O outro lado: eu quero o divorcio

Bom dia.

O outro lado. O lado de quem quer o divorcio. Este é o meu lado.

Estou casada à 10 anos, tenho um filho de 4 anos e chegou ao fim!

Um fim que não pretendo que seja dramático ou de "guerra". Um fim que não envolve terceiros. Apenas acabou o sentimento que nos uniu. Pelo menos o meu.

As culpas, serão sempre partilhadas. Eu errei e ele também errou. Quem errou mais será sempre uma questão presente. Uma questão de forma, porque aqui o que conta é o conteudo: não o amo mais.

Neste momento ainda não tive a coragem de ser verdadeira com ele, porque gostaria de ter certezas quanto às palavras que lhe direi. Reconheço-o como pessoa que tornou possivel os meus sonhos e ser-lhe-ei sempre grata por me ter aturado todos estes anos. Mas sei que a revolta que vai sentir quando lhe falar, vai tornar tudo muito doloroso.

Sinceramente, não sei como abordar esta questão. Se alguém me puder ajudar e já tenha estado deste lado, por favor ajudem-me!

Quero dar este primeiro passo, mas não sei como o fazer!

Obrigada!

Bom Dia shui
É fazer o que tem de ser feito.
Tive essa experiência do lado do Homem.
O 1o impacto foi de uma revolta muito Grande.

Foram tempos muito complicados, mas depois o tempo e o respeito acima de tudo, irão pouco a pouco resolvendo a situação.

Forca Aí

Obrigada

É. Tenho que dar o primeiro passo , porque senão não páro de contemplar o meu proprio medo e não sigo em frente!


Os tempos que se advinham não são o que mais me assuta (chama-lhe ingenuidade!).

O que me impede é não saber como começar.

Enfim...vamos lá ver se deixo de ter medo de uma vz por todas.

Já pensaste MESMO bem?

Divorcio nao é o fim do fundo... mas tb nao é facil...

Posso dizer-te que, do ponto de vista do outro lado, o que me custou mais foi a falta de franqueza. Mas claro que tudo passa e que, com o tempo, acabamos por arrumar tudo no sitio certo.

E pensa bem se o divórcio é o caminho correcto. Falem os dois sobre esta possibilidade antes de tomares essa decisão de forma unilateral.

Olá,

na minha opinião será sempre mais fácil, para ambos, se for uma decisão dos dois. Por isso, é colocar orgulhos de lado, olhar bem nos olhos, ser assertivo e... seja qual for a decisão que tomarem, que tenha sido bem ponderada. É que depois, se seguirem em frente com a separação, também tu passarás por um período de «luto» (mais ou menos longo/curto/fácil/difícil, ambos passarão por lá, cada um à sua maneira). E quanto mais resolvidas e assentes estiverem as coisas, mais fácil será o futuro. Olha, cito o António Feio: «Não deixem nada por dizer».

Boa Sorte

Mais uma vez obrigada pelas vossas opiniões.

e sim já pensei bem. Quero o divorcio. Concordo quando dizem que é mais fácil quando a decisão é partilhada por ambos, o que no meu caso, acho não ser possivel.

Infelizmente, acho que o meu marido não vai estar preparado para me ouvir pedir o divorcio e irá reagir mal.
Pelo menos é este o cenário que prevejo.

Quanto à sinceridade, julgo que esse é SEMPRE o caminho. Aliás, o facto de não estar a conseguir estar a ser sincera com ele neste momento (por omissão da minha vontade) está a fazer-me mal.

O luto que sei que terei de fazer não me assusta. Alias o que me impede de dar o passo neste momento é o meu receio de ferir o meu marido.

Apesar de tudo, de não ter corrido bem, continuo a respeitá-lo como pessoa e o que eu poder fazer para "aliviar" a sua revolta, farei. É este medo que me impede de ainda não ter falado com ele.

Obrigada por tudo.

Shui,

dramático, será sempre, mesmo que não seja inteiramente visível, ou imediato. Já são 10 anos a conhecê-lo, e pelo que dizes, ele não vai levar as coisas sem uma revolta (mesmo que interna).

É duro quando as coisas quebram de um momento para o outro, mas ás vezes é mais duro quando as coisas se vão deteriorando, mas mantendo até à quebra.

Essa parte do sentimento ter acabado é-me bastante familiar, já que foi também o motivo pelo qual me foi pedido o divorcio.

Não aceito que 7 ou 10 anos da união entre duas pessoas possa ser desmembrada assim, de um momento para o outro, somente porque o sentimento acabou. Tem sempre que haver algo mais que impulsione a quebra, seja a falta de confiança, seja a falta de tempo, seja a falta de intimidade ou espaço dos 2, entre muitas outras coisas. E deves tentar perceber o que mais faltou, para lhe poder explicar.

Aceito que a paixão mude, que o desejo mude, que o amor mude ... Tudo é influenciado pela nossa vivência, nesse tempo. Somos indivíduos que se juntam a outro com o intuito da união de objectivos em comum. O tempo passa, os objectivos esmorecem, canaliza-mo-nos para o individualismo, novamente, e a coisa parte. Já o projecto conjunto não faz sentido.

Estando do lado contrário ao teu, numa situação em quase tudo semelhante, também consigo colocar-me na tua posição e aceitar essa ausência de sentimentos como factor mais do que justificativo dessa intenção. Provavelmente, já ambos o devem sentir há algum tempo.

É aceitável que chegados a esse ponto, já não haja solução, e aquilo que nos faz ficar magoados (de um ou de outro lado) é o de pensar "como é que chegámos a este ponto?"

Aí, senti-mo-nos falhados, tristes, desanimados até com o futuro e futuras perspectivas.

Quanto a falares com ele, a coragem não é necessária, para isso. Mais que não seja, enquanto amigos, companheiros e confidentes há 10 anos, pelo menos, conseguirás encarar e dizer aquilo que tens como certeza do que pretendes.

Deves abordar, de uma forma amigável e compreensiva o facto de que ambos já deram conta que "as coisas já não são o que eram e que o melhor é seguirem projectos separados, antes que as coisas azedem".

Aconselho-te, se queres manter as coisas pacificas e manter um amigo, não faças como me foi feito. Sê sincera e transmite a certeza da tua decisão. Não deixes nada a marinar, mas dá-lhe apoio, como se fosses uma amiga, já que ele vai precisar disso (e tu, provavelmente também). Se dizes que ele te aturou durante estes anos todos, creio que será boa altura para lhe retribuir com um pouco mais de atenção, neste momento, mas mantém sempre a certeza da separação das coisas. Uma coisa é o casamento, a outra é a amizade.

Vais ver que, se feitas bem as coisas, tudo corre bem. E o principal é ficarem ambos bem, para ambos estarem bem com o vosso filho e este não se sentir desorientado.

Olá Rui.

Muito obrigada pelas tuas palavras. foram muito importantes.

As coisas não acabam de um momento para o outro. Foram acabando e por muito que me custe, esta é apenas a constatação de uma realidade inadiável.

Não quero "quebrar" nada para que não azedem. Mas pelo que conheço do meu marido, sei que vão azedar. Estou preparada para isso, mas é algo que me aflige, por causa do nosso filhote.

Deixa-me dizer-te que o facto de estar deste lado, não significa que também não me sinta frustrada, triste e de que falhei. Esse é um sentimento que não é detentor do lado que ouve "quero o divorcio". Eu acho que quando as coisas acabam, ambos têm culpa (por assim dizer)!

Perceber porque acabou acho que é notório (no nosso caso). Aqui a situação é a de que eu quero mais e ele está bem com a situação tal qual a tem neste momento.

O querer mais significa, não só evolução como risco implicito. E eu preciso disso. Preciso de repensar o meu projecto de vida e não vejo o meu marido a aceitar.
Dou-te um exemplo: a nível profissional tenho que me deslocar 2/3 vezes por mês a lisboa. Vou e venho no mesmo dia. Faço 600 km num dia e quando peço para ir buscar o nosso filhote a resposta que oiço é: "lá tás tu a chatear um gajo. Não sabias sair mais cedo de Lisboa". E quando chego a casa (cansada) não há uma única pergunta de como correu o dia.
Dou-te outro exemplo: ao fim de semana, quando está sol, levo o filhote a passear no parque ou vou até ao shoping. As crianças têm necesidade de sair, certo? Ele fica em casa, porque não está para "andar para tras e para a frente".

Como podes ver, são as pequenas coisas como estas que desgastam. Chegas a um ponto em que estas com alguem mas te sentes completamente sozinha.

Enfim, há que dar os passos necessários diante do caminho que escolhemos traçar. Eu quero traças um novo caminho para mim.

Bem, Shui... Compreendo um pouco mais a tua intenção... surge-me a palavra comodismo... e com essa personalidade, deve ser inevitável ele sentir-se vitimizado ou simplesmente, sair porta fora.

Essa de "fazer frete" por ter que ir buscar o filho à escola é que é demais... Eu sei que não sou exemplo do "normal", mas, desde que a minha filha mais velha entrou para a escola, que sou eu quem a vai pôr e buscar. Mesmo agora, que já estamos separados desde Fevereiro, continuo a ir buscá-la de manhã a casa da mãe, levá-la à escola e depois fazer o inverso, ao fim da tarde, e ficar com elas até acabarem de jantar, ou mesmo até as deitar. Afecta-me o esquema? Sim, afecta, mas faço questão de me manter diariamente em contacto com as minhas filhas, pelo menos até que comece o ritmo da semana sim, semana não, na minha casa (por enquanto, ainda não tenho condições para estar com elas mais do que uns 3 dias seguidos).

Sei o que é andar de um lado para o outro. Sou formador, e até pouco depois de ter nascido a minha primeira filha, chegava a passar entre 2 dias a uma semana longe, de mês a mês, para poder concentrar as formações. Deixei-me disso, perdi muitas formações depois e até perdi algumas empresas clientes, mas era a minha carreira ou a minha família. Agora, 5 anos depois e desde há pelo menos um ano, também a minha X acaba por quase semanalmente ir a congressos e workshops e ficar fora 2 a 3 dias, normalmente, ao final da semana. Claro que isso também me fez (e faz) dar comentários de "Esta semana também vais, quando é que estás com as bebés?".
Sei que essa tensão também foi um impulso para o "fim".

Sei também como te sentes sozinha e desgastada, mesmo no meio da "multidão" familiar, e ninguém tem a obrigação de se sentir assim.

Agora, e das coisas mais importantes a fazer é proporcionar um ambiente estável e natural para o vosso filhote.

shui escreveu:

...Aqui a situação é a de que eu quero mais e ele está bem com a situação tal qual a tem neste momento...

A situação é esta ou é o facto de já não gostares dele enquanto homem, companheiro, marido? O facto de não amares, de já não sentires?

Se tudo, como por magia, passasse a ser como tu queres, quererias continuar ao lado dessa pessoa?

As "situações" que apontas serão válidas para modificar, melhorar as coisas, para garantir que estão em sintonia com o que querem e para onde vão. Não sei até que ponto servem para "justificar" ou explicar o facto de já não o amares.

- Mas porque é que já não me amas?
- Ah, por isto e por aquilo...
- Ah, certo, faz sentido... Ok!

O que leio nesta tua situação, e que é uma situação infelizmente mais do que normal, é a relação entre Amor e o "desgaste" (tantas vezes referido como anulação!). Foi o desgaste que provocou o fim do Amor, ou terá sido a falta de Amor que provocou o desgaste?

Fará sentido tentar encontrar culpas e culpados? Justificações e explicações?

Chegaste a um ponto em que as coisas são o que são e não o que poderiam ter sido, o que já não podem ser...

É bom falar convosco (rui e pedro)...o lado masculino da coisa


Comodismo, inércia, estagnação, desgaste, são tudo sinonimos nesta minha situação.

Sinto-me desgastada e sozinha. Durante os ultimos 4 anos, foram muitas as discussões onde a troca de acusações aconteceram. Foram sendo sempre ultrapassadas, porque acreditamos sempre que valia a pena e que teriamos capacidade para continuar o caminho.

Cheguei ao meu limite. Não quero mais isto para mim.
Ele podia mudar, como que por magia. eu até podia acreditar ser possivel (como acreditei várias vezes), mas isso não fazia mudar-me de opinião: as pessoas podem mudar, mas a essência delas permanece.

Eu deixei de acreditar que é possivel viver com ele. O desgaste provocou o fim do Amor. È o que é, neste momento. Estou melhor sozinha!

Lutamos pelo que achamos poder ter sido, mas não conseguimos.


Porque não o amo mais?
Podia listar as justificações mais racionais para o ter deixado de amar. Mas isto nada têm haver com a razão.
Todas elas seriam validas para mim e de pouco serviriam ao meu marido.

Eu mudei. Não há terceiros na história. Nunca houve.
Eu comecei a tomar consciencia de vontades que me fazem andar em frente. Infelizmente não vejo no meu marido capacidade para me acompanhar verdadeiramente.
Deixou de fazer sentido. Deixei de querer partilhar coisas simples e de não ter atenção.
Cansei de chamar a atenção para que precisava de ajuda.
Agora se a ajuda viesse, já vinha tarde!
Prefiro estar sozinha a ter que partilhar momentos que sei à partida que vão ser alvo de critica e sequer de algum comentário.

Quis deixar de lutar por isto.
Quero comecar de novo a respirar.

Quero seguir em frente e quero que ele também tenha a possibilidade de encontrar alguém que o faça mais feliz do que eu o tenho feito nestes ultimos 2/3 meses.

Há pessoas que conseguem gerir esta situação durante mais tempo. Eu cheguei ao meu limite. Tenho adiado ou se preferirem, acreditado duante estes ultimos 4 ANOS que era possivel.

No verão de 2010, comecei a notar em mim um desalento enorme. Uma tristeza profunda. De há 2/3 meses para cá a convivencia tem sido castradora e sufucante.
Acabou.

Olá Shui,

Bem vinda.

Não há formas simpaticas de dar noticias dessas...

Pareces ter bem claro que para ti a relacao acabou e se é realmente isso que queres é mesmo comecar e desbobinar.

Se leres tudo aquilo que escreveste, tens aqui um bom guiao para o que tem que ser dito

Nao penses que encontras uma forma facil de ter uma conversa dessas, pq isso nao acontece.

Poderás aqui ouvir varias sugestoes, mas acredito que para quem é surpreendido com uma situação dessas, qualquer que tenha sido a forma como lhe foi colocada a questao, será sempre negativa.

O melhor conselho que te posso dar é apenas que antes de falar em divorcio penses se esgotaste todas as outras opçoes.

Se esgotaste e estas decidida entao tem a conversa de uma forma calma, sincera, objectiva, num momento em q estejam sozinhos e em que a conversa se possa prolongar para poder demorar se tiver que ser.

E prepara-te para as duvidas, incertezas, perguntas que possam vir, porque elas tambem sao perfeitamente legitimas.

Abraço e boa sorte

Obrigada Mário.

Ao responder no post anterior, de-me conta que escrevia o meu proprio guião.



As mensagens de hoje, têm-me dado forças e ainda mais certezas.

Está aser muito bom ouvir o lado masculino da coisa e sentir da parte de todos esta postura de ajuda para comigo.

O meu sincero obrigada a todos!

Não sei se faz sentido falares do "lado masculino"...

Se há coisa que tenho aprendido por aqui é que os sentimentos acabam por ser os mesmos, independentemente do lado onde estão!

E isto dá-nos perspectiva sobre as coisas, ajuda a esclarecer e a não ver as coisas como preto e branco, bons e maus, honestos e falsos...

...e dói dos dois lados...

Não foi isso que quiz dizer Pedro.

Eu só falo disto com uma amiga, portanto gaija...

Para mim é importante ouvir o lado do homem, porque embora os sentimentos sejam os mesmos, é bom falar com homens que também passaram por isto.

Só isso.

E concordo contigo: doi dos dois lados.

Não concordo com a ideia de os sentimentos serem os mesmos para homem e para mulher. Aliás, os sentimentos acabam por variar de indivíduo para indivíduo, de situação para situação.

Para pedir conselhos ou ouvir pontos de vista, nada como falar com muita gente diferente sobre o tema. Homens, mulheres, amigos, desconhecidos... depois, é só tentar fazer uma média aritmética das opiniões e ponderá-la com a nossa (que tem sempre muito mais peso, porque nós é que estamos lá, nós é que vivemos isso). Se pudermos acumular a opinião com a do outro lado, tanto melhor.

De qualquer forma, não existem fórmulas matemáticas nem equações estatísticas para as situações que aqui temos partilhado. Era talvez bom, que conseguíssemos ser assim objectivos, mas não somos.

E, neste tipo de diálogos sobre estas decisões, também não existem frases feitas, não existem palavras certas. Talvez, só quando éramos adolescentes, podíamos usar aquelas frases de "Sabes, não é de ti, é mesmo de mim" ou "mereces melhor do que eu, e eu sei que não te vou conseguir dar aquilo que já me dás"

Olá Shui.

Eu criei o meu filho sozinha porque o meu ex trabalhava em Viseu, durante 8 anos e vinha ao fim de semana.
A gravidez tb foi sozinha.
Eu entendo o teu lado.
Eu tb me ressentia quando ao sabado de manhã ia ás compras e lhe pedia para tomar conta do menino. Naõ podia porque queria descansar ou ver televisão.
Ou pedir para me ajudar nas compras...resposta - Usa a internet!
Começa acumular, acumular e um dia, enche e o mal está precisament ai.
Deve-se falar logo. Ao deixar passar vai enchendo a conta e um dia já era.
Foi isso que aconteceu contigo como comigo.
Falar logo é importante, dizer logo ao outro que nos incomoda . Depois, quando explodimos o outro diz : Mas porquê? Não sei o que aconteceu." Mas é claro, não viu e ninguem lhe disse.
Como não falaste na altura fala agora.
Tem uma conversa franca com ele, explica-lhe que te sentes desmotivada e que precisas de saber se essa falta de amor está coberto por esse desanimo.olha, na minha sincera e modesta opinião, se falas em divórcio agora prepara-te para duas situações: a desconfiança que tens alguém e, a partir dai digas o que disseres ele não vai ouvir. Aquele cerebro está a mil, a pensar quem é, como e quando e como foste capaz.
A atitude mais sensata e, volto a repetir, na minha opinião, é teres uma conversa para lhe expores o que te faz mal nas atitudes dele. Não digas que não o amas mais porque nem tu tens a certeza disso. Tás tão magoada que esse estado de alma pode toldar o teu raciocinio.
Falem, sê sincera mas não peças o divórcio de chofre.
Pedr-lhe um tempo. Usa-o para ti e para ambos.
Sai ou ele que saia. E, nesse tempo, ele vai ver que te pode perder, que tem de mudar e assim, ambos, conscientes das falhas podem acertar os ponteiros. Ide a uma terapia de casal. Falem sem vergonha, sem medo, ofendam-se no bom sentido.
Tentem, não atires logo a toalha ao chão para finalizares o jogo.
Pondera, pensa, falem , depois disso tudo, te sentires igual, então aí não precisarás de dizer nada porque ambos saberão.
Fica bem e calma

Brisa... subscrevo as tuas palavras. Acho que também faltou muito dessa franqueza na minha relação. Pensamos sempre que é apenas uma fase e que o outro anda cansado e nem vamos falando o que nos irrita para não irritar também o outro. Depois, juntamos tudo. E nestas situações limite, explodimos com tudo e só queremos cortar aquilo que nos magoa.
É um bom conselho o do pedido de um tempo. Há realmente menos desconfiança e as coisas são levadas com mais calma, muito embora, seja mesmo necessário um afastamento determinado, ou cairá em decisões posteriores ainda mais radicais.
O tempo de reflexão é bom, partir logo para o divórcio é muito mau. A mim, caiu-me mesmo muito mal. Dá uma sensação de traição à confidência e confiança do casal

Exactamente Rui.
Tenho a certeza que tal acontece com imensos casais.
a
A sensação que tenho, é que muitos precipitam-se logo para o divórcio tal é o turbilhão de sentimentos. A cabeça e o coração não estão em sintonia.E, por vezes, ou a maior pate delas, as pessoas arrependem-se, martiriza-se "porquê que não dei uma chance"..."será que '????" e depois não querem voltar atrás, não podem, então já estão divorciados....e vão vivendo com essa "culpa" resultado dessa precipitação. Nunca mais serão as mesmas. Parece que nos colaram um penso adesivo à pele e, de repente, o arrancaramcom toda a força e nós ficamos expostos, com uma enorme ferida que ´so com o empovai sarando mas que vai deixar marcas.
O meu ex era assim, calado, metido nele, apesar de chegar a casa e ter balões de boas vindas emuiiitos beijinhos. Ter um cafezinho com um bombom levado aqui pela "Je" ou ainda, velas e masssagens .-) Isto depois de 12 anos de casamento. É bnito, não é? Era...E um dia, isso não bastou. Queria mais do casamento, e isso não lhe bastava. Explodiu porque achava que eu nãolhe enchia o ego. Eu sou calma tranquila,caseira, mas gosto de sair, de me divertir. Trabalho, sou boa dona de casa e era uma mulher carinhosa, sempre fui. Adora dar miminhos. Mas isto não lhe chegou.
Foi embora, deixou-me a mim e ao pequenino porque queriastar sozinho e a vida familiar prendia-o. Pensava mais em nos e não nele e tinha de ser egoista.
Doeu principlamnte ele não me ter dito o que sentia e juntos, em familia podiamos combater e colmatar as falhas. Mas não. eu tinha de ser bruxa para adivinhar.
Após 8 meses de volta não volta, de tentar, de falarmos, FINALMENTE, percebi que casei com um catraio camuflado. QUe o meu casamento deu certo porque ele estava fora e quando estamos junto tinha de ser bom. Afinal se estivessemos no dia a dia, já tinha arrebentado há muito tempo. Foi demasiado tempo sózinho em Viseu mas isso não é desculpa para abandonar a familia.
Percebi, nesse tempo que nos afastamos que eu amadureci, vergeui mas não quebrei, que mesmo medricas, andei para a frente, que ele, afinal não é o centro do meu mundo e que eu, também me desenrrasco. Tenho pena que termine assim. Mas o tempo de afastamento ajudou-me entender que aquele homem, que eu amava, eu nãoqueria para mim. Não me iludi, faleo comigo própria de uma forma crua e nua e encarei. Ele não gosta mais de mim, ele habituou-se a mim, ele sente carinho, ele quer-me aqui mas como um porto de abrigo e usar-me quando não tem quem o quer ou para onde ir. Doeu, doeu como caraça admitir e ainda mais, se ele teve outra pessoa. Ai doi, doi muito. Pareçe que nos arrancam o coração. Por isso é importante falar, ser verdadeiro para os outros e para nós. Eu fui comigo mesma. Disse-me, gostas dele, mas é os euficiente para continuares num casamento em que algo quebrou, a confiança, olhar para o lado, dar a mão e não sentir nada? VIVER com um estranho num corpo de quenos foi querido?Pelos filhos? Não os filhos merecem o nosso respeito. Por isso pedi o divorcio e ele já sabia, e queria mas não pretendia ser ele a pedir. Faltou-lhe a coragem e ainda me atiroá cara que o nosso filho ia sofrer pq fui eu que pedi o divorcio e não ele.Tipico. Cobardola. Falem, minha gente, falem, não guardem o que vos vai na alam porque o preço a pagar é muito elevado.

Gosto mesmo de te ler, Brisa

Arisca escreveu:

Gosto mesmo de te ler, Brisa

Também fiquei speachless

Obrigada. Apenas digo o que me vai na alma. Esta "lavagem" faz bem. Não se deve guardar cá dentro.
Só se guardam as boas memórias as más, toca a varrer para a rua para a ventania levar para bemmmmmmm longe.

Tenho-te lido assim como quem come petit gateaux Brisa do Mar ...

Porque me revejo no que escreves, porque eu podia ter dito tudo isso e porque salvaguardadas as devidas diferenças me identifico e identifico o que escreves como aquilo que vivi.

E é mesmo assim.
Guardar o que é bom de guardar.
O que é importante fica.


Escreves "pa caraças pá"!

Gosto muito mas mesmo muito de te ler.
BG

Brisa do Mar,

Parabens pela lucidez e pela coragem.

Muita força!

Abraço