partilha de vivências

Isso acontece quando ela está com o pai...eu na segunda estou a morrer de saudades e digo-lhe...e ela às vezes também me surepreende a dizer...oh mamã, também tive algumas...lol

Por um lado é bom que eles nestas circunstâncias não tenham saudades nossas, é sinónimo que estão bem, claro que ficamos sempre naquela...mas se pensarmos a frio, é o melhor.

its43v3r escreveu:

Por um lado é bom que eles nestas circunstâncias não tenham saudades nossas, é sinónimo que estão bem, claro que ficamos sempre naquela...mas se pensarmos a frio, é o melhor.

Claro que é...aliás, quando ela me liga muitas vezes durante o fim-de-semana eu preocupo-me logo

Its eu sei que tens razão.
Mas um rewind curava tudo. Por agora... :S

E sim, eu sei que eles nos surpreendem....

Lost, é uma ligação forte. Só quem é pai/mãe pode perceber....

Boa noite,
Estou divorciada desde Maio de 2009.
Foi depois do nascimento do meu segundo filho em 2003 que tudo começou a se complicar mais, apesar de nunca nos termos entendido muito bem depois de casados.
Nessa altura ele começou a sair, primeiro uma vez por outra depois mais frequentemente...
Deixava-me sozinha com os filhos e lá ia ele para o baile.
Cheguei a suspeitar de uma traição, mas ele negou sempre, apesar de um dia por acaso eu ter visto uma msg no telemóvel muito suspeita... Hoje sei que o homem com quem casei não era nada daquilo que eu pensava em solteira e principalmente muito mentiroso, coisa que nunca desconfiei pois confiava muito nele.
Pedi o divórcio algumas vezes, ele nunca quis... E eu fui aguentando...
O casamento estava praticamente acabado quando engravidei do meu 3.º filho. Eu já não tomava a pílula, primeiro porque depois dos 38 todas me deixavam mal disposta e depois porque não valia a pena o sacrifício de aguentar a má disposição já que o sexo acontecia muito poucas vezes.
Aconteceu então a gravidez. Ele não queria e eu nunca seria capaz de fazer um aborto. Para mim um filho é sempre uma benção!
Então ele ainda ficou pior e continuou sempre a deixar-me sozinha numa altura em que eu muito precisava que ele ficasse em casa.
Até que me decidi realmente pelo divórcio, que acabou por acontecer ainda durante a gravidez. Não consegui nem esperar que o bebé nascesse e ... acabou.
Não esperei o fim da gravidez porque nunca vou me esquecer do dia em que mostrei a foto da 1.ª ecografia aos meus dois filhos maiores e ele disse: "Deixem lá isso crianças, não se vê nada aí é só léria!". Fiquei muito magoada pela tamanha falta de sensibilidade, dalí dava para ver que não valia a pena insistir...
E foi assim.
Para a próxima vos conto como foi o meu primeiro ano de divorciada, apesar de ficar difícil fazer assim um resumo de uma situação tão complexa como esta que vira a nossa vida de pantanas...
Tentarei ser breve para não maçar ninguém.
Boa noite,
Sónia.

Olá Sónia, pois, um filho por vezes complica uma relação que até aí tinha sido boa, imagina quando já estava mal...
Só o amor que é capaz de unir duas pessoas e consequentemente o amor que os dois projectam num filho, supera tudo... e no teu caso isso não havia...
Fica por cá...

Bom dia soniac,

Aqui não maças ninguém.
Queria felicitar-te pela força que tiveste em quereres o teu terceiro filho, revela que és uma óptima mãe e um excelente ser humano.
Já agora...são 3 rapazes?

Abraço

Bem vinda soniac.

Aqui ninguem maça ninguem e obém-se o apoio que muitas vezes nos surpreende.

Força.

Abraço

Soniac,
É sempre bom neste cantinho ter o contributo de pessoas com principios e grande coragem. Estas pessoas vêm com toda a certeza enriquecer este espaço de partilha.
Lia

Ola Soniac, força aí!! Es uma mulher com M grande... muitas pessoas que conheço vivem situações parecidas e "deixam-se andar" acomodam-se.

Beijo grande

Estamos todos aqui para te ouvir sonia não maçãs ninguém

Boa noite,
O meu primeiro ano de divorciada foi muito difícil...
Ainda casada decidi que continuaria a dar-me bem com o meu ex, que tudo faria para que os meus filhos não sofressem tanto com a saída do pai de casa. Então estipularam-se visitas livres, nada daquela coisa das crianças passarem um fim de semana na casa da mãe e outro na casa do pai...
Não se espantem com o que vou dizer, mas o fiz somente porque naquela altura achei que era o melhor para os meus filhos...
Combinamos então e principalmente por causa do bebé que as visitas seriam feitas na minha casa (que era nossa, mas que ficou para mim, a pagar claro, que o meu ex não dá nada a ninguém, nem aos filhos...), que ele iria sempre que quisesse...
Vocês imaginam o meu sofrimento? Ver aquela cara todos os dias quando o que me apetecia era nunca mais o ver?
Aqui faço uma pausa.
O meu ex já tinha sido casado e tinha 2 filhos do 1º casamento, mas perdeu completamente o contacto com eles. Nunca mais os viu... Dizia ele que a ex-mulher não deixava ele vê-los e que ele cansou de bater sempre com a cara na porta. Burra que eu fui, pois acreditei: conhecendo-o como eu conhecia eu sabia que ele era muito acomodado e incapaz de lutar pelo que quer que seja... Tudo bem, isso justifica a atitude, mas também significa tão e somente FALTA DE AMOR! Se ele não ama os outros filhos como vai amar os meus?
Continuando...
Bem, eu não podia dificultar a vida dele nas visitas aos filhos e também por outro lado não queria que ele os levasse durante muito tempo, pois tinha perdido completamente a confiança nele... A sua necessidade de "borga" é tão grande que ainda me deixa os meninos sozinhos e vai "dançar", pensava eu.
E então foi assim durante este ano, ele ia 3, 4, 5 vezes à minha casa por semana "ver os filhos", melhor dizendo "picar o cartão".
Muitas vezes ficava meia hora e ia embora, mas enquanto lá estava aproveitava para cuscuvilhar a minha vida... as obras que eu fazia... as mudanças que eu fazia no quintal... ou então via tv... enfim! Muitas vezes também brincava com eles, mas isso não compensava o resto...
NUNCA QUIS LEVÁ-LOS PARA ELES DORMIREM NA CASA DELE, APESAR DAS CRIANÇAS NO INÍCIO LHE PEDIREM! (ufa! ainda bem! nem tudo é mau...)
Apesar de todo o meu sofrimento, não me arrependo de nada, pois a transição do casamento para o divórcio foi mais soft e as crianças não sofreram tanto.
Hoje eles já não perguntam pelo pai se ele demora mais de dois ou três dias para aparecer...
Os sentimentos próprios de quem se divorcia também já não os tenho: a culpa, o arrependimento, a vontade de voltar, (afinal ele fazia parte da mobília, uma pessoa habitua-se à companhia da outra...), tudo isso já não existe...
Na última segunda fui ter com ele e disse-lhe que as visitas na minha casa tinham que acabar. Que era melhor que ele fosse buscar as crianças e os levasse para passear, jantar, qualquer coisa, menos estar alí, na minha casa. Disse-lhe que não valia a pena, que ele estava lá sem estar, que muitas vezes ia por obrigação (ou por remorso do que fez da primeira vez)...
Ele ficou a pensar que tenho outra pessoa... Que bom... Que pense!
Depois da conversa, ainda não voltou a ver os filhos, nem telefonou...
Como será daqui para a frente? Será que vai deixar de vê-los?
Isso já não me preocupa, ele que faça o que quiser, desde que me deixe em paz.
O que me consola é que o pior já passou...
Agora...
... é seguir em frente.


Ps: Tenho 3 rapazes lindos, sou uma mãe muito feliz!

AGRADEÇO O CARINHO DE TODOS: MUITO OBRIGADA!

Parabéns Soniac, é preciso coragem para tomar algumas posições, mas pelo menos no início tem de haver um corte radical... só dessa forma se consegue fazer o luto da relação. A situação que descreveste só ajudava a manter a expectativa e prolongar a esperança. Era uma situação dúbia que não beneficiava ninguém e provavelmente confundia as crianças. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Na pior parte tu tiveste a força necessária.
Agora vem a calma. És uma mulher de coragem.
bjo

Citação :

Ps: Tenho 3 rapazes lindos, sou uma mãe muito feliz!

Parabéns Soniac!
Os nossos filhos são tudo para nós. Foi o meu filho que me deu e é ele que me dá toda a força para continuar...
Beijinhos para ti e para os teus filhos.

Soniac,

Tudo de bom e força...

Abraço

este tema emocionou-me...

quando penso com profundidade no que me liga às minhas filhas é sempre assim...

até porque no meu caso elas são o meu porto o seguro... o que me mantem de pes assentes na terra... a força que não me deixa desistir...

suportei tudo por elas... cai... mas levantei-me por elas...

de manhã quando me despeço com um beijo... muitas vezes dou por mim a pensar na riqueza que elas representam para mim...

e nas festinhas da escola... meu deus... fico toda babada... qual manteiga derretida...

temos vivido atantas coisas juntas... quero prepara-las para um dia voarem na rota delas... mas não quero pensar ainda nisso...

as minhas estão sempre comigo... sempre.... só comigo...
e a ligação é muito profunda...

lembro-me do dia que nasceu a primeira... eu tinha 18 anos...
morria de medo de não saber cuidar delas... pois nunca sequer tinha pegado num bebe...
mas lembro-me de que imediatamente soube logo o que fazer...
so eu sabia pegar nela... so eu sabia o que ela queria...so no meu colo parava de chorar...

com a segunda foi ainda mais facil...

é um amor unico este... não existe igual...

Pois...neste momento, por diversos factores, estou separada do meu companheiro há 1 semana..

Se é em definitivo ou não, só o tempo o dirá...mas um dos motivos foi ele não conseguir entender esse meu estado de paixão permanente pela minha filha...

Espero que tudo se resolva Lost...
E uma pessoa como tu que não se deixe ir abaixo...

Não me parece que se resolva sinceramente...tenho tentado de tudo...

Ir abaixo?? Só por momentos vou mas o meu trabalho é demasiado absorvente...não me deixa pensar no que não devo...e nisso o divórcio tornou-me numa pessoa quase inquebrável...pelo menos isso

E depois tenho a minha filha linda...que mais quero eu??

Sou uma mulher realizada! E digo-o com muito orgulho...o resto??? é paisagem

Espero que acredites a 100% nisso. E se assim for dou-te os parabéns e ao mesmo tempo retiro-os.
Alguem que não se abala com o fim de uma relação não se terá tornado.... fria?

Não sei se é o fim...

Não sei se é fria...porque estou a sofrer imenso com a situação...sou uma emotiva e chorona por natureza...apenas me tornei mais racional...

Apenas com o que passei com o divórcio apendi a proteger-me...e a não permitir que uma situação destas me deite abaixo...entendes??

Não vou voltar a ir até ao fundo do poço...não vou deitar fora em termos profissionais tudo o que com tanto esforço consegui...

Ai os filhos, os filhos...
O meu anda a pressionar para termos um cão. Eu adoro cães.
Ainda por cima ontem vimos o "Hachicko", um filme deveras comovente baseado numa história verídica, ou seja a pressão aumentou.
Adorava fazer-lhe uma surpresa mas não sou apologista de cães em apartamentos, não a pensar em mim mas a pensar no bem-estar deles.
Alguém tem experiência com cachorros em apartamentos?
Digam de vossa justiça.

Ok.... ir ao fundo do poço não digo.... Mas é impossivel não te abalares, estou certo?