Como ultrapassar a solidão

Isto, Nocas, é morrer aos pedaços.

Ter filhos é morrer aos pedaços...

Postal escreveu:

Entendo-te perfeitamente Sandra. No Verão a Lara foi para a praia com a avó, a tia e a prima e... soube-me bem não ter de me preocupar com pequenas coisas: fraldas, água, comer, dormir, ver por onde ela anda, etc, etc

Pois, Postal, tb me sabe bem quando fica com os tios ou avós...e não me preocupo...

Sei q gostavas mt que a tua filha convivesse com o pai, mas ás vezes nem sabes a "sorte" que tens...sei q não pensas assim, e tens toda a legitimidade e razão para lutares pelos direitos da tua filha, mas é tão difícil Postal, tão difícil deixá-los...ir.

Ter filhos é bom, é ter alguém que amamos
incondicionalmente, é olhar para aquelas carinhas lindas e saber que faríamos tudo
por elas, é sentir angústia na ausência mas uma grande alegria no reencontro. Resumindo
ter filhos é bom.


Abraços

Lolablue escreveu:

Isto, Nocas, é morrer aos pedaços.

Ter filhos é morrer aos pedaços...

Pois, Lola, quem disse que ser crescido era fácil????

Caramba...tinha de ser assim, uma "morte" tão dolorosa"???

Ninguém disse que era fácil, Nocas...

RS:

Claro que ter filhos é bom!

Não depreendam da minha "amargura" de hoje nada de errado, ok?

É que há dias assim, em que se está carregado de negativismo. O tempo também não ajuda nada...

Ter filhos é fantástico; é a única forma de amor completa que eu conheço, absolutamente incondicional e que não muda nunca, por muito que o "objecto" de amor mude...

Mas também tem esse lado de dor, de morrer aos pedaços...

Ter filhos é estar constantemente na corda bamba

Mas será que existe amor sem dor????
Tem que haver sempre opostos, 1 não existe sem o outro.

Eu queria muito acreditar que sim, que amor não rima com dor.

Por isso é que só estou disposta a deixar estar na minha vida este tipo de amor - o que tenho pelos e para com os meus filhos.

À parte disso, se é para rimar com dor, que se lixe o amor.

Lolablue escreveu:

Eu queria muito acreditar que sim, que amor não rima com dor.

Por isso é que só estou disposta a deixar estar na minha vida este tipo de amor - o que tenho pelos e para com os meus filhos.

À parte disso, se é para rimar com dor, que se lixe o amor.

Tou contigo, Lola!

Mas...o tempo para esses lados tá gafinho de nuvens, não?
Anima-te...pleeeeeease!
Vai um abracinho?.... Melhorou? Ok, assim é que é!...
Beijinhos

Tá uma chuva do catano, Nocas...

Mas, chegou cá esse abraço!

Obrigada

Pois é aqui para o norte está aquela chuvinha molha tolos, e eu que tirei o dia para trabalhar em casa.

Pois é Lola upa upa para cima e para a frente é que é o caminho, eu só queria dizer que por ex. só existem dias tristes porque ja tivemos ou vamos ter outros melhores. Só se sabe o que é bom depois de ter tido o mau. lol Um grande abraço

Também tenho um diário (aliás, vários - que já duram há muitos anos) e que o meu ex fez o "favor" de ler quando ainda andava aqui por casa.

Aconselho vivamente a todos - escrever lava a alma e alivia a dor. Sugiro até que lhes escrevam cartas virtuais (que sabem que nunca vão entregar, mas que o imaginem a ler - vão ver que também resulta!)

Esta última experiência não sinto necessidade de fazer com o meu ex porque já lhe disse tudo o que tinha a dizer (no que respeita à relação) mas quando perdi o meu pai tenho noção que foi uma grande ajuda escrever-lhe cartas a dizer tudo aquilo que ficou por dizer...

DIFF escreveu:

Aconselho vivamente a todos - escrever lava a alma e alivia a dor. Sugiro até que lhes escrevam cartas virtuais (que sabem que nunca vão entregar, mas que o imaginem a ler - vão ver que também resulta!)

Essa das cartas virtuais também faço. Tenho dezenas lá por casa, na gaveta da cabeceira. E às vezes releio-as para me aperceber o porquê de me ter sentido assim naquela altura e para ganhar novo alento para a minha luta interior.

Olá a todos,
cheguei aqui há pouco tempo e acabei por me registar por achar que este espaço uma ideia fantástica. Estou separada há 6 meses e tenho dois filhos. Achava que estava a ficar imune a todas estas mudanças, mas com o aproximar do Natal reconheço que está a ser bem mais difícil do que quería.... Tinha-me oferecido como voluntária para passar a consoada com os sem abrigo em Lisboa, mas acabo de perceber que me alistei tarde demais...Alguém conhece programas para uma consoada fora da família?
obgda
Rita

Lamento, Rita, mas desconheço!

Mas, já têm voluntários demais?
Há prazos para alistar?

Acho incrível!
Sempre pensei que ajudas nunca eram demais... vá lá uma pessoa saber!

Tenta o hospital da tua área...alguns têm voluntariado.

Oh Nocas!

Eu juro pela felicidade dos meus filhos que ía sugerir o IPO mas achei que ainda ía causar mais dor, a sugestão, quero dizer.

Porque a experiência em si ... é verdadeiramente libertadora.

browneyed girl escreveu:

Oh Nocas!

Eu juro pela felicidade dos meus filhos que ía sugerir o IPO mas achei que ainda ía causar mais dor, a sugestão, quero dizer.

Porque a experiência em si ... é verdadeiramente libertadora.

Julgo que não, BG, bem pelo contrário...

Olá Natalia. Essa fase que estás a passar é mesmo isso: "uma" fase. Vais ultrapassar isso...
Duma forma ou de outra, quase todos passamos essa fase. O tempo tudo cura. É só ter paciência e saber esperar. Um dia a ferida deixará de doer, cicratizará. E quando cicratizar, virará passado!!
Forcinha e acredita em ti, tu és a tua melhor amiga!! Ninguém te fará melhor companhia senão tu mesma. Aprende acima de tudo a viver bem sózinha! Jinho enorme

olá jorge, eu estou separada há 2dois anos, e agora é que começo a ter aquela sensação no peito, de um abraço, de fazer coisas tão simples a 2 como passear, ver tv e pq não?de conversar, de olhar nos olhos do outro e sentir um sentimento.
mas todos dizem k não se procura, eu sei tb não procuro, mas tb como encontro? e como passa esta sensação?tb não te sei responder, pq apesar de já ter sofrido, acredito num amor baseado na amizade, no respeito, no humor...

Jorge escreveu:

Bom Dia,

como após o divórcio, todos passam por este sentimento/situação, a todos aqueles que se separaram há mais tempo eu coloco uma questão:

Como ultrapassaram/minimizaram esta situação/sentimento?

Boa sexta-feira

Jorge

Tita, sabes que quando temos filhos pequenos quase nem nos apercebemos de que estamos sozinhas. Ainda no outro dia eu comentava com alguém que queria saber como é que eu estou, e eu respondi "eu tenho sempre alguém de quem tomar conta, estou sempre bem" e é verdade.

Na verdade também tenho mais que os meus filhos, já tenho um abraço mais do que de amigo, saídas a dois... e isso que tu desejas... mas não fiz nada para ir à procura dele. Aliás eu não tenho praticamente tempo para isso, mas... aconteceu. E vai acontecer contigo!...

Pensando que estar sozinha tambem e muito bom. Ver um dvd, ir ao cinema, arrumar a casa e mesmo estar sem fazer nada de nada e optimo.

E tambem e bom arranjar actividades para conviver c pessoas novas, por exemplo danças de salao. Eu 6 feira ja vou!!! Adoro dançar e deve ser super divertido

porque o problema nao e a solidao, e o nosso mal estar interior... isso e que temos de trabalhar

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

Poema de Fátima Irene Pinto

Olá a todos,
Eu estou a escrever para ver se não sinto muito, estou divorciada desde dia 13 julho 2010, sinto-me muito sozinha, não sei com ultrapassar isto, não estou a conseguir, varias vezes penso em ir ter como meu ex e voltar, não consigo ultrapassar isto, tenho saudades de um almoço de domingo, de vir para casa e saber que tenho alguem á minha espera, digo-vos está a ser muito complicado. Não me apetece sair, tenho saudades de um abraço, de conversar, estou a escrever isto e é so baba e ranho. Não sei como enfrentar o divorcio. Engraçado que quando eu estava casada (estive 25 anos) de vez em quando tinha necessidade de estar sozinha, agora que estou não consigo suportar.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Olá Maria,

Conheces a letra da canção do Antonio Variações, "só estou bem onde não estou, só quero ir para onde não vou"?
A maioria de nós somos assim! Insatisfeitos por natureza!

Mas precisar de momentos a sós não quer dizer que sejamos pessoas solitárias, precisamos de momentos, não de um estado contínuo de solidão!

Mas calma, passaste a maior parte da tua vida acompanhada é normal que agora te falte algo! Mas não quer dizer que seja falta do teu ex, quer dizer é que ainda não aprendeste a viver só contigo mesma.
Eu sei como te sentes, estive casada 23 anos, mais 4 de namoro, e quando o meu ex saíu de casa, o chão abriu sob os meus pés!
Sentimos falta das rotinas (que às vezes já nem suportávamos), de saber que amanhã vai ser igual a hoje, perdemos as nossas certezas e referências. A incerteza do amanhã mata-nos!
Até aprendermos que amanhã é só mais um dia, que quer queiramos quer não ele vai acontecer, pois então que seja da melhor forma! E ficamos preparadas para o futuro!
Ainda é tudo recente, dá tempo ao tempo, arranja um hobby, distrais-te e ajuda-te a fazer novas amizades. Faz o que já não fazias há muito tempo e sempre quiseste fazer. Enfim, procura distrair-te e quando deres por ti a dor passou!
Força [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Analu,

Obrigada pelas tuas palavras.