Guarda partilhada

Olá a todos,

vivo com o meu namorado que é divorciado e tem uma filha de 6 anos. Desde que se separaram que a menina vive uma semana com o pai e outra com a mãe. Muito recentemente este regime foi alterado para 15 dias em cada lado.

Na minha opinião, este regime tem o lado bom de a criança passar tanto tempo com o pai como com a mãe mas tem um lado muito negativo que é a instabilidade.

Gostava de saber se há mais pessoas nesta situação e quais têm sido os efeitos desta vivência nas crianças.

Pessoalmente, também me parece que a guarda partilhada é uma boa solução.
No entanto, o factor distãncia pode dificultar pô-la em prática...
Quanto á instabilidade da criança, parece-me que isso não terá a ver com a guarda partilhada em si mas sim com a forma como nós, adultos, nos comportamos como pais...

A instabilidade a que me refiro é obviamente a da criança e não a nossa. Se bem que a própria instabilidade dos adultos tem influência nas crianças mesmo que indirecta, por mais que se tente evitar.

Estando ela em duas casas, onde obviamente as regras são diferentes, por períodos de tempo tão curtos parece-me que tem sido um pouco prejudicial.

Não digo que as regras e o modo de fazer as coisas na nossa casa seja melhor ou pior, nem ponho de modo nenhum em causa a forma que a mãe tem de a educar mas inevitavelmente fazemos as coisas de forma diferente e já me apercebi que a menina por vezes fica confusa.

Bom dia, Ana Rita

Aí está, penso que o problema não está na guarda partilhada em si mas sim na forma como a mesma é conduzida pelos adultos. (na guarda exclusiva é igual)
Também não me parece muto saudável para a criança estar em duas casas em que as regras são tão diferentes, tem de haver um meio termo.
É claro que não somos todos iguais e cada um tem a sua forma de ser, mas no que diz respeito á educação das crianças acho que existem principios básicos que devem ser seguidos por todos...
Se a criança fica confusa por numa casa ir para a cama cedo e noutra deitar-se tarde e a más horas, por exemplo, acho que todos sabemos quem é que está errado...

Isto é tudo muito complexo... pois muitos dos problemas dos casais.... casados... começam precisamente por terem ideias diferentes de como eduucar e aqui começa o choque... quantos de nós não conhecem situações de ruptura de casamentos que começam por isto????

Em muito liberal... outro muito conservador.... e claro as crinaças no meio....

por isso estas questões das guardas partilhadas ou não são sempre «problemas atras de problemas» tem de haver muitas cedencias... muito bom senso.... e muita calma e claro muito engolir de sapos.

Eu acho, eu faço isso, convenci-me de que quando o meu filho está com o pai... seja ferias 15 seguidos em que não estou com ele ou fins de semana as regras do pai é que contam... qdo está comigo são as minha... não me meto... como gostaria que fizesse o mesmo....

Strangedays e pcristina, uma das diferenças é precisamente a dos horários para dormir!

A semana passada, a menina quando chegou da mãe começou a contar-me o ultimo episodio de uma telenovela que tinha dado no dia anterior. Ora, eu que também vi, sei que a telenovela acabou às onze e tal da noite! É normal deitar uma criança de 6 anos que no dia seguinte tem escola a essa hora?!

Eu e o pai tentamos ao máximo dar estabilidade e não nos meter nas regras estabelecidas na casa da mãe mas como situações como esta às vezes é muito difícil!

A minha filha dorme muito, cerca de dez a doze horas, e posso dizer que a média dela adormecer era por volta da meia-noite. Digo "era" porque agora tem adormecido mais cedo, por volta das 23h, porque só dorme cerca de duas horas durante o dia e antes dormia dois sonos de duas horas. Se eu a adormecer antes disso ela acorda por volta da meia-noite com vontade de brincar e só volta a dormir lá para as 2h. Mas adoptei a estratégia de a meter a dormir só um sono durante o dia e tem dado resultado

Pois é , Ana Rita isso realmente pode ser um problema...

Mas de facto é como a Tounesssa está a dizer.
Teoricamente, não fará bem a uma criança deitar-se tarde e levantar-se cedo para ir para a escola só que só se vai chegar a essa conclusão se a criança adormecer nas aulas, por exemplo.
Até lá, existem duas verdades.

Bom dia!

A noite foi muiiiiiiiiiiiiiito comprida, aliás todas são quando há decisões deste tamanho XXXXL a tomar....

Gostava muito de partilhar a guarda dos meus filhos com o pai embora saiba que isso vai ser quase impossível porque a separação vai obrigar o pai a morar noutra margem de um certo rio, cá do nosso burgo.

E por mais voltas que eu dê não consigo imaginar - a menos que de helicóptero, o que não é de todo viável - como é que a coisa se vai processar.

Este é o 1.º óbice.

O 2.º são vários pedagogos iluminados na parentela paternal que afirmam a pés juntos que só quem vê os miúdos na escola é que pode avaliar o estado de exaustão física e mental em que andam os garotos por "andarem qual bolas de ping pong de casa do pai para casa da mãe" e o quanto isso os afecta no estudo e na relação com os outros. E a defesa acérrima desta versão pelo pai dos meus filhos deixa-me o estômago muito apertado.

SE puderem e quiserem partilhar as vossas experiências fico muito grata porque vou ter de rebater os argumentos desta gente à exaustão e ....... olhem , do fundo do coração, só o estarem aí para me ouvir, vale o céu!

Tudo de bom

BG

ps: "mãe?! Sim, diz ... "mãe, porque é que a Inês tem duas casas?"
Porque o pai e mãe da Inês deixaram de ser namorados. são muiiito amigos mas já não são namorados . - o mais velho, ontem, depois da natacinha. e a tristeza na cara do meu filho não me sai da memória. e antevejo a reacção do meu filhote.... enquanto a mais nova arrasava o meu baton preferido....

BG, é assim:

Lá em casa também estamos numa de guarda partilhada... Estamos sinceramente apostados nisso - embora ainda nada esteja definido e decidido (muito menos é ainda do conhecimento dos filhotes que o pai e a mãe se vão separar, que são amigos mas já não são namorados, blablabla... e nem quero pensar muito nesse momento)

Mas aqui os ex namorados, actuais amigos, estão em sintonia nessa questão: como já disse em outros post's, estamos a separar-nos como casal mas nunca como pai e mãe.

A nossa ideia é gerir as permanências nas nossas futuras individuais casas ao sabor da vontade dos garotos e, também, das nossas necessidades.

Claro está que, no nosso caso, torna-se mais fácil, uma vez que, em principio, tencionamos ficar a morar elativamente perto um do outro. Mas não é garantido...

Em todo o caso e centrando-me no 2º óbice, creio que tudo é gerivel pacificamente se os adultos que são a referência para os putos - pai e mãe - estiverem em sintonia, harmonia e confiantes, tudo corre bem.

Pai e mãe, juntos ou separados têm que ser sempre o porto de abrigo das crias.

Acho que todos "me vão cair em cima" , mas eu não concordo com a guarda partilhada, a menos que os pais vivam na mesma cidade, e consigam gerir muito bem a escola e actividades das crianças.

No meu caso pai concordou com ficar eu com a guarda dos filhos (menina e menino com menos de 8 anos). Ele está um jantar por semana e por enquanto está mais um dia ao fim-de-semana (sábado). Depois começará a ficar um fim-de-semana de 15 em 15 dias.

Ele por exemplo agora vai sair para o estrangeiro, tem mais uns compromissos de trabalho e durante 15 dias nem a parte dele cumpre. Lamento pelas crianças, e quem se "trama" sou eu. Estou a mais de 200 km da família mais próxima e a mais de 300 km dos meus pais. Não tenho ajudas de ninguém, e há dias de perfeita exaustão, para conciliar trabalho, estudo (estou a fazer doutoramento), escola dos filhos, actividades dos filhos, a manutenção da casa e animais de estimação e o meu ginásio.

Os meus filhos reagiram bem até agora. Também estavam já habituados a ser eu a assegurar quase tudo. Claro que custa "mamã, porque é que tu não podes vir connosco a casa dos avós (pais do pai)?". "Mamã, quando é que o papá vem?". "Mamã quando é que passamos outra vez férias todos juntos?". "Mamã, gostava de ter mais uma mana, e agora?"

Se o pai da criança quiser muito "guarda partilhada" parece-me que viver longe não é opção. Se ele não quiser não insistas.

Para mim a parte mais difícil da separação foi mesmo a
comunicação da decisão às filhotas, deu mesmo vontade de desistir. Mas agora de
cabeça mais fria até acho que correu bem, mostramos firmeza na decisão e acima
de tudo que esta não tinha nada a ver com alguma coisa que elas tenham feito,
explicamos que elas poderiam ficar com quem elas quisessem, quando quisessem, o
tempo que quisessem etc… ou seja ainda estamos à pouco tempo nisto mas temos
conseguido manter as rotinas diárias delas, sem pressões e com explicações
simples e honestas quando existem duvidas. Elas por vezes ficam à noite comigo
outras com a minha ex. mas nunca ficam um único dia sem ver os dois, fizemos-lhe
ver que ganharam mais uma casa mais um quarto só para elas, eu inclusive fiz
questão que elas participassem muito activamente na decoração da nova casa e até
saíram coisas muito divertidas. Quando não existe esta possibilidade de
partilha realmente é mais complicado mas penso que com o tempo a adaptação à
nova realidade virá.


Abraço

Boas noites...

Vou partilhar convosco a minha situação….

Antes de mais temos que ter em conta a realidade de cada um de nós, a “nossa realidade é a seguinte:

Eu moro a 15 minutos da casa dos meus Piscos e trabalho a 1h20m da minha casa, entro ás 08:00 e saio ás 17:00. A mãe dos meus Piscos trabalha a 10 minutos de casa e entra maioritariamente das ás 09:00 e sai ás 18:00, mas regularmente entra ás 13:00 e sai ás 22:00 para não falar que trabalha quase todos os sábados…

Mas estabelecemos o seguinte:

Uma semana eu vou busca-los ás escolas e levo-os para minha casa, dou-lhes banhocas, jantar brincamos e depois vou leva-los a casa da mãe deles, na outra semana fica a cargo da mãe deles esta rotina. Os fins de semanas dividimos, ou seja por norma ficam sempre comigo de sexta para sábado e de sábado e vou pô-los sábado á noite. Isto para que consigamos ter um dia para nós no fim de semana…

Como podem ver não é fácil conciliar todos os horários, ou seja, os meus os da mãe dos meus Piscos e os das escolas dos meus Piscos e ainda tentar termos um tempinho para nós…

Apesar da dificuldade e da confusão aparente estamos a conseguir gerir tudo sem grandes complicações e é sempre preferível , no meu ver, os Piscos não passarem semanas sem ver o Pai ou a Mãe…

Eu espero poder vir a gerir toda a situação com a mesma mestria que o RS aqui apresentou...

Tens que falar mais sobre o teu caso RS, para eu beber da tua experiência e pôr em prática no meu caso

Eu tenho uma filha de 2 anos, perante a situação de separação o primeiro assunto que pus na mesa foi exactametne a questao da educação e da vivência que cada um de nos iria ter na vida da minha filha, separados nao significa pais ausentes ou crianças orfãs de de pais vivos, os pais tem de gerir o melhor para os filhos, porque eles nao tem culpa do que se passa entre adultos, e eles precisam do amor, carinho, atenção, dedicação e educaçãod e cada um dos pais.
Por iniciativa e apos reflectir, pesquisar e aconselhar, inclusive aqui no forum, propus guarda (detesto este nome) conjunta, a mae aceitou porque tambem entendeu que seria o melhor, eu tenho a minha filha em tempos iguais à da mae por mês, uma semana em casa de pai, uma semana em casa de mãe, a primeira preocupação que tive, porque fui eu que sai de casa, foi tornar o quarto dela o mais similar possivel ao quarto que ela ja antes conhecia, para minimizar qualquer tipo de estranheza por parte da mimha filha, ja que o processo em si de separação é dificil e acarreta mudanças radicais, por isso quanto menos choques melhor,

A segunda questao que sugeri, foi estabelecer um conjunto de regras de vivencia, hora de deitar, hora de banho, reações a atitudes, etc.

A terceira questao foi relacionada com a decisao partilhada das questoes que estao directamente relacionadas coma educação e saude, tempos livres, nada é decidido sem o conhecimento da outra parte, ir á piscina, fim de semanas de fora, e decisões de futuro como tempos livres e infantario, se esta doente, se vai ao hospital etc.

Durante o tempo que passa com cada um, tento de forma mais neutra possivel nao invadir o espaço e o tempo que a minha filha passa com a mae, mas tento sempre que me seja possivel dar-lhe um beijo ou estar com ela o tempo possivel para lhe transmitir presença, o pai esta ali, e acreditem doi muito ver a minha filha a olhar para mim com aqueles olhos lindos e saber que o pai vai embora, ter de dizer, "filha tas com a mamã, estas bem, o pai ama-te"

Eu tenho a minha filha 2 semanas por mes e a mae outras 2, em cada dessas duas semanas, cada um é responsavel por ir leva-la ao infantario, ir busca-la, e dar tudo o que ela precisa quer em termos emocionais quer em termos essenciais par a vida dela.

a roupa dela que antes de estar separado é partilhada, toda a que comprei depois e me oferecem uso durante as minhas semnas, mas into nao invalida que a partilhe, afinal é a minha filha e eu quero o melhor conforto para ela.

tentamos sempre que possivel conseguir tempo quando um de nós nao pode ficar com ela, embora eu tenha plena consciencia que existem situações que, santa paciencia, é preciso pensar primeiro na filha do que em nós, e infelismente isso as vezes não aconteçe.

Tudo isto parece facil, não o é, e tenho plena consciencia que viver na mesma cidade ajuda e muito, e é um factor decisivo. estar a milhas de distancia nao vai favorecer em nada, na minha opiniao, o crescimento saudavel da criança.

Até agora, a minha filha esta a adaptar-se bem, nao estranha muito, talves pela idade, e sei que embora pareça estranho, o factod e ter duas casas, isso nao significa, dois sitios onde apenas passa as semanas, não, ela tem realmente dois lares onde no meu tem todas as condições para que seja feliz, tem o espaço dela e tem o pai. E fiz o voto de confiança para que no lado da mãe seja o mesmo.

A conclusão que faço, é esta, apesar das emoçoes, dos rancores, das magoas, de tudo o que atravessamos neste periodo dificil, nunca, mas nunca nos devemos esquecer que existe um ser vivo que é um prolongamento de outros dois seres vivos, e por isso é uma vida e tem de ser respeitada, afinal é o nosso amor ali.
E pela criança devemos analisar, conversar e decidir sem estarmos a pensar só em nós, qual o melhor para ela, e que consequencias e vantagens tem cada uma das situações que nos é colocada.

Acima de tudo é saber interiorizar e saber que o principal nunca lhe pode faltar, o amor.

Este assunto assusta-me... eu ainda não estou divorciada, a papelada entra amanhã...

O meu filhote tem 16 meses...

Estou tão deprimida

xela
é normal estares deprimida mas acredita que isso vai passar. O primeiro passo tem de ser teu, vais passar por fases complicadas e precisas de ir buscar aquela força que tens dentro de ti. Sim, claro que tens essa força! É nos piores momentos que descobrimos a imensa força que temos dentro de nós.
Estamos aqui para te ajudar a encontrar essa força

Obrigada...

Obrigada a todos!

Tudo há-de correr bem... espero. O pai afastar-se-á o que entender e da forma que entender. Ou não. O que for melhor para os meus filhos será o melhor para mim.

Já não sinto culpa por achar que o meu divórcio irá afastar os meus filhos do pai. A minha mãe ajudou-me a ver o outro lado da questão. Não tenho pesos de consciência (nem unzinho) mas sinto o peso da responsabilidade. Que não me tolhe os movimentos nem me enubla a visão. Deixa-me lúcida.

Ser sincera comigo mesma foi a melhor coisa que me podia ter acontecido nesta altura da minha vida.

Os meus filhos têm 6 e 3 anos. Por mim, estarão com quem mais quiserem. Claro que ficam comigo. Na MINHA (porque é toda minha e sempre foi) casa.
Sempre que quiserem o pai ou os avós paternos eu deixarei tudo para os levar onde estiverem ou quiserem.

Será tudo o que quiserem.
Este casamento é que eu já não quero.
Mas as minhas vontades ficam para depois. E eu tenho todo o tempo do mundo...

Há coisas mais urgentes a tratar primeiro...

Adoro-vos.

Fica bem Xela. Coragem!

Boas,

Alguns de vós já me conhecem e sabem que quando comecei a frequentar este fórum ainda estava grávida da minha princesa e a passar por uma separação. Neste momento a minha princesinha tem 1 mês e meio e as coisas estão um descalabro total...

Vou resumir a situação:
Separei-me do pai da minha filha no Verão, após várias ameaças de separação por ambas as partes e passado algum tempo ele voltou para casa.
Não pensei mais nas vezes que ele me fez chorar, o quanto me custava ouvir "tás mesmo gorda" em vez de "és uma grávida linda", nas noites em que não conseguia dormir por não saber o que o futuro me reservava, nas dúvidas e medos que sentia em relação à maternidade e não poder falar com ele por saber que iria ouvir uma resposta torta e até acerca do teste de paternidade eu evitei pensar para tentar ter alguma harmonia aqui em casa.. Não houve nada disso, no entanto, senti que me devia sujeitar a tudo isso para que a minha filha tivesse a possibilidade de conviver comigo e com o pai dela. Quem sabe..? Talvez as coisas melhorassem..
As discussões continuaram, a minha auto-estima quase não existia e se não fosse o apoio dos meus amigos e deste fórum acho que tinha mesmo dado em doida..

Em Dezembro, num sábado em que deveria estar calma e serena em calma a gozar de alguma tranquilidade pois tinha cesariana marcada para 2a feira no Hospital, houve nova discussão em casa com um levantar de mão para cima de mim e eu cansada peguei na minha trouxa e da minha princesa e saí de casa. Fui para casa de uma amiga e derivado aos nervos rebentaram-me as águas pouco tempo depois..Lá fui para o Hospital e passado umas horas dei à luz o meu bem mais precioso, a minha filha

Quando saí do Bloco de Partos (ainda drogada da anestesia) só o vejo ao pé de mim a chorar e a pedir desculpa por tudo..
Parecia que tudo tinha dado uma volta de 180º! Sms a dizer o quanto me amava a mim e à nossa filha, esteve todos os dias no hospital e mesmo em casa era ele quem me vestia e ajudava a fazer tudo. As coisas assim permaneceram até cerca de 1 mês depois do nascimento quando encontrei conversas (diga-se de passagem, nojentas, com uma rapariga com ele me tinha traído) quando ainda estava grávida.
Não soube pedir desculpa, simplesmente começou a gritar comigo e a dizer que a culpa de tudo aquilo ter acontecido era minha e a dizer que eu era maluca e precisava ser internada.

No dia seguinte agrediu-me fisicamente com a nossa filha nos braços dele.. chamei a policia a casa para tomarem nota da situação.. Cerca de 4 dias depois, voltou a fazer o mesmo..agrediu-me. Desta vez arrastou-me pela casa, atirou-me para o chão, meteu o joelho no meu pescoço e tentou por tudo matar a minha dignidade, auto-estima, amor próprio..desta vez não chamei a policia, derivado a fortes ameaças que ele fez e como sou uma mulher, qualquer força maior da parte dele pode ser o suficiente para me magoar a sério. Citando: "Queres continuar a dar biberão?! Então cala a boca porque com dois braços partidos não dás biberão à tua filha de certeza!"

Cerca de 5minutos depois (que me pareceram horas) lá me deixou e saiu de casa.. ameaçou tirar-me a minha filha...Não sei o que fazer!
Uma amiga minha disse que a nova Lei não prevê custódias para o pai ou para a mãe e que é tudo custódia conjunta.. tou desesperada! Ele pode levar a minha baby que eu não vou poder fazer rigorosamente nada!

Olá Chandra, primeiro que tudo parabéns pela tua bébé. Ao ler o teu post fiquei muito revoltada com a tua situação e resolvi ligar á minha advogada, então aquilo que ela suscintamente informou foi:

- A nova lei obriga à responsabilidade parental. Isto é, no que toca a tomar decisôes referentes à tua menina (que escola deve frequentar, qual a pediatra que deve ir, etc, etc.) têem de ser os 2 a tomá-las. Por exemplo no meu caso, tou divorciada desde Novembro de 2008 sou eu a tomar todas as decisões, até porque o pai do meu "piolho" não quer saber de nada.

- No que se refere à custódia/guarda poderá ser atribuída apenas a um ou aos 2 se assim o quiserem, no entanto como já percebi que esse é o teu medo tens 2 coisas a teu favor :

a) A sua agressividade e tu tens provas disso pois chamas-te a policia e DEVERÀS fazê-lo sempre. Este foi sempre o conselho que a minha advogada me dava.

b) e por último tens um bébé recém nascido.

Se os pais não chegarem a acordo sobre a custódia será o juiz a fazê-lo e será nestas duas coisas em que se irá basear.

Por fim, aconselho-te a ires a um advogado ou mesmo a falares para a APAVT talvez te possam ajudar, não te escondas com vergonha. Uma coisa é certa a tua menina e tu merecem ser felizes e sabes que mais já passei por isso e descobri que existe uma luz ao fundo do tunel. Boa sorte.