Filhos! A coisa mais importante do mundo...

Pelo número de participações percebe-se a importância do tema.

No meu caso e achando que sou um pai presente, não vou fugir do 26-4. A custódia partilhada deve ser muito violenta, principalmente para crianças pequenas (a minha perolazinha tem 3 anos). Não sendo a mãe uma má mãe, vou ter que me sacrificar e aproveitar as horas de almoço para estar com a filhota.

Já falei num jantar entre os fins-de-semana, ela concordou, mas enquanto não vir os papéis assinados, pode sempre voltar atrás e limitar-me aos 2 dias de quize em quinze.

Vai custar não lhe dar um beijo de boa noite...

Os meus filhos são a minha vida, a minha força, o meu coração, são tudo. Pensar ficar sem eles é o maior sofrimento que conheço.

A minha história é muito longa, cheia de pormeneores, mas vou tentar abreviar.

Estou separada desde Março, ele saiu de casa para ir viver com outra. A minha filha tinha quase dois anos e o bebé, ainda na minha barriga, estava a um mês de nascer. Eu percebia que já nos ultimos tempos de vida em comum ele já não me suportava - a cabeça e coração já estavam noutra pessoa - e eu nem precisava de me mexer ou falar, bastava existir.

O bebé nasceu e ele assistiu mas nem pestanejou. E assim foi sempre. Em oito meses, nem oito minutos esteve com o menino ao colo. Só se lembra da menina - e é apenas quando lhe dá jeito.

Saiu de casa e nunca mais contribuiu financeiramente para os filhos, mas continua a achar-se cheio de direitos porque é pai. E pronto!

Em Outubro, depois de ter vindo a casa visitar a filha, que estava doente, tivemos uma discussão, ele até me agrediu. Infelizmente não foi aprimeira vez. Disse-lhe nesse dia "vemo-nos em tribunal". Ele adiantou-se e pôs-me uma acção pelo poder paternal primeiro. Cheia de mentiras, cheia de ódio, e a requerer o poder paternal e a guarda dos meninos para ele.

Não acredito que o consiga, mas mesmo a ideia que ele possa começar já a levar a minha filha para dormir com ele, ou o bebé por umas horas me tira a fome, o sono, o sossego e a alegria ou vontade de viver. A menina já começou a não quer ir com o pai, mesmo só por umas horas (ele deixa-a nos pais dele e nem fica lá) e afirma que não quer lá dormir. O bebé não o conhece - porque ele nunca quis - e chora só de ver a cara dele (como de qualquer estranho), quanto mais ir ao colo...

Não sei qual vai ser a decisão, estou tão angustiada, tão triste. Depois do que ele me fez, foi aos meus filhos que me agarrei e eles a mim também. Sem eles sinto-me incompleta, como se me tirassem um pedaço, como se me cortassem os braços...

FA,

Em primeiro lugar desejo-te muita força nestes tempos que se avizinham. Depois quero dizer-te que ele não consegue o poder paternal, nenhum juiz neste país o dá aos pais se a mãe for minimamnete responsavel. Quanto a ele levar os meninos, ele só os poderá levar com o poder paternal regulado e isso só vai acontecer quando estiverem os dois de acordo. Duvido que ele consiga levar o bebé porque quando são pequeninos ficam apenas uma hora ou duas com o pai e sempre na presença da mãe, isto é a fase da habituação. Em relação à menina acho que deves incutir-lhe a ideia que não é mau ir para o pai para que não sofra com as idas que são inevitáveis, uma vez que ele faz questão disso. Aos poucos tudo se encaixa, acredita. Com todos os casais na rua situação acontece assim, demora, sofre-se um pouco, mas depois tudo acaba por passar...
Eu sei que é doloroso, mas olha, os filhos devem gostar de pai e mãe igual e a menos que ele lhes faça mal (aí tudo terá que ser tratado de forma diferente) deves sempre tentar que eles gostem de pai e mãe, por muito injusto que isso pareça...

Olha, eu sei que cada caso é um caso, mas de certeza que depois de lhe passar esse ódio que ele sente vai ser uj bom pai e gostar dos filhos....o ser humano tem a tendencia de transferir sentimentos.... tem esperança que tudo vai melhorar...E nós estaremos por aqui para te apoiar...

Beijinhos e muita força

Fa

Muita força e acredita que nenhum juiz te tirará os filhos....mas tens de ter ir habituando aos poucos, pois os teus filhos mais cedo ou mais tarde vão passar algum tempo com o pai.... custa... mas o tempo ajuda... acredita que ajuda mesmo.

Muita força e coragem, beijinhos

Nao cruzes os braços nem te deixes cair nessa letargia que tao difiçil e de sair dela.

Es mae, cabe-te a ti lutar pelos interesses dos teus filhos. Eu tb sou da opiniao que e bom os filhos continuarem a relaçionar-se c ambos os pais. Mas se a tua filha nao quer estar com ele .... algo vai mal... e ai que se lixe as teorias e a lei!!! Pensa na tua filha!!!!

Mas falar e façil... eu sei

Muita força nesta hora difiçil e nao te deixes ir abaixo!!! E vais ver que tudo se ira resolver.

Obrigada pelo apoio, pelas palavras de alento. Nesta altura em que me sinto tão desamparada, a época do Natal também não ajuda. Não tenho propriamente saudades dele nem o quero de volta (nem ele nunca quererá voltar), mas tenho muita pena pelos meus filhos quando olho à minha volta e vejo famílias absolutamente - e absurdamente - normais a viver a magia desta quadra. Eu sou a mãe que leva os filhos (com a minha irmã) a ver a árvore de Natal no parque Eduardo VII, que lhes compra os presentes sozinha, que vai às festas de Natal ainda a explicar porque é que o pai das crianças não vai...

FA
Vais ter de ter muita força e paciência! Antes de mais já devias ter pedido no tribunal a regulação do poder paternal, não só para estabelecer a pensão de alimentos, mas também o regime de visitas e a guarda das crianças. Não me parece que te possam tirar a guarda das crianças, fica descansada quanto a isso. A pensão de alimentos ele tem que pagar, e mesmo que ele não possa pagar o tribunal manda-te para um fundo de garantia de alimentos, em que eles pagam a pensão de alimentos em vez do pai. Trata disso quanto antes.
Consulta este site, pode ser que te esclareça algumas coisas:
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Beijinhos e conta sempre connosco

FA

Também lutei pela custódia da minha filha e tenho-a na íntegra. No entanto ela vai de 15 em 15 dias passar um fim de semana com o pai. Não quer ir, chora, agarra-se a mim e depois volta de lá sempre com febre, diarreia... Nem parece a mesma menina.

Mas eu e ele temos uma relação menos conflituosa que a tua e estamos a tentar resolver tudo....

Força. Se precisares de um advogado compentente, fala comigo que te posso aconselhar.

Beijinhs

Ondamari,
Não percebo como é que temos de deixar ir as crianças quando elas não querem. Sei que só a partir dos 12 anos é que podem ser ouvidas e manifestar a sua vontade de ficar ou não com o pai ou a mãe, mas mesmo mais cedo, a sua contade não devia ser contrariada. Onde á que isto faz sentido?

Se a tua filha não quer ir, não devia ir. É porque não deve ser afastada do pai? Porque psicologicamente lhe faz mal se não passar tempo com o pai? e não lhe fará mal ir se não quiser? Desculpa, não leves a mal os meus comentários, mas é assim que eu penso.

A minha filhota já começou a dizer que não quer ir com o pai. Acaba por ir mas porque ele a convence, aliciando-a. Pois não sou eu que tenho de convencê-la.

Acho que as crianças não devem ser contrariadas neste aspecto, não devem ir com quem não querem. Só porque está num papel?

Não sei o que o tribunal vai decidir para os meus filhos, estou com medo, sobretudo pelo bebé que não tem qualquer relação com o pai - porque este nunca quis!! - que é para ele um estranho.

Agora ele lembrou-se que os quer levar no Natal! Contam-se pelos dedos de uma, sim uma, mão as vezes que ele pegou no bebé ao colo desde que nasceu há quase 8 meses. Agora quer levá-lo o dia todo para dar essa prenda aos paizinhos. É que nem pense!

FA:

Nao penses que es sozinha a fazer tudo. Pensa sim que es capaz de fazeres sem preçisares de ninguem. E nunca estas sozinha tens o teu filho e tens-te a ti!!!!

E nao olhes para o lado, as vezes so se vive de aparençia...

Bjs

FA

o tribunal muito dificilmente retira os filhos à mãe, mesmo que ela tenha menor capacidade económica que o pai. No teu caso o bebé então, sendo tão pequeno nunca passará longo tempo com o pai enquanto não for maior.

Sinceramente, espero que ele não os consiga levar no natal...

Olá...
tenho um filhote adolescente e uma princesa de 3 anos. Ambos adoram o pai. Ele é de facto um pai amoroso, dedicado e carinhoso. Noutro dia estava eu a passar pela sala e a menina estava muito enroscadinha ao colo do pai, os dois num abraço afectuoso. De repente ela chamou-me e disse-me "senta aqui, mamã, ao pé de mim e do papá". Caíu-me tudo e comecei a pensar que direito tenho de acabar com estes momentos?
Vocês passaram por estas dúvidas? Esta culpa? mas por outro lado penso: ficar infeliz mais 10, 15 anos até os filhos saírem de casa é inviável. Eu vou separar-me sim, mas os meus filhos... carambas...
Puxa, isto não é nada fácil! Obrigada por estarem aqui

Olá,Slim
è importante trabalhar os apegos pelo poder da compreensão(amar não a apegar-se)mas também entender uma coisa simples:o rio nunca corre para trás.
Tudo que acontece,acontece em algum tempo certo com propósito definido.
Nada acontece por acaso ,pensa, portanto, refletindo antes de separar. Reflexiona, porém, muito antes o que seu coração almeja ,o melhor para vocês,os pequenos de hoje serão os adultos de amanhã.O diálogo e compreensão formam bases sólidas e saúdaveis.
As dúvidas projetadas para o futuro sempre surgem em horas inesperadas com juros capitalizados. O que puderes reparar agora não transfiras para amanhã. , produze bens valiosos e não te arrependerás.

Seu coração é o melhor amigo e conselheiro.

O amor é a chave....

Acho que todos nos ja tivemos e continuamos a ter essas duvidas. Mas no final tens de pensar se queres manter o casamento pela tua filha ou por ti??...

A separaçao faz maravilhas, e voces nao deixam de passar momentos optimos c a vossa filha, mas separadamente.

Hoje ele veio buscar a filha. Até ela ter 3 anos vai ser assim, todos os domingos.

Ela, durante vários dias falava no episódio em que o pai a deixou sozinha a chorar no quarto. Quando acorda da sesta está acostumada a chamar e aparecer alguem por perto. Mas dessa vez ele não apareceu. Ela conta que chamou, chamou, chorou e o "papá não veio" e que saiu da cama e foi descalsa à procura dele. "Onde estava o papá?" Respondeu "na sala, a dar beijinhos à ..." Foi há um mês. Só recentemente deixou de falar nisso.

Hoje foi contente com pai. Ele apareceu e ela esqueceu-me, deixei de existir. Eu sei que o mais importante é que ela seja feliz, que ela goste de estar com o pai. Mas sinceramente, fico magoada, triste, não com ela mas comigo própria face àquele amor pelo pai que não tem investimento, dedicação, sacrifício da parte dele. Sou eu quem a trata, quem faz tudo por ela, quem sorriu e bricoou com ela mesmo nas alturas em que mais me apetecia chorar. Depois ele aparece e ela esquece-se de mim? É tão pequenina, é tão inocente. Eu é que sou a adulta e tenho ciumes dos dias em que ela está com o pai. Serei má mãe neste aspecto?

Quanto ao filho, continua sem lhe ligar praticamente. Como ele não investe no menino, também não tem retorno. O bebé não quer ficar ao colo dele, estende os bracinhos logo para mim. E eu? Fico parada a olhar? Pego nele porque o pai mo oferece logo. Parece que tem alergia ao filho.

O meu sempre levou os dois, mesmo que me custe muito custa-me mais separar os irmãos e habituam-se a fazerem tudo quanto querem. Da primeira vez que ele saíu de casa levava na mesma os dois, o mais pequeno tinha uns 10 meses e a mais crescida tinha 4 anos.

Sempre foi um pai ausente, nem a árvore de Natal ajudava a montar, não ligava aos filhos, não ia aos parques, não brincava com eles.... só fazia o mínimo e porque a isso era obrigado. Agora é um SUPERPAI até se cansar... talvez.

Noutro dia disse que queria a guarda partilhada fiquei doenteeee. Dediquei-me à família de corpo e alma, a tempo inteiro, ele nunca ligou muito aos filhos e agora quer metade/metade???? Ele pode pedir isso????

FA,

a minha fiha tem 2 anos e meio. Confesso que nas primeiras vezes que o meu ex a levou ela praticamente me ignorava também. Eu chorava baba e ranho, ficava na maior fossa e nada do que me dissessem ou fizessem ajudava. Tenho muito a agradecer ao meu namorado pois nessas alturas sempre esteve lá, de pedra e cal a aturar-me as neuras e a tentar sempre distrair-me...

Entretanto,sem eu perceber porquê essa fase passou. Depois, passou pela fase em que chorava ela baba e ranho pra ir com ele. Depois de eu a entregar ficava novamente de rastos. Porque raio tinha de a mandar se ela não queria ir? Só porque um Tribunal de Menores que não nos conhece de lado nenhum assim o obrigava. Andei muito revoltada nessa altura. Ainda mais a minha menina vinha sempre doente, ou ferida (em alguns casos com gravidade) sempre que lá ia...

Agora ela vai feliz. Mas, não se esquece de mim, nem me ignora. Dá me meuitos abraços, muitos miminhos e depois diz «não fica triste mamã. vou com o papá, mas tu ficas com o Didi» (o meu namorado). Ela agora quando me vê um bocadinho mais triste pergunta logo se vai para o pai... Acho que tenho de esconder que fico triste. Não quero que ela se sinta «culpada» da minha tristeza.

A minha filha já passou pela fase de não querer ir com o pai. Ia porque ele acabava por convencê-la geralmente com o argumento que vence qualquer criança: dizia-lhe que tinha lá em casa muitas prendas para ela.

Agora vai com o pai sem este precisar de a convencer. Mas volta feliz de vir para casa. E quando vai diz sempre que não quer lá dormir. Já vivo em terror e ansiedade o primeiro fim de semana que ela tiver de lá passar. Faltam só dois meses. Como é que ela vai ficar? Nunca dormiu fora de casa sem mim. Há quase um ano que o pai saiu e nunca mais dormiu com ele.

Tenho uma angustia tão grande que me sufoca, que me comprime o peito, uma sensação de mal estar tão grande que não sei descrever e para a qual não encontro consolo!

Querida FA, não sofras por antecipação!

Goza bem o tempo que tens até lá...e depois, bem...depois fala connosco, cá estaremos!

Um abraço

Compreendo a tua angústia FA. Mas, há algo que (tanto eu como tu) temos de nos convencer. Custa-nos muito mais a nós que a elas. Hoje é sexta feira. Dia em que a minha princesa vai para o pai. Confesso que hoje já chorei bastante ao pensar que ela vai. Sei que é uma estupidez mas custa-me horrores sempre que ela vai. E já é assim há um ano e ainda nao me adaptei...

Ondamari e FA,

Acho que nunca nos adaptamos, pura e simplesmente arranjamos estratagemas para ultrapassarmos esses períodos...e faz-nos mt bem, quer queiramos quer não, a nós, aos filhos e aos pais.

e sim, tb acho que eles (filhos) adaptam-se melhor que nós...

Eu bem que tento.

Nestes fins de semana sem ela pareço uma «barata tonta». Faço horas extraordinárias no emprego. Saio à noite, tudo para a noite dormir descansada sem ter sempre a mente a trabalhar a mil...

Nem é o facto de não a ter. É simplesmente as saudades imensas aliadas ao facto de não a saber bem entregue...

Ondamari escreveu:

Eu bem que tento.

Nestes fins de semana sem ela pareço uma «barata tonta». Faço horas extraordinárias no emprego. Saio à noite, tudo para a noite dormir descansada sem ter sempre a mente a trabalhar a mil...

Nem é o facto de não a ter. É simplesmente as saudades imensas aliadas ao facto de não a saber bem entregue...

Sim, sei bem o q isso é... o primeiro fds, não consegui dormir no quarto...dormi na sala.