O pai que nunca quis ser pai agora quer levar o filho!

Obrigado pelas dicas.

Os advogados já foram contactados à algum tempo nesse sentido, no entanto alegam que o facto de eu ser estrangeiro não ajuda em nada na questão da guarda na menina.

Claro que posso sempre tentar sair mais cedo e ir buscar a minha filha.

Fsonecas, da tua experiencia o facto do teu filho andar na casa da mae depois na do pai, isso não lhe causa alguma estranheza?

Carlos...
Ao principio envolveu um esforço conjunto. Ou seja, tivemos que falar os dois com a criança e explicar que os pais agora eram so amigos e que iam viver separados mas que continuavamos a gostar muito dele e que ele estava sempre connosco. Depois, começamos aos poucos. Ficava 2 dias com um, 2 dias com outro, ate aumentarmos para uma semana. E entretanto ele habituou-se. Claro que quando esta com um tem saudades do outro. Mas é normal. E de resto tudo normal. No infantário disseram que nao notaram grande alteraçao nele.
Agora está perfeitamente adaptado.

Mas não é mar de rosas. Envolve um grande esforço. Dos dois.

No meu caso aconteceu exactamente a mesma coisa, conversa com a psicóloga e explicação à nossa filha e depois começamos por fazer uma semana com, uma semana com o outro.

Como concluimos que assim era mais cansativo para ela, optamos depois por alterar para 15 dias seguidos com cada um.

Como podes ler noutros posts meus, essa situação não se vai manter, porque há (segundo os psicólogos) uma necessidade de estabilidade maior ao iniciar a escola, por isso a partir de Março passaremos a fazer a transição para ela ficar uma semana e um fds por mês comigo.

Bottom line: sem stresses, mas do que percebo no teu caso os stresses poderão vir mais da atitude da mãe em relação a ti, do que propriamente do facto de a criança ficar contigo.

Acho que nestes casos se aplica aquela máxima: antes pouco, que nada!

P.S.: Esqueci-me de referir que temos tamebém um jantar com ela a meio da semana (quando não estamos com ela obviamente).

E pronto... a separação continua...

20 dias sem ver o filho, 20 dias sem falar com o filho...

Ah... pensão de alimentos nem vê-la... se não vê o filho não paga, é assim que ele pensa (se é que pensar faz parte da medíocre vida deste criaturinho)

Nem de pai deve ser chamado...

Citação :

Tu já tens alguém na tua vida e mesmo não sendo o pai biológico, poderá ser mais pai do que ele alguma vez foi

Eu acredito nisto... mas não vejo isto... o meu companheiro é super amoroso com ele... e ajuda-me em tudo, pergunta-me como agir, quando o filhote por ouvir o filho dele lhe chama de pai ele responde-lhe... a questão é que quando o meu filho chama o pai sabe que não é por ele que está a chamar...

Se calhar o melhor é esquecer a parte dos nomes deixa-o aproveitar esse alguém que está presente.

Já deu para perceber que o biológico é apenas isso...

Imagino que custe mas não podes fazer mais do que tens feito, não é?

Há muito que nao vinha aqui...
Como alguns de vós sabem tenho 2 filhos, agora q 8 e 10 anos e tenho responsabilidades parentais partilhadas e guarda conjunta (será assim q se diz,lol?), i.é, estão uma semana comigo, uma semana c a mãe, há ano e meio. Devo dizer-vos que continuam as mesmas crianças de sempre, felizes e despreocupadas. Para isso tb contribui o facto de nem eu denegrir a mae nem a mae me denegrir a mim. De vez em quando estamos os 4 juntos sem problemas de maior (aniversários, festas da escola etc.).
Em relação ao caso do Carlos Fernandes .... num dos aniverários anteriores o meu filho perguntou-me: pai tambem vens á minha festa de aniversário? A minha resposta foi: filho nem que este mundo e o outro desabasse eu deixaria de estar presente no teu aniversário! Queria lá eu saber se a mae queria estar no mesmo espaço ou não! O que conta aqui é o filho e não o que o outro possa sentir ou não.
Em relação ao só ver 2 fds/mes eu sempre achei isso mau e errado mas se a opçao for de nao ver mais.... entao que sejam os 2 fins de semana!
Se tiveres a hipotese de a ir buscar a meio da semana para jantar com ela, que raio pq nao o fazes? Se qd estavas casado tb conseguias estar em casa ás 19h, pq agora nao o consegues um só dia?
FA vejo, infelizmente, que continua tudo na mesma, força para ti e um bj.

Passei este fim de semana com os meus amores. Passeámos muito, eles ficaram cansados, e eu também, mas foi tão bom, reinou a boa disposição.

Na 6ªfeira passada, o meu ex mandou-me uma das mensagens da praxe a perguntar como estão os meninos. E depois, com um grande lata comunicou-me (ou seja, nem perguntou, assumiu que diz e eu cumpro) que no próximo fim de semana os filhos (deixa sempre por escrito que leva os dois mas depois, na prática, só leva a mais velha. Ou seja, lá ficam os meus filhos 4 dias separados um do outro... A minha filhota já me deu a entender, quase com a lágrima no olho, que o pai diz que agora tem de dar atenção às duas (a ela e à outra filha que nasceu agora). Ela estava habituada a ter o pai praticamente 100% disponível só para ela. Agora, se lhe falo que vai mais dias para casa do pai diz que não quer.

Ontem soube de uma coisa muito grave. Quando a minha filha vai para casa do pai dizem-lhe para chamar “mãe” à madrasta!!!! Justificação que deram à minha filha “porque ela agora já é mãe”. Foi à minha avó que a minha filha, envergonhada, contou isto. A minha avó disse-lhe que não devia chamar mãe a outra porque já tinha uma mãe e ela respondeu que sabia que “a minha mãe verdadeira é a mamã”. Soube disto e fui falar com a minha princesa, que ficou constrangida, como se me tivesse traído, coitadinha. De facto, ela é o elo mais fraco. O que pode ela fazer lá para se defender? Não estou lá eu. Disse-lhe que não queria que ela chamasse mãe à outra, que a chamasse pelo nome então. Mas não sei se lhe vão ralhar ou se ela vai sofrer represálias por causa disso. Percebi que a minha filhota também não gostava da situação. Vale a pena chateá-la mais? O que acham? Se abordar o meu ex sobre isto, ou nega ou se ri e fica todo satisfeito por eu me irritar com o assunto, ou pior, ainda vai ralhar com a minha filha por ela me ter contado...

Ela já não tem a mesma vontade de ir para casa do pai. Ontem, quando pus os dois filhotes a dormir ela confessou que o pai que antes se deitava ao pé dela para ela adormecer, “agora levanta-se quando a mana chora e eu fico sozinha”. Tenho de dar-lhe muito carinho. Já lhe disse que o pai quer ficar com ela este fds durante 4 dias (ele mandou-se sms a comunicar-mo, não a pedir!) e ela diz que não quer, que só quer dois. Mandei um email ao ex a responder que quanto ao sms sobre o fim de semana, que já era dele, tudo bem. Mas relativamente a 2ªfeira, irei eu buscar a nossa filha à escola pois na 3ªfeira já tinhamos planos para passar o feriado. Nem faria sentido ele ficar na 2ªfeira com o menino que, como ele sabe, nunca o leva, sobretudo porque ficaria separado da mana mais velha já que ela estará na escola. Sugeri, então, que ele fique com o dia 1 de Novembro pois o fim de semana de 30 e 31 de Outubro já é dele.

Ainda não me respondeu ao email. Desconfio que nem vai responder. Vai levar a dele àvante, como sempre. Lá ficam os meus filhos separados 4 dias... E o tribunal não faz nada. Ninguém faz nada. Impeço-a de ir? De estar com o pai?

Entretanto, acabei agora de saber que ele ontem meteu mais um requerimento ao tribunal (já perdi a conta aos requerimentos que ele meteu, pois como o irmão é advogado não paga estes trabalhinhos, que até o divertem). Desta vez para solicitar a avaliação da minha pessoa e personalidade, alegando que eu ainda não ultrapassei a separação e ando a utilizar os filhos contra ele! O meu advogado nem quis dar pormenores, que amanhã falamos, que aquilo é um disparate pegado.

Ultrapassar a separação? Parece-me que esse problema é dele! A minha vida entretanto seguiu e deve ser mesmo isso que não lhe agrada...

O que ele pensa ou deixa de pensar mando pela sanita abaixo, agora, além de preocupada com o meu filho, custa-me que a minha filha também já ande triste e sem vontade de ir para casa do pai. A história deu a volta ao contrário do que devia. E dou comigo a dizer à minha filha que "de certeza que o pai continua a gostar muito de ti". Até me pasmo comigo porque nem eu acredito nisto. Foi o que disse à psicóloga da Segurança Social, que concordou totalmente comigo, que o meu ex gosta sempre mais do último brinquedo, os restantes vão sendo postos de parte. Mas os filhos não são brinquedos. Só ele não percebe isto!

Há algo nessa situação que considero interessante.

Tu tens um grave problema pela descriminação que ele faz entre os filhos, mas como até agora a tua filha tinha a atenção toda criava uma clivagem enorme entre ela e o irmão.

Ao estar a dividir a atenção que recebia ela não gostou nada e partir daqui, será sempre para pior, porque ele ao ter a outra filha sempre por perto, vai ter tendência a aproximar-se mais dessa filha e a outra sentirá isso

Isto vai provocar um afastamento entre ambos que podes explorar e possivelmente com o tempo, ela irá gostar cada vez menos de ir e o irmão saberá e não se sentir tão abandonado.

Possivelmente e com um pouco de jeito poderás explorar a situação de forma a protegeres o teu filho. Já não serás só tu a "reclamar" dele, será a tua filha também o que só pode beneficiar o irmão.

Já percebeu que o pai o ignora, sente-se abandonado e um pai ausente é melhor que um pai que despreza. Com um pouco de sorte ele poderá ir saindo das vossas vidas

Oh Meu Deus... mas tu nunca vais ter paz?

Eu não sei o que faria no teu lugar... (desculpa não te conseguir ajudar)... mas era menina para não deixar ir a filha... se os 2 são filhos então que assuma os 2...

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Off topic:

Citação :

E pronto... a separação continua...

20 dias sem ver o filho, 20 dias sem falar com o filho...

Ah... pensão de alimentos nem vê-la... se não vê o filho não paga, é assim que ele pensa (se é que pensar faz parte da medíocre vida deste criaturinho)

29 dias sem ver o filho, sem falar com o filho... não pagou o acordado em tribunal, não quer saber de nada... segue hoje cartinha registada...

xela escreveu:

Citação :

E pronto... a separação continua...

20 dias sem ver o filho, 20 dias sem falar com o filho...

Ah... pensão de alimentos nem vê-la... se não vê o filho não paga, é assim que ele pensa (se é que pensar faz parte da medíocre vida deste criaturinho)

29 dias sem ver o filho, sem falar com o filho... não pagou o acordado em tribunal, não quer saber de nada... segue hoje cartinha registada...

Olha, o meu querido (desde que eu saí de casa com os meus 2 pimpolhos, em meados de Julho) viu os filhos umas 3 ou 4 vezes: das quais só uma foi um dia completo - qdo fomos os 4 ao zoo. De todas elas eu tive de estar presente (para - conforme pedido do paizinho - o ajudar a tomar conta deles).
Qdo me liga, se não for os miúdos pedirem para falar com o pai, ele também n pede para falar com eles. E liga-me para tentar uma "reaproximação", porque tem saudades minhas - mas nunca refere as possíveis saudades dos filhos.
E a nível de ajuda financeira: no dia do zoo, ainda passámos por uma loja para comprar uma muda de roupa para cada filho (num total de 40€, pra aí) - o que dá uma ajuda média mensal de 20€!

Nunca + chega a porcaria da carta do tribunal!!!!

FA, já estou como a Xela, nao sei o que faria nessas situações.
No entanto, e como nao têm regulação, acho que tu estás na posição mais forte.
Eu inundava-o com emails, a definir as datas, a definir quem ele levava etc. No caso de não levar seguia outro email depois a relatar o sucedido, sempre, de preferencia com testemunhas.

Outra situação que me faz alguma confusão, e nao sei se estou certo ou nao, é não saberes onde o ex vive e, ptt, para onde os filhos vão.
Como é isso possivel? Acho que terás todo o direito em saber isso. Penso que em vez de ele ir buscar e levar a filha, podes exigir que tu os levas ou vais buscar. O mesmo nas férias, acho que o outro tem sempre o direito de saber onde estão os filhos (no meu caso eu informo sempre a mãe e ela tb me informa para onde vai passar as férias- e, por vezes, fins de semana).

Sobre chamar mãe á madrasta acho errado, claro, por uma questão de bom senso (tu és a mãe e estás viva) e isso só causa confusão e constrangimento á filha. Acho que devias falar c o ex, nao fazendo entender que isso te chateia, mas que causa desconforto á filha de ambos.
Sobre a questão da filha ja não gostar de ir tanto para a caso do pai...é natural com certas idades que as crianças se ressentem com o nascimento de um irmão. Isso deve ser combatido e normalmente vai "ao lugar" lol, mas com determinados cuidados dos pais (que nao sei se o ex tem ou não). Acho que deves continuar a incentiva-la a ir para o pai e nao fazer grandes dramas qd ela se queixa.
No entanto nao se se te recordas de eu te dizer que se o pai nao tiver cuidado que essa situação toda dos irmãos (leva-la e deixar o irmao para trás) mais cedo ou mais tarde seria em prejuizo dele... acho que ja está a começar.´
Força e ânimo

Unfug escreveu:

FA, já estou como a Xela, nao sei o que faria nessas situações.
No entanto, e como nao têm regulação, acho que tu estás na posição mais forte.
Eu inundava-o com emails, a definir as datas, a definir quem ele levava etc. No caso de não levar seguia outro email depois a relatar o sucedido, sempre, de preferencia com testemunhas.

Eu envio-lhe sempre emails a informá-lo de tudo, da escola, da saúde, de qualquer acontecimento relevante, tenho-os todos arquivados e impressos. Mesmo assim, ele escreve ao tribunal que eu nunca o informo de nada. É parvo? Ou talvez saiba que depois, é como a Casa Pia, tanta coisa acaba por não se ler, fica muito mais na retina a frase "a mãe não informa, a mãe decide sozinha, a mãe impede..." ainda que isso seja uma grande mentira!

Unfug escreveu:

Outra situação que me faz alguma confusão, e nao sei se estou certo ou nao, é não saberes onde o ex vive e, ptt, para onde os filhos vão. Como é isso possivel? Acho que terás todo o direito em saber isso. Penso que em vez de ele ir buscar e levar a filha, podes exigir que tu os levas ou vais buscar. O mesmo nas férias, acho que o outro tem sempre o direito de saber onde estão os filhos (no meu caso eu informo sempre a mãe e ela tb me informa para onde vai passar as férias- e, por vezes, fins de semana).

Eu já sei desde há um ano onde ele vive porque, tal como todos os Chico-espertos, ele acha que sabe tudo e que eu nunca descobro nada, já devia ter aprendido que não. Apesar disso, mantém a versão ao tribunal que é um desgraçado a viver ainda em casa dos pais, sem falar da actual companheira, e que precisa mais da casa onde eu vivo do que eu e os miudos. Como é que ele vai explicar esta nova família (companheira + filha de ambos)? Mas se não fosse eu a investigar, estava até hoje sem saber para onde é que iria a minha filha. Nem no ano passado nem neste ano soube onde ela esteve durante as férias com o pai. Ele simplesmente não me diz, ao contrário de mim, que lhe comunico sempre. Ele está convencido que o fluxo de informação é apenas unidireccional, tipo hierarquia, estando ele acima, pois só assim se sente bem...

Unfug escreveu:

Sobre chamar mãe á madrasta acho errado, claro, por uma questão de bom senso (tu és a mãe e estás viva) e isso só causa confusão e constrangimento á filha. Acho que devias falar c o ex, nao fazendo entender que isso te chateia, mas que causa desconforto á filha de ambos.

Claro que é errado, em qualquer circunstância (talvez exceptuando orfandade em bebés), mas que posso eu fazer? Não controlo as circunstâncias, muito menos à distância, não estou lá para defender a minha filha. A única coisa que posso fazer e já fiz foi tirar-lhe esse aperto no peito, ela já se sente mal o suficiente (percebi isso pela maneira como ela me contou isto), disse-lhe que não fazia mal porque eu sabia que ela sabia que eu é que sou a mamã dela. E acrescentou "mamã, adoro-te". Acho que sermos pais é isto: a felicidade dos filhos primeiro. Se ser maluca é isto, então sou maluca.

[quote="Unfug"]Sobre a questão da filha ja não gostar de ir tanto para a caso do pai...é natural com certas idades que as crianças se ressentem com o nascimento de um irmão. Isso deve ser combatido e normalmente vai "ao lugar" lol, mas com determinados cuidados dos pais (que nao sei se o ex tem ou não). Acho que deves continuar a incentiva-la a ir para o pai e nao fazer grandes dramas qd ela se queixa.

Unfug escreveu:

No entanto nao se se te recordas de eu te dizer que se o pai nao tiver cuidado que essa situação toda dos irmãos (leva-la e deixar o irmao para trás) mais cedo ou mais tarde seria em prejuizo dele... acho que ja está a começar.

Como eu disse, para protegê-la do sofrimento e desilusão que eu sabia inevitáveis, tentei confortar a minha filha dizendo-lhe "o pai continua a gostar de ti". No entanto, fazendo o paralelismo com a situação do irmão, se o pai não o mostrar, sobretudo consecutivamente, ela própria comprovará que tipo de pai tem. O que posso eu fazer? Estar cá para lhe dar colo...

Boa noite a todos,

Já á muito tempo que não passava por aqui e é triste ver como tudo continua a mesma coisa.
Eu estou separada á 5 anos e o meu ex já mudou de casa 3 vezes. Nunca soube onde ele morava e continuo a não saber, pois ele nunca se deu ao trabalho de me informar. As férias é a mesma coisa, inclusive este ano ligou-me aflito do aeroporto pois ia para Maiorca com as miúdas e não o deixavam sair ,pois achou que era muito esperto e que ninguém lhe ia perguntar nada.
Eu estava a trabalhar e tive que enviar um fax para o Aeroporto com cópia do meu BI, das Miúdas e a respectiva autorização.
Já aconteceu uma das miúdas magoar-se, ser preciso ir ao hospital e ele proibi-las de me ligarem, resumindo rezo sempre para que corra tudo bem, pois sei que se elas precisarem de mim eu só muito dificilmente consigo chegar até elas.

Quando se põe os proprios interesse e caprichos e uma boa dose de estupidez á frente dos interesse das crianças, só pode dar nisto.

E os nossos filhos são obrigados a crescer com toda esta insegurança que os rodeia, sem bases sólidas de amor e confiança e sinceramente acho que ficará com eles para toda a vida.

E nós mães e pais pouco ou nada podemos fazer, infelizmente, pois o próprio sistema fomenta este tipo de situações.

Bjs a todos e coragem!

FA,
como vão as coisas?
Espero que bem.
Desejo-vos um excelente 2011!

Olá Unfug,

Tenho andado para te responder, para escrever aqui, mas sempre à espera de ter boas notícias. Não tenho.

Este ano de 2011 está a começar mal.

Antes da passagem de ano, o ex manda-me um email a comunicar - sim, ele comunica, aliás, manda, decide... apesar de ir dizer ao tribunal que eu é que o faço - que vinha buscar os meninos no dia 31 de manhã e entregar-mos no dia 1 de manhã. Assumiu isto porque como, pela ordem dos fins de semana que temos seguido o fim de semana de 25 e 26 era dele, portanto, o dia de Natal era "supostamente" dele, eu automaticamente ficava com a véspera de Natal, dia 24. Ora, ele achou que, sendo assim, ele tinha DIREITO ao dia 31, portanto, à passagem de ano.

Isto seria tudo normal e saudável até se nós fossemos pais separados numa situação normal. Se a regulação estivesse feita e se ambos os meus filhos fossem tratados (já nem digo amados...) da mesma forma. Mas NÃO É ISSO QUE ACONTECE!

Eu tenho a certeza a 1000% (sim, 1000, não é 100) que apenas a minha filha ficaria nessa noite com o pai e o meu filho ser-me-ia DEVOLVIDO (porque ele é apenas "boneco" para a "boa" figura do pai) ao fim de 2 horas do dia 31. Este Natal foi o 1º que o meu filho teve a "benece" de ser levado pelo pai (há 1 ano, no Natal de 2009, eu bem tentei que ele levasse o menino, mas o anormal do pai cruzou os braços, evitando pegar-lhe ao colo. A imagem ficou-me até hoje, assim, como o olhar de espanto do meu filho nesse momento). Mesmo sendo o 1º Natal do filho com o pai, e sentindo-lhe muito a falta, achei que era o melhor para ele ser acolhido na outra parte da família. Mas, ainda assim, não teve direito a mais de 2h em casa do pai, sem direito a 1 presente sequer para trazer para casa (e mesmo lá também o duvido).

Ao ceder ao pedido do ex para levar os meus filhos na passagem de ano eis o que aconteceria: o meu filho regressaria ao fim de 2 horas e passaria essa noite na minha casa. A minha filha não regressaria. O novo ano começaria para os irmãos em locais separados. É disparate? Para mim não.

Neguei ao pai levá-los nessa noite mas justifiquei-o dizendo que ele sabia perfeitamente que se o menino até agora nunca tinha dormido lá em casa, não seria nessa noite que tal ia acontecer. Mesmo que o pai o negasse, viria entregá-lo. Ou estaria ele para aturar o filho a chorar?? Disse ainda que à meia noite os meninos estariam a dormir e que o significado da passagem de ano é-lhe irrelevante ainda. No entanto, apesar de este fim de semana de 1 e 2 ser meu, oferecia-lhe o dia 2 para ele passar com os filhos. Apesar de os meus filhos não entenderem ainda o que é a passagem de ano, um dia irão entender. Só não sei se iriam perceber porque é que a mãe deles teria permitido que estivessem afastados no 1º dia do ano de 2011. Há muito tempo que deixei de acreditar na justiça dos homens. E estou a deixar de acreditar na justiça de Deus... O meu julgamento será feito pelos meus filhos. Poderão não ser justos (como eu gostaria), mas Deus é-o?!

O ex não me respondeu, apesar dos meus sms a pedir-lhe que confirmasse se vinha no dia 2. Eu já sei que o silêncio dele é como a calmaria antes de uma tempestade: mau sinal. Não veio no dia 2.

No dia 6 recebi informação do meu advogado que o ex tinha metido ao tribunal no dia 30 um requerimento a reclamar que tinha pedido à mãe dos filhos a passagem de ano e que a mãe o tinha impedido de os levar. Assim, solicitava que o tribunal ordenasse que estes lhe fossem entregues. E...

... O tribunal no dia 31 concedeu-lhe o pedido!!!!!!!!!!!

Em pormenor, o requerimento do anormal dizia:
"a mãe faz o que quer e lhe apetece relativamente à relação dos menores com o pai, é o 3º ano que o pai não consegue passar a passagem de ano com os filhos"... como se ele no 1º ano o tivesse querido ou pedido...
"os últimos anos evidenciam atitude de grande e grave prepotência da mãe sem explicação racional, só ela é que sabe o que é melhor"
"o pai tenta contrariar isto"
"o pai lamenta a ausência de regulação para obrigar à normalidade os comportamentos da mãe"
E juntou o pedido dele e a minha resposta.

Em pormenor, a resposta da anormaloide da juiz de turno (aquelas que só despacham merdas destas mas que nem lêm nem sabem pormenor algum sobre os processos a não ser os requerimentos urgentes que um pai monstruoso como este tem tempo, dinheiro e satisfação em fazer - desculpem-me a linguagem que nem é o meu género, mas estou lixada!!):
"O processo aguarda ainda relatório da Segurança Social"...A Dra. Psicóloga está desde Maio de 2010 para escrever o relatório porque, segundo ela, há muitos casos destes, e muito trabalho, e é preciso pensar bem no que escrever porque, nas palavras delas ou algo assim, este pai é definitivamente incapaz, mas não convém assustá-lo a dizer isso de uma forma directa não ele virar as costas ao filho de vez!!!!
"no entanto, face ao pedido do pai e à idade dos menores, atendendo à prova anexada pelo pai para tentar ter os filhos consigo na passagem do ano, cuja mãe negou"
"uma vez que o pai não representa perigo para os filhos" esta nem comento...
"dispenso a audição da mãe que impediria em tempo útil a satisfação do pedido do pai", ora portanto, só o pai tem direitos, E OS QUE QUISER!!!!!!!!! A mãe não tem nenhuns, nem sequer de ser ouvida!!!!!! Eu sou só a cuidadora das crianças, ele tem o usufruto quando quer e lhe apetece!!!!!
"e autorizo os menores a passarem a passagem do ano com o pai, sendo que este deverá entregá-los até às 20h do dia 1 de Janeiro", ora, portanto, se eu percebi, esta pateta, estúpida e sei lá mais o quê desta juiz que não conhece nenhum de nós, acha que além da passagem de ano, o pai também tem o DIREITO ao dia 1 inteiro!!!!!!! Pois...

O meu advogado não estava no escritório no dia do despacho da juiz. Portanto, ao não ser notificado, não me notificou e esplicou-me que assim não há nenhum incumprimento da minha parte. No entanto, teremos de responder para repôr a verdade.

Já desconfio há bastante tempo se o anormaloide terá contactos ilícitos no mundo judicial. O irmão dele é advogado e quando eramos casados lembro-me deste se gabar que conhecia juizes e gente na administração dos tribunais que lhe faziam "favores e trabalhinhos". Até que ponto é verdade não sei. Sei que o sistema não funciona, ou funciona mal. Se funciona bem é a favor de alguns. Não sou caso único e conheço histórias arrepiantes...

Ontem acabei por conseguir falar com a psicóloga da Segurança Social. Não me exaltei, não gritei, mas chorei muito. Acho que mais até do que quando estava grávida e já separada. Disse-lhe que "exausta" não descreve o meu estado. Não aguento mais... tanta crueldade, injustiça, maldade mesmo. Contei-lhe os últimos acontecimentos. Pedi-lhe um prazo breve. Respondeu-me que para a semana acabaria finalmente o relatório.

"Ele é um pai limitado, uma criança que não soube crescer..."
Contraponho a chorar "Dra. não me venha com essas conversas da psicologia, porque as crianças a entender, defender e acarinhar são os meus filhos!! Se o pai tem capacuidades limitadas, limitem-lhe os direitos de pai normal e capaz".

Vou ter de meter mesmo um processo de pedido de pensão de alimentos. Não posso mais suportar sozinha as despesas. Claro que disso o anormal nem fala. Tenho dado conhecimento de tudo: consultas, hospitais, urgências, medicamentos. Desde que começou o tempo frio os meus filhos, ora um ora outro, ou os dois ao mesmo tempo, têm estado doentes... Mas o pai não quer saber. Nem pergunta, ou quando o faz é por mensagem como se a dar a entender que não lê os meus emails. E eu sou a mãe prepotente...
Espero que se recuperem a bem deles e da minha saúde mental porque preciso de verbas para ser eu agora a meter um processo. Algo que um pai normal nem questionaria...

A minha filha disse-me hoje de manhã antes de ir para o pai que a madrasta lhe tinha dito "a tua mãe é totó". "Que respondeste?" perguntei. "Nada"...

O ex veio buscar os dois. Como sempre, o meu filho tem de esforçar-se 10x mais que a irmã para que o pai olhe para ele. Mas estava contente por ir. Ao menos isso.

Detesto chuva. Desde pequena. Hoje andei a pé por aí. À chuva. Assim ninguém via como eu estava a chorar.

Bom ano para todos.

Eu peço desculpa por não comentar os outros tópicos, apesar de os ler mais ou menos regularmente. Estou numa fase estupidificante, nem sei dar apoio, ou corro o risco de dizer parvoíces.

Olá FA
Fiquei triste ao ler-te!! como é possível que estas coisas acontecam sem consequências...como é possivel um pai ignorar um filho...como é possível ser-se tão insensível com uma família que já foi dele...
Tenho alguns problemas com o meu ex, mas ao ler-te sinto-me uma sortuda no meio disto tudo!!!
Só te quero dizer que acho que fazes bem desabafar e deitar tudo cá para fora pois se guardamos adoeçemos...
Dá aos teus filhos o maior Amor que possas e tenta na medida do possível ignorar tudo isso...
Desejo-te muita força!!!

(sem palavras, FA...) Se um ombro amigo ajudar....

FA,
nem sei o que te diga.......
Tenho de digerir este relato antes de escrever mais.
FA, qq coisa podes contar comigo.
Muita força e ânimo

FA,

por mais que te leia não consigo imaginar minimamente a tua dor, o teu cansaço, a tua desilusão, a tua angústia...

Mas cada vez mais tenho a certeza que és uma GRANDE pessoa, mulher, mãe... Que felizes são os teus filhos por terem nascido de uma mãe assim! por muito que te custe, não desistas.
Sendo fraca a ajuda que te possa prestar, desabafa.

FA, nem imagino a tua dor.

Se o pai dos meninos usa todos os argumentos para reclamar em tribunal, terás de fazer o mesmo.

Pensão de alimentos: Está definida? Se está e ele não cumpre, informa o tribunal do incumprimento. Se não está definida, pede definição o mais rápido possível. Apresenta todas as provas em como lhe apresentas todas as despesas de saúde etc com os meninos (os dois) e que ele não participa, não reage, não quer saber.

Visitas: Sempre que ele não cumpre, recorre ao tribunal também. Confirma com o teu advogado, mas se a hora de entrega é as 20h e ele leva o menino mais cedo, está a entrar em incumprimehto, tal como se fosse mais tarde.

Fala abertamente com o teu advogado, que não compreendes como é que o pai dos teus filhos consegue enganar o tribunal com mentiras, pergunta como podes questionar as avaliações dos juizes etc.

Lê atentamente cada denúncia do pai, a forma como é escrita, as mentiras que tem, etc. Mune-te de tudo o que possas para acabar com esse sofrimento. Esse homem não pode continuar a mentir e a prejudicar os filhos.

Força.

Boa noite,

Estamos na última semana de Janeiro. Nada aconteceu. Alguém sabe que mais é que eu posso fazer? Uma espera à porta da Segurança Social?

Este fim de semana que passou era do ex com os filhos. Isto é teoria. A prática ele aplica como quer e depois escreve e mente como lhe dá jeito. Veio buscar os dois manos à hora marcada, estranho... Achei logo que ele estava com pressa, pois atrasa-se 95% das vezes. Ambos estavam muito entusiasmados. Desta vez a minha filha, depois de se atirar aos beijos ao pai, veio dar os mesmos a mim. Será que ela lá pensou "mamã, também mereces." O meu filho ia tão entusiasmado que mal me beijou. Não faz mal, ia feliz. Passadas nem 3 horas, lá recebo o sms "vou agora entregar o menino". E veio. Mas, ao contrário do que se passou há 15 dias (voltou assustado às 14h30 sem o pai lhe ter dado almoço e a chamar no elevador "és um fraquinho" ao filho), ouvia o meu filho tagarelar alegremente enquanto o elevador subia. Abriu-se a porta, o pai pô-lo no chão e deu-lhe um beijo. O meu filho pergunta-lhe "vais-te embora?". Supreendido, o anormal responde "sim, agora ficas com a mamã". Mas o meu filho insiste "porquê?". O idiota do pai ainda mais surpreso só lhe ocorreu "porque tenho lá a mana". O meu filho ficou a olhar sem perceber. Sim, realmente alguém percebe?! Isto faz algum sentido? Para ele? Para algum ser humano normal?! Eu não queria continuar ou voltar a ter pena do meu filho. Ele é bom demais para o pai que lhe escolhi.

Ainda perguntei ao estupor se o menino tinha almoçado, isto visto estarmos ainda dentro do período de almoço aquando da entrega, ao contrário da outra vez. "Ah, sim, comeu 4 colheres de sopa". É mesmo mentiroso! Eu sou a mãe, ou como uma juiz qualquer resolveu perspectivar, a cuidadora dele. Sei perfeitamente que não come sopa. Ou seja, não comeu. E o meu menino confirmou-o. O pai não lhe deu almoço.

Mais uma vez o meu amor quase a fazer 3 anos era um empecilho para o pai ir de fim de semana com a irmã e levá-la para longe às aulas de equitação e ao cavalo que só a ela comprou (e outro para a outra filha). Havia que fazer a figura de pai (vindo buscar o filho) mas depois devolvê-lo para fazer a sua vida... Ontem o meu filho perguntou-me logo a seguir a acordar da sesta "mamã, a mana está com o pai?" Respondo que sim. "Porquê mamã?" E eu já não tenho resposta...

Está em cima da hora para a inscrição na escola para o meu filho. Perguntei ao pai que dados queria dar para enviar à escola. Já 2 emails enviados. Nenhuma resposta. E sou eu a mãe prepotente, que aliena o pai desgraçado!

O sistema só funciona para um lado? Bolas! É que eu não tenho jeito nem tempo para teatros. Tenho dois filhos para cuidar.

FA
estás a passar de facto por uma situação muito dificil, mas como dizes tens dois filhos para criar e é nisso que te tens de concentrar.
Embora o menino seja muito pequeno e compreenda que por isso é dificil tomar algumas decisoes, acho realmente que tens que ser mais firme com o pai. Quando ele o leva, nao o recebas antes do previsto, assim ele vai-se disciplinando com o filho. Custa fazeres isso na primeira vez mas depois passa.

não podes aceitar ficar com esse rotulo de mae prepotente e alienadora, pelo contrario serás tu a promover a relaçao de ambos. Assim ele nao terá o que dizer.

Muita força e calma.

alma