O divórcio não é obrigatóriamente uma coisa má

1. Paz...não ha trombas em casa...


Sim, sim F@

tinha-me esquecido de dizer, não aturar mais mau humor matinal, diurno... e nocturno...liiiiiiiiivra!!!

Alma

Quando estamos com a neura, não temos ninguém em quem descarregar
SA

naperons?? ainda se usa??

hihihihihihi

não tenho naperons

- poder ler a toda a hora sem se ser posto em causa
- poder combinar saídas em cima da hora, sem ter usar agenda
- poder fumar em casa, excepto quando lá vão as crianças
- poder ouvir música em altos berros, sem censuras
e por fim "last but not least" poder beber minis sempre que apetece

MINISSSSSSSSSSSS

eu fiquei com uma imensa magoa depois do meu divorcio


é dor que doi muito

dói agora, mas passa, acredita e há sempre uma vida (que pode ser muito melhor) para lá do divórcio, acredita Nandi...

F@ escreveu:

2. Independencia...não é preciso dar satisfações pelo dinheiro gasto naqueles sapatos lindos de morrer...
...

Haja alguém que me compreenda!!!....

- não ter que levar com o futebol nacional, a Champions, a UEFA, a Liga Italiana, a Espanhola, a Inglesa....e por aí fora!
(é pá um joguito por semana, vá que não vá, agora todos!!???!! é dose...)

- riscar o automóvel, e não ter que explicar pormenorizadamente como é que aconteceu...

- ver todos os Tarantinos, Tim Burton's e Cohen's sem ter de ouvir comentários à minha "falta" de gosto...

enfim e interminável a lista de....eh, eh, eh...coisinhas boas!

Apesar de quase nunca o conseguirmos ver, quando somos confrontados com ele, o divórcio não é obrigatóriamente mau.
Eu passei por um divórcio que partiu da minha ex-mulher. Na altura achei que o meu mundo tinha acabado, que não existia nada pelo que valesse a pena lutar. Não sei se é normal ou não, outras pessoas que tenham passado pela mesma situação podem confirmá-lo, mas o que é certo é que todas as minhas emoções foram como que "amplificadas" quando a minha ex-mulher me disse que ia saír de casa. A verdade (que só consegui ver algum tempo depois) é que havia já bastante tempo que tinhamos deixado a rotina instalar-se e não houve de parte a parte um "regar" da nossa relação, do nosso amor, que compreendo agora ser indispensável a qualquer relação que se pretenda duradoura e feliz. Namorámos durante vários anos, mas a partir do momento em que passámos a partilhar um mesmo espaço, partilhar finanças e os problemas que daí advêm, enfim, partilhar verdadeiramente uma vida, aumentou a exigência no que toca a combater a rotina, combater o acomodar, aqueles pequenos gestos, as pequenas coisas, como o mostrar ao outro o quanto ele é importante para nós, o tirar um momento do dia para fazer algo pelo outro que lhe mostre o quanto o amamos, etc.
Nem eu nem ela fizemos esse esforço e as coisas foram acabando. O espaço estava lá e ela conheceu alguém que o preencheu. Não me disse quando saíu de casa, aliás a saída era supostamente temporária, precisava de pensar. Eu acabei por decobrir. Culpei-a durante muito tempo por isso. Eu e toda a gente que a conhecia, inclusivamente os pais dela e a restante família do lado dela. Passei meses antes de nos separarmos, em que o contacto que tinhamos era quase automático, mas no dia em que me disse que ia saír de casa, passei a amá-la como quando nos conhecemos, a precisar dela mais do que qualquer outra coisa na minha vida.
A verdade é que eu próprio já havia começado antes a sentir coisas por outra pessoa, mas não me apercebi, ou não me permiti aperceber.
Bom mas voltando ao título do meu post, sofri muito quando a minha ex-mulher saíu, mas porque a sensação de abandono, tolda-nos um pouco a razão. É lógico que um divórcio é sempre um projecto de vida falhado e mesmo nos casos em que sabemos que é inevitável, é sempre terrível, mas a realidade é que passado 1 ano, estava recuperado emocionalmente do divórcio (financeiramente demorou mais um bocadinho), e hoje 2 anos depois, cheguei à conclusão que o divórcio foi um acontecimento positivo na minha vida. O ideal teria sido ter conseguido manter o amor que sentia pela minha ex-mulher quando casámos e ela também, mas na minha opinião, uma vez que deixamos que o amor desapareça e um de nós de apercebe disso, não existe maneira de o recuperar. Posso estar errado, mas de todos os casos que conheço, nunca o vi acontecer, talvez alguém aqui me possa mostrar que estou errado.
Restáva-me portanto viver conformado com a minha rotinazinha, com o meu casamento já sem amor (que dúvido honestamente que tivesse durado, mesmo que a minha ex não tivesse avançado). Acontece que depois de me divorciar, abri a porta a outras pessoas e entrou na minha vida uma pessoa (que até já lá estava, mas que eu nunca quis ver), que amo hoje de uma forma que nunca havia amado antes. Além de ter perdido uns quilos valentes, ter deixado de fumar, e estar bastante mais saudável do que antes, sou hoje muito mais feliz do que alguma vez havia sido durante o meu casamento. E espero vir a ser muito mais feliz ainda. O divórcio que me pareceu o fim do mundo quando aconteceu foi de facto uma melhoria tremenda na minha vida. Além do mais, aprendi que uma relação é como um ser vivo, que tem de se alimentar, aprendi que a comunicação é essencial, que amar só não chega... É fácil saber tudo isto e muitas pessoas que conheço e a quem digo isto, dizem-me que não é preciso divorciarmo-nos para aprender isso. Talvez seja verdade para algumas pessoas, para mim não foi... Mas hoje, além de não culpar a minha ex-mulher pelo divórcio, reconheço-lhe a coragem de acabar com algo que já estava moribundo, e que no fundo foi o pontapé de saída para uma nova vida, um amor e uma felicidade que não havia conhecido até então.
O divórcio não tem que ser obrigatóriamente uma coisa má...
Aguentem-se durante a fase complicada e vão ver...

Muito obrigada por partilhares a tua vida e nos mostrares o lado positivo do divórcio. Afinal se não há amor, para quê continuar. Pena que, por vezes, as pessoas tenham de sofrer. Pena que muitas pessoas não saibam lidar com o sofrimento da melhor maneira. Temos de saber enfrentar os medos e as desilusões, e tu mostraste que o conseguiste fazer. Parabéns por essa felicidade, e também espero que sejas ainda mais feliz.
O teu testemunho, com certeza, vai iluminar o caminho de muita gente. Já iluminou o meu

o meu tambem

Olá LuisTp,

Obrigada e acho que tens muita razão. A tua presença é fundamental.
SA

LuisTP

Obrigado pelo teu testemunho.

É algo que acho que a maioria das pessoas que aqui anda aspiram...

Gostamos sempre de ouvir sobre o que existe após a tempestade.

J

Parabéns Luis
O meu divórcio também se revelou uma coisa boa, mesmo antes de se concretizar.
O meu 'desabafo' vai para o meu último relacionamento. Após 4 anos de altos e baixos, o amor da minha vida parece ter encontrado o amor da vida dele...
Mais sofrimento não, obrigada.
O meu problema é não conseguir acreditar que posso ser feliz sozinha. Tenho muito carinho e amor para dar.
Hoje não está a ser um dia bom para mim...

Obrigada, LuísTp, pelo teu testemunho!
É aconchegante saber que é possível...

Div X, eu estou a viver pela 1ª vez sozinha e acredita, depois da tempestade passar, vais ver que é muito bom, muito bom mesmo... e acho que é possível sermos felizes sozinhos, pelo menos por uns tempos... eu estou na "fase do deslumbramento" comigo mesma!
Amanhã, será um novo dia...

Obrigado Luis pela partilha, é bom ler coisas assim.





Div x , não precisas de acreditar só tens é que abrir o
coração e deixar acontecer, às tantas como o Luís disse até já aconteceu e nem
deste por ela. Investe em tí e ama-te a tí mesma, e depois logo se vê.






Só mais uma coisita, já li varias vezes que um divorcio é um
projecto de vida falhado, eu não quero acreditar nisso. Penso que é um projecto
que não pode ser avaliado só pelo final. Experimentem ver esse projecto ao contrário,
do divórcio para o namoro, acabava na mesma mas de outra maneira. A avaliação
do projecto de vida tem que ser contínua e não contar só a avaliação final.


Abraços

Luis TP

O teu testemunho faz-nos acreditar que dias melhores virão, temos é de manter a esperança que isso um dia também vai acontecer connosco.

Obrigado pela força.

Viva Luis TP

O teu testemunho vale ouro...a felicidade pode estar à espreita em qualquer esquina, basta não andar desesperadamente à procura dela...Let it happen!

RS escreveu:

Só mais uma coisita, já li varias vezes que um divorcio é um
projecto de vida falhado, eu não quero acreditar nisso. Penso que é um projecto
que não pode ser avaliado só pelo final. Experimentem ver esse projecto ao contrário,
do divórcio para o namoro, acabava na mesma mas de outra maneira. A avaliação
do projecto de vida tem que ser contínua e não contar só a avaliação final.


Abraços

Lamento, mas não estou de acordo, um divórcio/separação, é um projecto falhado...não vale a pena tapar o sol com a peneira!
Falhamos como casal e falhamos como família...o nosso projecto de vida falhou.Ponto final!
Agora, não quer dizer que tenha sido tudo negativo... e a experiência que se aquire num relacionamento é enorme...seja ela positiva ou negativa, entretanto crescemos e muito...e às vezes o sinal desse amadurecimento é precisamente o divórcio/separação...ter a coragem para tomar tal decisão não é fácil...avançar para o desconhecido, romper com laços e garantias que tínhamos...

Separações/Divórcios, para mim são projectos falhados, são os esboços necessários para a tela final..

Só um ponto de vista.

OK compreendo, mas tenta por isto em termos práticos:





Tens uma boa ideia para um negocio e abres uma empresa
(casamento) o negocio corre bem e com o capital ganho abres outras empresas
formas um grupo economico (filhos/momentos bons, experiência, etc..) que são
muito rentáveis. Agora imagina que a empresa que deu origem ao grupo começa a
dar prejuízo. Ok, nada de pânico, se não dá para recuperar, vende-se ao melhor
preço ou encerra (divorcio). As outras continua a dar lucro, e mais tarde podes
investir noutras empresas.


A primeira empresa não
foi um projecto falhado, mas sim o inicio para outras coisas boas, agora não
podemos ver o encerramento (divorcio) isoladamente ele está sempre associado a
todo o resto.


Abraços

Dizem que a primeira vez é a experiência, só a segunda pode ser considerada um erro.

Aii, não digo mais nada hoje...
Mau humor, desculpem...
Beijos