia inteiro), mas posso dizer-te que essa hora é muito prejudicial pois cria-lhe muitas ilusões naquela cabecinha. Sem mesmo saber que dia da semana é, o meu piolho todas as 2ª feiras pergunta se o pai vai buscá-lo e eu respondo:
...-Não sei, pois o pai pode ter ido trabalhar mas ele gosta muito de ti!Tem vezes que se vira para mim a chorar e diz que está triste com o pai por não o ter ido ver. Custa muito ver o meu piolho sentir-se desprezado por aquele ser nojento e desprezivel.

Obrigada pelo apoio.

Bem vinda princesa-das-arábias

Conheço bem os vossos sentimentos. O pai da minha filha não a vê, nem telefona e nem lhe paga a pensão de alimentos há 13 meses. A minha filha tem 17 meses.

Alguém que me entende...

Já aconteceu o menino estar doente e eu não poder faltar ao trabalho e apesar de viver com a minha mãe quis que fosse o pai a estar com ele

Se o pai só pode de dia, então as noites sao comigo. parece-me justo

Há situações e situações.

Eu trabalho aos fins de semana. 6 horas por dia. E não é por isso que sequer imagino renunciar à custódia da minha filha. Ela fica com a minha mãe, ou vai passear com as tias. Ela adora socializar e estar com diferentes pessoas. Aliás como ela vai para o pai de 15 em 15 dias, nos fins de semana que ela está comigo, só trabalho até ás 13 portanto almoçamos juntas e passamos o resto do dia juntas. Normalmente a tarde de sábado é só nossa. Brincamos, rimos, tomamos banho juntas... No domingo costumamos ir passear em familia... Eu, ela e o meu namorado metemo-nos no carro e vamos passeando enquanto a gasolina der.

Acho que não temos o direito de «proibir» o contacto com as madrastas/padrastos.

Claro que há coisas que custam imenso, sobretudo quando o nosso parceiro nos trocou por outro/outra que ainda por cima quer nos «roubar tempo» ao nosso filho... Mas, é assim a vida e se todos conseguirmos conviver é muito melhor para as crianças.

Seja como for, esse tipo de comportamentos de partir as coisas eu não iria tolerar nem à madrasta, nem à mãe (no caso da karina e da madrasta).

No teu caso madrasta resolvia simplesmente não mandando os brinquedos para casa da mãe. Tipo, os que a mãe dá ficam com ela, os recebidos em tua casa ficavam contigo...

Contigo Karina ia mesmo tentar falar com o pai. Senao conseguisse teria de apelar para a lei...

Ondamari, concordo contigo. Pai e Mãe são Pai e Mãe, mas há e haverá sempre outras pessoas com quem a criança convive e em quem se confia: avós, tios e tias, madrasta, padrasto, uma amiga, por exemplo. Fico muitas vezes com os meus enteados quando o pai tem de trabalhar ao sábado de manhã. Não foi assim desde início claro. No início o meu marido só ia buscar os filhos se pudesse estar com eles o fim-de-semana inteiro (nessa altura a mãe criticava por não ir buscar... devia querer que ele se despedisse). Quando já me conheciam bem passaram a ficar só comigo se necessário e sem qualquer problema (a mão barafustou, queixou-se no tribunal que o pai "despejava os filhos no colo duma desconhecida" mas o juiz entendeu que ela não tinha argumentos para questionar a decisão do pai sobre com quem os deixar em caso de necessidade).

Madrasta,

Antes demais nada queria elogiar a tua participação neste fórum. Muitas vezes (e só por mim falo, que só por mim sou responsável) acho que estou demasiado «dentro» do papel de mãe, para pensar pelo «outro lado». Pelo aspecto da madrasta por exemplo...

Acho muito útil para todos lermos as coisas porque passas, que tem acontecem, para não cairmos nos mesmos erros e nos mesmos defeitos...

Não tenho conhecimento que a minha filha tenha já madrasta, mas sei que tem convívio com diversas amigas do pai. Isso faz-me um bocadinho de confusão sómente, pela confusão que se pode instalar na cabecita dela. Por ex um destes dias fui buscá-la À creche com o pai. Ela não teve qualquer reacção ao ver-nos juntos. Não sorriu, não veio ter connosco, não falou... à noite não quis ir dormir sem esperar pelo «didi» (padrasto). Calculo que lhe tenha feito confusão (aliás acho mesmo que não gostou) de nos ver juntos (a mim e ao pai)

Ondamari, quando me inscrevi no forum foi também para perceber melhor o lado da mãe O "convívio" com a mãe dos meus enteados não tem sido fácil ao longo dos anos, e é fácil pôr defeitos em tudo o que ela diz e faz. Mas queria perceber o porquê de certas reacções, se havia algo que eu estivesse a fazer errado, ou como poderia melhorar a "relação". Nós (as madrastas) existimos, e nos dias de hoje é fácil que qualquer uma de vós (as mães) venham também a ser madrastas. Só temos que lidar da melhor forma possível.

bjs

Madrasta: Uma questão à parte deste tema. A tua relação com o teu marido e enteado(s) teria sido diferente se as crianças ficassem convosco TODOS os fins-de-semana, feriados e férias, em vez dos clássicos 2 fins-de-semana por mês?

Obrigada.

Dividida, respondendo à tua pergunta, sim, seria com toda a certeza diferente. Não por sentir que eles invadem a nossa privacidade como casal (sempre tivemos forma de manter momentos de casal mesmo nos fins de semana dos enteados) mas porque eles trazem regras muito diferentes de casa da mãe que chocam com as regras cá de casa. Ora isso seria desgastante todos os fins de semana, todas as férias, etc.

Óbvio que todo o pai quer ter os filhos com ele o máximo de tempo possível, mas é extremamente difícil ter os filhos com ele e não ter o poder paternal. Passo a explicar. A guarda partilhada de que se fala tanto agora (uma semana em casa da mãe, uma semana em casa do pai) a meu ver só funciona quando a relação entre os pais é amena e estão de acordo quanto às regras básicas da educação dos filhos. doutra forma é um constante chocar de opiniões, regras, hábitos, etc. Nem é saudável para os filhos nem para os pais.

Ajudei?

Guarda partilhada não é intercalar uma semana em casa de um e uma semana em casa do outro. Guarda partilhada é quando ambos os pais têm poder legal sobre as decisões da vida do filho (escola, saúde, viagens) mas em que o menos fica a viver em casa de um dis progenitores. Ou seja, a guarda partilhada é sómente ambos terem o mesmo poder de decisão da vida do filho, mas ficando (normalmente) o menos a residir na casa da mãe.

Eu sinceramente não concordo que as crianças andem a saltar de casa para casa, porque precisam de raízes e lá está,d e hábitos. Porque, por muito bem que o ex casal se dê vão existir sempre diferenças na educação, ns exigências, nos hábitos... E isso acaba por confundir uma criança e levá-la a fazer «jogos psicológicos», coisa em que são exímios a fazer...

E acho que, mesmo nos fins de semana que se têm os filhos há sempre maneira de ter momentos de casal... Afinal é o que fazem os casais que são pais e continuam casados... lol

Apesar de seguir diariamente o forum, não tinha coragem de escrever, talvez para não registar um momento de raiva, um momento de insegurança... mas hoje foi a gota de água.
A minha filhota de 28 meses, desde que nasceu só está com o pai de 3 em 3 meses de 1 a 2 semanas.
Nas primeiras visitas do pai, este vinha sozinho, e apesar de dividir a estadia com a familia, nomeadamente com a sua unica filha, estava com ela. Porém, desde setembro do ano passado, das 2 vezes que veio a portugal veio acompanhado com a namorada e filha desta, uma criança de cerca de 5 anos.
Durante a sua estadia em terras lusas, ele e respectiva familia, hospedavam-se em hoteis, ao passo que a nossa filha era "entregue" na casa dos avos paternos, porque no nosso acordo parental sempre que ele está cá em Portugal de 3 em 3 meses, fica com a nossa filha aos seus cuidados.
Mas a realidade é outra, infelizmente, a menina é entregue aos cuidados dos avos paternos, enquanto ele e a sua nova familia, vão visitar a miuda.
Não dorme, nem faz as refeiçoes com a filha....
Como devem pensar, estas situações magoam, porque mesmo o pouco tempo que a menina está com o pai, este é-lhe roubado/partilhado por outra criança.
Esta semana o ex está cá, mas veio sozinho. O pai alojou-se em casa dos avós paternos juntamente com a menina. Fiquei feliz, de saber que ele está com a filha, mas....
E o mas, é que realmente está com a filha, ela ao lado dele, enquanto ele anda na net a falar com sua familia de africa, leva-a a passear até ao café da rua, onde "sossega-a" com um chupa enquanto está a ler os jornais, que realmente "dorme" na mesma casa com a filha, mas a seguir ao jantar, vai sair com os amigos....
Mas o que doeu mesmo foi, a avó paterna chorar ao dizer-me que no seu computador pessoal, a fotografia que aparece é a da enteada com ele!!! E como a avó viu a filhota de 28 meses também a viu, mas como o ex diz, ainda é um bebé e não percebe nada....

Ana, não te massacres, pensa que daqui a meia dúzia de dias tudo voltará ao normal...
Pelo menos a tua filha tem nos avós aquilo que não terá no pai...
Lembra-te quem semeia ventos, colhe tempestades...
Semeia tu o amor, a colheita será maravilhosa!

Quando ela regressar, compensa-a com aquilo que pensas que lhe faltou durante estes dias...
Depois da tempestade, vem a bonança...e o porto de abrigo, ela perceberá.

Sossega
Beijinhos e um abraço

Olá Nocas, eu não me massacro, mas doi o coração de ver a filhota a chamar pelo pai, e a alegria da garota quando está com ele. Eu sei que o tempo é sabio, e que um dia a menina aperceberá das situações, mas é isso que temo, porque ela sofrerá. claro que eu sou a mãe, e sei que transmito-lhe confiança e dou-lhe todo o amor de que precisa, mas umas uma criança precisa de um amor de pai e um amor de mãe, e por muito que me esforce, nunca substituirei o lugar do pai (também não o queria). amanhã terei a minha cria e encher-lhe-ei de mimocas!!!

anamadureira escreveu:

Olá Nocas, eu não me massacro, mas doi o coração de ver a filhota a chamar pelo pai, e a alegria da garota quando está com ele. Eu sei que o tempo é sabio, e que um dia a menina aperceberá das situações, mas é isso que temo, porque ela sofrerá. claro que eu sou a mãe, e sei que transmito-lhe confiança e dou-lhe todo o amor de que precisa, mas umas uma criança precisa de um amor de pai e um amor de mãe, e por muito que me esforce, nunca substituirei o lugar do pai (também não o queria). amanhã terei a minha cria e encher-lhe-ei de mimocas!!!

Claro que nos rói o coração! Nem ponho isso em questão, Ana!

Todos sofrerão ou sofreram com as nossas separações, mas tb isso fará parte do crescimento deles...embora seja essa a nossa vontade, infelizmente não os podemos proteger de todas as situações que sabemos que sairão magoados, as quedas, as desilusões, os desamores farão parte da vida deles e farão deles homens e mulheres melhor preparados para a vida.
É claro que os nossos filhos se vêem nestes "assados" mais cedo do que aquilo que desejaríamos, mas...só nos resta abrir os braços, recebê-los,aconchegá-los e amá-los como mais ninguém sabe fazer...

Na minha opinião, uma criança só precisa do amor dum pai quando esse amor é disponível e sincero, quando é frete, sinceramente, acho que n faz falta.
Quantos e quantas não cresceram só com a mãe/pai e tornaram-se homens e mulheres de valor ?
Desculpa, é o que penso em relação à ausência voluntária de pais demissionários.

Ainda bem que é já amanhã que tens a tua filhota
Beijinhos

Ana, compreendo a tua revolta. Cabe ao pai mostrar à filha que ela é prioridade na vida dele. Contudo, ao veres apenas os aspectos negativos passas essa sensação de frustração para a tua filha. Foca-te nos aspectos positivos. Mais tarde a tua filha saberá avaliar melhor que ninguém se o pai lhe deu a atenção suficiente.

Afinal o pai não veio... e há 3 meses que não dá apoio nenhum...
dia 27 vamos a tribunal e tenho medo que não apareça e se aparecer que pessa os direitos todos de pai... dá-me vontade de ficar viúva em vez de divorciada...

Olá! Venho aqui falar um pouco porque preciso que me ajudem a perceber algumas coisas.
Uma das bisavós paternas da minha filha faleceu e foi inevitável estarmos os 3 (eu, a minha filha e o pai dela) no mesmo espaço. Sempre pensei que ele, quando a visse, que viesse ter com ela. Na verdade não veio. Como é que um pai é capaz de estar a escassos metros da filha e... ignorar!
Para quem não conhece a minha história, sou mãe solteira, o pai da Lara terminou a relação no início da gravidez e a partir daí trocou de número de tlm e afastou-se completamente. No final da gravidez começou a mandar mensagens agressivas, chegou até a ameaçar-me que me tirava a menina, isto porque lhe disseram que eu andava a fumar grávida. Aí fui eu que troquei de número. Quando a Lara nasceu, 25 de Agosto de 2007, eu avisei-o, e desde esse dia ele fez-lhe umas 4 ou 5 visitas, nunca mais de 10 minutos cada visita. A última visita que lhe fez foi no dia 7 de Janeiro de 2008. Desde esse dia deixou de dar o sustento e de a procurar. Nunca me afastei da família dele, até porque eles adoram a minha filha a tratam-me como se fosse da família.

A minha questão é: antes do funeral, uma tia do pai dela pegou na Lara ao colo e perguntou-me se eu a deixava levar a menina até ao pai. Eu disse que não, que achava que tinha de ser uma iniciativa dele. Eu entendi que ela queria sensibilizar-lhe o coração, mas, não basta saber que se tem um filho para se sentir o coração cheio!? Naquela altura achei que era a atitude certa, e continuo a achar mas... comecei a pensar, será que tomei essa decisão baseada na minha opinião ou naquilo que é o melhor para a Lara. Fiquei confusa, sem saber distinguir uma coisa da outra. Acho que a minha filha merece que o pai venha ter com ela por iniciativa própria e não porque alguém a levou até ele, mas será que, se a Lara pudesse escolher, não teria escolhido ir ter com ele. Continuo a achar que fiz o melhor, mas será que o fiz mesmo??

P.S. A única coisa boa nisto tudo é que descobri que a minha filha tem um irmãozito de 2 meses. É bom ter irmãos.

A tua atitude é compreensivel, dadas as circunstâncias. Mas... a Lara teria gostado de ir ao pé do pai?

Postal

Imagino que tenhas ficado muito magoada com o sucedido. Ele deve ter um coração de pedra, para ser um pai, se é que assim pode ser considerado,tão ausente.

Tal como tu, sou professora de alunos do 1º ciclo( li que leccionas Inglês). Quando a tua filha crescer irá questionar-te quando, na escola, realizar a prenda do Dia do Pai e ver os colegas com os pais mas, certamente,como boa mãe que demonstras ser irás arranjar uma forma de a magoar o mínimo possível.

Beijos

Obrigada pelas respostas!

A Lara não tem recordações nenhumas do pai, nem o conhece sequer porque ele não manifesta interesse nenhum nisso. Portanto, ir ao pé do pai, seria, para ela, a mesma coisa que ir ao pé de um estranho. A minha questão prende-se com o facto de, se ela tivesse ido, será que o coração dele amoleceria e, talvez, começasse a manifestar interesse pela filha. Atenção que, se ele viesse ter connosco, eu seria a primeira pessoa a dizer-lhe que aquele era o pai dela... mas acho que tem de ser uma iniciativa dele, não o vou "obrigar" a estar com a filha. Não sei se estou certa, se estou errada, foi o que achei mais correcto fazer. Por isso vim aqui falar, para ouvir as vossas opiniões, não para me fazerem sentir melhor ou pior mas para, talvez, tentar estar mais convicta em decisões futuras, porque dessas decisões depende o futuro da minha filha e não quero falhar, no entanto também não quero quebrar os meus princípios. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Postal, se o pai não quer, nem nunca quis, saber da filha, porque impor-lha e a ela impor uma pessoa que não a quer?? isto parece muito frio ... mas é o que penso.
ela não tem nada a ver com ele, como dizes era como conhecer um estranho, não tem recordações e não sente, ainda, a falta dele, porque foi assim que sempre viveu a sua pequenina vida.
tens no entanto que estar preparada para o futuro, quando começarem as perguntas, como diz a Cristina. na minha opinião, que vale o que vale, será melhor dizeres, contar-lhes, a verdade, sempre.
será que esse 'sr' não tem coração??
beijocas para ti

Postal,

eu cresci com um pai ausente, que via cerca de meia dúzia de vezes por ano.. só que tive a melhor mãe do mundo que era mãe e pai..

nunca me lembro te ter ficado traumatizada quando era o dia do pai, para mim era natural dar a prenda à minha mãe

a minha mãe nunca me disse mal dele, muito pelo contrário. talvez por isso as coisas sempre estivessem tão arrumadas na minha cabeça

quando cresci tirei as minhas conclusões

hoje é uma pessoa que não me diz nada, mas não sinto falta nenhuma.. como é que se pode sentir falta de algo que nunca se teve??? acho que é bem mais difícil para quem tem e deixa de ter..