Guarda partilhada

Eu concordo com a alice.rosa, no que toca à instabilidade na vida das crianças, mas tenho ouvido aqui testemunhos que dão conta do contrário.

Eu ainda este fim-de-semana tomei uma decisão em relação aos meus filhos sem consultar o pai (inscreve-los em mais uma actividade desportiva), mas sabia que quase de certeza ele concordaria.

Também me saltou a tampa e fui falar com a professora de natação do meu filho por causa da forma como o está a tratar nas aulas. Não perguntei nada ao meu ex, mas agora fui dizer-lhe e a vontade dele era a de ser ainda mais radical e tira-lo daquela turma. Há coisas que no momento ou se fazem ou então se perde a oportunidade. E sou sempre eu que os acompanho nestas coisas (acabo por ter uma vida toda cheia de responsabilidades extra), por isso há coisas que faço sem sequer perguntar, sou eu que estou lá.

E o pessoal novo???

Guarda partilhada ou não???

no meu caso, não, nem pensar ... nunca, seria uma desgraça para eles

Bem... cá vai a minha opinião.

O pai do meu filho trabalha de 2.ª a Domingo à noite...

Jamais aceitarei que o meu filho passe sequer 1 fim de semana completo sabendo que o pai vai trabalhar e ele vai ficar sei lá com quem... se não é com o pai que seja comigo!

xela,

o teu ex vive?? ou so trabalha???

e a familia dele?? os teus sogros???

Ele trabalha poucas horas por dia, por exemplo, durante a semana só trabalha das nove à meia noite.
À sexta das nove às duas, ao sábado igual, e ao Domingo das 16h às 2h...

Deixar o meu filho com os meus sogros é impensável:

Sogro: teve 2 Avc's é uma criança autêntica, tenho imensa pena porque o adoro!

Sogra: é muito boa pessoa, mas gosta muito de passear com tudo que é homem e não quero o meu filho nesse ambiente...

Compreendo querida...

Mas sabes que dificilmente vais conseguir impedir que o pai leve o filhos aos fins de semana...

Ja fizeram regulação ??

Ainda não fizemos... mas eu sou obrigada a deixar o meu filho ir sem ser com o pai?? E as condições que ele tem não contam??

CFPLC escreveu-me há uns tempos:

Citação :

A meu ver, se um dos progenitores tem um emprego que o obriga a trabalhar, por exemplo, de noite, ou por turnos ou ainda aos fins-de-semana e não pode ou não quer mudar essa condição deve admitir que não reúne as condições para ter a criança. Custa! Pois custa …
E quando um dos progenitores não pode prestar os cuidados á criança terá que poder o outro. Afinal são os pais.
Não devem ser os avós, as madrastas ou os padrastos, os irmãos mais velhos ou quem quer que venha… a substituir um dos pais – de modo regular e permanente. Esporadicamente … se houver o tal acordo do outro pai! Não havendo o tal acordo existe a lei, para defender o tal direito fundamental da criança. E é importante voltar a recorrer a ela se algo não está bem, simplesmente. Isso não é andar por aí a comprar guerras… Como será reconhecido, em tempo, pelos nossos filhos: é lutar por eles.

É aqui que quero chegar, não tenho nada contra o meu filho estar com o pai. E se o pai um dia tiver um trabalho que não lhe ocupe as noites e quiser passar uma noite com o filho é óbvio que não lhe nego, mas não me parece que juíz nenhum me possa dizer que se não está com o pai deixo com a sogra acho que me salta a tampa!

mais ou menos...


Para ja o mais importante é fazerem a regulação...

As condições contam... mas aquilo que tu achas que lhe falta em condições, o tribunal pode não considerar impedimento para que o pai leve o filho no fim de semana.

alice.rosa,

Neste momento estou a preparar-me para tudo pois suspeito que quando o pai chegar do estrangeiro vai querer avançar com o pedido de 1 semana em casa de cada progenitor.

Claro que na cabeça dele a equação só é feita com 1 filho pois tende a esquecer que vem outro a caminho.

Se bem que tenho dias que não me parece uma má solução tenho outros em que isso parece ser a pior coisa que me podia acontecer!!

Quanto aos fds, o meu ex, quando presente nunca foi mau pai e o meu filho adora-o...portanto, pouco posso fazer!

Hoje agora à hora de almoço aconteceu-me algo que mexeu comigo: nos últimos dias o meu filhote tem perguntado pelo pai (começa a sentir a falta) e hoje porque não comia a sopa ralhei com ele...começou a chorar e a chamar pelo papá! Fiquei com o coração tão apertado!!
Será que um miúdo com esta idade já sabe o que é fazer chantagem??? Ou é genuína saudade??

Nada disso altera a dor que se sente!

Então vamos por partes para eu não ir tapadinha de toda para a regulação...

Imaginemos 1 casa com 2 quartos minúsculos.
Num dormem os meus sogros.
No outro dorme o meu ex e o irmão de 18 anos.

O meu filho vai dormir no chão? No sofá?

Isto para mim é uma condição importantíssima! Porque ele está habituado a conforto...

2.º Ponto: Pode um juíz dizer-me VAI FICAR COM A SOGRA??? Pode??? Baseado em quê?

Eu isto não entendo juro... se o pai não pode e a mãe pode vai ficar com a sogra ou a tia ou a madrinha por alma de quem?

Pois é querida, então e tu?? Não trabalhas???

que vais fazer ao teu filho quando precisares trabalhar??

Não me digas que nunca recorres as ajudas dos teus pais???

Não podemos ser tão intrasigentes... E uma coisa te digo... Legalmente não vais conseguir fazer nada...

o meu ex... a morada que deu em tribunal esta penhorada, não tem agua nem luz, não recebe as cartas... achamos q ja não moro la...

e mais mil problemas, coisas que nem imaginas, mesmo assim ãinda não consegui nada em tribunal...

Trabalho sim, trabalho durante a semana e o meu filho fica na escolinha.
Ao fim de semana não trabalho.
Desde que o meu filho nasceu nunca passou a noite com ninguém que não fosse eu.
Se vou sair ele vai comigo! Se não posso levá-lo então não vou ele nem vou eu!

Eu não sei como funcionam as coisas, mas não me parece "normal" eu ter de deixar o meu filho com outra pessoa que não seja o pai dele.

Eu entendo-te...

Mas tenta ver o outro lado....

Não vejo outro lado a não ser o meu e do pai!

As únicas pessoas que têm direito a ficar com ele, mais ninguém, nem meu pai, nem minha mãe, nem meus sogros!

E se isso está previsto na lei, bem... se já estava preocupada agora fico em pânico total... a minha sogra passa o tempo no café com homens (que não o dela), o meu filho fica entregue a quem????????

Não posso ver isto de outra forma... não posso, não quero, e se me propuserem tal coisa eu vou "panicar" em plena audiência.

Se ele arranjar uma boa advogada, pode acusar-te de alianação parental... ( isto esta mal escrito, mas agora n sei como se escreve...)...

Podes perder a guarda do teu menino... Informa-te bem sobre a legislação em vigor... A advogada da segurança socila vai logo dizer-te que o que pretendes é impossivel...

E estas enganada quanto aos avós... Conheço um caso em que a filha não queria que a mãe visse a neta... O tribunal decidiu que a avó tinha direitos, e tinha um dia por semana para ir buscar a neta... depois ela fugiu com a criança... e a mãe dela cansou-se da guerra e afastou-se pelo bem da neta...

bom dia,

alguém me sabe dizer se com guarda partilhada nenhum dos progenitores dá nada ao outro?

Passo a explicar: o pai diz que quando chegar do estrangeiro vai pedir a custódia partilhada dos 2 filhos e que se assim for ninguém tem de pagar nada a ninguém. Ora ele sabe que isso significa que não vou ter condições de pagar a casa onde actualmente estamos. Aliás,não sei se conseguirei pagar uma casa, as despesas de 2 filhos mais um carro que agora vou ter de comprar... assim sendo, como fazemos nestes casos?

Vou viver para casa dos meus pais com 2 filhos?

Alguém me sabe dar alguma luz sobre este assunto?

NRibeiro, tu já pensaste se é isso que realmente queres? Guarda conjunta? Antes de avançares num processo de divórcio pensa e obriga o pai a pensar. Porque se ele assumir que fica com as crianças 15 dias/mês, não pode de um momento para o outro fazer o que fez com o casamento: Decidir "abandonar o barco" e pouco tempo depois ir para o estrangeiro 2 meses.

Quem deixa uma mulher grávida com mais um filho pequenino de um momento para o outro, quem te maltrata de cada vez que fala contigo, será que tem capacidade para estar 15 dias com os filhos por mês?

Em relação ao dinheiro, pelos casos que conheço ninguém dá nada a ninguém. No entanto nos casos que conheço ambos os membros do casal são muito equilibrados quer em termos de conduta, quer em termos financeiros... De certeza que há aqui pessoas capazes de te responder.

A questão é que ele vai pedir a guarda conjunta e pelo que sei hoje em dia os pais conseguem...disse-me ontem que assim que chegar vai mudar de vida de forma a que consiga ficar com os filhos.

2ªF vou ao advogado mas até lá gostaria de sossegar um pouco esta ansiedade.

A diferença de ordenados é alguma (ele ganha mais) mas para além disso pode contar com o apoio financeiro da família.

Não te preocupes agora com isso.. Ele so quer destabilizar-te...

Com os teus filhos tão pequenos ele não vai ter qualquer hipotese na guarda conjunta...
Ou seja ele pode conseguir a guarda conjunta, mas jamais uma regulação em que as crianças estejam uma semana com cada um... alias acho que nos primeiro ano de vida, nem sequer pode levar o bebe a pernoitar com ele...

Informa-te bem, pesquisa ... não vas nas chantagens psicologicas dele

Olá alice.rosa,

Eu sei que não pode levar a bébé, mas poderá levar o irmão mais velho?
Não quero nem pensar nisso!

Eu sei que quando ele chegar vai agredir-me da maneira que conseguir. O problema dele é que acha que eu agora controlo tudo e que ele não tem acesso a nada...ora que culpa tenho que ele tenha decido ir para o estrangeiro? Se não consegue ter uma conversa de 5m ao telefone como lhe posso contar coisas?

Ontem quando falei com ele ao telefone, respondi-lhe no tom mais seco que consegui. Sabes o que me disse? Se não era capaz de falar normalmente como se estivesse numa caixa de compras a fazer um pedido!!!??? Inacreditável as comparações!

POis...

Achas que os tribunais podem dividir os irmão, ou seja, um tem guarda partilhada e o outro não enquanto não crescer?

Em determinada altura, as coisas andaram tão más com a minha mulher, que se falássemos, acabávamos a discutir, mesmo que antes da conversa, prometesse-mos que não íamos por ai, mas era impossível.

Sem querer, encontrei uma solução, que permitiu que dissese-mos tudo o que havia para dizer, sem cair na agressão mútua: Por email, que não é mais do que a versão moderna da carta.

Curioso como quando escrevemos, temos tempo para pensar e repensar o que muitas vezes é suficiente para nos acalmar-mos.

Você tem alguns assuntos em que ele pedi respostas. Envie-lhe um email com essas respostas. Cria logo uma distância e poupa-se às chantagens psicológicas dele