Hábitos e rotinas diferentes cada 15 dias

Tem-se falado muito da guarta partilhada. Nós não temos guarda partilhada. Os meus enteados vivem com a mãe e passam o fim de semana comigo e com o pai. Passados 15 dias noto que perderam todos os hábitos básicos, como usar o cinto de segurança, lavar as mãos antes das refeições, lavar os dentes antes de deitar, puxar o autocolismo e lavar as maõs... Vieram ontem à tarde e passei o resto do dia a pedir para dobrarem a roupa que despiam, apanhar os casacos do chão, arrumar brinquedos e jogos depois de usados, entre outras chamadas de atenção. Hoje de manhã já entraram na rotina normal cá de casa, arrumaram os quartos, tomaram banho, e fizeram os trabalhos escolares sem ser preciso que eu ou o pai os lembrássemos.

Pergunto como seria se tivéssemos guarda partilhada, uma vez que me parece que as rotinas e hábitos em casa da mãe são muito diferentes das nossas. Penso que seria no mínimo frustrante para nós e para as crianças terem de mudar essas rotinas todas as semanas.

Sentem o mesmo quando as vossas crianças chegam por exemplo do período de férias com o pai?

Madrasta, penso que entre a mae e o pai das crianças e tu também se poderes participar, é chegar a um acordo sobre diversos aspectos importantes na educação e crescimento das crianças, tal como tu referiste em alguns pontos, é sempre melhor quando existem questoes que previamente foram discutidas e acordadas entre os pais, assim irá evitar-se de alguma forma esses mesmos comportamentos, bem como irão de certeza, respeitar e no futuro não chantagear, do género: "o pai deixa isto!" ou " a mãe não é assim!".
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Quando as rotinas e os habitos sao diferentes, corre-se o risco de as situações onde se tem de impor respeito ficam mais complicadas, nao so para uma parte mas para ambas, se a mae entender isto, melhor!

Eu como pai, tenho "guarda" partilhada, e noto diferenças as vezes, mas isto é inevitavel, nao estou lá a companhar a minha filha, mas sempre que possivel pergunto se a mãe esta a seguir o que combinamos, tal como eu digo se estou a seguir o que acordo, e se nao porque, é essencial este acordo para que as crianças crescam com o minimo de "ruido" na vida possivel.

Madrasta escreveu:

Sentem o mesmo quando as vossas crianças chegam por exemplo do período de férias com o pai?

Sinto sim! Mas por vezes, não se trata deles não terem regras do outro lado. Concluo que seja a própria mudança de casa que por vezes lhes baralha os hábitos.

Eu ensino o meu fiilho a comer de uma dada forma, e quando ele vai para a mãe, acontecer por vezes regressar pior. Mas eu sei que a mãe também é muito rigorosa com as maneiras à mesa.

Eu tento dar alguma margem, mas compreendo que a primeira medida seja culpar o "outro lado".

Nada tenho contra a diversidade e muito menos quero criar os meus enteados numa redoma de vidro Mas não aceito que um miúdo de 10 anos use o WC sem puxar o autocolismo e lavar as mãos, ou que atire a roupa para o chão. E deparo-me com estes episódios todas as sextas-feiras... entretanto lá entramos no ritmo

tounessa escreveu:

A propósito de “um conjunto de regas comuns nas duas casas” convém ter sempre presente que é na diversidade que a criança amadurece.

Mas na minha opinião, é com estabilidade que ela melhor se forma.

1 Semana com educação rigorosa e ritmos certos intercalada com uma semana de sem horários e por conta própria pode ser instável!

Se vamos ser permissivos à espera que eles ganham anti-corpos por viverem em climas instáveis pode ser um caminho perigoso e um risco.

Idealmente, um conjunto de regras básicas devia ser o mais semelhante possível nas duas casas mas na prática, e no meu caso em particular isso tem-se revelado impossível.

A minha enteada vive 15 dias cnc/15 dias com a mãe e durante o tempo que passa com a mãe tem horas para dormir, forma de estar à mesa, etc., completamente diferentes das que tem na nossa casa. Inevitavelmente, nos dias de transição vem com os hábitos todos baralhados e percebo que deve ser difícil para uma criança de 6 anos perceber porque é que numa casa pode fazer determinada coisa e na outra não.