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 E de sexo podemos falar?

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tounessa
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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 5:43 am

Se anda à procura de algo na vida que seja justo ...

lembre-se sempre do soutien porque
- oprime os grandes,
- protege os pequenos e
- levanta os caídos.
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 5:45 am



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tounessa
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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 5:46 am

Com a pica sempre a crescer … lá encontraram a cedilha.

“ … Pessoalmente, nunca gostei de ter sexo no primeiro encontro, 2º, 3º,4º... Sempre achei que me deveria de respeitar e evitar um envolvimento tão especial e intimo com alguém que não sabia se realmente estava no mesmo ritmo que eu! Aliás eu e o meu marido começamos a namorar no dia 19 de Dezembro, e a minha prenda de Natal para ele foi uma caixinha com 65 bilhetinhos, e disse-lhe -É para tirares um todos os dias e leres...Quando acabarem os papeis, tens direito a uma 'prenda especial' - e resultou! Ele respeitou, deu para nos conhecer-mos melhor até lá, e a verdade é que os últimos 15 papeis eram uma autentica 'pica' tanto para ele, como para mim! Agora, se sentirem desejo, e ambos estiverem numa de viverem o dia, porque não?! Desde que nenhum dos dois dê demasiada importância ao acto, e não ficar preso numa relação fantasma que só existe na cabeça de um...força! … ”

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tounessa
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 5:47 am

... barbosices ?!?

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tounessa
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 5:50 am

Mais um que não gosta do tópico …

<object width="640" height="390"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/0tM_peFClcw&rel=0&hl=pt_BR&feature=player_embedded&version=3"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowScriptAccess" value="always"></param><embed src="https://www.youtube.com/v/0tM_peFClcw&rel=0&hl=pt_BR&feature=player_embedded&version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></embed></object>

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tounessa
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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 5:57 am

Repetindo o vídeo (que devia ser ensinado na catequese) …
como é que estamos de sabão azul e branco ?
Ou será Clarim ?

<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/TrbS4CGcCyU?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="https://www.youtube.com/v/TrbS4CGcCyU?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></object>
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Liawolf
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 8:08 am

tounessa escreveu:
Se anda à procura de algo na vida que seja justo ...

lembre-se sempre do soutien porque
- oprime os grandes,
- protege os pequenos e
- levanta os caídos.

Razz Razz Razz Razz
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susy.
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 2:03 pm

Sexo matinal melhora humor e sistema imunológico

Se anda de mau humor e não sabe como melhorá-lo, a solução é simples: ao acordar, continue na cama e ’desafie’ o seu parceiro para uma sessão de sexo matinal.

Sexo ao acordar vai fazê-la sentir-se mais feliz ao longo do dia e ainda pode fortalecer o sistema imunológico, garante uma pesquisa da educadora sexual Debby Herbenick, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

A cientista disse ao jornal Daily Mail que as relações sexuais no período da manhã libertam oxitocina, o que deixa os casais mais apaixonados e ligados. Também elevam os níveis de IgA, um anticorpo que protege contra infecções. Os benefícios não param por aí. Já ouviu dizer que sexo deixa a pele, as unhas e o cabelo mais mais saudáveis? Pois é a mais pura verdade. Isso porque aumenta os níveis de estrogénio no organismo.

Nem sempre é fácil encontrar tempo para sexo ao despertar. Os filhos e tudo o que é preciso fazer à pressa antes de sair de casa só atrapalham, mas vale a pena pôr o despertador a tocar meia-hora mais cedo, alguns dias da semana…

Laughing

April 17, 2011 By O Meu Bem Estar
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Liawolf
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 2:53 pm

Já percebi porque é que tenho um dente a chatear-me, o cabelo a espigar e as unhas a descascarem... Laughing
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Rui Nunes
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Rui Nunes

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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 4:21 pm

Não creio que seja disso, Lia. Eu não tenho dores de dentes (aliás, ainda só fui 1 vez ao dentista, na minha vida), já tenho umas boas entradas e careca a ficar pronunciada, mas é factor genético, e as minhas unhas, ás vezes uso-as para apertar parafusos... Acho que o estudo não foi lá muito bem seguido.
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Liawolf
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyDom Abr 17, 2011 4:27 pm

Laughing
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basco
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 2:59 am

Susy, penso que deves ter razão quando se faz sexo matinal é a mesma coisa que fazer exrcicio fisico, mas com mais emoção e faz tão bemmm a moral e autoestima, com diz faz bem a pele e a boa disposição agradeçe. Haja disposição. Ate os bichos gostam... Smile
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basco
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:01 am

Ter o melhor sexo é tão fácil quanto abrir a boca - e dizer ao seu parceiro o que você está procurando. Então, alguns de nós achamos que algo tão delicado?

"Eu fiz sexo com alguns caras, mas eu nunca sei como dizer o que eu quero", diz Willian, 19, de Dublin. "Eu acho, 'eu tenho que satisfazer também', mas eu fico lá pensando, 'Vamos logo e acabar com isso" O último cara que eu estava foi direto.... e eu estava deitado na cama se sentindo usado e estúpido. Eu não posso falar como eu quero, mais isso é errado eu também tenho que ter prazer. "
Dr. Tara Few, um especialista em sexo e relacionamentos, diz que a experiência Willian é perfeitamente normal. "Muitas pessoas não têm confiança sexual porque recebemos conselhos muito pouco sobre como falar de sexo. O modelo de sexo que é ensinado é basicamente heterossexual, e perguntas sobre o prazer sexual não são vistos como importantes no contexto educativo. "Todas essas lições educação sexual na escola têm claramente muito a responder.
O resultado é que muitas vezes acabam se sentindo o sexo deve acontecer naturalmente, sem precisar dizer o que queremos. Sona Barbosa, a psicóloga da Parceria para a RMG, o serviço de prevenção ao HIV, diz que muitos de seus clientes têm outro tema espinhoso. "Não é sobre se sentir suficientemente confiante, como se sentem sobre a forma como eles olham, como as outras pessoas vão percebê-los - especialmente os parceiros - e, o velho mito sobre a cena gay e que necessitam de boa aparência", explica ela.
A falta de auto-confiança na vida que traduz uma falta de confiança sexual no quarto, novamente caras sentido permanecer em silêncio sobre o que lhes dá pontapés, ou incapazes de dizer, quando há coisas que não quero fazer isso pode até mesmo colocar los em risco de HIV ou outras DSTs.
Matthew Hodson, chefe ou programas a GMFA, comenta: "A confiança ea auto-estima pode ter um efeito tão grande em nossas vidas, inclusive sobre o sexo que temos. Pesquisa mostra que homens com maior auto-confiança são mais propensos a manter relações sexuais mais seguras. Além disso, sabemos que a baixa auto-estima pode levar aos homens colocar-se em risco. A boa notícia é que a confiança pode ser aprendida. - Não é algo com que nascemos "


fonte: gaydarradio.co.uk
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:34 pm

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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:35 pm

Noivos austríacos sobem nus ao altar

"Não temos vergonha dos nossos corpos. Quisemos fazer uma coisa diferente e assim até poupámos dinheiro", justificou a noiva, citada pelo jornal britânico "Daily Mail".

Mas mesmo assim, a modéstia não lhes faltou. Rene colocou a sua cartola estrategicamente sobre as zonas mais íntimas. E Melanie, entre o véu e o ramo de flores, manteve-se sempre relativamente "coberta".

(in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )

<object width="640" height="390"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/6R3t2pJDb-U&rel=0&hl=en_US&feature=player_embedded&version=3"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowScriptAccess" value="always"></param><embed src="https://www.youtube.com/v/6R3t2pJDb-U&rel=0&hl=en_US&feature=player_embedded&version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></embed></object>

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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:35 pm

“ … Casos de infecção entre homens que têm sexo com homens está a aumentar em Portugal
O número de novos casos de infeção VIH está a aumentar entre os homens portugueses, colocando Portugal em terceiro lugar a nível europeu. Hoje foi inaugurado em Lisboa um espaço que realiza testes gratuitos de despiste rápido. …”

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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:36 pm

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“ … Apenas quatro pessoas aproveitaram o novo conceito do 'Easy Gym', um ginásio em Arrigorriaga (província de Biscaia), que agora abre as portas aos fins-de-semana exclusivamente para nudistas.

As expectativas eram grandes, já que este é o primeiro ginásio em Espanha onde as pessoas podem fazer exercício físico sem roupa. No entanto, o primeiro dia, no passado sábado, ficou muito aquém daquilo que os donos do espaço esperavam. "Talvez a partir de Maio, quando a temperatura subir, comece a aparecer mais gente", desejou Merche Laseca, gerente do 'Easy Gym', em declarações ao site Elcorreo.com.

A higiene, garantiu a proprietária, é uma das grandes preocupações no ginásio. "Todas as pessoas que se inscrevem nestas sessões recebem uma toalha que é de algodão de um lado, para absorver a transpiração, e de plástico do outro, para que não escorregue nas máquinas", explicou Merche Laseca. …”

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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:37 pm

A Decidida

Atrai o Instável, aqueles homens que nunca sabem muito bem o que querem e ora aparecem ora desaparecem como a lua. Assim que o conhece, ela dá-lhe dois palmadões nas costas e ele vai parar ao fim da sala com um ar embevecido a pensar: "Que mulherão!". Ela faz imensos discursos inflamados contra a guerra e ele fica sentado muito caladinho a pensar que precisa mesmo de uma mulher assim para discutir com o canalizador, lhe preencher o IRS e lhe pagar as contas da água e da electricidade. O Instável acha sempre que uma voz grossa é sinónimo de segurança, e têm imensas discussões com os amigos que acham que a Luisinha, enfim, poderia talvez falar um bocadinho mais baixo. Mas o poder é afrodisíaco, e para este homem ainda mais. O pior é que depois vai para casa e passa o resto da vida com imensos complexos e indecisões, a pesar todos os prós e contras de se declarar e de se comprometer, coisa que o apavora. Se ela conseguir arrastá-lo ao altar, passa o resto da vida a mandar nele. Coisa que, diga-se de passagem, ele adora.


A Anjinha

Atrai o Abutre, que vem a correr com imensas fantasias de desviá-la para o mau caminho e lhe cortar as asinhas e de lhe entortar a aura. Mas sabe apanhar a mosca, não faz aquela cena do: "A menina desculpe, conhecemo-nos de algum lado?" Aparece sempre com boas roupas e ar perfumado, a fazer imensa conversa de elevador e a tentar visualizar o que há por baixo da roupa dela, enquanto a Anjinho se encolhe ao canto a pensar se há-de fugir pela garagem ou pela porta das traseiras. O cerco tem duas hipóteses: ou aparece outra santinha mais apetecível e o Abutre bate as asas para outras paragens e deixa o anjinho desasado, ou a coisa dá no caso mais tórrido do ano. Não dura, porque é um lugar-comum de todos os romances de cordel, e porque um Abutre não se fica no mesmo poiso muito tempo e em breve abrirá as asas para outro santuário.


A Tímida

Atrai o Protector. Ela cora e ele fica arrasado de paixão, porque neste mundo são raras as mulheres que coram. Ela desperta-lhe fantasmas do tempo em que os homens nos salvavam de dragões e se batiam em duelo pelo prazer da nossa companhia. Acha que o facto de ela corar quer dizer imensa coisa (que ela é virgem, vive em casa dos pais, tem jeito para o ponto-cruz, quer ter seis filhos todos com o nome do pai e adora-o em segredo) quando geralmente quer dizer apenas que se cora com facilidade, sem nenhuma razão demasiado específica. Oferece-se para lhe ir lá a casa fazer furos para os quadros de golfinhos, ou levar o carro dela à revisão, ou ajudá-la a carregar com os pesos no ginásio, ou transportar qualquer coisa muito pesada para qualquer sítio muito longe. Ao fim de uns tempos o Protector tende a dar em ditador, a ler-lhe as mensagens de telemóvel e a fazer-lhe cenas se encontra um número desconhecido.


A Conservadora

Atrai o Conservador, aliás porque não conhece mais ninguém. Encontraram-se no grupo de jovens do patriarcado quando o Papa foi a Espanha, ou então num acampamento de escuteiros quando ela foi picada por uma melga em vez de Cupido e ele lhe ofereceu um anti-mosquitos, tarde demais para a melga mas não para o amor. São os únicos jovens que vão a excursões e em vez de passarem as noites a trocarem de quarto no hotel passam os serões à volta da fogueira a cantar o Kumbaiá ou o ‘Menina estás à janela'. Na escola são muito poupadinhos e afiam os dois lados do lápis. Cada um deles sabe muito bem o que espera do outro, e por isso raramente se desentendem. Querem formar uma família e antes de se casarem já decidiram que nome dar aos filhos e em que universidade é que os vão pôr. A Conservadora não procura num homem o frissom da paixão, procura um bom pai que não apanhe bebedeiras ao sábado à noite, que se possa apresentar à avó e que não fume no quarto. O Conservador não procura uma mulher-fatal, procura uma pessoa com quem partilhar um Compromisso. Compromisso, para um Conservador, escreve-se sempre com maiúscula.


A Extrovertida

Atrai o Intelectual, que fica encandeado com tanta energia, tanta luz, tanta gargalhada, tanta faísca. Ele vai para casa e passa a noite ao computador a escrever-lhe imensos poemas a rimar ‘dor' com ‘amor' e ‘paixão' com (tenta lembrar-se de outra rima que não seja ‘tesão' e é por isso que fica ali a noite toda) e depois persegue-a com e-mails e flores e CDs de rock alternativo e romances do José Saramago com dedicatórias de três páginas. Persegue-a por todas as esquinas. Leva-a ao Guincho numa quarta-feira à noite (a maioria dos mortais iria a um Domingo à tarde, mas o pesadelo do Intelectual é fazer qualquer coisa como o povo) e tem uma longa conversa com ela dentro do carro, depois da qual lhe oferece um anel de noivado sem reparar que está a fazer exactamente o que o povo faz. Se ela aceita, casam-se nos Jerónimos e ficam um casal como toda a gente. Se ela não aceita, ele ameaça deitar-se ali mesmo das rochas para o mar e escavacar o carro lá em baixo na Boca do Inferno, mas em vez disso vai para casa beber dois copos e no dia seguinte vê outra musa ao virar da esquina, ou então volta para a antiga namorada como se nada se tivesse passado, que é mais prático e cai sempre bem.


A Mulher Fatal

Normalmente atrai toda a gente, mas estranhamente acaba com o Certinho, a ouvir imensas bocas sobre ‘mas que raio é que ela viu nele'. O que ele viu nela é óbvio. Ainda por cima ele anda com um ar muito contente e tem escrito na testa: "Saquei a mais gira. Eh eh eh." Esperou por esta vingança desde os tempos de escola em que era sempre o último da turma porque tudo lhe parecia uma interminável seca. Depois arranjou um emprego melhor do que o colega de carteira que tirou um doutoramento em paleontologia, e quando conheceu a loira do metro e oitenta e dois, em vez de se deixar intimidar e de ficar em casa a babar-se para cima da fotografia dela, convidou-a para ir ao cinema. Dá-lhe pelo ombro (dá-lhe pela cintura quando ela usa saltos altos) mas orgulha-se disso. A loira consegue percebê-lo porque ele é caseiro e ela, ao contrário do que se pensa, não quer um homem que a leve a fazer parapente, quer ficar com ele ao fim de semana a ver o Eurosport sentada no sofá com as pantufas calçadas e o jornal do domingo passado, a pintar as unhas e a discutir quem é que vai levar o cão lá fora.

A Maternal

Atrai dois tipos de homem: ou o Instável que conhecemos acima, ou o Tímido, que sempre procurou mais uma mãezinha que lhe lavasse as cuecas e lhe fizesse o jantar e ficasse com ele a gritar alto as respostas aos concursos na televisão do que uma mulher fatal que lhe exigisse feitos de malabarismo. Pode demorar a dar o primeiro passo, prefere espiá-la de longe e mandar-lhe bilhetinhos anónimos e encontrar-se com ela ‘por acaso' imensas vezes no mesmo dia até que a pobre quase tem uma apoplexia de tanta emoção e tem de ser ela a convidá-lo para um cafezinho na pastelaria da esquina, onde se enchem os dois de mil-folhas e duchesses para disfarçar os nervos. Ao fim de três dias, já ele está a viver em casa dela e a comer grandes pratadas de esparguete à Bolonhesa e com a taxa de colesterol a rebentar da escala. Se não der com nenhuma mulher fatal no caminho para a igreja, é bem capaz de casar com ela, mas só para aí 45 anos depois do primeiro dia de vida em comum e de ela lhe apontar uma caçadeira e ameaçar que vai fugir com o homem do gás, porque é um moço que demora a tomar uma decisão.


A Certinha

Atrai o Homem de Carreira. Seja qual for a carreira: atirador de facas ou repórter de guerra, cirurgião ou padeiro, realizador de filmes eróticos ou professor catedrático. O homem de carreira não quer uma mulher igualmente de carreira porque depois ela terá imensos congressos de biologia molecular na Eslovénia e ele não está para fazer o papel de marido a andar a fazer compras na Zara da Eslovénia, e também não está para ficar em casa a dar ordens à mulher a dias e a ir de cestinho ao supermercado porque acha que todas as velhas do bairro vão comentar: ‘Coitado, a mulher não lhe liga', e também não está para chegar a casa e encontrar o frigorífico magnificamente recheado com meio-limão e as crianças ranhosas, esfomeadas e com a fralda suja, coitadinhas. Portanto foge a sete pés daquelas que sacam as melhores notas da turma ou daquelas que no primeiro encontro recebem um telefonema de um aluno a perguntar se ela lhe vai orientar o doutoramento. Procura antes a vizinha do lado, de preferência uma que ele tenha conhecido antes dos 3 anos na bicha para o escorrega no parque do bairro, com um bibe cor de rosa com patinhos e tranças loiras. Acha que ela o seguirá até ao fim do mundo se for preciso, e o facto é que segue mesmo, com os três filhos às costas e a casa inteira dentro da mala. Tem o céu à espera.


A Simpática

Atrai os que ninguém quer ou que têm encantos muito muito escondidos: o tarado da Cinemateca, os que têm 3 dentes à frente e nenhum atrás, o militante de uma causa incompreendida, o oleoso que passa a vida a dar graxa aos professores. Faz-se um sorriso para eles no elevador, e nunca mais despegam, porque não estão habituados a receber sorrisos. Geralmente tiraram as lições erradas da sua triste sina e fecharam-se na concha, que por acaso costuma ser desarrumada e oleosa como eles. Geralmente adquiriram vícios de solitários, vivem com 19 gatos que fazem o que querem, montaram um viveiro de pombos no quarto dos fundos, depois deixaram morrer os pombos mas nunca mais se lembraram de limpar o quarto, só mudam os lençóis de dois em dois anos, têm um irmão gerente de banco que não lhes liga nenhuma, e acham que são Shakespeare/Bruce Springsteen/Manoel de Oliveira/Picasso incompreendidos pelo resto da Humanidade. Tristemente, o mais provável é que não sejam.


A Inteligente

Como a inteligência não se percebe automaticamente (o que se percebe automaticamente é que ela usa óculos e não faz nuances) geralmente não atrai assim ninguém a não ser os camionistas quando vai a descer a rua a pensar no Lobo Antunes e se esqueceu de vestir o soutien. A inteligente pode disfarçar-se de loira burra e fazer nuances e usar meias de rede, mas se começar a falar de Kierkegaard no primeiro encontro, está tudo acabado, porque nenhum homem quer passar o resto da sua vida a ouvir falar de coisas que não entende. As inteligentes do 3.º milénio já não são como as intelectuais dos anos 60 em que 10 minutos a pintar as unhas eram 10 minutos roubados à alfabetização dos pobres, mas ou se é inteligente arraçada de mulher fatal e aí sempre se tem alguma hipótese com os falsos-tímidos que têm um fetiche com as dominadoras que falam russo, ou então pode-se começar a treinar para tia. No entanto, se se for uma Inteligente com sorte, pode-se dar de caras com outro Inteligente da mesma espécie. Pormenor: o Inteligente, como se viu atrás, tende a fugir com a Certinha, que usa as cuecas a dizer Terça-feira à Terça-feira mesmo, ao contrário da Inteligente, que as usa ao Domingo ou quando calha, que nunca é na Terça-feira. …”

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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySeg Abr 18, 2011 3:39 pm

<object style="height: 390px; width: 640px"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/9khW3wEBu7o?version=3"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="https://www.youtube.com/v/9khW3wEBu7o?version=3" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowScriptAccess="always" width="640" height="390"></object>
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Sofiaa
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyQua Abr 20, 2011 1:39 am

susy. escreveu:
Sexo matinal melhora humor e sistema imunológico

Se anda de mau humor e não sabe como melhorá-lo, a solução é simples: ao acordar, continue na cama e ’desafie’ o seu parceiro para uma sessão de sexo matinal.

Sexo ao acordar vai fazê-la sentir-se mais feliz ao longo do dia e ainda pode fortalecer o sistema imunológico, garante uma pesquisa da educadora sexual Debby Herbenick, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.

A cientista disse ao jornal Daily Mail que as relações sexuais no período da manhã libertam oxitocina, o que deixa os casais mais apaixonados e ligados. Também elevam os níveis de IgA, um anticorpo que protege contra infecções. Os benefícios não param por aí. Já ouviu dizer que sexo deixa a pele, as unhas e o cabelo mais mais saudáveis? Pois é a mais pura verdade. Isso porque aumenta os níveis de estrogénio no organismo.

Nem sempre é fácil encontrar tempo para sexo ao despertar. Os filhos e tudo o que é preciso fazer à pressa antes de sair de casa só atrapalham, mas vale a pena pôr o despertador a tocar meia-hora mais cedo, alguns dias da semana…

Laughing

April 17, 2011 By O Meu Bem Estar

De manhã realmente não dá grande jeito com filhotes... em qualquer caso acho que a maioria das mulheres prefere a noite, eu por acaso prefiro.

Mas concordo com tudo o que aqui está dito. Sexo é uma actividade natural, fomos dotados com as ferramentas, certamente não será para estarem a apanhar teias de aranha... well well... essa é das coisas boas de se estar numa relação! Rolling Eyes
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susy.
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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyQua Abr 20, 2011 2:42 am

Sofiaa, gostos não se discutem, lol, de manha, à noite, seja quando for...

Como dizes, well well... Rolling Eyes é bom estar numa relação e andarem 2 em sintonia também neste aspecto. Very Happy
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Liawolf
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Liawolf

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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptyQua Abr 20, 2011 9:35 am

tounessa escreveu:
A Decidida

Atrai o Instável, aqueles homens que nunca sabem muito bem o que querem e ora aparecem ora desaparecem como a lua. Assim que o conhece, ela dá-lhe dois palmadões nas costas e ele vai parar ao fim da sala com um ar embevecido a pensar: "Que mulherão!". Ela faz imensos discursos inflamados contra a guerra e ele fica sentado muito caladinho a pensar que precisa mesmo de uma mulher assim para discutir com o canalizador, lhe preencher o IRS e lhe pagar as contas da água e da electricidade. O Instável acha sempre que uma voz grossa é sinónimo de segurança, e têm imensas discussões com os amigos que acham que a Luisinha, enfim, poderia talvez falar um bocadinho mais baixo. Mas o poder é afrodisíaco, e para este homem ainda mais. O pior é que depois vai para casa e passa o resto da vida com imensos complexos e indecisões, a pesar todos os prós e contras de se declarar e de se comprometer, coisa que o apavora. Se ela conseguir arrastá-lo ao altar, passa o resto da vida a mandar nele. Coisa que, diga-se de passagem, ele adora.


A Anjinha

Atrai o Abutre, que vem a correr com imensas fantasias de desviá-la para o mau caminho e lhe cortar as asinhas e de lhe entortar a aura. Mas sabe apanhar a mosca, não faz aquela cena do: "A menina desculpe, conhecemo-nos de algum lado?" Aparece sempre com boas roupas e ar perfumado, a fazer imensa conversa de elevador e a tentar visualizar o que há por baixo da roupa dela, enquanto a Anjinho se encolhe ao canto a pensar se há-de fugir pela garagem ou pela porta das traseiras. O cerco tem duas hipóteses: ou aparece outra santinha mais apetecível e o Abutre bate as asas para outras paragens e deixa o anjinho desasado, ou a coisa dá no caso mais tórrido do ano. Não dura, porque é um lugar-comum de todos os romances de cordel, e porque um Abutre não se fica no mesmo poiso muito tempo e em breve abrirá as asas para outro santuário.


A Tímida

Atrai o Protector. Ela cora e ele fica arrasado de paixão, porque neste mundo são raras as mulheres que coram. Ela desperta-lhe fantasmas do tempo em que os homens nos salvavam de dragões e se batiam em duelo pelo prazer da nossa companhia. Acha que o facto de ela corar quer dizer imensa coisa (que ela é virgem, vive em casa dos pais, tem jeito para o ponto-cruz, quer ter seis filhos todos com o nome do pai e adora-o em segredo) quando geralmente quer dizer apenas que se cora com facilidade, sem nenhuma razão demasiado específica. Oferece-se para lhe ir lá a casa fazer furos para os quadros de golfinhos, ou levar o carro dela à revisão, ou ajudá-la a carregar com os pesos no ginásio, ou transportar qualquer coisa muito pesada para qualquer sítio muito longe. Ao fim de uns tempos o Protector tende a dar em ditador, a ler-lhe as mensagens de telemóvel e a fazer-lhe cenas se encontra um número desconhecido.


A Conservadora

Atrai o Conservador, aliás porque não conhece mais ninguém. Encontraram-se no grupo de jovens do patriarcado quando o Papa foi a Espanha, ou então num acampamento de escuteiros quando ela foi picada por uma melga em vez de Cupido e ele lhe ofereceu um anti-mosquitos, tarde demais para a melga mas não para o amor. São os únicos jovens que vão a excursões e em vez de passarem as noites a trocarem de quarto no hotel passam os serões à volta da fogueira a cantar o Kumbaiá ou o ‘Menina estás à janela'. Na escola são muito poupadinhos e afiam os dois lados do lápis. Cada um deles sabe muito bem o que espera do outro, e por isso raramente se desentendem. Querem formar uma família e antes de se casarem já decidiram que nome dar aos filhos e em que universidade é que os vão pôr. A Conservadora não procura num homem o frissom da paixão, procura um bom pai que não apanhe bebedeiras ao sábado à noite, que se possa apresentar à avó e que não fume no quarto. O Conservador não procura uma mulher-fatal, procura uma pessoa com quem partilhar um Compromisso. Compromisso, para um Conservador, escreve-se sempre com maiúscula.


A Extrovertida

Atrai o Intelectual, que fica encandeado com tanta energia, tanta luz, tanta gargalhada, tanta faísca. Ele vai para casa e passa a noite ao computador a escrever-lhe imensos poemas a rimar ‘dor' com ‘amor' e ‘paixão' com (tenta lembrar-se de outra rima que não seja ‘tesão' e é por isso que fica ali a noite toda) e depois persegue-a com e-mails e flores e CDs de rock alternativo e romances do José Saramago com dedicatórias de três páginas. Persegue-a por todas as esquinas. Leva-a ao Guincho numa quarta-feira à noite (a maioria dos mortais iria a um Domingo à tarde, mas o pesadelo do Intelectual é fazer qualquer coisa como o povo) e tem uma longa conversa com ela dentro do carro, depois da qual lhe oferece um anel de noivado sem reparar que está a fazer exactamente o que o povo faz. Se ela aceita, casam-se nos Jerónimos e ficam um casal como toda a gente. Se ela não aceita, ele ameaça deitar-se ali mesmo das rochas para o mar e escavacar o carro lá em baixo na Boca do Inferno, mas em vez disso vai para casa beber dois copos e no dia seguinte vê outra musa ao virar da esquina, ou então volta para a antiga namorada como se nada se tivesse passado, que é mais prático e cai sempre bem.


A Mulher Fatal

Normalmente atrai toda a gente, mas estranhamente acaba com o Certinho, a ouvir imensas bocas sobre ‘mas que raio é que ela viu nele'. O que ele viu nela é óbvio. Ainda por cima ele anda com um ar muito contente e tem escrito na testa: "Saquei a mais gira. Eh eh eh." Esperou por esta vingança desde os tempos de escola em que era sempre o último da turma porque tudo lhe parecia uma interminável seca. Depois arranjou um emprego melhor do que o colega de carteira que tirou um doutoramento em paleontologia, e quando conheceu a loira do metro e oitenta e dois, em vez de se deixar intimidar e de ficar em casa a babar-se para cima da fotografia dela, convidou-a para ir ao cinema. Dá-lhe pelo ombro (dá-lhe pela cintura quando ela usa saltos altos) mas orgulha-se disso. A loira consegue percebê-lo porque ele é caseiro e ela, ao contrário do que se pensa, não quer um homem que a leve a fazer parapente, quer ficar com ele ao fim de semana a ver o Eurosport sentada no sofá com as pantufas calçadas e o jornal do domingo passado, a pintar as unhas e a discutir quem é que vai levar o cão lá fora.

A Maternal

Atrai dois tipos de homem: ou o Instável que conhecemos acima, ou o Tímido, que sempre procurou mais uma mãezinha que lhe lavasse as cuecas e lhe fizesse o jantar e ficasse com ele a gritar alto as respostas aos concursos na televisão do que uma mulher fatal que lhe exigisse feitos de malabarismo. Pode demorar a dar o primeiro passo, prefere espiá-la de longe e mandar-lhe bilhetinhos anónimos e encontrar-se com ela ‘por acaso' imensas vezes no mesmo dia até que a pobre quase tem uma apoplexia de tanta emoção e tem de ser ela a convidá-lo para um cafezinho na pastelaria da esquina, onde se enchem os dois de mil-folhas e duchesses para disfarçar os nervos. Ao fim de três dias, já ele está a viver em casa dela e a comer grandes pratadas de esparguete à Bolonhesa e com a taxa de colesterol a rebentar da escala. Se não der com nenhuma mulher fatal no caminho para a igreja, é bem capaz de casar com ela, mas só para aí 45 anos depois do primeiro dia de vida em comum e de ela lhe apontar uma caçadeira e ameaçar que vai fugir com o homem do gás, porque é um moço que demora a tomar uma decisão.


A Certinha

Atrai o Homem de Carreira. Seja qual for a carreira: atirador de facas ou repórter de guerra, cirurgião ou padeiro, realizador de filmes eróticos ou professor catedrático. O homem de carreira não quer uma mulher igualmente de carreira porque depois ela terá imensos congressos de biologia molecular na Eslovénia e ele não está para fazer o papel de marido a andar a fazer compras na Zara da Eslovénia, e também não está para ficar em casa a dar ordens à mulher a dias e a ir de cestinho ao supermercado porque acha que todas as velhas do bairro vão comentar: ‘Coitado, a mulher não lhe liga', e também não está para chegar a casa e encontrar o frigorífico magnificamente recheado com meio-limão e as crianças ranhosas, esfomeadas e com a fralda suja, coitadinhas. Portanto foge a sete pés daquelas que sacam as melhores notas da turma ou daquelas que no primeiro encontro recebem um telefonema de um aluno a perguntar se ela lhe vai orientar o doutoramento. Procura antes a vizinha do lado, de preferência uma que ele tenha conhecido antes dos 3 anos na bicha para o escorrega no parque do bairro, com um bibe cor de rosa com patinhos e tranças loiras. Acha que ela o seguirá até ao fim do mundo se for preciso, e o facto é que segue mesmo, com os três filhos às costas e a casa inteira dentro da mala. Tem o céu à espera.


A Simpática

Atrai os que ninguém quer ou que têm encantos muito muito escondidos: o tarado da Cinemateca, os que têm 3 dentes à frente e nenhum atrás, o militante de uma causa incompreendida, o oleoso que passa a vida a dar graxa aos professores. Faz-se um sorriso para eles no elevador, e nunca mais despegam, porque não estão habituados a receber sorrisos. Geralmente tiraram as lições erradas da sua triste sina e fecharam-se na concha, que por acaso costuma ser desarrumada e oleosa como eles. Geralmente adquiriram vícios de solitários, vivem com 19 gatos que fazem o que querem, montaram um viveiro de pombos no quarto dos fundos, depois deixaram morrer os pombos mas nunca mais se lembraram de limpar o quarto, só mudam os lençóis de dois em dois anos, têm um irmão gerente de banco que não lhes liga nenhuma, e acham que são Shakespeare/Bruce Springsteen/Manoel de Oliveira/Picasso incompreendidos pelo resto da Humanidade. Tristemente, o mais provável é que não sejam.


A Inteligente

Como a inteligência não se percebe automaticamente (o que se percebe automaticamente é que ela usa óculos e não faz nuances) geralmente não atrai assim ninguém a não ser os camionistas quando vai a descer a rua a pensar no Lobo Antunes e se esqueceu de vestir o soutien. A inteligente pode disfarçar-se de loira burra e fazer nuances e usar meias de rede, mas se começar a falar de Kierkegaard no primeiro encontro, está tudo acabado, porque nenhum homem quer passar o resto da sua vida a ouvir falar de coisas que não entende. As inteligentes do 3.º milénio já não são como as intelectuais dos anos 60 em que 10 minutos a pintar as unhas eram 10 minutos roubados à alfabetização dos pobres, mas ou se é inteligente arraçada de mulher fatal e aí sempre se tem alguma hipótese com os falsos-tímidos que têm um fetiche com as dominadoras que falam russo, ou então pode-se começar a treinar para tia. No entanto, se se for uma Inteligente com sorte, pode-se dar de caras com outro Inteligente da mesma espécie. Pormenor: o Inteligente, como se viu atrás, tende a fugir com a Certinha, que usa as cuecas a dizer Terça-feira à Terça-feira mesmo, ao contrário da Inteligente, que as usa ao Domingo ou quando calha, que nunca é na Terça-feira. …”

(in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )

Adorei Tounessa, mas acho que me identifico como mistura de três ou quatro destes estilos... será que sou A Indecisa? Razz
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySex Abr 22, 2011 3:07 pm

... então, és polivalente e mereces ser promovida !
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MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySex Abr 22, 2011 3:07 pm

“ … Caro José Couto Nogueira

Estou muito interessado na minha secretária. Eu sei que isto parece corriqueiro, mas estou mesmo interessado, para namorar, quiçá para casar. Estou divorciado há muito tempo e tenho tido as minhas namoradas, inclusive aqui no escritório. Entretanto a minha secretária foi-se embora porque o marido conseguiu uma posição interessante no Porto e os Recursos Humanos enviaram-me esta estampa que me anda a atormentar o juízo. Sei que ela é solteira e os mexericos do escritório não lhe atribuem namorado, pelo que nestes particulares não há nenhum obstáculo. Quem tem obstaculizado a situação é ela mesma, que não me deixa aproximar. Já lhe dei todos os sinais de interesse, até já lhe disse directamente e ela responde-me com um sorriso e nada mais. Cheguei ao ponto de propor um aumento ao RH, pelas muitas horas extraordinárias que faz e pelo empenho que mostra, mas ela mesma disse que não queria porque ainda está no job há pouco tempo. As flores que mando para casa dela são devolvidas e os convites para tomar um copo recusados. Todavia nunca me disse para parar de a convidar ou se queixou de assédio. Se o fizesse, nesta empresa, dava-me grandes problemas. Que faço para a convencer de que sou sincero?
Armando A.

Caro Armando

Essa sinceridade... Será? Talvez seja essa a primeira pergunta a fazer, antes de entrar na parte estratégica da situação. Patrão ou chefe que se atira à secretária é um cenário tão batido que já nem se vê nas novelas. No seu caso particular, as namoradas que teve no escritório são uma agravante. Assim como o Armando teve o cuidado de verificar os antecedentes dela – não é casada nem tem namoro que se saiba – também ela com certeza verificou os seus. Certamente que ficou a saber das suas conquistas reais e imaginárias – as que fez de facto e as que lhe são atribuídas pela má língua in house. Talvez até saiba de algumas colegas com quem você acabou menos bem, digamos. Corações destroçados, promoções estragadas, egos feridos.

Então, há várias hipóteses: ou a sua nova secretária é uma rapariga honesta, que não se deixa seduzir pelo vil metal, pela atenção do chefe ou pela subida na vida por méritos extracurriculares; ou está a fazer-se cara, sabendo de antemão da sua volubilidade; ou, por fim, simplesmente não está interessada. Porque havia de pensar que ela seria diferente das outras? Aliás, o que o leva a si, Armando, a pensar que será diferente com esta? Não sentiu também um grande interesse pelas colegas que conquistou e depois largou?

Por mais estranho que lhe pareça, ainda há pessoas que sabem o que querem e o que não querem, a ponto de não estar interessadas nessas “grandes” oportunidades de mudar de vida, porque para elas os valores são outros. Ou então acha que é melhor fazer render o peixe, passe a expressão, e vender-se por muito mais. Ou, finalmente, pode ser que não goste de si – já encarou a possibilidade de haver uma mulher que não lhe ache graça? Não é uma coisa infalível nem está escrito nas estrelas.

Eu, se fosse a si, mudava de tática. Deixava de andar atrás dela. Não lhe ligava nenhuma. Começava até a andar atrás de outras, à frente dela. Faça isso e pode ser que tenha duas surpresas. Uma, é ela mudar de atitude, ao ver-se desprezada, e vir até si pelo seu pé.
A outra, quiçá a mais provável, é você ficar muito interessado por outra. E passar a ter uma secretária que é apenas o que deve ser, secretária.

(José Couto Nogueira, in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )

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E de sexo podemos falar? - Página 22 Vide
MensagemAssunto: Re: E de sexo podemos falar? E de sexo podemos falar? - Página 22 EmptySex Abr 22, 2011 3:08 pm

[Apenas Administradores podem visualizar imagens]

Mais Armandos … e mais uma letra para um fado.

“ … Quando a empresa ainda não tinha falido, ele chegava com estrangeiros que fechavam negócios enquanto passavam as mãos nas pernas de Sheila, que tinha um filho em Fortaleza, de Alessandra, que tinha mamas verdadeiras, de Margarete, que trabalhara num hospital em Manaus, ou de Nicoleta, cujo avô fora torturado pelos carrascos de Ceausescu. Ele tinha garrafa na casa e deslizava o cartão de crédito como quem barra manteiga numa carcaça.

Também tinha mulher e filhos e ninguém se atrevia a faltar aos jantares de família, porque conheciam o seu apego pelas tradições do clã, o cabrito na Páscoa, os churrascos na piscina, a voltinha pela cidade quando comprava um carro e o cheiro dos estofos por estrear o faziam tão feliz como os mimos de Alessandra ou a devassidão da língua de Nicoleta. Julgava que elas eram as suas namoradinhas, as afilhadas que precisavam de um senhor que as ajudasse.

Mas depois as contas não bateram certo, o fisco apareceu, os bancos foram atrás dele como os capangas das cobranças difíceis e, certa noite, pôde ver - de mãos entrelaçadas com Sheila - que a garrafa com o seu nome chegara ao fim. Há pouco tempo, voltou a visitar a casa como um velho que regressa à aldeia onde cresceu. Havia menos meninas. Ninguém o conhecia. Passa agora mais noites na moradia familiar (em nome de um primo), procurando o regaço da legítima esposa. Ela, que sempre soube das afilhadas, continuará ali. Tem esperança de ser, por fim, menos empregada do senhor da casa e mais mulher do seu marido. …”

(Hugo Gonçalves, in: [Apenas Administradores podem visualizar links] )
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