divórcio, separação, filhos, apoio emocional |
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Autor | Mensagem |
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LECUNGA .
Número de Mensagens : 641 Data de inscrição : 10/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qua Ago 27, 2008 2:31 am | |
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| | | luciana .
Número de Mensagens : 34 Data de inscrição : 13/08/2008
| Assunto: Vou permitir-me ser feliz Seg Set 22, 2008 4:03 am | |
| Para todos os homens e mulheres, amigas e amigos que andam por aqui a surfar, porventura alguns à procura de carinho, amizade, compreensão e até cura para a dor do fim de um relacionamento amoroso...não posso deixar de recomendar, sem fins publicitários, mas antes como envio de uma bóia de salvação aos náufragos do amor perdido: Mulheres que amam demais, de Robin Norwood. Pode ser o recomeço de uma vida plena e de amores mais sólidos. Um abraço caloroso a todos/as. |
| | | Lolablue .
Número de Mensagens : 1136 Data de inscrição : 22/08/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Seg Set 22, 2008 4:10 am | |
| Luciana: Eu sugiro "Não vou sofrer por amor" Podes consultar a nossa lista nos post das leituras. Bjs |
| | | Lolablue .
Número de Mensagens : 1136 Data de inscrição : 22/08/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Seg Set 22, 2008 4:11 am | |
| Correcção ao titulo: "Já não sofro por amor" |
| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Atitudes para renascer Qui Set 25, 2008 9:35 pm | |
| Transforme a dor da saudade em sentimento de bem-estar | | Saudade, uma das mais belas palavras da língua portuguesa e um dos mais intensos sentimentos que podemos experimentar na existência. A saudade está diretamente ligada ao amor e à paixão, independente de pelo que ou por quem nos apaixonamos, o que, ou quem amamos: um ser, uma situação, uma fase de nossas vidas... A saudade, quando associada a uma pessoa é um tipo de dor, um tipo de ausência, um vazio imenso. Chega a ser tão intensa que pode ser sentida fisicamente como uma dor diferente de todas as outras, uma dor que ironicamente nos faz bem, porque de alguma maneira nos faz sentir conectados a quem amamos. É como se a pessoa estivesse muito próxima, mas não pudéssemos tocá-la...
<table width="80%" align=center border=0><tr><td>Por isso, costumo definir a saudade como a presença intensa e constante de alguém ausente!</TD></TR></TABLE> Saudade é um profundo sentimento de conexão, um elo invisível de ligação que nos mantêm, onde quer que estejamos, sempre “próximos” de quem lhe deu origem. Quando observarmos a saudade no âmbito das pessoas, somos convidados a perceber que a unicidade de cada ser humano, sua energia, seu carisma, suas particularidades, expostos na sua maneira de pensar e agir, impregnam o ambiente e as nossas percepções. A saudade é uma espécie de fome e sede do magnetismo dessa personalidade que nos faz tanta falta. Sentimos falta do tom de voz, da maneira de falar, de suas atitudes mais simples e, no caso do amor, de tudo, absolutamente tudo que atinge os nossos cinco sentidos. Sentimos falta do cheiro da pele da pessoa amada, da sua respiração, da expressão dos seus olhos, de seu sorriso, do seu toque... Sentimos falta até do que ultrapassa os cinco sentidos: da presença espiritual dessa pessoa, do contato com sua alma. Preferimos ter a pessoa perto de nós, mesmo na ausência de contato direto com ela. O simples fato dessa pessoa existir e estar a nosso lado nos basta.
<table width="80%" align=center border=0><tr><td>A saudade é a maior expressão do amor verdadeiro no âmbito das relações afetivas.</TD></TR></TABLE> Parafraseando o poeta Coelho Rangel, podemos dizer que saudade é o anseio do rio que chega ao mar; e sem saber de onde veio, tem vontade de voltar. Esse pensamento de Coelho Rangel deixa claro que saudade é o desejo intenso de reunir o que já esteve unido e, mesmo tendo se separado não perdeu a unidade. É o desejo de unir fisicamente o que nunca esteve separado em espírito. A saudade, sem dúvida é a memória do coração. A saudade amorosa é bem definida nestes versos de Vinícius de Moraes:
“Como dizia o poeta Quem já passou por essa vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos do que eu Porque a vida só se dá pra quem se deu Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não Não há mal pior do que a descrença Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair Pra que somar se a gente pode dividir Eu francamente já não quero nem saber De quem não vai porque tem medo de sofrer Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não” Mas a saudade não está presente apenas no amor e na paixão dos amantes, ela é também uma ponte entre o presente e o passado. Saudade de nós Não sentimos saudade apenas das outras pessoas, muitas vezes sentimos saudades de nós mesmos, da pessoa que fomos antes que algum acontecimento, decepção ou frustração nos transformasse em alguém diferente, às vezes irreconhecível. A saudade é um caminho onde as lembranças buscam encontrar as marcas do que fomos. Quando sofremos uma dor intensa, seja de que origem for, na tentativa de fugir da dor, usamos nossa criatividade para elaborar um outro “eu”, um “eu” que teoricamente, por ser diferente, por ser outro, não precise carregar aquela dor. Passamos a agir como se fossemos uma outra pessoa, mas na verdade, na intimidade do ser, sabemos que não somos e, passamos a sentir saudades de quem verdadeiramente somos. Mas voltar a ser quem fomos implica enfrentar nossas dores deixadas para trás na velocidade de nossas fugas. Esta saudade dói e dói muito, corresponde à vontade de fazer um caminho de volta para um lugar (nós mesmos) especial e desejado, mas o caminho não é prazeroso, a estrada não é plana e a viagem não é confortável.
<table width="80%" align=center border=0><tr><td>A saudade de si mesmo é talvez a mais dolorosa de todas, porque estar na praia sem poder entrar no mar é sem dúvida o lugar mais distante que podemos estar do próprio mar. </TD></TR></TABLE> Acontecimentos marcantes, alegrias intensas, fases e idades anteriores, tudo isso possui magia e poesia observadas da ponte da saudade. O tempo e a distância evidenciam e valorizam as coisas mais simples. Assim como a fome é um excelente tempero, a saudade tempera nossas vidas. Do presente, olhamos o passado com saudade, saudade que não sentíamos àquela época, ou porque não percebíamos o seu valor, ou porque agora estamos superestimando este valor comparado a um momento atual de menor significado. A saudade é a ponte entre o presente e o passado. Ela nos permite visitar o passado, reviver cenas e emoções, mas não nos permite permanecer no passado. Sempre que cruzarmos a ponte teremos que voltar. Tentar permanecer vivendo no passado causa uma ruptura grave e de sérias conseqüências no presente. No futuro teremos muitas saudades do presente, então, é melhor vivê-lo plena e intensamente, porque pior do que a saudade do que vivemos é o arrependimento do que poderíamos ter vivido e não vivemos.
<table width="80%" align=center border=0><tr><td>Podemos medir nossa vida pela natureza e intensidade das nossas saudades. E para estarmos seguros de que a vida está valendo a pena, devemos observar se o momento presente será digno de saudades no próximo segundo.</TD></TR></TABLE> Lembrando os versos clássicos e maduros de Francisco Octaviano em “Ilusões da Vida”: “Quem passou pela vida em brancas nuvens E em plácido repouso adormeceu [...] Quem passou pela vida e não sofreu Foi espectro do homem, não foi homem. Só passou pela vida, não viveu.” Recordar é viver, mas viver é melhor! Viva intensamente o momento presente e deixe que a saudade seja “apenas uma foto” de um filme onde você é o protagonista. Um filme que ainda lhe reserva as melhores cenas da história, esta mesma história cuja saudade conta os capítulos anteriores! Que o making of de sua vida seja tão interessante quanto o filme pronto e que as lágrimas da saudade não borrem porque você escolheu viver sem maquiagem. A personagem é você, o resto são detalhes, detalhes difíceis de esquecer porque pertencem a você! A saudade não deve ser uma algema a te aprisionar ao que já passou, mas uma janela de onde você pode observar que, da mesma forma em que as dificuldades passaram e a beleza de cada momento permaneceu, a vida continuará valendo a pena de agora em diante e oferecendo oportunidades de sentir novas e melhores saudades a cada instante. |
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| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qui Set 25, 2008 9:36 pm | |
| Após a separação... o difícil encontro consigo mesmo Quando passamos por um momento de perda, pelo fato de ter havido uma separação, o mais indicado para uma recuperação é a consciência do que ocorreu e do que está sentindo. É um momento marcado por muita confusão, dúvidas, com a única certeza do desejo de querer paz e ser valorizado por tudo aquilo que se tem de melhor. Durante o período da saudade, vive-se uma alternância de raiva e tristeza. Raiva pelo que aconteceu e da forma que aconteceu e tristeza por tudo de bom que se viveu e não vive mais. A saudade é pelos momentos bons vividos, esquecendo-se muitas vezes do real motivo que motivou a separação. Conseguir examinar a relação passada com objetividade e serenidade não é uma tarefa simples, principalmente para quem não está acostumado a refletir e analisar suas próprias emoções e sentimentos. Mas é o caminho que poderá aumentar a consciência de si, dos próprios limites, e evitar buscar culpados, como algumas pessoas tendem no final de um relacionamento, sem jamais chegar de fato às causas dos problemas que aos poucos foram se instalando. É preciso analisar com o maior distanciamento possível a relação passada e avaliar os fatores que influenciaram essa decisão, compreendendo o passado, tudo que ocorreu, lembrar de fatos e o que levou cada um a tomar as atitudes que foram tomadas e analisar principalmente, em que ponto seu próprio crescimento foi interrompido. Algumas pessoas se separam com muita certeza do que querem; mas outras, no entanto, fazem por pura impulsividade, num momento de nervoso, e muitas vezes apenas com o intuito de fazer o outro levar um susto, e sem pensar muito em como irão se sentir com essa decisão e quando percebem já estão separadas e sentindo muita dor. Umas das características da separação é deparar-se com a solidão, como também muitas pessoas evitam a separação por medo de sentirem-se sós. Ainda que existam filhos, há a solidão de estar sozinho com os próprios sentimentos, medos e tudo mais que a separação provoca. Esse é um dos motivos que podem fazer uma pessoa envolver-se com outra logo após uma separação: o medo de ficar só. O mais aconselhável é dar um tempo para si mesmo, pois só estará efetivamente aberto para uma nova relação a dois quando for capaz de enfrentar a vida sozinho, a menos que já tenha a certeza de que a relação passada não deixou nenhum vestígio, o que raramente acontece. Envolvendo-se muito rápido num novo relacionamento, corre-se o risco de levar consigo todos os comportamentos negativos da relação passada. É como se a falta de vínculo criasse um vazio enorme, onde a vida parece sem sentido e nada vale a pena, sentindo que só voltará a viver se tiver outro relacionamento. Enquanto estão sozinhas, muitas pessoas recorrem ao uso de álcool, drogas, comida em excesso ou deixando de alimentar-se como uma fuga, ainda que muitas vezes inconsciente, de uma realidade dolorosa. Mas com certeza, não é negando e nem fugindo do que se sente, é que será o melhor caminho para se livrar de toda a dor. Pois nessa fuga incessante de si mesmo, não se permitindo refletir sobre seus sentimentos e sua realidade, irá manter cada vez mais seu sofrimento e adiar a tão sonhada paz.
O sentimento de solidão na maioria das vezes provoca muita angústia e traz um forte sentimento de autodepreciação e insegurança, com pensamentos freqüentes de que nada vale, e que ninguém o ama. O que não é verdade. É preciso se lembrar de quando a relação começou. Havia sonhos, desejos, ilusões, e que por alguns motivos, deixaram de existir. Solidão
A característica da solidão ainda consiste em nunca ter prazer em ficar só consigo mesmo. Como ficar com alguém que é tão mau, constantemente abandonado, rejeitado, desprezado? Por isso tende a fugir desses sentimentos tão devastadores, e ao invés de eliminar a angústia, alimenta-a ainda mais. É preciso ter consciência que nada adianta manter esses pensamentos de si mesmo, pois com certeza eles não refletem a realidade. Nem se trancar em casa e fechando-se, deixando que o desespero e as lágrimas tomem conta. Como também não irá melhorar ficar sem comer, ou comer em excesso, ou ocupar-se com a vida de outras pessoas, tudo isso só irá agravar esse momento tão delicado. Essa fuga de nada adianta pelo simples fato de que se pode fugir de tudo, menos de si mesmo e do que está sentindo. É claro que nem todas as pessoas se dão conta de que estão fugindo, pois justificam para si próprias a necessidade de agirem de tal forma.
É essencial se convencer de que ficar sozinho pode ter muitas conquistas importantes, como permitir a introspecção, a reflexão dos fatos, e principalmente, um maior encontro com seu verdadeiro eu. Viver sozinho não significa necessariamente sentir-se só. Afinal, quantas vezes não se sentiu sozinho, mesmo quando estava com a ex-companheira? Ou com amigos e familiares? Não confunda a solidão física com a emocional, pois só se sente só quem abandona a si mesmo. A solidão nasce dentro da própria pessoa, quando ela perde o contato com seu eu interior ou quando procura fugir de um problema, sentimento ou pensamento que a incomoda.
Pense em quantas coisas você deixou de fazer porque o ex não gostava ou por falta de tempo? Quando há uma separação é comum no começo a disponibilidade de tempo assustar e fazer com que se sinta imobilizado, mas passado o período de adaptação, poderá descobrir as inúmeras coisas que poderá fazer por si mesmo. Ao se separar, irá ter muito mais tempo para fazer coisas que gosta e que nem se lembra mais. Por que não visitar uns amigos, ler aqueles livros que comprou e sequer os abriu, dedicar-se a um hobby, fazer um trabalho voluntário? São pequenas coisas que poderão aos poucos lhe trazer de novo o prazer de viver.
De fato, os momentos de saudade e tristeza pelas lembranças do passado são inevitáveis, mas é importante vivê-los consciente de todo o aprendizado, e dar ao passado o direito de existir sem que para isso precise se destruir. Ninguém pode evitar a sensação de abandono e a falta de quem se foi faz em sua vida, mas também ninguém pode te privar de que sinta uma força interior que aos poucos irá adquirir ao se permitir estar em paz consigo mesmo. E isso não tem preço!
Última edição por Postal em Qui Set 25, 2008 9:41 pm, editado 1 vez(es) |
| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qui Set 25, 2008 9:40 pm | |
| Como lembramos o que já esquecemos? \"Tudo que vivenciamos em qualquer momento de nossa vida pode ser ativado por um cheiro, uma palavra, música, estação do ano, e trazer a lembrança no momento presente\" | Você já deve ter vivenciado diversas situações no passado e por algum motivo, que geralmente sequer sabe, algo o fez lembrar no momento presente. Isso é muito comum de acontecer através de nossos sonhos, os quais podem nos trazer à lembrança pessoas, situações e fatos há muito esquecidos. |
Por mais difícil que seja interpretar um sonho e muitas pessoas ignorarem seu conteúdo, e afirmarem que não sonham, na verdade não se lembram de seus sonhos, pois está provado cientificamente que sonhamos todas as noites. A dificuldade em lembrar pode acontecer por diversas razões: uso de medicações, álcool, drogas, cansaço, sono superficial, distúrbios do sono, falta de interesse ou resistência ao conteúdo, despertar de maneira abrupta, são os motivos mais comuns que interferem na recordação do sonho. Tendemos também a esquecer porque as imagens que vivemos no sonho são imagens de memória de curto prazo e, apagam muito facilmente. Experiências mostram que as pessoas lembram do sonho quando são acordadas logo depois que sonharam. Cinco minutos depois do fim de um sonho, esquecemos 50% do seu conteúdo, dez minutos mais tarde, esquecemos 90% de seu conteúdo. Podemos também esquecer sonhos que não queremos lembrar, como se houvesse uma resistência para perceber situações ou sentimentos que foram bloqueados e/ou reprimidos, geralmente por causarem dor, mas ainda assim, insistem em se fazer presentes. Recentemente sonhei com uma pessoa que não vejo há mais de vinte anos. Ao acordar me lembrei do sonho, mas não consegui entender o motivo pelo qual havia sonhado com essa pessoa. Logo em seguida, olhei o celular e vi a data, e como num flash, me veio que era o dia do aniversário dela. Como não conseguia recordar se essa informação era correta, busquei na internet e fiquei pasma ao localizar um site que confirmou o nome e sua data de aniversário. Meu inconsciente tinha essa informação registrada e que por anos ficou esquecida, mas ao chegar o dia do aniversário dela fez com que essa lembrança fosse ativada. Sim, nem sempre sonhamos apenas o que foi esquecido, também podemos sonhar com fatos que ainda não vivemos. Mas afinal, como lembramos o que já foi esquecido há tantos anos? Vemos, ouvimos, cheiramos e provamos muitas coisas sem notá-las na ocasião, ou porque nossa atenção se desviou, ou porque o estímulo foi fraco demais para deixar uma impressão consciente. O inconsciente, no entanto, tomou nota de tudo, e essas percepções subliminares influenciam o modo como reagimos a pessoas e fatos, sem percebermos. Mas o que é subliminar? Esse é um dos motivos pelo qual lembramos aquilo que já foi esquecido. Subliminar é tudo aquilo que está abaixo do limiar da memória. É a capacidade do ser humano de captar de forma inconsciente mensagens ou estímulos fracos demais para provocar uma resposta consciente. Ou seja, dados que passariam despercebidos pela mente consciente são interpretados e guardados no inconsciente. |
| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qui Set 25, 2008 9:44 pm | |
| O que é saúde mental? Tive uma empregada - chamemo-la aqui de Regina - que, embora de todo iletrada, tinha lá suas vocações filosóficas. Uma vez, entrei na cozinha e ela, com uma batata semidescascada na mão, estava estática, olhar perdido no infinito. Ao perceber que eu havia entrado, iniciou o seguinte diálogo. REGINA (recuperada do transe): - Doutor, todas as pessoas tem sistema nervoso?
EU: - Sim, Regina, todas as pessoas.
REGINA: - E por que ninguém tem sistema CALMO?
EU (tentando recuperar-me do impacto da pergunta): - Não sei, minha filha. Mas você tem razão. Seria bem melhor que as pessoas tivessem sistema CALMO! A que vem aqui esse diálogo? Vem a propósito do fato de que freqüentemente me perguntam o que é saúde mental. Essa pergunta pode ser respondida em vários níveis, uns mais sofisticados do que outro. Comecemos por um nível relativamente sofisticado e, em seguida, voltamos à Regina. Nesse nível relativamente sofisticado, eu falaria assim: SAÚDE MENTAL (HUMANA) = capacidade de, mediante a interação harmônica de intenções passíveis de serem verbalmente representadas, orientar o próprio comportamento de forma a, dentro das limitações impostas pelo meio ambiente, obter o máximo possível de prazer e de funcionalidade. Mas façamos a coisa mais accessível: SAÚDE MENTAL = ter suficiente jogo de cintura para unir o útil ao agradável. Mas ainda não chegamos à Regina. Tentemos fazê-lo. Comecemos assim: temperatura é uma coisa, termômetro - ou seja, medidor de temperatura - é outra. Saúde mental é uma coisa, indicadores de saúde mental são outras. Há QUATRO grandes indicadores de saúde mental, sobre os quais ainda falaremos, mas um deles, certamente, é a SERENIDADE. Mas existe um grande engano quando se coloca a FELICIDADE como indicador de saúde mental. Querem ver? Recentemente, no *Pinel, dialoguei com uma paciente que me disse como estava feliz com o fato de a filha que tinha nos braços - na realidade, uma boneca - estar tão saudável. Sua filha real tinha morrido, ainda pequena, de leucemia. Alguém é capaz de achar saudável a felicidade dessa moça?
Há pessoas que ficam estressadas e ansiosas com uma promoção profissional e outras que são capazes de sofrer intensamente, mas com serenidade, a morte de uma filha. E um dos principais fatores que determina que o processamento - do prazer ou da dor - seja sereno (no léxico da Regina, sistema CALMO) ou ansioso (no idêntico léxico, sistema NERVOSO) é a capacidade de expressarmos verbalmente de forma adequada o prazer e a dor. Esta coluna se propõe a relatar experiências sobre o poder da palavra em nossas vidas. Aqui serão relatados dezenas de fragmentos de diálogo - reais ou fictícios - segundo os pontos de vista da Loganálise, mostrando onde e como esses diálogos apresentam elementos favoráveis ou desfavoráveis ao estabelecimento de uma comunicação sadia. *A Loganálise é um filhote da Psicanálise: pretende mostrar como o cidadão comum, em seu dia-a-dia, pode tirar proveito de conceitos como repressão, fixação, trauma e outros para promover sua própria saúde psicológica e a daqueles com quem se relaciona. |
| | | Lolablue .
Número de Mensagens : 1136 Data de inscrição : 22/08/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Sex Set 26, 2008 2:13 am | |
| Postal, postal, postalita:
Tu não dormes mulheri????????????
Assim, nem conseguimos digerir tudo!
Como é que eu vou trabalhar hoje? Se tenho tanto para ler e reflectir....
Aiaiai... |
| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Sex Set 26, 2008 6:33 am | |
| costumo ter insônias... Hoje é sexta Beijinho |
| | | LECUNGA .
Número de Mensagens : 641 Data de inscrição : 10/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Sex Set 26, 2008 9:47 am | |
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| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Sex Set 26, 2008 7:56 pm | |
| Eu tive a alegria de passar a minha última semana em um lugarzinho escondido no topo da Cordilheira dos Andes. Para onde quer que olhasse, eu só via aquele branco, tão branco que chegava a ofuscar a minha visão. A neve cobria as montanhas, deixando de fora apenas algumas pedras aqui e ali, como que para lembrar os visitantes de que aquela paisagem não era a realidade final.
O que quero lhes contar aconteceu em um de meus passeios em meio às gélidas montanhas, em uma manhã surpreendentemente ensolarada. Eu estava caminhando com aqueles divertidos sapatões para neve, que mais parecem raquetes de tênis, quando senti um arrepio. Não era um arrepio de frio, apesar de estar tudo gelado ao meu redor... era algo diferente!
Estremeci, e num chacoalhão, saiu de dentro de mim uma mulher, ela era enorme, acreditem! Nem sei bem por onde saiu, se foi pela minha barriga, ou se simplesmente se materializou à minha frente. Era parecida comigo, no entanto seu corpo era mais forte, a pele mais dura e curtida, o olhar tão gélido quanto as águas congeladas do lago sobre o qual eu me encontrava.
Aquela mulher era de dar medo em qualquer um!
_ Quem é você? _ pensei, um pouco assustada com o inusitado da situação.
E como se ela tivesse respondido, ouvi em minha mente a resposta:
_ Eu sou a abominável mulher das neves!
Nossa sombra
Ah, você que está lendo isso aí do outro lado da tela, não duvide! Todos temos esses abomináveis seres dentro de nós. Muitas vezes ficam lá, bem quietos, de forma a nunca suspeitarmos da sua existência. No entanto, basta um olhar mais atento e seremos capazes de encontrar o terrível monstro que congela nossos sentimentos, endurece nossa pele e rouba nossos corações.
Alguma vez você já se sentiu meio morto por dentro? Amortecido? Como se já não fosse capaz de sentir nada? Como se nada na vida pudesse tocar você? Nem a música mais linda?... Nem um filhotinho de cachorro? ...Nem uma obra de arte?... Nem as pessoas que você acreditava amar?
Então sabe do que estou falando!
Eu não acredito que esses abomináveis monstros da neve nasçam conosco... Não. Eles vão se formando aos poucos, na medida em que vamos lhes fornecendo o gelo de que é feito seu corpo. Cada vez que nos sentimos vítimas da vida, cada vez que deixamos de acreditar em nós mesmos, cada vez que deixamos de acreditar nas pessoas... a cada decepção... a cada frustração... vamos pouco a pouco dando forma ao monstro sem nem mesmo nos dar conta de que somos seus criadores.
Uma pessoa mente para nós e já não acreditamos que a verdade exista...
Uma pessoa nos fere, e mergulhamos em nosso gélido poço de lamentação pessoal, congelando uma parte de nosso coração...
Uma pessoa vai embora e passamos a ter a fria certeza de que seremos sempre abandonados.
Assim, pouco a pouco, vamos nos tornando céticos, frios, distantes. Vamos tolhendo os movimentos espontâneos da criança cheia de vida que pulsa em nosso íntimo. Mandamos que ela se aquiete, muitas vezes ficamos raivosos com ela e a aprisionamos em um cantinho qualquer lá dentro de nós.
Aos poucos as cores vão indo embora... nada de azuis, amarelos ou laranjas... que pena...
_Vermelho? _ Nem pensar!
Bomba-relógio
Nada de canções, músicas, brincadeiras. Nada de sorrisos. Nada de fogueiras quentinhas. Vamos nos tornando amargos, desconfiados... e assim, pouco a pouco, vamos moldando nossos abomináveis monstros das neves, como fazemos com uma bola de argila subitamente transformada em bomba-relógio:
TIC... TAC... TIC... TAC... TIC... TAC...
Muitas vezes quem nos olha de fora nada percebe, a não ser um certo distanciamento. Não fazem idéia do que está se passando dentro de nós. Outras vezes nem mesmo nós percebemos o que fazemos, tal a inconsciência na qual vivemos. Aos poucos nos afastamos das pessoas, nos isolamos, nos escondemos.
Congelamos por dentro.
E sabe o que acontece quando congelamos por dentro? Paramos de sentir dor. Pode parecer bom, eu sei... mas não sentimos mais nada também. E se nada sentimos, facilmente ferimos a nós mesmos, ou aos outros. Não que sejamos “maus”... é apenas uma incapacidade de perceber as conseqüências de nossas ações.
Podemos também chamar isso de insensibilidade.
Conforme fui percebendo tudo isso, senti uma tristeza ao estar frente a essa mulher tão abominável. E pior: saber que ela era parte de mim!
O que eu poderia fazer? Como eu poderia me livrar daquele horrendo monstro que andava me roubando a alegria e a própria vida? Com fazer desaparecer essa mulher gelada que fere as pessoas que mais amo? Ela parecia ser tão grande... tão forte... O que eu poderia fazer?
Por sorte o dia estava ensolarado. Um raio de sol incidiu sobre o braço da abominável mulher das neves, sobre aquela parte horrenda de mim. Foi quando eu vi a gotinha escorrendo... aquela mísera gotinha... uma gotinha de nada, refletindo a luz do sol, me mostrou o caminho!
De repente não senti mais medo algum daquela mulher feita de neve e gelo. Percebi que nada mais era do que uma ilusão! Fui me aproximando, e ao fazer isso percebi medo nos olhos dela. Cheguei mais perto e a abracei. Ela era parte de mim, afinal. E nesse abraço coloquei todo o meu calor, abracei o mais verdadeiramente que pude. No começo foi difícil. Minhas mãos começaram a doer pelo contato com o gelo de seu corpo. Meu peito ficou gelado de encontro ao dela. Mas eu resisti, confiante, e em pouco tempo, ela começou a derreter...
Foi incrível... Aquela mulher enorme e assustadora foi se derretendo nos meus braços. Meu peito pulsava como uma fogueira. Quanto mais eu me permitia sentir compaixão por ela, mais brotavam de mim enormes labaredas... e aquela neve toda foi se derretendo, e a mulher foi ficando fininha... fininha... e por fim virou uma linda poça de água azulada a meus pés.
Já que era parte minha, a bebi de novo... Eu estava sedenta de mim.
Só que desta vez, ao invés de me congelar, ela me deu forças para seguir em frente.
Desci a montanha cantando, de braços dados com a menina, que finalmente se sentia livre para ser quem era.
_ Vamos fazer um boneco de neve? _ disse a menina.
_ Claro! Por que não? _ respondi.
E passamos o resto da manhã brincando, eu e a menina, na neve, no topo de uma montanha da Cordilheira dos Andes... |
| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Auto-estima Dom Set 28, 2008 7:37 pm | |
| Vendo uma criança pequena começando a andar, facilmente percebemos que o aprendizado dela só se torna possível à custa de muitas quedas, um tombo atrás do outro. É estimulante observar como a criança insiste e luta para, aos poucos, ganhar firmeza nas pernas e conquistar equilíbrio no corpo até dominar o processo de poder se deslocar com independência de um lugar para o outro.
Deste exemplo, aprendemos o quanto é inevitável passar por desacertos e erros, para finalmente conseguir agir corretamente. E esta constatação é verdadeira para a maior parte dos aprendizados que desenvolvemos durante nossa vida, aprendemos errando e errando conseguimos acertar. Errar é indispensável e suportar os erros uma atitude saudável, que nos ajuda em nosso desenvolvimento.
Lamentavelmente, a educação tradicional, que ainda vigora em boa parte das escolas de nosso país, tende a tratar os erros de uma forma muito negativa. Erros costumam ser punidos, esforços mal-sucedidos tendem a ser desvalorizados e as notas baixas aguardam os alunos que não conseguem um bom desempenho em suas tentativas. O empenho e o esforço só são premiados quando atingem o sucesso e geralmente não são valorizados por eles próprios. Como conseqüência desta atitude educacional, desde muito cedo somos incentivados a evitar errar e a ter uma postura negativa em relação a erros cometidos, tanto por nós como pelos outros. Isto leva muitas pessoas a ficarem paralisadas em seus processos de crescimento pelo receio do julgamento que vão receber e da rejeição de que poderão ser vítimas caso cometam erros. Acabam por preferir nada fazer para não arriscar errar e se tornam adeptos de um imobilismo que, quando não impede, pelo menos dificulta bastante o progresso. Correm o risco de fazer parte do time que termina invicto o campeonato por não ter disputado uma única partida.
Para se mudar esta situação, o melhor instrumento de que dispomos é a tolerância, que nos é ensinada pelo amor. Através dela aprende-se a lidar com os erros. Quando aceitamos a idéia de desenvolver uma capacidade para tolerar os erros percebemos que esta atitude reforça a auto-estima, a qual, por sua vez, contribui para uma melhor tolerância, gerando um círculo virtuoso que melhora a relação de cada um consigo mesmo. Nesta relação, é de crucial importância o entendimento de que precisamos nos dar todas as oportunidades para tentar e experimentar, mesmo errando, e insistir em nossas tentativas e experiências enquanto for razoável acreditar nas possibilidades de se chegar ao sucesso. Esta é uma das chaves da auto-estima, pois o amor próprio se revigora nos momentos em que nos permitimos o esforço das tentativas, da busca, do aprendizado.
Vale a pena ressalvar uma crucial diferença entre a generosidade do perdão e a displicência vazia de uma complacência que tudo aceita sem nada questionar. Importa distinguir o erro repetido e estagnado, do erro cometido em busca do acerto, do aprimoramento, a partir do qual se desenvolve um processo de crescimento. Assim, quando por detrás do erro está o empenho e a procura, deve haver uma margem de aceitação dele, de tolerância para com suas conseqüências negativas, pois daí pode advir o mais positivo de todos os resultados – a evolução, mola fundamental do processo de vida. Este tipo de erro precisa ser bem recebido pois, no longo prazo, dele resulta o bem.
Muitas pessoas confundem atitudes de egoísmo com auto-estima. Há uma diferença enorme entre uma e outra forma de sentir e de se comportar. Geralmente, a pessoa egoísta se comporta assim exatamente por falta de auto-estima. Na maioria das vezes, o egoísmo é um pobre e insatisfatório substituto de um sentimento real de auto-estima. As pessoas bem dotadas de auto-estima costumam ser generosas, solidárias e altruístas, comportando-se de uma maneira oposta ao comportamento do egoísta. Este, por insegurança ou por ganância, sente necessidade de dar excessiva atenção às suas necessidades e aos seus desejos. Ansioso, procura atender seus interesses colocando-os à frente de qualquer outra coisa.
Curiosamente, encontro com muita freqüência pessoas acusando outras de serem egoístas. A maioria delas, entretanto, é apenas um egoísta que está irritado por não ver seus interesses atendidos pelo outro. Quando existe um conflito de desejos o mais comum é que cada um lute pelo seu interesse.
Neste momento é que podemos perceber com clareza pessoas que primam pela generosidade e pelo altruísmo, abrindo mão de vantagens para beneficiar os outros. Estas pessoas geralmente estão tranqüilamente felizes, por desfrutar de uma boa auto-estima, e podem, sem sofrimento, abrirem mão de alguma satisfação ou prazer para beneficiar um outro mais necessitado ou carente. É como alguém que, por ser suficientemente abastado, pode ser dar ao prazer de ajudar os outros. Quem tem elevada auto-estima possui uma riqueza interior que lhe permite ser dadivoso sem se considerar prejudicado.
Última edição por Postal em Dom Set 28, 2008 7:50 pm, editado 1 vez(es) |
| | | Postal .
Número de Mensagens : 2237 Data de inscrição : 28/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Dom Set 28, 2008 7:50 pm | |
| Bem, imagine (vou precisar da sua imaginação) que o mundo seja um enorme quebra-cabeça, e que cada pessoa seja uma peça desse quebra-cabeça. Imaginou? Milhões de pecinhas andando para lá e para cá, tentando encontrar o seu lugar.
- Ei! Este artigo só vai funcionar se você pensar como criança, então você tem que imaginar MESMO isso acontecendo!!! Então vamos lá. Onde estávamos? Ah... as pecinhas procurando o seu lugar!
Não sei bem como, nem por que, mas hoje em dia ficou decidido que algumas peças do quebra-cabeça são melhores, ou mais bonitas do que as outras. E ficou decidido que todas as outras peças deveriam copiar aquelas peças especiais. Isso gerou uma grande confusão no mundo das peças do quebra-cabeça. De repente ninguém mais estava feliz com suas próprias formas, o que causou um verdadeiro corre-corre. Hoje você encontra pecinhas e mais pecinhas em fila, esperando por uma tesoura para cortar partes que se sobressaem. Pecinhas querendo cavar reentrâncias onde antes só existia uma superfície lisa. Pecinhas comprando tintas para ter uma cor que acreditam ser mais bonita. Pecinhas importando “acessórios para peças de quebra-cabeça”. Pecinhas desmemoriadas, que já nem lembram como era a sua forma inicial.
Experimente fazer isso com um quebra-cabeça! Modifique todas as peças. Corte-as, pinte com outras cores. Bem, agora imagine a dificuldade de se montar um quebra cabeças assim! Como descobrir a beleza desse quebra-cabeça se as peças estão todas transformadas? Como saber qual é o meu lugar nesse todo se eu já nem sei quem sou?
Pense um pouco na sua auto-estima. Hoje em dia é quase um chavão se falar em “melhorar a auto-estima”. E para fazer isso as pessoas olham para fora, ao redor, e partem em busca de um modelo externo que possivelmente as fariam sentir-se bem. Pense: que modelos são esses? Que modelos de bem-estar e felicidade são veiculados todos os dias na mídia?
Pense nisso, porque são esses modelos que estão nos fazendo correr atrás de tesouras e tintas para pintarmos nossa pecinha e deixá-la igualzinha àquela que vimos outro dia na revista.
- Se ao menos se eu pudesse ter a bunda mais dura, comprar aquele carro, chegar a ser diretor, encontrar o amor da minha vida... ahhhh... Se ao menos eu pudesse!
E assim saímos loucamente pela vida esquecendo de olhar para nós mesmos. E por mais que nos esforcemos, sempre nos sentimos um pouco frustrados. Afinal sempre existirão bundas mais duras, carros mais possantes, pessoas mais inteligentes, e amores que me parecerão maiores e mais plenos do que o amor limitado que hoje sou capaz de viver.
- Ei, nada contra se ter dinheiro, desejar conquistar algo, admirar o que é belo e coisas assim; desde que isso não nos faça esquecer de quem somos.
Bem, voltando ao quebra-cabeça, a verdade é que estamos perdidos, MUUUUITO perdidos. São peças e mais peças cambaleando por aí, tropeçando umas nas outras, muitas vezes se sentindo tristes ou irritadas. As peças sabem que estão em busca de algo, sabem que cada uma delas era parte sagrada de algo muito mais lindo e maior do que hoje podem sequer imaginar.- Mas... o que era mesmo? - Esqueceram-se!
Nós nos esquecemos do que estamos fazendo aqui. E como esquecemos, sentimos esse vazio do esquecimento. E, para preenchê-lo, mais e mais nos esforçamos em tentar ser perfeitos.- Quem sabe assim conseguimos sentir essa tal de felicidade?
Precisamos acordar dessa loucura coletiva!
Pense nos momentos em que você se sentiu de verdade alguém de valor... (pensou?). Bem, no meu caso foram momentos em que eu não estava tão focada no meu “Eu”. Momentos em que eu não estava me comparando, em que não estava julgando a mim ou ao outro. Os momentos em que me senti mais valorizada, foram os momentos em que me permiti ser simplesmente quem sou, com todas as minhas reentrâncias e saliências. Os momentos mais especiais foram aqueles em que eu acreditei ser capaz de ajudar alguém a se sentir bem. E foi então que eu fiz uma das descobertas mais importantes da minha vida de criança:
- Quando as pessoas que a gente ama se sentem bem, a gente se sente bem também! (É claro que isso que estou contando tem a ver com a pecinha que eu sou, mas quem sabe incentiva você a também fazer pesquisas e descobertas sobre a peça que você é!)
Ter encontrado, nem que brevemente, um lugar que seja meu, um encaixe, me fez um bem que não sou capaz de descrever.Me faz bem escrever este artigo, por exemplo. Escrever... não como “esta” ou “aquela” pessoa escreveria, mas escrever do meu jeito, mesmo que não seja perfeito, mesmo que não seja capaz de tocar todas as pessoas. (Quem é capaz de tocar TODAS as pessoas, afinal?)
Sabe o que me deu vontade de te dizer? - Pare de tentar! - Pare de tentar ser o pai perfeito, o filho perfeito, a mãe perfeita, o profissional perfeito, o corpo perfeito, a mulher perfeita... (Você percebe como isso cansa?). Pare de tentar saber o que as pessoas esperam e CORRA O RISCO DE SER VOCÊ, APENAS VOCÊ. (O seu Eu Superior pode ajudar você a fazer isso!)
Sabe de uma coisa? A gente faz as coisas muito melhor quando faz desse jeito. Tudo bem se algumas pessoas não gostarem de você. Você precisa ser capaz de suportar isso, se quiser existir! E é claro que a escolha é toda sua. Você pode optar por se mutilar para agradar aos outros, ou para se encaixar naquele pequeno pedacinho que acredita ter sido reservado a você. Eu, deste lado do papel, só posso dizer que vou ficar triste por você. E por mim... que vou perder aquilo que você poderia me oferecer de melhor. Seu verdadeiro EU.
Escute essa verdade... você é único!
Não existe neste mundo inteiro uma única pessoa que seja exatamente como você. Pense nas suas reentrâncias e saliências como aspectos únicos que tornam você perfeito, como são perfeitas todas as peças de um quebra-cabeça.
Então, se você quer melhorar sua auto-estima, acredite, não olhe para fora. Olhe para dentro e aceite, aceite-se exatamente como você é. A sua felicidade não virá ao você atingir algum tipo de perfeição. Neste exato momento, você já é divino, todos somos. E quanto mais corajosos formos para sermos reais, mais essa divindade estará presente em nossa vida, nos ajudando a encontrar uns aos outros, nos trazendo paz e nos ajudando a encontrar sentido nesse aparente caos.
Eu conto com você, porque sem você, nem que todas as outras peças tenham encontrado o seu lugar, o quebra-cabeça continuará incompleto, e EU ESTOU LOUCA DE VONTADE DE VER A CARA DESSE QUEBRA-CABEÇA! |
| | | LECUNGA .
Número de Mensagens : 641 Data de inscrição : 10/07/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qua Out 01, 2008 5:09 pm | |
| |
| | | iluminada .
Número de Mensagens : 368 Data de inscrição : 11/12/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qui Jan 01, 2009 6:52 am | |
| Não há necessidade de saber para onde está indo. Tudo o que você precisa saber é que está indo alegremente, pois se você está indo alegremente, você não pode estar errado. (OSHO) |
| | | PedroM .
Número de Mensagens : 227 Data de inscrição : 11/12/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qui Jan 15, 2009 12:35 pm | |
| Nao consigo dominar Este estado de ansiedade A pressa de chegar P'ra nao chegar tarde
Nao sei de que é que eu fujo Sera desta solidao Mas porque é que eu recuso Quem quer dar-me a mao
Vou continuar a procurar A quem eu me quero dar Porque até aqui eu só: Quero quem quem eu nunca vi Porque eu só quero quem Quem nao conheci Porque eu só quero quem Quem eu nunca vi Porque eu só quero quem Quem nao conheci Porque eu só quero quem Quem eu nunca vi
Esta insatisfacao Nao consigo compreender Sempre esta sensacao Que estou a perder
Tenho pressa de sair Quero sentir ao chegar Vontade de partir P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar A minha forma O meu lugar Porque até aqui eu só: Estou bem aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde nao estou Estou bem aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde nao estou |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Para seguir em frente Dom Fev 08, 2009 12:41 am | |
| Adoro esta música e a letra acerta "na mouche" no meu caso. Espero que ajude alguém também. Um beijo!
I don't know you But I want you All the more for that Words fall through me And always fool me And I can't react And games that never amount To more than they're meant Will play themselves out
Take this sinking boat and point it home We've still got time Raise your hopeful voice you have a choice You'll make it now
Falling slowly, eyes that know me And I can't go back Moods that take me and erase me And I'm painted black You have suffered enough And warred with yourself It's time that you won
Take this sinking boat and point it home We've still got time Raise your hopeful voice you had a choice You've made it now Falling slowly sing your melody I'll sing along
Link para youtube: [Apenas Administradores podem visualizar links] |
| | | tounessa .
Número de Mensagens : 2288 Data de inscrição : 12/10/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Dom Fev 08, 2009 3:16 pm | |
| traduzindo:
Nao consigo dominar Este estado de ansiedade A pressa de chegar P'ra nao chegar tarde
Nao sei de que é que eu fujo Sera desta solidao Mas porque é que eu recuso Quem quer dar-me a mao
Vou continuar a procurar A quem eu me quero dar Porque até aqui eu só: Quero quem quem eu nunca vi Porque eu só quero quem Quem nao conheci Porque eu só quero quem Quem eu nunca vi Porque eu só quero quem Quem nao conheci Porque eu só quero quem Quem eu nunca vi
Esta insatisfacao Nao consigo compreender Sempre esta sensacao Que estou a perder
Tenho pressa de sair Quero sentir ao chegar Vontade de partir P'ra outro lugar
Vou continuar a procurar A minha forma O meu lugar Porque até aqui eu só: Estou bem aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde nao estou Estou bem aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde eu nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde nao estou Porque eu só quero ir Aonde eu nao vou Porque eu só estou bem Aonde nao estou (A.Variações) |
| | | Ana O .
Número de Mensagens : 2515 Data de inscrição : 25/06/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Seg Fev 09, 2009 5:01 am | |
| Ás vezes penso que esta musica do Antonio Variações me assenta como uma luva |
| | | Su .
Número de Mensagens : 103 Data de inscrição : 16/06/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Seg Fev 09, 2009 8:01 pm | |
| Tenho dias que também me sinto assim, Pedro. Não estás sozinho.
Grande António, que de forma tão simples transmitiu uma das grandes encruzilhadas do ser humano! |
| | | Admin Admin
Número de Mensagens : 880 Data de inscrição : 13/06/2008
| Assunto: Re: Atitudes para renascer Qua Nov 07, 2012 6:36 am | |
| E aqui ficam 7 DICAS PARA SUPERAR UM DIVÓRCIO: (de acordo com o site [Apenas Administradores podem visualizar links]
A separação não é o fim do mundo, e sim o momento de começar de novo. Mas é comum se sentir perdida. Para dar a volta por cima, confira sete dicas listadas pela orientadora de momentos de transição, Lisa L. Payne, listadas no site Your Tango: Presenteie-se: encontre um espaço tranquilo onde possa se sentar e permanecer por um bom tempo sem ser interrompida. Limpe sua mente de toda a desordem. Lembre-se de que agora é simplesmente você, sem problemas alheios. Dê esse momento a você. Caia na real: pergunte a si mesma: “o que está realmente acontecendo agora?”. Pare para ouvir a resposta, desprovida de emoção. Aceite a responsabilidade pelo papel que desempenhou para criar essa realidade atual. Quando você aceita a verdade, se conecta ao poder de mudar o que não gosta. Supere: quando há culpa e julgamento, falta espaço para a possibilidade. Saiba que tudo acontece por uma razão e expresse gratidão pela oportunidade de aprender e crescer com cada situação, seja ela boa ou ruim. Crie energia para seguir em frente. Seja clara/o: visualize-se em uma nova vida. Veja os detalhes de como seria viver somente com seus valores fundamentais e sonhos. Saiba que pode criar o que deseja. Envolva- se: valorize suas necessidades, porque é digna de uma vida nova que lhe excita. Você merece! É sua hora de um novo começo! Leve a sério: cada escolha lhe traz para mais perto ou mais longe da sua meta. Portanto, prefira o que lhe aproxima dos seus sonhos. Conforme a confiança cresce, as próximas escolhas se tornam mais fáceis e, eventualmente, se tornam novos hábitos. Procure ajuda: cerque-se de pessoas que ama e respeita. Corte relações com quem lhe faz mal. Procure ajuda de um psicólogo ou de um grupo de apoio.
E acrescente-se: Frequente o FD: ler histórias de vida semelhantes à sua vai ajudá-la/o a superar melhor as dificuldades e fazê-la/o sentir-se acompanhada/o. |
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| Assunto: Re: Atitudes para renascer | |
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