Desabafos!!!

MSP
Porque não pedes um advogado na seg. social?
Até pode ser que não consigas mas não custa tentar...comigo resultou e tive muita sorte nas pessoas que encontrei...nunca me deixaram ficar mal!!!

Chamo-me Andreia e estou a passar por uma fase de separação...

Em meados de Julho tive uma discussão com o meu marido por telefone que despoletou no dia seguinte a uma conversa que não estava nada há espera, nada fazia prever aquilo que ele estava a sentir.
Disse-me que não queria continuar a viver assim pois desde Abril que me sentia distante pois procurava-me e eu rejeitava-o tanto fisicamente como emocionalmente, quando chegávamos a casa pouco falávamos ele sentava-se no sofá ao computador e eu ia com a minha filha para o meu quarto diz que esperou que eu mudasse e nada. Perguntei-lhe o porquê de não termos conversado na altura certa e ele disse que ficou há espera que mudasse, acho que a nossa relação virou rotina, estagnou.

Conversamos bastante e chegamos à conclusão que teríamos os dois que mudar, eu assim o fiz passei a estar mais tempo com ele, falávamos sobre os nossos dias de trabalho, fazíamos planos para os fins de semana, era mais carinhosa com ele procurei mudar a rotina que o nosso casamento se tornou.
Passados uns dias disse-me que as coisas não estavam a resultar e que achava muito repentino eu ter mudado tanto, achava que eu fingia, não queria que estivesse sempre em "cima dele".

Achei estranho esta conversa e comecei a notar diferenças nele, mesmo quando fazíamos amor não o sentia como antigamente parecia-me muito distante, comecei a notar que me escondia coisas, comecei a desconfiar de uma colega de trabalho com quem ele diz que desabafou e que ultimamente no facebook comentavam muitas coisas um do outro.
Fui frontal e perguntei-lhe se estava interessado nela, disse a rir que não, eu fiquei desconfiada, como não estava a conseguir viver com estas inseguranças e desconfianças tentava falar com ele, dizia-me que já não sabia o que sentia por mim, que os nossos feitios eram muito diferentes e que nos estávamos a magoar muito. Claro que discutíamos mas eram discussões saudáveis (para mim), disse que estava a precisar de férias e para darmos um passo de cada vez. Mas todos os dias eu ia para o trabalho com uma angústia tão grande que quando vinha para casa os nervos tomavam conta de mim e chorava, dizia que não sabia o que queria mas que não me queria fazer sofrer.

Andava constantemente a esconder-me conversas por msn e e-mail trocados com a tal mulher. Decidi então ter uma conversa com ele sem gritos e discussões (já andava há base de calmantes) depois de lhe perguntar o que se passava me disse que se tinha apaixonado pela tal mulher do facebook, senti que o mundo me tinha fugido de baixo dos pés, parecia que estava a cair num abismo, mas mesmo assim pedi-lhe para darmos mais uma oportunidade à nossa relação que já dura há quase 13 anos por tudo aquilo de bom por que passamos e pela nossa filha.

Disse que não me tinha traído que não era capaz de fazer isso e que neste momento apenas queria ser meu amigo, queria estar cá para me apoiar e me proteger.... queria continuar a viver cá em casa pela nossa filha (5 anos) e pela amizade que me tinha lógico que não era isso que eu queria dele.

Durante este tempo todo deixei de comer de dormir, andava exausta sem saber o que fazer, a minha filha apercebia-se que andava triste que chorava e por mais que tentasse não conseguia estar "bem". Uma das coisas que me disse foi para pensar nela e apoiar-me nela... é difícil.

Depois de ver uma conversa que ele teve com uma tia onde disse coisas que me magoaram profundamente disse-lhe para sair de casa pois não consegui viver com alguém que me estava a magoar profundamente e continuava a não ser sincero comigo.

Neste momento está me casa dos pais dele, vê a filha todos os dias. Como sempre tive uma relação muito boa com a minha sogra (é como se fosse uma 2ª mãe) ele manda-lhe sms a saber como estou pois neste momento ela é das poucas pessoas que me tem dado forças para seguir em frente, não sei o que pensar desta atitude de preocupação comigo, será mesmo amizade ou estará confuso?

Tento seguir com a minha vida para a frente mas é tão difícil, ainda o amo muito... sinto-me sem forças para nada, sinto-me perdida não sei o que fazer....

Estou a tomar calmantes, anti-depressivos e comprimidos para dormir mas acho que preciso de um psicólogo estou a tentar arranjar pelo SNS mas é difícil e os particulares são muito dispendiosos.

Pensamos que só acontece aos outros...

Olá pipa, bem vinda ao fórum, sei que está a ser mt dificil, sabes no fundo tudo o que tu sentes todos nós, uns já sentiram, outros ainda sentem, não sei, mas sentimos que parámos no tempo, sem conseguirmos continuar....mas aos poucos vais conseguir encontrar forças, e superares todas as dificuldades.... depois tens a tua filha que tb precisa de ti....
Quanto ao psicologo eu penso que podes pedir à tua medica de familia, para ela te encaminhar, ou mesmo na net, podes procurar.....porque a terapia tb vai te ajudar...

e incrivel quando se tem uma mulher que o ama e se esforca por ele as coisas acabarem assim. mas pipa sera que tambem nao deixas-te a monotonia dar cabo de tudo? penso que os casamentos teem todos esse problema de nao verem a tempo e de cultivar a amor a cada dia e nao so quando o outro de repente quer acabar.

Obrigada Maria Coceição pelas palavras de apoio, ao ler todas as mensagens de casos como o neu tenho que conseguir seguir com a minha vida para frente e não me entregar a todo este sofrimento, sou nova e tenho uma vida pela frente e tenho que ir buscar forças aos meus amigos que me apoiam e principalmente à minha filha que eu tanto amo.

Carlos sei que o nosso casamento se tornou uma monotonia e que essa monotonia tenha dada o origem a tudo isto, mas eu cheguei a uma altura em que desisti de fazer planos e de o incentivar a sairmos, irmos ao cinema, sempre que tentava combinar um jantar e uma saída com amigos ou só mesmo nos 2 ele dizia que estava muito cansado e que não lhe apetecia... Devia ter insistido mais, não sei...

Cara Pipa,

Uma das coisas que digo sempre a todos os que vêem aqui ao fórum ainda com dúvidas é, que uma relação só está terminada quando no teu íntimo tiveres desistido dela. Ou seja, independentemente do que eu ou outras pessoas possam dizer por aqui, tu tens que fazer o que sentes que é certo para ti neste momento, o que te faz feliz, sem pensar que podes mais tarde arrepender-te disso.

Quanto à tua situação em concreto, na minha opinião e da minha experiência, as mudanças que se fazem raramente geram resultados. Por um lado há coisas que não se conseguem mudar (fazem parte da própria pessoa... da sua maneira de ser), por outro porque (pelo que percebo) as pessoas ficam como que programadas para determinados comportamentos. Por exemplo se o teu marido costumava chegar sempre mal disposto a casa, mesmo que agora chegue bem disposto e atencioso, tu já não estás à espera disso e não reages em conformidade (isto é um exemplo como outro qualquer).

Portanto o meu conselho seria, decide o que queres, o que te faz feliz e depois vai atrás disso, custe o que custar e sobretudo sem olhar para trás e sem pensar: e se...

Quanto a psicólogo, penso que o deves fazer, até porque se já estás a ser medicada (pessuponho que não seja auto-medicação, porque isso pode fazer-te ainda pior) precisas sobretudo é de falar e resolver as coisas na tua cabeça.

Pipa.

A sua história é muito parecida com a minha. Após 10 anos de um casamento estável e supostamente feliz, com uma filha de 10 anos, meu marido começou a reclamar do nosso relacionamento, dizendo que estava cansado da rotina, queria conhecer coisas novas, viver a vida, recuperar o tempo perdido, mas sempre negando que tinha outra pessoa. Com isso, decidimos que deveríamos nos separar. Logo depois disso, descobri que ele estava com outra mulher (ele também me jurava que nunca tinha me traído). Em seguida pedi o divórcio. E hoje estamos divorciado há 2 meses, ele se mudou para a cidade onde mora a tal mulher e eu fiquei com nossa filha. Pelo que sei ele está bem envolvido (apaixonado) pela outra.

No início da separação ele também me ligava, querendo conversar, ser meu amigo. Eu nunca aceitei isso. Cortei totalmente qualquer relação com ele!

As vezes, o que eles querem é experimentar o novo, o diferente, arriscar. Enquanto isso, ficam nos dando esperanças, para depois, se não der certo, eles voltarem.

Não me arrependo de maneira alguma de ter pedido o divórcio e ter deixado ele ir embora. Sei que vou encontrar alguém inteiro pra mim. Não quero uma relação pela metade.

A gente sofre, mas passa...

Olá.
Garantidamente a postura do advogado não é a correcta.
Faz uma queixa na ordem dos advogados, contando exactamente o que aconteceu.
Pedir documentos a um advogado não é mais que um direito e eu não entendo a razão pela qual, existe a quebra de confiança.
Sem querer fazer juízos de valor, penso que não te foi entregue os documentos solicitados… porque não havia documento algum!
Então toma lá a melhor saída… para ele!
Só que existe entidade para regular e onde podes apresentar queixa. Inclusive pedir o teu dinheiro de volta.
Ordem dos Advogados!

Valeska neste momento ele vive em casa dos pais, que é ao lado da minha, e só foi para lá porque eu disse que não suportava viver com alguém que me estava a magoar profundamente e que me disse que já não me amava e que se tinha apaixonado por outra mulher, provavelmente se não lhe tivesse dito o que disse ainda estaria aqui em casa para ser meu amigo, deu a desculpa por causa da nossa filha que tem 5 anos e que em Setembro vai entrar na escola e vai precisar de acompanhamento.... blá blá blá.

Ele quer que seja eu a decidir o que fazer... ele meteu-se nesta situação não deu sequer hipótese a tempo de falarmos e decidirmos o que fazer e quer que eu decida... numa das conversas disse-me que éramos os 2 imaturos mas ele está a ser egoísta e imaturo pois não tem coragem para se decidir.
Talvez porque a outra mulher também está separada do marido a viver com a mãe e está a passar por um divórcio difícil... talvez tenha sido isso que os tenha aproximado não sei, mas provavelmente se ela estivesse só ele já tinha ido não sei.

Queria ter a coragem de lhe dizer que queria o divórcio (mas ainda gosto dele) a nossa filha disse-me uma noite em que dormiu cá em casa que estava triste porque não nos queria ver separados... doeu-me muito e apenas lhe disse que nós a amávamos e que iríamos estar sempre com ela mas ela é muito pequenina para entender.

Sempre tive uma relação com os meus sogros diferente da maioria, para mim são como uns segundos pais para mim e neste momento estão a dar-me algum apoio dizem que quem tem que sair cá de casa é ele e não eu, mas o meu problema são as finanças, pago uma prestação ao banco que me leva a totalidade do meu ordenado, isto tudo me faz pensar em tanta coisa que me sinto perdida e sem saber o que fazer.

Fico feliz por ver que a Valeska tomou a decisão acertada para si. É através destes testemunhos que procuro um sentido para a minha vida.

Sempre fui uma pessoa insegura com a auto-estima em baixo e considerada que não era boa em nada, agora quero tomar um rumo e está muito difícil de ultrapassar.
Penso que quando começar a falar com o psicólogo, me vai ajudar a ultrapassar feridas antigas que tenho de infância e olhar em frente de uma outra forma, agarrar-me à minha filha e aos amigos que gostam de mim e me dão valor...

Vai passar mas demora....

Gente socorro, penso que nao vou suportar tamanha dor, ontem decobri que o meu ex marido vendeu um imovel no qual eu possua uma parte, na mesma hora em que fiquei sabendo nao me controlei, liguei pra ele para saber da historia, ele me disse que foi apenas um contrato e que se tudo der certo so vai ser fechado dia 15/09, nao sei o que fazer pois todos me diziam que era muito cedo para entrar com litigio e agora fico sabendo dessa. Me ajudem sera que posso confiar nessa pessoa? Estou tao confusa, nao tenho ninguem para me dar apoio. Nao confio nele pois ele me fala uma coisa, as pessoas me dissem outra, o que fazer?

Como é óbvio não estou dentro da "coisa" mas sendo tu tb proprietária do imóvel não deverias saber antecipadamente desse contrato?Não me parece de muito boa fé fazer as coisas sem o teu conhecimento...mas isto é só a minha opinião...
è óbvio que não queremos o litigio mas também não podemos ser comidos por lorpas...portanto fica alerta!

E hoje sou eu que preciso de desabafar.

Passei-me. E nunca me tinha passado. E nunca à frente dos meus filhos. Sinto-me mal. Mas tão mal...

O problema é recorrente. E sempre que surge eu resolvo. Sou eu que resolvo. Sozinha. E com sofrimento para os meus filhos.
Sempre que ficam com o pai, dormem com o pai. Desnecessariamente. Ainda assim nunca, mas nunca disse ao pai que existe outra forma de resolver o assunto. Porque entendo que aquele não é o meu espaço e como tal não me devo imiscuir. Mas o que é facto é que isto afecta os meus filhos. Dormem com o pai num quarto com duas camas de solteiro. O meu filho numa cama, ela e o pai noutra. Apercebi-me também que por vezes o pai dorme numa cama e os filhos dormem juntos na outra. De facto, em casa dos avós existe uma sala com um sofá cama onde o pai poderia dormir e ambos os filhos teriam cada um, uma cama num quarto à parte. Esta é a realidade. Mas sempre achei que não deveria ser eu a chamar o pai à atenção para este facto. E nunca o fiz. Muito embora o pai tenha uma casa dele, mobilada e pronta, onde cada filho tem um quarto seu. Casa esta ao lado da casa dos avós paternos. Noutra cidade onde os meus filhos não vivem. Mas mais uma vez isto não me diz respeito. E sempre que os meus filhos voltam de casa do pai ... o fado recomeça.

Nos fins de semana do pai chegam Às 9 da noite e po-los a dormir cada um em sua cama é um drama. Ao fim de 3 dias o mais velho volta à rotina. Ela não. Ela não adormece sem contacto humano. E recorrentemente tenho o mais velho a chorar sozinho na cama dele porque me deito com a mana e com ele não.

E sinto-me mal. Como mãe estou a faltar ao meu filho porque o discrimino em relação à irmã (muitas das vezes depois de ela adormecer na cama dela, vou para a dele até que ele adormeça). E não estou decididamente a ajudar a minha filha.
Com as férias tudo isto se agravou. Não só não querem os quartos de ambos como querem dormir comigo na minha cama - dormiam assim com o pai durante as ferias.

Tenho um ano lectivo a começar. Ela vai para o primeiro ano e tem horarios a cumprir. E eu estou sozinha em Lisboa. E vejo-me a domir 3 horas por noite e tudo a voltar atrás. E pergunto-me como é que vou dar conta do recado.

O pai vive do outro lado do rio. Escolheu assim. Nunca lhe deve ter passado pela cabeça que os filhos precisariam dele. Não tem importância. A mae está cá.
E tenho duas crianças para entregar às 9 da manhã em duas escolas diferentes. Coisa que só será possível porque cheguei ao ponto de bater de porta em porta, na rua, para conseguir por a minha filha numa escola que ficasse relativamente perto do irmao. Sim andei de porta em porta, a pedir morada a estranhos para poder inscrever a minha filha "naquela" escola. E consegui. Consegui ainda que ficasse na turma de uma antiga coleguinha dado que nao conhece ninguem na escola nova.

E consegui com o apoio e força de alguns de vós aqui. De quem não me esqueço nunca e dou graças por fazerem parte da minha vida REAL.

A tudo isto o pai assistiu impavido e sereno, sem sequer se dar ao trabalho de pedir a familiares dele que cedessem a morada para garantir que pelo menos sem escola a filha nao ficaria. E ainda teve o despauterio de me ligar, depois de tudo isto, a perguntar-me qual o melhor caminho para escola da filha. Já sei ... devia ter-lhe mandado o link do google maps.

Ando desde domingo a tentar, pela enésima vez, recompor o ramalhete.
Estou cheia de trabalho. Até à ponta dos cabelos. Devia até estar de ferias com os meus filhos (sim, o pai marcou ferias dele para o mês de Agosto. por vontade dele, teria ficado de ferias com os filhos a ultima semana de julho e a primeira de agosto, posto isto fazia uma semana de intervalo e voltariam mais duas semanas para o pai - a mãe nao precisa de ferias ... e ainda assim as ultimas duas semanas de ferias da mae com os filhos sao ... pasmem-se: em calendário lectivo)

Voltei a ligar o pc à noite. Fico na sala e espero que cada um adormeça no seu quarto. Para evitar que venham para a minha cama. Qual quê. É uma romaria de pé descalço que só termina de madrugada comigo exausta.

A noite passada foi igual. E foi muito mau. A carneirinha lá de casa entra num ataque de histeria, de pulos e berros - comportamento que não é dos meus filhos e alguns de vós que os conhecem sabem que os meus filhos não são assim.

Dado que anteontem recebi um sms do paizinho às 0.40 ...

(nao trocamos sms's, é raro, os assuntos dos filhos são falados de viva voz e por vontade do pai seriam à soleira da porta coisa que recuso porque nao dignifica de forma nenhuma aquilo que entendo que devem ser as relações entre pais e filhos) a avisar-me que haveria uma reuniao na escola da filha e acabava de ver no site do agrupamento escolar (ridiculo, para quem nao tem um email para dar a nao ser o do trabalho é ofensivo ... dado que na passada segunda feira, nao so tive de levar a filha para o trabalho como estive 4 vezes em cada um dos agrupamentos escolares dos filhos ... o pai nao pode andar nestas coisas porque tem horarios para cumprir, das 9 às 5 e ala que é cardoso que o benfica me aguarda)

... entendi que devia ligar ao pai, sem fazer drama, para que pudesse comprovar que aquela situaçao não é boa para os filhos. Yap. Eram 1.20 da manha. Atendes tu? Pois não.
Podíamos estar num hospital - já aconteceu- e mais uma vez ... pai... nao há.

Esta manhã, acordo às 7 da manhã. Acordo sempre 5 minutos antes do despertador ... e penso que isto já vos diz qualquer coisa. E tinha a minha filha a dormir na minha cama. Olhos inchados de tanto ter chorado e berrado e a descansar. O pai viria buscá-los às 8.30.
Deixei a criança dormir enquanto quis. Deixei ambos os filhos dormirem e fiquei de vela aos meus filhos. Acordada e a fazer por descansar. Acordaram com o toque da campainha de casa. Às 8.30.

O mais velho abriu a porta ao pai e eu ajudei a mais nova a despachar-se. A mafarrica de ontem era hoje a expressão do anjo em pessoa. Garotos vestidos vão ter com o pai e eu enfio uns jeans e uma t-shirt e oiço uma voz que dizia assim: "tens aí o pequeno almoço?"
Não na casa de banho nao tenho pequeno almoço. O resto adivinhem ... e foi mau, foi muito mau. Ainda me vinha o senhor pregar-me sermões que me desautorizam na frente dos meus filhos, falar-me de respeito ( uiiiiiii nem sabe onde se meteu) porque tinha horarios a cumprir ...

Nunca ... nunca os meus filhos tinham presenciado nada de menos bom. Nunca.
Isto foi tudo o que eu nunca quis para os meus filhos.
Pus o senhor na rua e nao saiu.
No fim disse-lhe que de hoje em diante nao voltava a cruzar a soleira da minha porta e que doravante esperasse na rua.

ps: a mae nao tem horarios. tem prioridades. filhos. e depois trabalho. e por isso trabalha sábados e domingos quando nao tem filhos, compensa as horas perdidas/ganhas a lutar pelo que entende ser melhor para os filhos e droga-se com trabalho porque há coisas quanto às quais nada pode fazer ...

Desculpem o desabafo que deve ser o mais comprido e egoista da hiostoria deste forum ... porque na verdade isto nao é nada comparado com o que vai no mundo.

Sinto-me derrotada.
Sinto que perdi tudo aquilo porque lutei aqui.

E custou tanto. custou tanto. e eu tinha tanta vaidade no que conquistei para os meus filhos, esforcei-me acima de tudo para que a relação pai/mãe pós divórcio fosse exemplar.

mas a historia é a de sempre. quem dá não pode dar sempre ... porque chega um dia em que... sou só humana e não posso dar mais.

nao posso dar mais. nao consigo dar melhor.

Egoista o tanas, pá

Não percebo é como aguentas tanto, há muito que devias de ter deixado de ser "justa" com a casa dele. Se o que ele faz em casa dele te afecta, passa a dizer-te respeito, tão simples como isso.

Ninguém pode fazer o que quer e os outros que aparem os golpes e consertem os estragos, apara tudo voltar a ser partido na vez seguinte.

Já te dou mais na cabeça...

PS: e por muito que não gostes, não podes proteger os filhos de tudo e de todos.

Bem que preciso dos teus estalos lúcidos hoje.

Não sei o que mais posso fazer.
E não sei como vai ser isto daqui prá frente.
Mas o que é facto é que o senhor é como é.

E eu sou mãe dos meus filhos. Não dele.

Fácil, encostar o senhor à parede.

Ele têm de ser responsável pelos filhos e têm de perceber isso. Ele não pode ser egoista ao ponto de lixar a vida aos filhos por comodidade.

Senão arrisca-se a que os filhos deixam de lar ir.


umas ameaças, ás vezes fazem milagres

Eu disse-lhe isso hoje.
A manter-se este cenário os meus filhos não pernoitam com o pai.

Mas o senhor mente. A minha filha é um castigo para comer. e eu ignoro as cenas. não quer comer nao come. Fica sozinha à mesa ou no dia seguinte o pequeno almoço é o jantar do dia anterior. Digo isto ao paizinho ha 2 anos e o senhor diz que com ele ... nada!

Ouvi da boca da avó paterna, com quem falo 3/4 vezes num ano, há coisa de um mÊs: "ela é terrível. eu só lhe digo vai comendo que quando a avó acabar ajuda-te"

Ele mente.
Eu não confio.

Minha QUERIDA!!!!!

Se afecta os vossos filhos, diz-te respeito sim!!!!!

E como és tu, sim, TU, que estás lá todos os dias, a todas as horas, com os filhotes, tens o direito, mais, TENS O DEVER, de o colocar na ordem, pois o que é feito está a afectar os miúdos, bastante, pelo que descreves!!

Tb eu, no período mais negro, as minhas dormiam comigo, mas cheguei a um ponto em que até a porta do meu quarto tranquei à chave, para não virem mais para a minha cama!!! Foram umas noites assim, com a elas a baterem à porta, à 00h, à 01h, até que começaram a perceber que eu não abriria!!! Uma semanita, custou mas passou!!!!

Minha cara, mete-o na linha, fala o que é que não pode se repetir, diz-lhe o pq e as consequências nos filhotes e até em ti!!!

Não temos que andar indefinidamente a aparar os golpes e estragos dos outros na vida dos filhos, eles que assumam as consequências do que fazem!!!

Eu já não aparo mais, já não escondo, já não disfarço, agora é preto no branco!!!!

Os filhos tb têm que crescer, ver a parte menos boa da coisa, ver os actos dos outros e fazerem o seu próprio julgamento!!!!

Liberta-te desse fardo, explica aos miúdos o pq das coisas!!!!

Já vi que vou ter de educar o senhor ... mas também sei que isso não é possível.

Mas efectivamente vai ter de ser.
Não sei resolver afectos à pedrada mas há certas coisas que não podem continuar porque nao quero nem pensar como ira ser a adolescencia ..

Obrigada Adelaide.
É mesmo assim.

O pai pode ser um gajo fixe.
Eu sou a mãe. E é essa que escolho ser. Sempre.
Recuso-me a arrumar as coisas deles. Recuso-me a procurar o carregador da PSP porque o menino não sabe onde deixou ... azar. Agora não há. Para a próxima já vai ter o cuidado de usar e arrumar num sítio próprio.
Ser pai 4 dias num mês não será fácil. Mas a escolha não foi minha.
E quem compra uma casa de 5 assoalhadas numa cidade onde os filhos não vivem também não deve querer ser mais do que isso: pai 4 dias num mês e amigalhaço para jantar a meio da semana (mas nunca ás 4.ªs feiras: o benfica é sagrado)

E tens toda a razão Adelaide.
O sol não se pode tapar.
E um dia os meus filhos haviam de vê-lo.
Na sua face menos bonita.

Na mouche, minha querida, na mouche!!!!

A ti não te compete andar a tapar os buracos dos outros, deixa ser ele a tapar, se não tapar problema dele!!!!! A vida se encarregará de...

A nós só nos compete ser mãe!!!! Única e exclusivamente!!!! E nós, isso fazê-mo-lo muito bem, viramos este mundo e o outro, tudo o que seja necessário, mas existem coisa que não estão ao nosso alcance e não nos competem!!!!!

Impõe limites!!! Chega!!!!! As crianças têm que ter rotinas, ainda mais com a escola a chegar!!!

Não gosta?! Temos pena!!! Mas és tu que as levas todos os dias à escola e as metes na cama!!! propõe-lhe a troca!!!! Pode ser que goste depois do fandango que é levar à escola, atls e afins, trabalhos de casa etc!!!

AH mulher aonde é que anda aquele rodar a baiana??!!!! Põe os pontos nos IIISSSSS!!

Essa vai ser a próxima.
A repetir-se o fandango os filhos deixam de pernoitar com o pai.
E se espernear ... ok. Fica ele com os filhos e eu no papel inverso.

E depois quero ver o senhor levantar-se todos os dias às 6 da manhã para passar a 25 de abril antes das 7 e ficar plantado à porta de duas escolas até às 9 da manhã com duas crianças podres de sono. E que provavelmente ficarao a dormir nos bancos da escola.

E depois quero vê-lo cumprir os seu famosos e sagrados horarios.
E vir dar-me lições de respeito (saltou-me a tampa ... mas à séria).
Fiquei fora de mim.

Força, rapariga.
O facto é que podes parecer que viras a má, perante os teus filhos, mas a realidade é que eles precisam de regras, e tens de as fazer cumprir, senão , isso mesmo, trocas os papeis e verás se ele e eles vão gostar. Nada como viver o dia-a-adia das situações pra se perceber afinal o que é educar.
Afinal os filhos têm de ver o pai que têm, e é enfrentando as situações que eles irão perceber.
Não te martirizes, tens feito o teu melhor.

Querida BG por muito que nos custe, depois do divorcio nao podemos mais controlar o pai das crianças nos dias que lhe compete. Nem as crianças nesses dias.

Compreendo perfeitamente a tua frustaçao mas em primeiro lugar tens de te fazer respeitar. Nada dessas coisas de ser justa pos divorcio. Fazes o que tem de ser feito para te irritares o menos possivel, dentro de tua casa e dos teus limites. Em casa do pai nada a fazer...

Já pensaste em q podes tb tu dormir c os miudos. POr exemplo uma noite por semana, seria benefico para todos.

Mantem a calma, pensa em soluçoes fora do normal, afinal as regras para familias monoparentais mudam depois de um divorcio e de nos vermos a sós com filhos.

Respira fundo, nao tenhas medo de te impores mas vai c calma que é para todos um novo habituar de situaçoes. Afinal de contas mudar custa e demora muito tempo.

beijinho minha amiga

Bisa,

Obrigada por tudo. Eu estou de facto exausta. Mas isto não é justificação para aceitar situações que em nada abonam aos meus filhos.
E nada disto é novo. Os pais estao separados há ... errr.... deixa cá contar ...21 meses. Chega. A fase de transição já foi.

Dulinha,

Tudo. Eu já tentei TUDO. E até a situação que propões. Com dois, porque são dois filhos, a competir pela minha atenção ... e não funciona. Não é sustentável. Nas noites em que nao dormiam na minha cama ... também não dormiam ... porque ficavam de espreita: ele a ver se ela se levantava a meio da noite e ela a fazer o mesmo a ele. A ver quem é o primeiro a furar o esquema.

O problema não é o dormir na minha cama (é porque não durmo, mas eu enfim ... venho no fim de tudo) e sim o conjunto de cedencias que isso implica: implica que eu perca a minha autoridade e ela nao obedeça, implica que o irmao nao me respeite porque cedo à menina, implica que às refeiçoes a menina estende as cenas de chantagem ... e a tudo isto eu tenho conseguido ter mão. Eu tenho travado isto. Mas não aguento muito mais porque isto não é sustentável no tempo.

E continuar a ceder a isto será ter que ser ceder a sei lá o quê na adolescência.
Eu não posso continuar a ceder e colar cacos da loiça partida pelo pai ... só porque "são Excelentes alunos e nem se nota que são filhos de pais divorciados e quem lhe dera a muitos com os dois pais em casa" como já ouvi da boca dos professores.

Pode fazer bem ao meu ego de mãe mas não faz bem aos meus filhos. Não faz.