É possível a reaproximação?

nem um nem outro... o poema!!! lol

Olá a todos(as)!
Estou separada há 4 meses, depois de uma relação de dez anos e tenho um filho com quase dois anos.
No início as coisas correram mais ou menos, consegui lidar bem com tudo (fui eu quem decidiu terminar), mudei de casa, andava bem-disposta, embora claro, me sentisse mtas vezes sozinha e desorientada, especialmente qd não estou com o meu filho.
Nas últimas semanas, dp de mt pressão por parte do meu ex-companheiro, tivemos uma espécie de recomeço, que não resultou. Há uma tensão estranha no ar, qd estamos com o filho essa tensão abranda, mas de resto é estranho, como se fosse uma barreira. Qq coisa nele me irrita e tb sinto isso da parte dele. Resumindo, sinto q devo por um ponto final nesta relação, mas é mto complicado pq ele não quer, de maneira nenhuma e pede sempre para não desistir de nós. É mto difícil, pq pesa-se mt coisa na balança, principalmente pela ideia de família que não posso dar ao meu menino e pq há coisas nele de que gosto...
Não sei, acho que não me estou a conseguir expressar. Ando num stress louco, com mto trabalho e obrigações e este vaivém (juntos/separados) dá cabo de mim (e dele). Andamos nisto há um ano!!começa a passar todos os limites...Ando completamente desgastada e confusa.
Gostava só de saber se é normal sentir isto...Se é normal haver recaídas, sentir que há coisas que ainda se gosta na pessoa,sentir até alguns ciúmes em relação a outras mulheres que se possam aproximar dele, mas no entanto, não ter vontade nenhuma de voltar a viver com ele, de estar com ele...

mariana andrade escreveu:

Quando me separei sinceramente desejei que tudo voltasse atrás, que nos reaproximassemos outra vez. Hoje admito que após a separação e da forma como ocorreu e pelos motivos que foram ( fui traída!!) que o melhor é de facto o divórcio e cada um seguir as suas vidas!! Mas quando tudo é recente e quando continuamos a amar queremos que tudo volte atrás. Não é o melhor caminho! Tomar decisões mesmo que nos magoem na altura é o melhor para evitar novos desencontros. Arrependo-me de não ter avançado logo com o divórcio e ter levado tanto tempo a pensar e a querer estar com o meu ex. Tudo depende dos motivos da separação. Ser traída enquanto estive grávida, enganada, agredida ainda que psicologicamente, casada na altura com uma pessoa egoísta que só pensa no seu bem estar são motivos extra suficientes para nem pensar nessa pessoa quanto mais numa reaproximação. LIVRA!! Sentimos que a nossa vida se partiu ao meio, o chão a fugir, o desmoronar de muitos sonhos, o mundo a pesar-nos nas costas!! Sim é verdade mas o mundo não acaba aqui sem dúvida!! Orgulho-me de ter sido sempre correcta com quem vivi durante 11 anos e apesar das coisas não terem resultado manterei sempre a minha postura com os outros - ser correcta e verdadeira!! Quero viver a minha vida e ser feliz com as minhas filhotas e com os meus amigos!!

Tal e qual! Parece que fui eu quem escreveu isto!

Leonor, estás a expressar-te muito bem.

Durante um tempo é muito normal sentires isso, a nostalgia do corte com o passado, e o facto de encarares definitivamente a separação sem volta atrás é um passo que doi muito, dificil de reconhecer e aceitar.

Parece que te adaptaste muito bem a viver sozinha, e devido à pressao acabaste por dar uma nova oportunidade que estás sentir vai falhar novamente... isso é o que te desgasta e veio destabilizar-te...

Desculpa a franqueza, mas sem vontade nenhuma de viveres com ele, e principalmente sem vontade nenhuma de estares com ele, penso que tens aí as respostas que não queres ver, mesmo que ainda gostes de algumas coisas nele, nao sao o suficiente para continuarem juntos.

Andarem nesse impasse há um ano já é tempo de tentares definir o que queres para ti, porque o teu filho não desejaria nunca ter os pais juntos apenas por força de manter a "familia" onde não haja amor.

Só tu poderás procurar em ti o que sentes e se queres continuar na indefinição de sentimentos, e com isto não estou a querer dizer que é fácil tomar uma decisão, mas parece que estás muito "presa" à pressão dele, e qualquer pressão nunca é boa nem resulta para ninguem.

Leonor, não sei o que dizer....

Acho que se deve lutar pela felicidade e sou assumidamente uma pessoa pro-casamento.

Simplesmente porque acho que uma relação tem sempre altos e baixos, é um dos nossos maiores desafios e vai ter sempre dificuldades para ultrapassar.

Por vezes centramo-nos no que não temos, nem sabemos ao certo o que nos deixa insatisfeitos, e nesse turbilhão esquecemo-nos de avaliar o que temos, e é tão bom ter uma família unida... se correr bem e os desafios e diferentes fases boas e más forem ultrapassadas acho que é aquilo que de melhor se pode ter.

Por outro lado vocês estão num impasse há um ano... já experimentaram terapia de casal para resolver essa barreira? Acho que por vezes vale a pena tentar.

Porque farto-me de ver pessoas divorciadas e muitas delas também não são felizes, há dificuldades em ambas as alternativas.

Cabe a ti decidir. Se não conseguirem ultrapassar esse impasse não haverá alternativa, mas se existir amor, penso que tudo se consegue e pode ser apenas uma fase, que não se deve prolongar.

Eu não sou a melhor pessoa para aconselhar, mas mesmo tendo uma má relação e todos os motivos para me separar, vivi alguns bons momentos e tenho alguma capacidade de superar más fases dentro da relação (possivelmente até demais), mas esses momentos que vivi deixam-me a imaginar que para mim a vida em família correndo bem, e mesmo com algumas más fases, é melhor que andar sozinho por aí.

Que tomes a decisão que mais felicidade te traga, seja ela qual for, e boa sorte!

Olá...
Obrigada pelas vossas respostas. Tb já pensei na terapia de casal, o problema é que é absurdamente cara (além de que ele tb não tem grande vontade).
Acho que um dos maiores problemas é que mta coisa má foi dita e feita um ao outro e, por mais que nos esforcemos para esquecer não dá. Eu sinto-me mto mal, pq ele tem mtos defeitos e magoou-me mto, mas eu tb lhe fiz cenas que ele nem imagina. Sinto-me culpada e mais culpada ainda por ver que ele se sente culpado pelas coisas que me fez...Grr, complicado. E o pior é que não lhe posso contar, caso contrário ele passava-se.
E estou neste impasse. Por um lado sei que ele me ama imenso (embora tenha dificuldade em mudar os aspectos que prejudicaram a nossa relação), sei que temos um filho juntos, gosto imenso de nos ver aos três, gosto mto da família dele, etc. Por outro, ele não muda realmente aquilo que sempre nos prejudicou e há uma grande barreira entre nós (principalmente da minha parte). Só que para ele, mesmo mal prefere que estejamos juntos, do que estar sozinho. Eu não penso assim. Embora tenha medo de me arrepender...
Salsada, não é? Há um ano que tenho a cabeça num caos, sem saber o que decidir.

Leonor, a susy ponto ja disse quase tudo. Acho que deves apenas reflectir. Se gostas dele investe. Mas esse investir parte sempre de um zero. Cortar com o passado. No hard feelings. Se o que tens é apenas nostalgia e medo, nao tenhas medo da mudança. Acredita em ti, e luta por ti. Porque todos devemos ser felizes e todos devemos acreditar que o podemos ser.

FA escreveu:

mariana andrade escreveu:

Quando me separei sinceramente desejei que tudo voltasse atrás, que nos reaproximassemos outra vez. Hoje admito que após a separação e da forma como ocorreu e pelos motivos que foram ( fui traída!!) que o melhor é de facto o divórcio e cada um seguir as suas vidas!! Mas quando tudo é recente e quando continuamos a amar queremos que tudo volte atrás. Não é o melhor caminho! Tomar decisões mesmo que nos magoem na altura é o melhor para evitar novos desencontros. Arrependo-me de não ter avançado logo com o divórcio e ter levado tanto tempo a pensar e a querer estar com o meu ex. Tudo depende dos motivos da separação. Ser traída enquanto estive grávida, enganada, agredida ainda que psicologicamente, casada na altura com uma pessoa egoísta que só pensa no seu bem estar são motivos extra suficientes para nem pensar nessa pessoa quanto mais numa reaproximação. LIVRA!! Sentimos que a nossa vida se partiu ao meio, o chão a fugir, o desmoronar de muitos sonhos, o mundo a pesar-nos nas costas!! Sim é verdade mas o mundo não acaba aqui sem dúvida!! Orgulho-me de ter sido sempre correcta com quem vivi durante 11 anos e apesar das coisas não terem resultado manterei sempre a minha postura com os outros - ser correcta e verdadeira!! Quero viver a minha vida e ser feliz com as minhas filhotas e com os meus amigos!!

Tal e qual! Parece que fui eu quem escreveu isto!

Infelizmente somos muitas, eu assim q li isto até pensei q tinha sido mesmo eu a escrever e nao me lembrava, tal e qual...
Minhas queridas nós temos os melhor...os nossos filhotes...e um dia ainda vamos ter o q mereçemos
Beijokas a todas e força

A reaproximação é impossível se não formos pro-activos.
E quando há "pormenores" intransponíveis, a resistência que criamos impossibilita qualquer tipo de sucesso.

Se alguem pensar em reaproximar-se do/a parceiro/a, tenha a presença de espirito suficiente para avaliar se tem t*mates para engolir sapos de dimensão superior à garganta com que foi dotada/o.

Caso contrário, esqueçam.
É tempo perdido.

E a certa altura da vida, tempo é coisa que não devemos desperdiçar.

(façam como eu digo... não como eu faço)

Concordo inteiramente contigo.

Marisemsaida


Cya
JC

Sem duvida, concordo a 100%, até pk em certos casos...como o meu (fui traída e descobri gravida de 7 meses) a reaproximação significa infelicidade, os fantasmas vão pairar sempre no ar e nunca vamos conseguir ser realmente felizes...o amor por aquela pessoa um dia vai passar, o tempo é o melhor amigo e ajuda muito...
No meu caso existe uma filha com 8 meses q faz com q tenhamos q nos ver todas as semanas, o q complica a intenção de querer esqueçer o q aconteçeu e seguir a vida, os sentimentos esses são muito contorversos...umas vezes odio, raiva, nojo, outras vezes, saudade, amor, enfim...ainda só passaram 10 meses desde q nos divorciamos, talvez ainda seja cedo...
Deixo-vos um abraço de força e coragem para seguir em frente pk como já foi dito aqui "quem não nos ama, não nos mereçe".
AC

Pitokas,

Citação :

q faz com q tenhamos q nos ver todas as semanas, o q complica a intenção de querer esqueçer o q aconteçeu e seguir a vida,

no início, isto também me atrapalhava muito... hoje já começo a encarar este facto como um treino, é uma questão de pratica. faz de mim mais forte e focada no que realmente interessa (o meu filho).

Ora não dando continuidade à conversa, e até porque a mesma já nada tem a ver com o tema inicial, queria apenas acrescentar 2 ou 3 pontos que me parecem obvios, mas que, com a dor, algumas pessoas nao conseguem ver:

- Um filho não é uma propriedade. Não é da mãe e não é do pai. Consoante cada caso, poderá estar melhor com a mãe, melhor com o pai ou melhor com os dois. Infelizmente é raro os casos em que é pacifica esta divisão de tempo. Ainda assim, as pessoas julgam com ideias pré-concebidas, preconceituosas e não conseguem analisar o melhor caso para o seu caso....

- O Homem e a Mulher nao são bichos papões. Os dois traiem, os dois batem, os dois gritam mas tambem os dois conseguem o oposto. Eu, que sou homem, fui traido. Ok. É passado. Que importa mais? E que ganho eu em crucificar todas as mulheres? E que tal usar esta energia para pensar que tenho tanto de bom na minha vida?
Não julguem todos por iguais. Ou melhor ainda, nao julguem. Analisem-se a voces proprios e progridam emocionalmente.

- Não alimentem raivas. Estão magoados(as) e isso é normal. Agora daí deixar que isso tolde todo o raciocinio vai um passo. E esse passo é a vossa mente. Alimentem-na com coisas saudaveis. Divirtam-se, sorriem, deem uma gargalhada na rua se essa for a vossa vontade. Mas vivam. E bem.

Sonecas,

é muitas vezes pelas crianças que começamos a repensar tudo e a querer voltar atrás... (acho q tem tudo a ver com o tópico). Não é o meu caso. Já foi, no início, mas já não é, felizmente.

Quanto ao resto... é este o caminho, disseste bem:

Citação :

Não alimentem raivas. Estão magoados(as) e isso é normal. Agora daí deixar que isso tolde todo o raciocinio vai um passo. E esse passo é a vossa mente. Alimentem-na com coisas saudaveis

Muito bem.

Reaproximação sim, se for na altura certa. Pode ser consertado.
Mas se já quebrou há que ter coragem e entender que juntos, seria viver uma ilusão e essa hipocrisia, no meu caso pessoal, eu não aceitei.
Pensei na criança, sim pensei e exactamente por ela pedi o divórcio. Só o fiz quando lhe pedi para ele voltar para casa e não aceitou (ai ainda teriamos uma chance) pedi, porque convivi com ele, jantei, sai, dormi, fiz amor, e percebi que era um estranho, que não me sentia à vontade com o meu próprio marido, que o toque não era o mesmo, que na cama era horrivel porque a entrega não era verdadeira e inteira.
Pedi porque refleti com frieza e vi que, apesar de gostar dele, não gostava no que ele se transformou, da forma como me tratou. Reaproximação sim, se estivermos dispostos a passar uma borracha e viver uma nova fase, ainda melhor, mais crescida. Eu estava disposta a isso. Ele não. E, mais essa pendeu para a minha decisão.Eu só tive coragem de o fazer. Ele não.
Se ainda há amor, se ambos estiverem dispostos a dar 100% sim, vale a pena. Se resta ainda alguma duvida não. Porque na primeira discussão vão sair frases tipo "não mudaste nada" "és sempre o mesmo (a)", etc. Tapar o sol com a peneira naõ resulta, porque o sol passará sempre. Eu sabia, e sei, que apesar de me sentir triste pela perda, pela luta, pelo término, não estaria feliz com ele. Porque iria viver sempre em alerta, com medo de dizer, fazer, ser. Com medo de há primeira contrarieade V.Excia saisse de casa novamente por não aguentar a pressão. E isso, esse segundo abandono seria bem pior para mim e para o pequeno. Criar expectativas? Não obrigada.

Fsonecas, vais me desculpar mas aqui ninguem está a fugir ao tema do topico, estou sim a querer dizer que pelo menos em relação a mim , à mariana andrade e à FA que pelos vistos passámos pelo mesmo assim como muitas outras pessoas aqui do forum, não é possivel reaproximação, e que as pessoas que pensam que é possivel só estão a enganar-se a si mesmas.
A ideia é pensar, se voltarmos será que vamos ser felizes, vamos conseguir enterrar o passado?
Eu como ainda não aceitei bem o que me aconteçeu, ás vezes desejo que isto seja um pesadelo e que acorde rapidamente e siga a minha vida com o meu marido e a filha que juntos planeamos... mas estou a enganar-me e tenho perfeita consciencia disso...não posso ser feliz com um homem que me traíu, q não teve coragem de confessar e q o fez mesmo na altura q estavamos a tentar ter um filho, o q acabou por aconteçer...

Pitokas...

Não disse que uma ou outra pessoa estava a fugir ao tema. Estava a dizer que ja nos afastavamos, e eu ainda iria pior. Apenas isso. O que é normal nos topicos.

Quanto ao que dizes... Le os meus pontos e pensa neles. Não és obrigada a concordar. Mas é a minha visão.

Quanto ao conteudo... E quem nao sonhou acordar e tudo nao passar de um pesadelo? Mas aqui a questão nem é essa. É passado. E temos que saber deixar o passado no sitio certo.
Sabes o que passei a acreditar? Estou destinado a grandes coisas. Porque eu decido o meu presente. E sei que nada acontece por acaso.
E sim, estás muito magoada, como eu tambem tive. Nao te vou dizer que o tempo faz passar isso. Nao faz. És tu que fazes passar isso. E estarás certamente muito acima disso.

mariana andrade escreveu:

Quando me separei sinceramente desejei que tudo voltasse atrás, que nos reaproximassemos outra vez. Hoje admito que após a separação e da forma como ocorreu e pelos motivos que foram ( fui traída!!) que o melhor é de facto o divórcio e cada um seguir as suas vidas!! Mas quando tudo é recente e quando continuamos a amar queremos que tudo volte atrás. Não é o melhor caminho! Tomar decisões mesmo que nos magoem na altura é o melhor para evitar novos desencontros. Arrependo-me de não ter avançado logo com o divórcio e ter levado tanto tempo a pensar e a querer estar com o meu ex. Tudo depende dos motivos da separação. Ser traída enquanto estive grávida, enganada, agredida ainda que psicologicamente, casada na altura com uma pessoa egoísta que só pensa no seu bem estar são motivos extra suficientes para nem pensar nessa pessoa quanto mais numa reaproximação. LIVRA!! Sentimos que a nossa vida se partiu ao meio, o chão a fugir, o desmoronar de muitos sonhos, o mundo a pesar-nos nas costas!! Sim é verdade mas o mundo não acaba aqui sem dúvida!! Orgulho-me de ter sido sempre correcta com quem vivi durante 11 anos e apesar das coisas não terem resultado manterei sempre a minha postura com os outros - ser correcta e verdadeira!! Quero viver a minha vida e ser feliz com as minhas filhotas e com os meus amigos!!

Ah grande mulher!!!! Descabelarmo-nos, perder a nossa paz de espirito por quem nos pisou tanto NAO VALE MESMO A PENA!!! O que vale é o que nao nos mata faz-nos crescer!!!

Se nao dá... termina-se!

pois viver com esse clima... nada saudavel... para mim insuportavel... mas cada pessoa tem o seu saco...

Hello...

A Dúlia acabou por dizer tudo, concordo plenamente

É, é uma grande salsada... Estas "doenças cardíacas" não se curam com muita facilidade...

Olha a quantidade de gente "doente" que anda por aqui!

Para estarmos/sermos felizes não basta um casamento ou um grande amor - também é preciso paz de espírito e isso realmente tu não tens...

Fala-te agora alguém que cresceu com os pais separados: um filho está bem quando os pais estão bem. Mesmo que não estejam juntos. (No meu caso, até fiquei mais feliz quando os meus pais deixaram de estar juntos... ufa...)

Vá, trata lá de arrumar as ideias nas gavetinhas, para que fiques amiga do teu marido e ambos possam educar o vosso filho com companheirismo e sem ressentimentos.

Nem sabes os sapos vivos (e gordos) que tenho engolido para que isso se torne realidade no meu caso...

Isabel GM

Tenho lido as suas mensagens e realmente gostava depois de me ter separado há já alguns meses de ter a destreza que pelo menos aparenta. Tem as suas ideias muito bem arrumadas e sabe aquilo que quer apesar dos acontecimentos recentes . Muito bem!! Eu não falo com o meu ex ou antes ele deixou de me falar e em tribunal disse coisas horriveis que nunca pensei que ele sentisse! está revoltado não sei com o quê, critica tudo o que faço e também não sei a razão!! Embora fosse ele a decidir a separação ao optar por outra relação continua revoltado!!
Espero que talvez um dia me diga boa tarde para variar!! A ideia de ficarmos amigos depois da separação parece-me que depende das circunstâncias da separação e do que foi dito quando aconteceu!! Agressões ainda que verbais são muito graves e não se esquecem. Quem sabe um dia ...

Mariana, pois eu própria fico parva por estar a reagir assim... Ainda há 2 ou 3 dias me sentia de rastos... Acho que foi o choque de algo que prenunciava há muito, mas que achava que não iria acontecer, pelo menos, tão cedo).

A verdade, por mais dura que seja (tenho de assumi-la neste preciso momento), é que eu e o meu marido já estamos separados há muito tempo. Aos poucos, vou juntando as peças do puzzle e verificando que há muito que estou sozinha. Viúva de marido vivo...

Durante a semana, quase que só o via à noite, já as crianças dormiam muitas vezes... e isto quando não tinha reuniões da comissão política após o jantar e chegava tarde. A vida profissional e social sempre esteve à frente, certo?

Ao fim-de-semana, tinha sempre muito que fazer - nem que fosse jogar playstation ou ver tv. Brincar com as filhas? Dar-lhes banho?... Pendurar um quadro? Fazer umas compras? Só se eu pedisse muito, muito, muito... Para mim, já quase não pedia nada...

Atitudes de gentileza, carinho, preocupação comigo... zerinho...

Agora estou para aqui a pensar como é que aguentei tanto!? Sim, como é que aguentei tanto?!

É... este dia está a ser interessante... o que dantes estava escuro e confuso começa a ficar claro...

Por outro lado, também ainda estou no início do processo e, às vezes, o maior sofrimento não é o do choque inicial. Ainda aguardo a reacção das minhas filhas à notícia. Ando muito preocupada com a mais velha, francamente...

Isabel:
Reconheceres tudo isso já é um sinal positivo...estás a começar a fazer um luto que é necessário....
A questão do: como aguentei tanto faz parte e todos nós a fazemos de certa forma....
Temos resistencia de pilhas duracel!!!
A tua filha vai entender que é o melhor para todos e vai te dar força,só tens que explicar com carinho e não deixar nenhuma dúvida na cabeça dela...hoje em dia os miudos surpreendem-nos com a sua capacidade de entender as coisas e de dar a volta por cima....
Força e que seja o 1º dia do resto de uma vida feliz com tudo o que mereces!

Isabel GM,

Estes momentos servem tambem, para que facamos balanços de vida.

Por vezes concluimos q nao sabemos bem do que gostavamos e percebemos q nao perdemos tanto quanto consideramos numa primeira analise.

Ha que relativizar as coisas...

Mas nao te iludas.. terás com certeza dos outros momentos tambem. Daqueles em que verás as coisas um bocadinho menos simpaticas... terás q aprender a lidar com os dois estados de espirito ate que passes a estar efectivamente bem.

Abraço