Boa tarde,
Sou uma recém-separada. O meu companheiro pediu-me a separação há mais de um mês e, apesar do nosso relacionamento não funcionar a qualquer nível, confesso que me apanhou desprevenida.
Já interiorizei a separação. O que me custa realmente é estar longe da minha filhota uma semana.
Ele quis a guarda partilhada e eu aceitei.
No entanto, fico de rastos quando não estou com a pequenita. Por mais racional que tento ser, não consigo evitar ficar em baixo quando a menina está com o pai.
Quando a menina nasceu, eu optei por tomar conta dela durante dois anos. Fiz tudo o que foi necessário. Depois, aos dois anos foi para a creche e de seguida para o jardim de infância. Fui sempre eu a levá-la e a buscá-la. O pai chegava por volta das 18h30, mas o meu horário de saída permitia-me ir buscá-la mais cedo. Não estou a dizer que o pai não lhe prestava atenção, no entanto era eu que passava mais tempo com a menina, levava-a ao parque, brincava com ela, etc.
Agora, é uma semana com cada um. Quando está comigo, pergunta-me muitas vezes porque não pode ficar sempre ao pé de mim. E eu lá lhe respondo que os pais gostam muito dela, mas que já não vivem juntos, por isso, tem que estar uma semana em casa de cada um.
A minha história com o meu ex-companheiro não é bonita. Foram cinco anos de violência psicológica e verbal. Eu mal podia ver a minha família. Não podia sequer convidá-los para ir a casa nem sequer podia convidar as minhas amigas. Como a casa é da família dele, sempre que havia uma zanga, ele expulsava-me de lá aos berros e ameaçava que ficava com a custódia da menina.
Eu sei. Quem é a naba que aguenta cinco anos daquilo? Fui eu, por medo, medo dele e de recomeçar de novo, e porque no fundo tinha uma pequenina esperança que algo mudasse.
Gostaria de saber se alguém está a passar ou passou por uma situação semelhante.
Obrigada,
Nina