Quando é uma surpresa? Como reagir?

Com certeza,Rui, mas sabe o que nos dá um certo alento?Saber que não jogamos tudo pro alto de uma hora pra outra, saber que tentamos, que não magoamos nossos filhos , ou seja que permanecemos íntegros, como se diz aqui no Brasil, "saímos de cabeça erguida"... Não é nenhum consolo maravilhoso, eu sei, mas saiba que você, estará melhor daqui uns tempos...e a melhora é gradual, até um dia se levantar e não pensar tanto nisso, até se levantar e definitivamente não pensar nisso!!!Temos todos muita coisa em comum, talvez passamos por traições, por perdas ou insucessos, mas também temos em comum a vontade de vencer, de esquecer o passado e seguir em frente, a vontade de não ficarmos presos em mágoas, de criar nossos filhos com a alegria de viver!

boas tardes

depois de ler todos estes posts, identifiquei a minha situação com a de alguns, como é obvio.
estou a 5 meses separado da minha mulher, passei muitas noites sem dormir, muitas vezes sem comer, mas aos poucos e poucos estou-me a levantar. logicamente que ainda tenho os meus dias maus mas sei que vai ser assim durante uns bons tempos, sentimentos não se perdem de uma hora para a outra. curiosamente os dias que passo pior são os que estou com ela para resolvermos os assuntos pendentes, e na minha opiniao faz-me bem estar afastado dela sem ter contacto ( lá diz o ditado olhos que não veem, coraçao que não sente) e ao principio evitei os amigos comuns, coisa que errei porque neste momento e tirando a minha familia são o meu maior suporte. por mais que nos custe e eu sei bem o que custa temos de olhar para tras e vermos se realmente eramos felizes ou nao e encarar esta etapa como uma 2ª oportunidade para a felicidade.

Reserva 77...
A minha situação é parecida com a tua ...Tens de cuidar de ti e não olhar para traz, seguir em frente ...em muitos casos elas não merecem o que tiveram ...será que eras feliz ou puro comodismo ...quanto á 2ª oportunidade esperar com tranquilidade.

Continuo, por vezes e como agora, num turbilhão de pensamentos, tentando ponderar e pesar o bom e mau das minhas hipóteses actuais, para o desfecho desta história.

Digamos que me encontro numa zona de rebentação, e não sei se me hei de dirigir ao mar, ou a terra.

Estou-me a recuperar profissionalmente, o que me leva a "ganhar terreno" com a auto-estima em cima e poder financeiro para começar a ter comigo as minhas bebés. Sei que isso a faz aproximar de mim. No entanto, perante estes novos factores de autonomia e de sentimento de estar a criar uma nova equipa de apenas 1 elemento, e de pensar que "até me safo bem assim", começo a ficar indiferente a um possível retorno, ou mesmo até a criar barreiras a essa possibilidade.

Claro que ainda gosto dela, embora esteja essa, como uma emoção que se está a desvanecer de dia para dia.

E o casal com dois filhos? - Pergunto-me - Cada vez mais me clarifica a ideia de que já há muito, e desde que ela começou, em força, a abdicar da presença familiar em prol da formação e evolução profissional, que grande parte do tempo, já era eu o pai e a mãe das nossas filhas. Se ela é boa mãe? Sim, é boa mãe. Transmite às cachopas um ambiente feliz, quando está com elas. Se se aguentava sozinha? Não... E como tal, apoia-se em mim (porque não arredo pé das minhas miúdas), e na mãe, que lhe vai amparando os golpes, enquanto mantiver a paciência para tal.

Calculo que esteja muito perto dos motivos de ter adiado (ou cancelado) a ideia de avançar para o divórcio. No entanto, continuamos separados (e da minha parte, cada vez mais, apesar de por vezes me soltar um "gosto muito de ti" ou um "quero-te comigo"). Em casas separadas e em cruzamentos ditados maioritariamente por coincidências de horários da saída dela ao emprego, e a minha chegada lá a casa para ir buscar a mais velha para levar à escolinha, ou no fim do dia, quando ela chega do trabalho e ainda lá estou eu, a desenhar com elas, ou a dar-lhes o jantar, cumprimentamo-nos com dois beijos na cara, como se fossemos apenas amigos, e isso deixa-me triste.

Hoje, foi o aniversário da mais nova, e apesar de estarmos todos juntos, senti-me tremendamente afastado da realidade de estar em família. Estava a gostar de estar com as minhas filhas e a brincar com elas à medida que fazia a decoração da sala da minha sogra.

Considero, muito a sério, ser eu agora a pedir para avançarmos para o processo de divórcio.

Rui Nunes escreveu:

Continuo, por vezes e como agora, num turbilhão de pensamentos, tentando ponderar e pesar o bom e mau das minhas hipóteses actuais, para o desfecho desta história.

Digamos que me encontro numa zona de rebentação, e não sei se me hei de dirigir ao mar, ou a terra.

Estou-me a recuperar profissionalmente, o que me leva a "ganhar terreno" com a auto-estima em cima e poder financeiro para começar a ter comigo as minhas bebés. Sei que isso a faz aproximar de mim. No entanto, perante estes novos factores de autonomia e de sentimento de estar a criar uma nova equipa de apenas 1 elemento, e de pensar que "até me safo bem assim", começo a ficar indiferente a um possível retorno, ou mesmo até a criar barreiras a essa possibilidade.

Claro que ainda gosto dela, embora esteja essa, como uma emoção que se está a desvanecer de dia para dia.

E o casal com dois filhos? - Pergunto-me - Cada vez mais me clarifica a ideia de que já há muito, e desde que ela começou, em força, a abdicar da presença familiar em prol da formação e evolução profissional, que grande parte do tempo, já era eu o pai e a mãe das nossas filhas. Se ela é boa mãe? Sim, é boa mãe. Transmite às cachopas um ambiente feliz, quando está com elas. Se se aguentava sozinha? Não... E como tal, apoia-se em mim (porque não arredo pé das minhas miúdas), e na mãe, que lhe vai amparando os golpes, enquanto mantiver a paciência para tal.

Calculo que esteja muito perto dos motivos de ter adiado (ou cancelado) a ideia de avançar para o divórcio. No entanto, continuamos separados (e da minha parte, cada vez mais, apesar de por vezes me soltar um "gosto muito de ti" ou um "quero-te comigo"). Em casas separadas e em cruzamentos ditados maioritariamente por coincidências de horários da saída dela ao emprego, e a minha chegada lá a casa para ir buscar a mais velha para levar à escolinha.

Hoje, foi o aniversário da mais nova, e apesar de estarmos todos juntos, senti-me tremendamente afastado da realidade de estar em família. Estava a gostar de estar com as minhas filhas e a brincar com elas à medida que fazia a decoração da sala da minha sogra.

Considero, muito a sério, ser eu agora a pedir para avançarmos para o processo de divórcio.

Boa noite ...já vi tudo ...uma família a quatro ...abraço!

Olá Rui!!!
No fundo todos nós sabemos que o divorcio é a melhor saida mas não queremos aceitar,agora quando olho para o passado eu penso:como pude suportar tudo aquilo? Foi por amor? Amor não é isto....quando apartilha é feita só de um lado,a confiança é só quando convem,os filhos são só meus porque dão trabalho e mesmo quando eu olhava para ele e sabia perfeitamente o que ele estava a sentir sem que da parte dele houvesse o minimo esforço para sentir o mesmo... não é amor e não o quero.
Mesmo da parte dos meus filhos há uma nova forma de ver as coisas e,para eles, o sorriso da mãe basta para se sentirem bem...foram tantas as vezes que me viram triste e agora dizem-me:nunca tivemos uma vida como agora,somos felizes(tesos)mas felizes.
Contigo vai acontecer o mesmo e vais sorrir de novo e as tuas meninas vão sentir-se felizes por ti...

Rui,

Se sabes que ela se aproxima e afasta de acordo com a quantidade de notas que tens na carteira, do que precisas mais para teres a certeza de que acabou? Custa, claro que custa. Mas custa mais andares ao sabor das decisões dela.

Ela até pode transmitir um ambiente feliz quando está com as filhas mas se és principalmente tu e a avó que tratam delas, isso é ser mais uma visita do que propriamente mãe... ficar só com a parte que não dá trabalho.

Não achas que mereces mais?

Pensa em ti Rui, as meninas serão sempre tuas filhas e isso não vai mudar! Até para o amor que dedicamos aos outros tem de haver limite!

Pois... Sei que houve comodismo de parte a parte, e no nosso relacionamento creio ter havido um bom equilíbrio e objectivos comuns, que nos manteve até ao ponto de viragem.
Mas é verdade que ela é inconstante e, essa variabilidade dá cabo de qualquer um, até dela mesma. Claro que já não confio, e a confiança é fulcral para qualquer relacionamento. Também o humor económico deixou-me desiludido com ela. Só pode existir desconfiança, daqui para a frente, sobre a possibilidade, quase certa, que à mínima oscilação, à mínima dificuldade, ela salte fora, novamente.
Isso é incomportavel, e isso é que me fez decidir ser agora eu a avançar para o entendimento da separação-divórcio.
Estou a ver se ganho coragem e se escolho bem a forma e palavras correctas para comcluir aquilo que ela começou.
Não quero ser tão brusco, como ela foi. Acho que ninguém merece isso, nem como contra-resposta.
Embora fique o bichinho da vontade de conquistar para abandonar. Mas eu não sou assim. Sou mais do tipo "és responsável por quem cativas". E ela é e vai continuar a ser a Mãe das minhas filhas.

Quanto a merecer mais ou menos, acima de tudo, todos merecemos o respeito que conquistamos. Em relação ao resto, creio que não existe nada tabelado sobre o que cada um merece. Acho que o mínimo que se merece é o ser feliz tanto o quanto fazemos os outros felizes.

Rui Nunes escreveu:

Quanto a merecer mais ou menos, acima de tudo, todos merecemos o respeito que conquistamos. Em relação ao resto, creio que não existe nada tabelado sobre o que cada um merece. Acho que o mínimo que se merece é o ser feliz tanto o quanto fazemos os outros felizes.

Rui, gostei muito de ler!

Não gostei desta parte...

Rui Nunes escreveu:

Embora fique o bichinho da vontade de conquistar para abandonar.

Que raio de bichinho é esse? Ódio, vingança? É bom que mates esse bichinho e que o enterres ou incineres de uma vez.
E não digo isto por respeito à outra pessoa, é por respeito a ti próprio. Nada pior para te mander preso a algo mau do que isso. E o estares preso a algo mau, impedir-te-a de conseguires o bom

Não é dar-te na cabeça... É chamar-te à atenção!

Pedro, esse bichinho é algo de intrínseco, existente em toda e qualquer pessoa. É o lado negro do "eu".
Como sei que o tenho, exteriorizei a sua ideia para a expôr bem visível... O pior mal é aquele que existe invisível. É assim que eu controlo os meus diabretes. Acho que os controlo melhor do que os meus "anjos".

Excelente Rui, tens razão quando dizes que todos temos um lado mau! Temos é de ter noção disso e controlo pleno!
Vai em frente!

ola meus caros lutadores

desculpem o desabafo mas estou completamente perdido neste mundo

passo a contar a minha novela rasca ao estilo mexicano

conheci a minha companheira ha 9 anos atras. ela namorava desde miuda com um fulano mas depois de tanta mentira e tanta traiçao por parte dele acabaram e passado 2 meses começou a namorar cmg. foram 6 anos de namora maravilhosos cheios de aventuras e cumplicidades ate que chegou o momento de dar-mos o nó. foi tudo mt bonito, construimos uma casa fantastica, tudo funcionou as mil maravilhas ate q ela perde o emprego e cai numa ligeira depressao. entretanto arranja novo emprego mas ja nada era como antes. comecou a criar comflitos com a minha familia, começou numa rotina morbida e decadente, sexo era so por encomenda, as lidas domesticas ou eu as fazia ou a minha casa tornava-se numa etar. ate que estranhamente ela lembra-se de pressionar para ter um filho. eu la aceitei porque afinal qual é a nossa missao nesta vida??? e la começamos a saga de ir a medicos, de tratar da nossa descendencia...
e de repente! booommm
rebenta uma bomba atomica. ( descubro que ela contactava o tal ex namorado por telefone )
confronto-a com a realidade e ela pura e simplesmente ao 1 negou a pes juntos mas confrontada com provas irrefutaveis la cedeu e disse q estava confusa e dividida. decidimos uma separaçao temporaria. resultado... ja vive uma louca paixao com ele e fui completamente ignorado e espezinhado.
tentei a reconquista e ai fui torturado ate morrer...

nao sei como lidar com esta situaçao pois ja la vao 2 meses e nao consigo a esquecer nem sequer tenho força para avançar com o divorcio pois ainda tenho a estupida esperança do regresso...

tenho medo do que ainda ha-de vir no futuro, a dor constante, o pessimismo latente na minha mente

a injustiça domina a minha alma...

bom dia Hfilipe.
li a tua historia e so te queria deixar uma mensagem...es muito novo e mereces ser feliz, nao vale a pena esperar por ela. ela ja fez a sua escolha . tu segue a tua vida...vai custar um pouco ao inicio mas depois passa . nao te deixes ir abaixo...
Fica bem.

Filipe... isso custa do carago ao inicio mas tem a certeza que passa.

És ainda muito novo e pensa que tiveste a sorte de nao haver filhos.

Nada de ficar á espera que a vida nao espera por ninguem.

Vive e se feliz!

obrigado pelas vossas mensagens.

mas digam-me? onde é que arrumo esta angustia?
em que cofre fecho este sentimento de injustiça cruel?

Essa resposta eu nao tenho. So o tempo se encarregara de sarar essas feridas.

Não deve ser fácil... Arriscaste e perdeste, mas será que se fechasses os olhos as coisas se passariam de forma diferente?
Nada acontece por acaso. Vocês separaram-se no momento em que tinham decidido ter um filho numa altura de crise...

Agora o presente: pretendes mesmo alargar o "temporário" até "que ela decida voltar"?(Tens consciência que estás a correr um novo risco, não tens!?). E... supondo que ela volta: Terás a capacidade de aceitá-la? Voltar a confiar nela? Perdoar-lhe?

Pensa nisso e, caso a resposta seja positiva, tenta lutar por ela. Se depois de tentar, chegares à conclusão de que não vale a pena, fica tudo resolvido de vez.

Olha que a morte do amor é como qualquer outra morte: custa menos morrer de vez do que morrer lentamente. Pensa nisso!

HFilipe,

Ela está com a idéia no ex-namorado, não há nada a fazer além de a deixar ir...

Não te concentres em esperanças, o que tiver que acontecer acontece e depois logo decides.

Nada te vai impedir de sofrer, vais ter que ir pensando "é um dia de cada vez", e cada vez custa menos, e vais vendo que daqui a uns tempos tudo isso te começa a ser indiferente. É a tal coisa de dar tempo ao tempo.

Para aliviar, tenta desviar o pensamento disso e cortar completamente o contacto, sair e conviver com pessoas, ajuda no processo.

Tudo de bom para ti!

Filipe,

Faz amanhã precisamente um mês que as coisas se deterioraram de tal modo entre mim e a minha mulher (traição da parte dela) que não hesitei em que ela saisse de casa em menos de uma semana e já tenho os papeis do divorcio entregues desde 2ª feira passada e isto porque tive de resolver uns problemas com conservatorias, caso contrário teria sido antes.

Ela não me pediu desculpas, não se justificou ou mostrou arrependimento e não podia agir de outra maneira, quando continuava a manter o relacionamento com outro.

O primeiro passo é analisares o momento actual.
Pela minha experiencia penso que não volta.
Não te humilhes, propõe o divorcio rapido e por comum acordo.
Logo vês também a reação dela. Ou ela caí na real e falam... ou segues em fente...

Um abraço.

Filipe,
penso que o que de importanete que havia a dizer já foi dito. Não queira deixar de te dizer que não é fácil, não vai ser fácil, mas não há mal que o tempo não cure. Não és o primeiro nem vais, infelizmente, ser o último homem/mulher a passar por isto. Por isso pensa bem no que queres, se não vais estar a adiar o inadiável.
Podes sempre contar connosco, que aqui estaremos para apoiar/ajudar no que nos for possível!

antes de mais obrigado a todos pelas mensagens de apoio pois ajudam a descarregar angustias e ver que de facto isto é uma constante em muitas vidas.

mas digam-me se isto é normal. fui acusado ( por ela ) entre outras conversas completamente anormais de ser carinhoso de mais. que ela queria um homem que soubesse dar um murro na mesa quando as coisas nao funcionavam em vez de dialogar e compreender a situaçao. fui acusado de por vezes saiamos de casa e eu perguntava onde queria ir e como homem ja saberia onde querer ir. fui acusado de ser mt conivente com a minha mae ( que coitada perdeu o meu pai e esta demasiado carente ). fui acusado ate de contar a verdade ao circulo restrito de amigos ( que claro viram logo o temporal ).
enfim... torturou-me com estas situaçoes ao ponto de eu no desespero aceitar isso e sentir culpa na destruiçao do casamento.
acham isto normal?

HFilipe escreveu:

antes de mais obrigado a todos pelas mensagens de apoio pois ajudam a descarregar angustias e ver que de facto isto é uma constante em muitas vidas.

mas digam-me se isto é normal. fui acusado ( por ela ) entre outras conversas completamente anormais de ser carinhoso de mais. que ela queria um homem que soubesse dar um murro na mesa quando as coisas nao funcionavam em vez de dialogar e compreender a situaçao. fui acusado de por vezes saiamos de casa e eu perguntava onde queria ir e como homem ja saberia onde querer ir. fui acusado de ser mt conivente com a minha mae ( que coitada perdeu o meu pai e esta demasiado carente ). fui acusado ate de contar a verdade ao circulo restrito de amigos ( que claro viram logo o temporal ).
enfim... torturou-me com estas situaçoes ao ponto de eu no desespero aceitar isso e sentir culpa na destruiçao do casamento.
acham isto normal?

sao reaçoes de pessoas fracas que nao conseguem enfrentar a verdade e metem as culpas nos outros como se fossem elas as vitimas, e tu caiste...tal como tu o disseste..."...eu no desespero aceitar isso e sentir culpa na destruiçao do casamento."
nao deixes que ela te destrua e reage...