Qual a idade mínima da criança para decidir ?

Dividida,

Se essa pseudo preocupação fosse sincera haveria muita solução possivel para a criança, e até para suprir as eventuais faltas da mãe (se é que existem)...

No teu post dizes que a criança nao quer viver com a mae e que a criança tem vivido com o pai e contigo...

Entao se essa solução funciona e ate parece que a criança gosta, qual é o TEU problema?

Incomoda-te ter a criança?? Incomoda-te assumir as chatices?? Nao gostas de ser madrasta??

Desculpa q te diga mas... Azarinho!!!... Nao tivesses casado com alguem que ja tinha filhos...

As pessoas têm que assumir o custo das suas opções tendo SEMPRE a OBRIGAÇÃO de salvaguardar as crianças, sejam ou nao seus filhos....

Abracos

Eu penso que em qualquer escola há ATL, desde os 3 anos(Pré-escolar), até ao 1º ciclo!!
Os horários , geralmente, são até ás 18h e nalgumas escolas já estão a fazer até ás 19h!! E quase sempre com carrinhas escolares, que levam os meninos a casa!!!

Hoje em dia, os pais estão cada vez menos com as crianças, a escola está aberta desde as 8h até ás 19 h!!! Muitas crianças passam o dia sem os pais!!! Sei que a maioria das pessoas , nas grandes cidades , precisam desses horários, o q eu acho um absurdo!!!

Dividida não sei de que zona és.....mas estes horários na maioria das escolas do nosso país!!!!

Dividida escreveu:

Sobra para mim... Eu é que tenho habilitações literárias, para acompanhar o miudo.

E paciência...

Dividida,

O Amor, seja ele de que espécie for, só sobra quando não é recíproco.

E as crianças só conhecem um tipo de Amor ... Incondicional.

Sobra Amor?
Não me parece.
Antes pelo contrário.

Dividida escreveu:

Sobra para mim... Eu é que tenho habilitações literárias, para acompanhar o miudo.

E paciência...

Desculpa... os meus pais têm ambos a 4.ª classe... fui criada com os meus avós que têm igualmente a 4.ª classe... era com o meu avô que fazia os trabalhados todos!

Sou licenciada, pós-graduada, e quero muito dar ao meu filho todo o apoio que recebi enquanto criança.

Parece-me que essa criança é vista como um estorvo!

Amigos, não fuzilem a Dividida, compreendo perfeitamente as dúvidas que a assaltam. Sentir que entre pelo menos 3 adultos envolvidos (pai, mãe e ela), ela é aquela que faz mais esforços pelo bem do menino. Em nossa casa também era assim, era eu que acompanhava nos trabalhos de casa, era eu que me preocupava qual o programa que íamos fazer, onde íamos passear, para sair da rotina. É uma sobrecarga grande para uma madrasta, pior ainda quando sabemos que a nossa opinião vale zero perante um juiz, quando nos esforçamos tanto para que tudo resulte.

Estás enganada Madrasta.

Se eu pudesse "fuzilar" alguém ... seria o pai do menino ...

E fico-me por aqui ...

Sim, e acreditem, que nós, madrastas, muitas vezes também nos apetece fuzilar os nossos estimados maridos... Se um casamento sem ex-mulher e filhos já tem dias e dias, um casamento com todo esse pacote, nem queiram saber.
No meio de tudo isto, as madrastas querem ajudar, e às vezes nem sabem como, porque não lhes cabe a elas tomar as decisões, mas essas decisões, quando tomadas, afectam a nossa vida também.

Madrasta,

Fuzilar alguem? Nada disso!! [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Quando se lança num forum um assunto à discussão, devemos saber à partida que vamos ouvir opiniões que podem nao ser aquelas q gostariamos...

Todos os que aqui vimos, estamos preparados para isso, certo??

E eu de facto acho que os problemas dos casais devem ser resolvidos pelos casais, tendo a preocupação de salvaguardar as crianças e a obrigação de lhes proporcionar o melhor que for possivel a todos os niveis.

Tentar "despachar" o filho do "outro", querendo ao mesmo tempo dar um ar de alguem preocupada com o bem estar da criancinha é q nao cola...

Haja responsabilidade, decencia, bom senso e respeito na forma como se tratam os miudos e lembrem-se que amanhã podem ser os vossos a passar pelo mesmo... gostavam???

Abraços

Madrasta, eu no meu caso nao percebi foi a parte do "E paciencia...."....
Bem se nao se tem paciencia, nao se assume um papel.
Agora poe-te no lugar da criança. Um pai que nao quer, outro que nao pode e uma madrasta sem paciencia ( ??? )..... Parece-me que a criança sera a que menos culpa tem, nao???

Por este ser um forum onde podemos exprimir os nossos sentimentos e receios é que cá estamos certo?
Pais, mães, qual de vós nunca sentiu que se esgota a "paciência"? Para um pai/mãe é normal, aceitável. Para uma madrasta, é a prova da sua "falsidade, falta de interesse pela criança, etc".
A Dividida está apenas a expôr o que sente, às vezes duma forma contraditória, é certo, como qualquer um de nós. As madrasta não são fadas perfeitas, com solução para tudo, e "paciência" para tudo. Somos mulheres, com dias melhores e piores, com empregos, rotinas, sonhos, desejos. Recebemos que braços abertos uma família às metades, participamos na reconstrução, ajudamos, incentivamos. Mas de tempos a tempos (às vezes todas as semanas) recebemos o alerta que as decisões sobre aquela crianças não são nossas, que o controlo não é nosso. Num regime de visitas já é complicado, na vivência de todos os dias mais complicado será. Compreendo todas as dúvidas que a Dividida sente e partilha. E com a nossa ajuda vai conseguir ver a situação doutra perspectiva e encontrar soluções

Mario,
Subscrevo inteiramente os teus comentários.

Dididida,
Acho que é por pessoas como tu que as madrastas inspiraram muitos contos infantis...

Pois FA... é por estas e por outras que tenho imenso medo que o imbecil junte os trapinhos com alguém! Eu nem devia ler certas coisas...

Xela... cada caso é um caso. Ninguem é igual... Como ja disse, nesse campo nao tenho queixas... Por isso....

Madrasta eu não contesto isso, e acho que a dividida tem todo o direito de vir desabafar e de ter, por vezes, falta de paciencia.... E nos, nao podemos ter a nossa opiniao? E da-la?
A dividida da-lhes o valor que achar que deve dar......

Acho normal, haver um receio que o ex ou a ex ao arranjar outro/a companheiro/a, possa dar-se um caso destes, mas pegando no que disseste Xela, entendo o teu receio, eu tb sinto isso, mas depois penso, ela pode pensar exactamente o mesmo... portanto, acho que depende muito da relação que se tem com o/a ex!

Mario escreveu:

Madrasta,

Fuzilar alguem? Nada disso!! [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Quando se lança num forum um assunto à discussão, devemos saber à partida que vamos ouvir opiniões que podem nao ser aquelas q gostariamos...

Todos os que aqui vimos, estamos preparados para isso, certo??

E eu de facto acho que os problemas dos casais devem ser resolvidos pelos casais, tendo a preocupação de salvaguardar as crianças e a obrigação de lhes proporcionar o melhor que for possivel a todos os niveis.

Tentar "despachar" o filho do "outro", querendo ao mesmo tempo dar um ar de alguem preocupada com o bem estar da criancinha é q nao cola...

Haja responsabilidade, decencia, bom senso e respeito na forma como se tratam os miudos e lembrem-se que amanhã podem ser os vossos a passar pelo mesmo... gostavam???

Abraços

Mário, FA e Xela
se eu estou dando ar de "preocupada" e querendo "despachar" o miudo, não entendo essa. Que eu já o quis mais longe? Sim, porque tudo fora feito/decidido ~sem meu conhecimento e que sim, afectou minha vida. É do tipo, nem dizeres à tua mãe e deixares o teu filho na casa da avó e a senhora nem sonha que vai cuidar do menino todos os dias durante 2 meses. E tem de desmarcar tudo o que estava organizado. Foi nessa situação que fiquei sempre, sempre a ultima a saber.

Mas esquecemos o que está para trás.

Quanto à "E paciência." , o comentário que eu fiz, é que "eu é que tenho habilitações literárias para acompanhar o estudo do menino. E paciência"
Eu é que tenho paciência (e gosto) para ajudar a estudar e voltar a explicar outra e outra vez. O pai é mais impaciente.


E por muita boa vontade que eu tenha ou venha tendo, há alturas (e muitas) que tenho de ficar trabalhando, e que não posso falar ao trabalho 2 ou 3 vezes por semana. (1 pelo filhote, outra pelo irmão do filhote).
Algo tem que ser assumido pelo pai, não posso ser sempre eu a faltar ao trabalho, a sair sempre a horas certas quando todos os colegas estão fazendo horas extraordinárias para terminar os trabalhos no prazo. Porque não, ele assumir parte da responsabilidade do filho dele, enquanto eu farei o q puder?




Pus em prática algumas dicas vossas, para me re-aproximar do menino e sinto-me mais animada, em ver como com pequenas coisinhas, estou incentivando o menino em tarefas que ele não gostava.

O menino anda no 5º ano, logo não há ATL para a faixa etária dele.

Mario escreveu:

Dividida,

No teu post dizes que a criança nao quer viver com a mae e que a criança tem vivido com o pai e contigo...


Abracos

Mario,

deixa-me esclarecer, a criança não vive conosco.
Sempre passou os fins-de-semana com o pai, porque não tinha ninguém da familia materna com quem ficar, porque, infelizmente, também trablham aos sábados ou domingos.

A consequência dessa "falta de tempo" (por muitos anos) foi a criança ter um vínculo maior com o pai, e uma educação isenta de responsabilidades do dia-a-dia, de quem passa todos os dias. Essa responsabiliade recaindo apenas sobre a mãe, faz da mãe "a má", e o pai "o bom".

A psicóloga propôs aos pais, que a criança começasse a passar o fim-de-semana alternado com a mãe. Para incentivar a relação mãe-filho. E com o padrasto. Já vão uns meses.

Mas o miudo continua infeliz. E o pai, por força minha, tenta resolver e conversar com a mãe, para chegarem ao bem-estar do filho.


A minha "pseudo-preocupação" prende-se com o facto de que estou há muitos anos nesta relação, OU eu faço as coisas resultar (com o apoio do pai) ou o pai,o menino e eu ficamos todos infelizes. Porque o menino não gosta da mãe/padrasto ou de viver lá, o pai sente-se impotente, e eu fico aqui sem fazer nada? Nem anda nem desanda...

Cansei. Quero lutar pela minha familia. Se der certo, melhor. Se não, tentei.

bj

Adeus, pessoal. Obrigada por tudo.

beijos

boa tarde,
sendo o topico "qual a idade minima da da criança" tal não foi ainda esclarecido...
quanto à guarda compartilhada, é de facto a melhor solução quando ambos concordam e a nossa lei ja contempla essa faculdade.
é complicado sim, principalmente se existem atritos. Mas se se pensar no melhor para a criança que não teria de saltitar constantemente de casa em casa, basta ter um pouco de bom senso.

olá Antonio, geralmente o Tribunal não ouve as crianças, tirando situações extremas. sei que a partir dos 12 anos podem ser ouvidas até antes, mas tem que se fundamentar bem o pq dessa decisão e geralmente 1º as assistentes sociais vão conversar com a criança, e perceber o meio ambiente em que vivem e dão um parecer ao juíz.

A minha filha (11anos) está a ser acompanhada por uma psicologa e quando ela decidir de uma forma serena e convicta que não quer ir mais com o pai simplesmente não vai.
A forma legal como se resolve não sei mas a psicologa desde logo a pos à vontade com esta questão no entanto estamos em conjunto a tentar que vá que crie laços com o pai ... logo se vê

pcbl escreveu:

A minha filha (11anos) está a ser acompanhada por uma psicologa e quando ela decidir de uma forma serena e convicta que não quer ir mais com o pai simplesmente não vai.

e se ela decidir pelo Pai como é?
Nunca se sabe.

Tens tanta certeza disso?
porquê?

Se tens tanta certeza para quê o psicologo?

Falo assim pois passei por isso infelizmente.



Cya
JC

micro,

Infelizmente o pai das minhas filhas não é como a maioria dos que aqui vejo
Se ela hoje vai, está com o pai deve-se à minha insistencia em conjunto com a psicologa (estava a ter ataques de ansiedade razão porque começou a ser vista por ela) porque ele simplesmente estava a desistir dela, dizia se ela não quer não vem.
Comecei a ver diferenças de tratamento entre as minhas filhas ... porque a outra ia
O unico contacto que elas têm com o pai é no fds dele. está 15 dias sem as ver ou sequer falar com elas... nem tenho palavras para qualificar.
1 ex - ontem encontrei uma pessoa que ja n via mto tempo e falou-me no assunto a minha filha emitiu 2 comentários: 1º Não vais chorar! 2º Estamos muito bem sem ele.

Apesar de tudo isto e muito mais sei que elas sentem a falta do pai e que gostam dele e ele até sair de casa sempre foi mto presente e só por elas tenho feito esforço no sentido de elas estarem com o pai porque ele não estava para se dar ao trabalho. É triste mas é a realidade

Pcbl, desculpa a frontalidade, mas uma criança de 11 anos que emite esses comentários "não vais chorar" e "estamos muito bem sem ele" o mais provável é estar a tomar as tuas dores. Na idade que ela está, tudo a influencia, e pelo que contas parece-me que ela está a assumir o teu sofrimento, e a sentir a obrigação de se afastar do pai para não te magoar a ti. Porque te vê chorar, porque vê que sofres, etc. Pensa que tem de escolher, que não pode gostar dos 2, e pelas razões óbvias (vive contigo) escolhe-te a ti e afasta o pai.

Será bom para ela?

Madrasta,

é logico que ela não me gosta de ver sofrer e apesar de todo o esforço que faço para n ir abaixo/chorar ao pé delas ser imenso...nem sempre consigo.

Mas uma coisa é certa se não fosse eu a insistir para ela ir, conversar abertamente com ela já há mto que tinha deixado de ir apenas porque o pai não se empenha! E a pensar nelas incentivo a ida e o ficar

O menor pode ser ouvido pelo juíz com a idade mínima de 12 anos.

O depoimentoda criança pode ser levada em consideração pelo juíz e até pode ficar anexado ao processo.
No entanto, só aos 15 anos é que o menor pode efectivamente decidir com qual dos progenitores pretende residir.

Até lá a paciência impera e as acções de incumprimento sobre a mãe podem ser accionadas pelo pai.

Quanto ao dia a dia do menor, vocês como adultos têm de se organizar.
Não é tarefa difícil, basta um pouco de bom senso, organização, e voilá tudo saí bem. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]