Guarda partilhada

@Su,

Susy,

Essa é a atitude inteligente que coloca a criança em primeiro lugar e permite que todos tenham uma vida mais tranquila.

Abraço

its43v3r escreveu:

Bom dia jojo, percebo perfeitamente o teu sentimento.

Sei que o que vou dizer não vale de nada mas pelo menos que sirva para atenuar alguma apreensão que os pais (homens) tenham em relação aos Tribunais de Menores e à postura do(a)s Juízes.

A minha situação foi tratada no Tribunal de Menores de Almada, na presença de uma Juíza, uma Procuradora e uma Escriturária/Escrivã.
A Juíza ficou satisfeitíssima por estarem reunidas todas as condições, disse também que tomara ela que fossem todos assim.
Acreditem que o único entrave para não existir uma guarda partilhada são os próprios pais.

Se pensasse primeiro em mim e depois no meu filho tinha mudado de residência/distrito, porque a única coisa que me prende ali, é ele.
Se essa mudança de residência se verificasse, certamente que não era possível obter este acordo.
Nem foi necessário entregar um relatório da Psicóloga a informar que essa seria a intenção do menor.

Abraço

Pois Almada é diferente de Seixal

essa Juiza devia fazer umas horas extraordinarias no seixal

eu que tinha tanta coisa a favor:
-pai e mãe trabalham no mesmo local e cumprem o mesmo horario
- vivem a 4km de distancia
- ambos têm capacidade fisica, mental e economica pra dividir a custodia

mas lá está, a mãe não quer eo tribunal pôe o carimbo : mãe 24 - pai 6

claro qeu há a hipotese de recorrer,
já recorri por outra situação e demorou 1 ano pra obter resposta

e cansei de andar em batalhas infrutiferas, custou-me a ganhar alguma sanidade, a qual não quero voltar a perder

A minha filha está com o pai de 15 em 15 dias, e almoça com ele todos os dias! Vai com ele sempre que quer e o pai pode!

Só a quero ver feliz! Tal como eu sou feliz ao ver os meus pais sempre que me apetece!

Simples!

Lost escreveu:

A minha filha está com o pai de 15 em 15 dias, e almoça com ele todos os dias! Vai com ele sempre que quer e o pai pode!

Só a quero ver feliz! Tal como eu sou feliz ao ver os meus pais sempre que me apetece!

Simples!

Tão simples como pensarmos exactamente isso!

No sabado passado, graças à recente entrada da Ines nos escoteiros, reuni-me com os meus pais, ex, e sogros na mesma mesa, em Magusto...A Ines feliz! E mais destes virão.

Susy, eu também sou assim...o pai da beatriz vai todos os dias almoçar a casa dos meus pais...para estar com a filha...porque eu assim sugeri!

Lost escreveu:

A minha filha está com o pai de 15 em 15 dias, e almoça com ele todos os dias! Vai com ele sempre que quer e o pai pode!

Só a quero ver feliz! Tal como eu sou feliz ao ver os meus pais sempre que me apetece!

Simples!

Como eu gostava que no meu caso fosse assim!!! o que propus foi:

1. Respeitando o desejo da filha, esta ficará a residir na casa de família com o pai e o irmão.
2. A filha poderá visitar a mãe e permanecer em sua casa sempre que for possível e quiser.
3. O poder paternal mantêm-se em conjunto, mantendo-se ambos na qualidade de encarregados de educação.
4. A mãe pagará 100 euros mensais para que o pai possa fazer face às despesas quotidianas do menor. Os restantes encargos (vestuário, material escolar, despesas de saúde, etc.) serão suportados pelo pai e pela mãe em partes iguais.
O facto é que passados quase dois meses a mãe não procura a filha, esteve com ela 3 ou 4 vezes na semana passada esteve aqui à porta porque andava às compras, sabia que a filha estava em casa e não lhe ligou para estar com ela, no ultimo domingo era para estar com ela até às 20 h mandou-a para casa às 16 e até hoje o único dinheiro que a filha viu da parte da mãe foram 20 euros.
Não se cansa de dizer a toda a gente que gosta muito dos filhos, mas eu é que tenho de lhe pedir para falar com a filha, enfim Há mães e mães.

dulia escreveu:

Princesa, lindo texto. Mas o que fazer qdo o pai se revela um completo idiota?...

Nada... fico na esperança que a minha filha o consiga endireitar, que nao o poupe. Porque da minha parte... cansei...

Cheguei á conclusao que aquelas que adoptam o ritmo de seguir o que esta tratado á risca e nem mais 15m sao as que tiram maior partido. Pois é ver os pais todos tristes que ate queriam estar c os filhos mais tempo... mas nao podem.

As que facilitam as acçoes por acharem que afinal nao é devido a um divorcio que se deixa de ser pai... levam nas trombas, pois é ver o pai a esquivar-se e a nem estar ai para a filha.

Muitas das vezes... não sei mesmo que fazer...

Nem imaginas o quanto me identifico com cada palavra tua....

é tao simples, tao simples... mas para algumas pessoas... é muito complicado ser responsavel...

princesa: paz e amor e n te xateis muito... só nos desgasta e nao vale a pena...

dulia escreveu:

princesa: paz e amor e n te xateis muito... só nos desgasta e nao vale a pena...

vou tentando... mas nem sempre é fácil... às vezes dá-me vontade de dar duas chapadas naquele pai... mas sei que a vida vai-se encarregar de dar...

mbprincesa não sejas assim

Já sabes que sou ruim

eu tambem sou
mas faz assim em vez de o colocares a vontade começa a fazer horarios e dias precisos
faz ao contrario ele depois queixa-se que não pode ver a menina

Bom, eu tenho guarda partilhada. Passei por cima da raiva e da questão de achar que o exemplo do pai não seria o melhor, mas acho que o pai tem defeitos e virtudes como toda a gente e é pior ele crecer sem a presença do pai do que ter um pai que tem um comportamento que varia ao sabor da brisa.

Sendo assim, eu deixei o meu filho de 6 anos escolher. Ele tem a plena consciência de quem é o pai, umas vezes bom, umas vezes menos bom, mas o meu filho entende e inclusive já me "aconselha" como "lidar com o pai" lolo, mas como ele diz "Gosto de estar com o pai porque ele é rapaz".

Claro que isso é muito importante, afinal ele precisa dessa referência.

A logística de uma guarda partilhada é um pouco complicada no início. Mas estabeleceu-se que as regras seriam semelhantes, basicamente concordamos na grande maioria das coisas. As casas também são relativamente perto e no meio da semana o meu filho pode ir fazer visitas à casa do outro se tiver saudades.

Podemos ser as melhores mães do mundo, mas não podemos ser pai e mãe, e ambos são precisos.

Comfesso que fico a pensar nesta "vida itenerante" de ter duas casas. É algo relativamente novo na sociedade e acho que não se sabe muito bem o que provoca na formação da personalidade da criança. Por outro lado acho que "ter raízes" é importante e questiono-me se uma semana em cada lado permite esse criar de raizes na "sua casa". Essa é a minha única questão.

De resto, ainda há uns tempos falei com a professora dele e dizia-me ela que nem parecia que o meu filho estava a atravessar uma separação. Que se nota que ele está triste por os pais não estarem mais juntos, mas aceita isso e mostra-se um menino feliz, que não se isola, participa e apresenta um comportamento muito bom considerando que está a atravessar a separação.

Logo, isso é um sinal positivo, acho.

Penso que se fosse diferente, o meu filho também se habituaria, eles acabam por se habituar e aceitar. Mas não ia lidar bem com o facto de perceber que o meu filho teria saudades do pai e não poderia vê-lo porque estaria estipulado que só o veria de 15 em 15 dias. Simplesmente não tenho estômago.

Por isso, por enquanto é assim, se mudar, será por opção do meu filho, é ele que tem que tomar essas decisões e ver por si o que tiver a ver.

Mas que é mais complicado é, e não se recebe pensão... o que para algumas pessoas pode ser complicado porque temos que ter à mesma uma casa, um quarto para as crianças, há despesas que têm que ser duplicadas, e por termos guarda partilhada não se recebe nenhuma ajuda, temos que nos desenrascar.

Eu fiz questão que ficasse no "papel" (fui eu que redigi o acordo) que os miúdos estão a minha guarda e que sou eu que tomo todas as decisões sobre eles.
Não acho que seja muito positivo os miudos andarem para cá e para lá. Acho que devem viver numa casa com um progenitor durante a semana (especialmente os que já andam na escola) e no fim-de-semana vão para o outro progenitor. Acho que isso lhes dá muito mais estabilidade emocional.
Foi assim que eu fiz, os meus filhos ficam comigo durante a semana e vão passar todos os fins-de-semana com o pai. Claro que o pai é livre para os vir ver todos os dias se quizer e é sempre bem-vindo, pois eles (os filhos) não têm culpa dos nossos desentendimentos...
E incentivo-os a falarem todos os dias ou sempre que lhes apetece e têm saudades com o pai (como ele não liga muito, sou eu que lhes dou o meu tlm para eles lhe ligarem).
No início foi difícil, mas agora está a correr tudo razoavelmente bem, os miudos adaptaram-se bem... acho eu...
É mais difícil para os mais velhos que já têm consciência da situação, os bebés não sofrem tanto...

Penso que os bebés sofrem mais, quanto mais novos são maior é o efeito traumático da ausência de um progenitor porque a velocidade com que eles assimilam informação é muito superior quando são novos, depois vai progressivamente abrandando. Daí que inconscientemente eles assimilam esses eventos traumáticos todos, apenas nós não os percebemos.

Em qualquer caso as crianças são muito adaptáveis, e em guarda conjunta ou não, o mais importante é a relação entre os pais, e a relação pais/filhos.

Cada qual encontrará a solução ideal para a sua situação, não estou aqui a defender nenhuma posição, apenas estou a dizer a que encontrei para o meu caso.

Claro que se me perguntares o que eu preferia, eu não ia negar que preferia ter guarda total, uma pensão e ter o meu filho sempre comigo. E ainda se experimentou isso no início, mas foi o meu proprio filho que acabou por mostrar que essa não era a preferência dele, nós ouvimos o que ele tinha a dizer, e claro, tenho que respeitar, eu também não gostava que me privassem do contacto com alguem que eu gosto, não faria isso ao meu filho, até porque não sou capaz. Enfim, tive que abdicar dessa ideia, mesmo que a guarda total fosse o que eu queria, nem o meu ex-marido se opunha a isso, pelo que foi mesmo uma decisão baseada no melhor para o meu filho.

As decisões também as partilho porque primeiro, ambos temos metido na cabeça que o bem estar primário é o do miudo, segundo porque não discordamos grande coisa (nesse aspecto lololo, acho que é a única coisa em que concordamos), mas quando discordamos o meu ex dá-me alguma prevalência por eu ser mais atenta talvez, aí não me posso queixar também. A razão porque acho que as decisões devem ser partilhadas é porque a criança tem que entender que o pai também é uma figura de autoridade responsável pela sua eduicação e crescimento, ambos têm poder de decisão e penso ser preciso que a criança perceba isso, afinal ele também será homem um dia.

Quanto ao papel, não se achou necessidade de assinar nenhum acordo, pelo menos para já, tem um ano que está assim. Pode ser que um dia me arrependa, mas estou sempre a tempo de fazer um...

Este é um assunto complicado, mas como disse, não defendo nenhuma posição além da minha, e compreendo perfeitamente que dependendo da situação se pode optar por uma coisa ou outra, as crianças adaptam-se facilmente.

Ola a todos...
Estou separada a 2 meses, entretanto o pai do meu filho foi morar para outra cidade a 60 km de casa, motivo pelo qual ele nunca esta com o filho durante a semana e só vem de 15 em 15 dias para estar 1 dia com ele.
Estamos na fase dos papeis, eu não sei se na situação que estou a guarda devia ser total ou partilhada? tomando em conta que fiquei com as responsabilidades todas e ele só passa uns eu ritos quando quer.
Estou cansada de tentar encontrar uma forma de que não se afaste do filho, quando mas passa o tempo mais se distancia dele, no inicio ligava para saber se o bebe estava bem, mas agora nem isso, sou eu a ligar para dar as noticias.
Será que não existe alguma forma de obrigar ao pai a estar com o filho? quer dizer a assumir as responsabilidades?

Angélica, pelo pouco que eu sei da lei, apenas se for de comum acordo, poderão definir essas responsabilidades em dias certos, caso contrário, se for para litígio, na vossa situação, muito provavelmente, ficaria a mãe com a guarda total e o pai com direito a ver a criança de 15 em 15 dias. Creio que o tribunal de menores não vai "empurrar" uma criança para os braços do pai, quando este não pretende dar as condições suficientes para o bem estar da criança.

Acabei de ter uma conversa com a mãe das minhas filhas acerca da guarda conjunta e tempos, e chegámos a um consenso que poderá ser de interesse geral, como ideia.

Como as nossas vidas são organizadas em ritmos semanais, e visto que vamos estar a viver na mesma pequena cidade, pensámos na hipótese de um de nós ficar com elas de Segunda, Terça e Quarta, o outro, na Quinta, Sexta e Sábado, e alternadamente, um ou o outro ficar com o Domingo.

Claro, que por vezes poderemos ter que flexibilizar um ou outro dia para quem não tem o sábado, poder ir de fim de semana com elas para algum lado, mas manter esta base.

O que pensam disto?

Olá Angélca, acho bem que tentes que o teu filho mantenha o contacto com o pai. Penso que se fizerem as coisas a bem ele vai começar a estar mais tempo com o filho, e com o tempo ele vai acabar por sentir essa necessidade porque o conjugue que fica sem o filho fica com essa falta. Claro, também há progenitores que não foram talhados para isso, mas vai tentando e deixa as coisas em aberto, não compliques muito que com o tempo quase de certeza ele vai procurar estar mais com o filho.

Rui, tive uma fase em que fazíamos como tu disseste: praticamente era metade da semana em cada lado. E essa situação até funcionou, mas é muito complicada de organizar, mais complicada do que uma semana em cada lado, principalmente devido a ele já estar no primeiro ciclo. Pelo menos nós achámos, daí termos mudado para uma semana em cada lado. Mas é uma questão de tentarem e ver que fórmula é melhor para elas e para vocês.

Sofiaa, essas decisões de ficarem metade da semana um, metade o outro foram bem aceites pelo tribunal de menores? E se acordaram isso, há alguma questão ou problema em alterar esse regime? Também considerei, em parte, que ia ficar um pouco confuso e que em termos de organização, semana sim, semana não sem as cachopas dá para organizar melhor a vida e a casa, e as coisas delas. Claro que quando começarem a ter uma vida mais cheia de coisas (agora é mais bonecadas e roupa), vai ser uma confusão, ou vão ter que andara fazer mudanças de 3 em 3 dias, ou ter duplicados de tudo....

Bolas para as separações!

Nós não assinámos nenhum acordo.... logo fomos alterando à medida que fomos percebendo o que funciona melhor.

As separações infelizmente trazem ao de cima o que há de pior em nós.... é preciso muita calma no que respeita aos filhos, senão um dia pagamos a factura cara.

Eu também acho isso muito complicado, mas se para as crianças é bom, então que seja...

O meu companheiro tem o filho de 3 em 3 dias... e embora ele e a mãe da criança achem bom para o menino, eu sinceramente não acho. Ele não cria regras nem hábitos e quando começa a criá-los está na hora de mudar de casa... talvez quando for mais velho isso mude... mas não é meu filho, não tenho de interferir...

Felizmente, creio que estamos de acordo a tudo relacionado com as bebés. Agora o que pode estragar as coisas é a partilha de bens, em que ela está com uma posição egoísta e intransigente, a não querer contar com certos factores como eu ter deixado a minha carreira para tomar conta da casa, das filhas, das obras, para lhe dar espaço de manobra para ela terminar a formação, tirar o Mestrado, fazer privada e cuidar da saúde dela que a manda muito abaixo. Tenho a certeza que aquilo que a faria feliz, de momento era eu dizer "Olha, fica com tudo e até com as minhas mobílias de solteiro."

Rui,

dá vontade de dar tudo, só para não ter chatices. Mas nem que seja pelo conforto das meninas, vale a pena encontrar uma solução, com os olhos postos no futuro.

Pois, Rocana. Num outro registo, até lhe daria esse prazer, mas não me posso dar a esse luxo. Ela tem que compreender que houve valores empregues de ambos os lados, mesmo que de um não possa ser directamente identificado.

Para quem tem dois dedos de testa, basta olhar para um e para outro, aquilo que foi e aquilo que é agora e fazer um pouco as contas sobre o crescimento de um e a estagnação, ou mesmo recuo do outro. E esse meu retrocesso, não foi devido a recostos no sofá a beber cerveja e a ver passar a bola.

E neste momento, em que fico a começar tudo de novo, e com duas cachopitas também a meu cargo, estará ela à espera que eu não tenha condições e desista de tudo, inclusive das bebés? Ou será ela tão egoísta que espere que as filhas fiquem a encarar o pai como um tipo aos caídos?

Ontem, a meio da conversa que tivemos, ainda me perguntou "vais-me fazer a vida negra?"

A mim... perguntar-me isso... quem viveu comigo 7 anos!!! Dá que pensar. Não chegaram 7 anos para me conhecer.

Normalmente, temos receio que os outros nos façam aquilo que estamos dispostos a fazer aos outros (ex: somos ciumentos e temos medo de ser traídos quando sabemos que poderíamos ser nós a fraquejar). Agora penso, "será que ela me vai querer fazer a vida negra?"