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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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alice.rosa
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MensagemAssunto: Educação... Educação... EmptyTer Set 08, 2009 6:37 am

Lembrei-me de abrir este topico, onde podemos partilhar questões relativas á educação dos nossos filhos...

Para ja deixo-vos uma artigo que achei interessante:

Em casa sozinhos: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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alice.rosa
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyTer Set 08, 2009 6:41 am

Os filhos e as férias dos pais separados

Este artigo também é interessante embora ja chegue a vós um bocado fora de tempo...

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pcbl
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex Set 11, 2009 10:37 am

Isso vai ser outro problema, é que a guarda é partilhada mas .... o pai só brinca aos pais de 15 em 15 dias (sabado/domingo s/ incluir a noite) nas férias dele nunca se lembrou de passar um dia com elas [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyQui Jan 28, 2010 4:03 pm

Rubem Alves, sempre!


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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyTer Mar 23, 2010 4:53 pm

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyTer Mar 23, 2010 4:53 pm

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySeg Mar 29, 2010 2:42 pm

Saber merecer:

“ À PARTIDA as crianças têm respeitinho. Respeitinho por tudo o que não lhes pertence, pela liberdade dos outros, pela dignidade humana, pela integridade física e por todos os direitos fundamentais que estejam em qualquer lista civilizada de direitos fundamentais.
À partida as crianças têm respeito por qualquer pessoa que seja mais alta, mais forte ou mais velha. E por quem tenha autoridade, direitos ou privilégios sobre ela.
Mas é só à partida. Logo ali, na casa da partida. Antes de os dados serem lançados. Porque logo a seguir, se quem manda não manda bem, se quem educa não dá o exemplo, se quem ensina não impõe regras e não dispõe de meios para as fazer cumprir, se quem brinca não o faz com gosto, se quem é mais velho se porta como uma criança, as crianças arrumam esse respeitinho chato e enfadonho bem lá no fundo da gaveta e esquecem-se de que alguma vez o conheceram.
É assim a vida do respeito: frágil. Ele tem mesmo de ser transportado com muito cuidado, e virado para cima, ou parte-se com uma simples queda ou empurrão. E uma vez em cacos, o respeitinho não consegue ser colado. Nem com cuspo, nem à força. O seu destino é o vidrão dos respeitos sem hipótese de poder vir a ser reciclado.
Desaparece, então, da vida das crianças. E depois, welcome to hell: ensinar, educar, brincar ou partilhar passam a ser desportos radicais só ao alcance dos mais audazes.
Do que o respeitinho precisa, meus senhores, não é de donos, é de quem o mereça receber. (Digo eu, que todos os dias me vejo às aranhas para não o partir).”


Inês Teotónio Pereira, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyTer Abr 06, 2010 3:02 pm

Há 50 anos nasceu a pedagogia segundo a qual não se deviam impor regras às crianças, apenas dar-lhes indicações. Foi um descalabro, a sociedade liquefez-se. É preciso reconstruí-la.

Os sociólogos estão sempre a repetir-nos que o nosso sistema social está cada vez mais desestruturado. Passámos da sociedade industrial para a pós-industrial, depois para a pós-moderna e por fim para a sociedade que Bauman designa por líquida, por não ter regras nem laços fortes. Contudo, para mim, as fases de desestruturação são seguidas de fases de reconstrução, e essa nova fase reconstrutiva já começou. Vejamos o campo do ensino. Há 50 anos, do encontro entre Dewey, a psicanálise e o vulgar marxismo, nasceu uma pedagogia segundo a qual não devem impor-se regras, mas apenas dar indicações. As crianças não devem decorar a tabuada, poemas, nomes das terras, datas da história, não devem estudar gramática nem análise lógica. Também não devem aceitar a autoridade dos pais e dos professores. Esses pedagogos achavam que, se o indivíduo fosse mais livre para criar, o florescimento cultural seria assombroso. Pelo contrário, gerou-se um vazio que foi preenchido pelacultura mediática.

As crianças não sabem poemas mas conhecem canções, não seguem os mandamentos morais, mas sim "o que dizem os colegas", não conhecem os clássicos, mas sabe o que dizem as personagens televisivas. Na verdade, a pedagogia que nivela tudo por baixo no intuito de esbater as diferenças teve como consequência tornar ignorantes milhões de pessoas e privilegiar aqueles que podiam ir para a universidade e para escolas de excelência com professores respeitados e programas rigorosos. É por essa razão que há cada vez mais pessoas a quererem uma escola mais séria, mais rigorosa, com professores preparados e mais respeitados. Mas também começam a perceber que é essencial que existam normas morais básicas interiorizadas, aprendidas até ao fim da infância.

Não se deve esperar que as crianças aprendam sozinhas que não devem roubar ou atormentar os colegas. Temos de as ensinar e fazer com que isso lhes fique gravado na mente, se torne um hábito. Por fim, também estamos a perceber que a nossa ordem social se baseia num mandamento fundamental: "Faz ao outro o que gostarias que ele te fizesse a ti." É um mandamento que não pode ser demonstrado com um cálculo custo-benefício. Ou se aceita ou não. Em 50 anos, passámos do autoritarismo mais cego à anarquia mais completa, da sociedade mais rígida à sociedade mais fragmentada, liquefeita. Mas ignorar ou contornar a liquefacção não basta; é preciso iniciar a reconstrução.


Francesco Alberoni, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyQua Abr 07, 2010 8:41 am

Pois o que digo é que isto não ta facil nem para os filhos nem para os pais.

A matematica mudou. Agora ja não se da numeros, já não se aprende a tabuada... Já não se fazem contas em pé... uma serie de mudanças que me torna quase incapaz de fazer uma simples conta de somar com a minha filha que entrou este ano para a 1ª classe, chamado agora 1º ano.

As palavras tambem se escrevem de forma diferente com o novo acordo ortografico... e eu que fui mãe aos 18, fico incredula com esta realidade... sinto-me como se tivesse sido mãe ja com 60 anos... tal foi a mudança...

agora têm aulas até as 17.30h... é um dia inteiro... não ha tempo para brincar, nem fazer aqules disparates que tds fazia.mos...

Têm ingles logo na 1ª classe... e musica... e sei lá mais o que...

depois lá vão os pais buscar as crianças a correr para irem para a natação... para o ballet... po futebol... chegar a casa ... tomar banho... jantar e ainda fazer os trabalhos de casa... claro que depois disto tudo só sobra tempo para dormir... e da maneira que isto está já não é mau...

E agora até fazem os trabalhos no magalhães... daqui a 10 anos, já nem sabem o que é uma caneta ou um lapis...

e o mais giro disto tudo é que se evolui tanto numas coisas e as outras parecem esquecidas no tempo...
tipo o meio fisico e social... o conceito de familia... os nomes dos pais.. as parecenças... que coisa retrogada... vejam um livro da 1ª classe para perceberm o quanto aquilo se distancia da realidade que vivemos... com cada vez mais familias monoparentais... os apelidos tambem já não se colocam como antigamente... a cabecinha dos miudos deve ficar baralhada...

enfim... temos que nos adaptar...

mas lamento... lamento por nós pais... mas principalmente pelas nossas crianças...
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySáb Abr 10, 2010 3:43 pm

A portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril, “estabelece a educação sexual nos estabelecimentos do ensino básico e do ensino secundário e define as respectivas orientações curriculares adequadas para os diferentes níveis de ensino.”

1.º ciclo (1.º ao 4.º anos)

Noção de corpo;
O corpo em harmonia com a Natureza e o seu ambiente social e cultural;
Noção de família;
Diferenças entre rapazes e raparigas;
Protecção do corpo e noção dos limites, dizendo não às aproximações abusivas.

2.º ciclo (5.º e 6.º anos)

Puberdade — aspectos biológicos e emocionais;
O corpo em transformação;
Caracteres sexuais secundários;
Normalidade, importância e frequência das suas variantes biopsicológicas;
Diversidade e respeito;
Sexualidade e género;
Reprodução humana e crescimento; contracepção e planeamento familiar;
Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;
Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas;
Dimensão ética da sexualidade humana.

3.º ciclo (7.º ao 9.º anos)

Dimensão ética da sexualidade humana:
Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa, no contexto de um projecto de vida que integre valores (por exemplo: afectos, ternura, crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com frustrações, compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética;
Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana;
Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;
Compreensão do uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos e, sumariamente, dos seus mecanismos de acção e tolerância (efeitos secundários);
Compreensão da epidemiologia das principais IST em Portugal e no mundo (incluindo infecção por VIH/vírus da imunodeficiência humana — HPV2/vírus do papiloma humano — e suas consequências) bem como os métodos de prevenção. Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões emocionais e sexuais;
Conhecimento das taxas e tendências de maternidade e da paternidade na adolescência e compreensão do respectivo significado;
Conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas sequelas e respectivo significado;
Compreensão da noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e responsável;
Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas.
…/…
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Lei n.º 60/2009, de 6 de Agosto
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex Abr 16, 2010 2:25 pm

Há seguramente muitas formas correctas de educar, tal como existem, sem dúvida, muitas formas erradas de educar. Perante a mesma situação, muitos pais actuam de forma diferente. Algumas dessas formas estarão correctas, serão capazes de promover na criança a disciplina e serão apenas isso: diferentes. Outras estarão incorrectas e em nada irão contribuir para a disciplina da criança. Pelo contrário, irão aumentar o seu desejo de vingança, promover lutas de poder com os pais, diminuir a sua auto-estima e impedi-la de se tornar uma criança preparada para as adversidades da vida.

Mesmo que pudéssemos reunir um grupo de especialistas, pediatras e psicólogos, dificilmente todos estariam de acordo sobre a melhor forma de exercer a disciplina sobre as crianças. Não é um tema consensual. Mas felizmente muitos princípios são aceites como desejáveis.

Não há uma estratégia única e infalível. Há seguramente algumas regras básicas mas, como cada adulto é único e cada criança é única, todas as regras devem ser adaptadas à situação concreta que vivemos. Com bom senso.

Cada um educa o melhor que sabe e pode e não há que fazer comparações com outros pais ou outras crianças. A educação competitiva, que corresponde ao desejo dos nossos filhos serem melhores que os do vizinho ou que os colegas da escola, apenas consegue ser um factor de stresse para a criança e para os pais.

(Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySáb Abr 17, 2010 3:09 pm

Saber e dever falar com as crianças sobre pedofilia:

“ … "O que é um pedófilo?" Não há pai ou mãe de Portugal que não tenha já vivido momentos de stresse ou de pânico só de pensar nesta penosa possibilidade. "Que responder? Que dizer? Disfarço? Respondo? Explico? Ligo ao pediatra?"
… Sempre que penso nisto, nesta questão da pedofilia e das dúvidas infantis sobre o tema, lembro-me da resposta de uma tia que passou por esta dificílima situação com extraordinária perícia. Vem este episódio do tempo em que últimos casos de pedofilia encheram os telejornais …

Reza a história que a criança, de seis anos, atirou do banco de trás do carro: "Ó tia, o que é um pedófilo?" Ao que a tia respondeu, conseguindo estoicamente manter o carro na estrada: "Estás a ver aqueles meninos pobres, que não têm pais nem comida e que trabalham de graça ainda muito pequeninos e muito?" "Sim...", respondeu a criança, devidamente impressionada. "Pois, é muito pior do que isso."

Sim, eu sei a resposta não elucida ninguém, não é esclarecedora, nem educativa ou pedagógica. Mas atirou o tema para onde ele deve estar: para o mundo dos crescidos. As crianças percebem e agradecem que as poupem a temas sórdidos. Por uma questão de equilíbrio. Por isso, neste caso, a resposta deve ser a clássica: quando cresceres percebes.
Ponto."

( Inês Teotónio Pereira, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )


“ ... Faz parte da opinião popular, quando se fala sobre sexualidade, achar que a mesma está ausente na infância e só despertará no período da vida designado de puberdade. Mas esse não é apenas um erro qualquer e comum, mas sim um equívoco de graves consequências, pois é o principal culpado de nossa ignorância de hoje sobre as condições básicas da vida sexual - Sigmund Freud abordou isto em 1905, e mesmo passado tanto tempo, ainda hoje encontramos muitas dúvidas sobre este tema, … Ainda hoje somos surpreendidos e não acreditamos na sexualidade infantil.

Há uma clara incongruência na linguagem sexual do adulto, que é erótica, com a linguagem sexual da criança, que busca prazer por meio da descoberta de seu corpo - a primeira linguagem é genitalizada (adulto), a segunda é sensual (infantil). O adulto interpreta os fenómenos da sexualidade infantil a partir de seu referencial, por isso julga-a erroneamente pela via do erotismo.

A partir do momento em que o tema da sexualidade for mais tranquilo e motivo de aproximação entre pais e filhos, o debate sobre temas como os usos que se faz do corpo na modernidade, abuso e assédio sexual, pornografia infantil, e pedofilia fluirá com mais facilidade e sem tantos rodeios, remorsos, banalizações e preconceitos. ... "

( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySáb Abr 17, 2010 3:11 pm

“ … Uma coisa é falarmos de orientação sexual, ou seja, da forma como cada um se sente atraído sexualmente e afectivamente pelo outro: por pessoas do mesmo sexo, pessoas do sexo contrário ou por ambos os sexos. Outra coisa é a pedofilia. A orientação sexual não é uma opção; é-se homossexual, heterossexual ou bissexual. Não se muda, não se escolhe, não se trata! Não se pode transformar um heterossexual num homossexual, nem vice-versa, porque a orientação sexual não é uma doença. A pedofilia é uma perversão sexual, é um desvio, é punível por lei e caracteriza-se pela atracção e pelo abuso sexual de crianças. Dois itens distintos. Não dá para baralhar … “

( Marta Crawford, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySeg Abr 19, 2010 3:49 pm

Aula de filosofia ... para a auto-formação do educador:

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySeg Abr 19, 2010 3:51 pm

… continuando na auto-formação do educador:

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyQua Abr 21, 2010 3:48 pm

Não se passou assim tanto tempo que a palmatória tenha caído no esquecimento colectivo. A professora fria, austera e de régua na mão ainda assombra os pesadelos de muita gente crescida. E está de volta. Não aqui, em Portugal, onde a prática foi proibida em 1993, mas numa cidade de 60 mil habitantes do Texas nos Estados Unidos.
Em Portugal não seria bem assim. Só a ideia causa arrepios a uma boa parte dos pais e dos professores do ensino básico e secundário. Não só porque a pedagogia do medo já não tem muito sucesso entre os educadores portugueses, mas principalmente porque a maioria dos adultos ainda se lembra de quando era miúdo e teve de estender a mão à palmatória. A experiência pessoal conta muito para rejeitar a medida adoptada nas escolas do Texas. …
Professores acusam os pais de se demitirem da educação dos seus filhos. Pais criticam os professores por não estarem preparados para lidar com a indisciplina na escola, apesar de admitirem que, em regra, há cada vez mais encarregados de educação "divorciados" da escola…


"As crianças são por natureza irrequietas e não basta querer para ser professor." É preciso formação específica, vocação e até o carisma conta para conseguir disciplinar uma turma, … "Reconheço, enquanto mãe, um desinteresse dos pais perante a vida escolar dos filhos. Basta ver a adesão quase inexistente deles nas reuniões convocadas pela associação ou pelos professores. Mas também sei que uma mesma turma pode ser indisciplinada com um professor e bem comportada com outro, logo há que procurar saber os motivos dessa diferença."

Que a escola em regra se tornou num "depósito" para os pais com "carreiras exigentes" deixarem os filhos é ponto assente … Que, em muitos casos, são os pais a precisar de "umas boas reguadas" por serem tão "displicentes" é outra "verdade" … "As medidas sancionatórias não têm qualquer efeito dissuasor sobre os adolescentes" ... Nem sequer consequências sérias: "A partir do momento que, por exemplo, uma suspensão de um aluno não conta como falta para acumular e para reprovar de ano, que efeito é que uma sansão destas pode ter?"


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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyQui Abr 22, 2010 3:50 pm

… 90% de prevenção e 10% de punição.

Durante anos a disciplina foi encarada como uma forma de punição. A ideia subjacente a esta teoria é que a criança precisava de sofrer (de "sentir na pele") a autoridade dos pais, pois, caso contrário, nunca aprenderia a comportar-se devidamente.

A palavra "disciplina" deriva de "discípulo" e significa ensinar ou guiar. Nada tem a ver com punir, controlar ou humilhar. Desta forma, a disciplina, como a entendo, deverá concentrar-se fundamentalmente em ensinar à criança os comportamentos adequados e menos em punir os comportamentos indesejados ou incorrectos.

A maneira como educamos os nossos filhos reflecte a nossa forma de ser e de estar no mundo e requer, além de conhecimentos (como os que pretendo transmitir nestas colunas), maturidade, experiência e confiança nas nossas capacidades e nas potencialidades de cada criança.

Será possível uma disciplina sem qualquer tipo de punição? Não acredito. Se é verdade que a criança aprende melhor pela positiva, também é verdade que o castigo faz parte do processo de aprendizagem. Mas apenas isso: faz parte. Para uma correcta disciplina são necessários 90% de prevenção e 10% de punição.

Exercer a autoridade não deve ser sinónimo de domínio, superioridade, força ou prepotência com os nossos filhos. Pelo contrário, deve ser essencialmente um exercício de influência positiva sobre eles.


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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex maio 14, 2010 12:48 pm

Educando os adultos:

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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex maio 14, 2010 12:49 pm

... continuando a educar os adultos:

“ … De que serve ensinar a não mentir se acabámos de dizer uma "mentirinha" ao polícia de trânsito depois de passar num sinal vermelho? De que serve aconselhá-los a não gritar com os irmãos, se foi isso que eles nos viram fazer na última discussão que tivemos ao telefone?
Mais que qualquer coisa que lhes posamos dizer, é a forma como nos comportamos na sua frente que é determinante para o seu comportamento. Pais que gritam têm filhos que gritam. Pais que amuam têm filhos que amuam. Pais que batem têm filhos que batem.
É o nosso comportamento, são as nossas atitudes e, fundamentalmente, a nossa forma de ver e de estar no mundo, os instrumentos mais poderosos para ensinar aos nossos filhos quais os comportamentos adequados e quais os que não devem ser tolerados.”


( Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex maio 14, 2010 4:26 pm

Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar ... os sinais !!!!

“ … A violência sexual contra crianças é um tema sobre o qual paira uma barreira de silêncio. Esporadicamente, vem à baila sob forma de um escândalo … e rapidamente desaparece ….

Um passo importante para encarar a realidade desse crime terrível … está sendo dado … pela Clínica Psicanalítica de Violência. … a instituição tem registados mais de 2.000 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes de todas as classes sociais, dos quais mais de 80% têm como agressor o próprio pai. …

Os desenhos que ilustram esta reportagem fazem parte do conjunto de 31 imagens selecionadas … para ilustrar o … "vocabulário ilustrado dos afetos emparedados" – uma síntese dos sentimentos mais freqüentemente expostos por seus pequenos clientes. São um testemunho comovente da experiência aterrorizante do incesto. Numa idade em que não têm como compreender o que sentem quando violentadas, elas se desenham mutiladas, isoladas. O medo é comunicado através de seres monstruosos ou, ao contrário, de situações absurdamente realistas, povoadas por enormes órgãos sexuais. Uma menina retratou-se refletida num espelho de teto como os que se vêem nos motéis, deitada sob um homem identificado como "papai".

… "A criança violentada vive emparedada pelo seu próprio medo de falar e pela surdez de quem deveria ouvi-la", … diante de uma evidência de incesto, a tendência é descrer da criança. …esse tipo de violência é algo que vai contra a própria noção de humanidade, uma vez que a proibição de relações sexuais entre pais e filhos é uma das características que nos distinguem dos animais. …Diante de uma suspeita, a tendência é fechar os olhos, e isso se faz desqualificando a criança como interlocutor, jogando o que ela diz sob o rótulo de "fantasia infantil". O impulso sexual infantil existe e dá origem a fantasias que podem, sim, envolver o pai, o padrasto, o namorado da mãe, ou a própria mãe. Mas a criança que fantasia esse tipo de envolvimento imaginário não tem o relato de sofrimento, de dor física, de nojo, de medo que uma vítima de violência real faz. "Quando a base é fantasiosa ou simplesmente mentirosa, a história não se sustenta" … O triste é constatar que, mesmo quando a criança consegue ser ouvida em casa, o crime não consegue ultrapassar as barreiras externas, como mostra o relato de uma mulher que descobriu que seu ex-marido abusava da filha de 2 anos e quis processá-lo. Não conseguiu. Sem prova material de estupro (que na maior parte das vezes não existe), seria palavra contra palavra. Mais do que isso, a denúncia poderia virar contra ela, por acusação sem provas … “

Ela demora a perceber que uma parte do que sente é nojo e não consegue inicialmente expressar esse sentimento em palavras. Mas o exprime através de monstros que têm "língua de fogo", "língua que me lambe". Um simples programa de fim de semana com o pai vira história de terror no relato de uma dessas pequenas vítimas. "Uma vez um caranguejo mordeu o meu dedo. Doeu muito. No domingo papai me levou à praia, depois ao shopping. Tirou a minha roupa e eu me senti um caranguejo. Ele é um monstro, um vampiro."

AVERSÃO
O encontro da sexualidade adulta com a infantil é muito violento.
A criança sente a invasão do corpo, mas não absorve seu significado
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É comum crianças se desenharem mutiladas, em auto-retratos relacionados a uma imagem corporal alterada, de quem passou por um trauma tão grande que se despedaçou. Em alguns casos, elas não se dão conta da mutilação. É preciso perguntar se não está faltando nada no desenho. A narrativa de alguns sonhos, como o que se segue, dá conta dessa vivência silenciosa de horror. "Sonhei que o carro estava lá em cima, caiu lá embaixo e eu morri. Mas só um pouquinho. A minha cabeça morreu, mas o corpo estava em pé, não estava morrido.

SILÊNCIO
A barreira erguida em torno da violência torna invisível a identidade da criança.
A menina se representa num corpo de mulher, de salto alto – e sem rosto
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Montanhas e praias desertas aparecem recorrentemente. Mas o abuso acontece também em lugares públicos, como o cinema ou o metrô. É uma situação visível (a criança no colo de um adulto) que torna invisível uma outra (o pai que bolina a própria filha). Uma dessas crianças contou seu drama a partir de uma brincadeira: escondia um objeto, mas deixava uma parte à mostra. O mesmo acontecia com ela. Seu pai a violentava "escondido" na frente de todo mundo.

MEDO DE REAGIR
A montanha é uma clara representação da solidão da criança violentada.
Além da submissão física e moral, ela sofre do medo de reagir contra o agressor
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptyQui maio 20, 2010 2:40 pm

Atitudes pouco comuns, penso eu.
A maioria trata dos filhos como quem trata dos bibelôs. Para ostentar! Às vezes até furam as orelhas aos bebés, põem-lhe pulseiras, anéis e cordões ao pescoço … carrapitos e mais carrapitos … com e sem laço … peúgas a apertar a perna dentro de uns sapatos que nunca, nunca terão as solas gastas … e nem se importam de soltá-los assim nos infantários. E tiram-lhes fotografias assim produzidos .. e falam, falam … falam do que custou cada um daqueles ornamentos de caca.

“ … Pais e mães que vivem em função dos seus filhos acabam por perder discernimento e não são capazes de relativizar qualquer acontecimento que envolva as crianças. Para eles, tudo o que diz respeito aos filhos é de extrema importância, procurando não deixar nada ao acaso. Esta atitude é causa de grande ansiedade nos pais mas não o é menos nas crianças. Algumas, mais passivas, quando se apercebem do seu papel central na vida dos pais ficam sob grande tensão e procuram, por todos os meios, nunca os desiludir, vivendo constantemente na ansiedade de serem os melhores filhos aos olhos dos seus pais e não permitindo a si mesmo qualquer erro nessa busca da perfeição, que não existe. Outras, mais activas, poderão usar essa atitude dos pais a seu favor, vivendo num clima de constante desafio aos limites que lhe são impostos para perceber até onde poderá ir a dependência dos pais em relação a si.
Pai e mãe devem continuar a olhar um para o outro, como homem e mulher que se amam e que pretendem partilhar a vida em conjunto e não apenas os filhos. Desta forma devem procurar tempo para si mesmos, enquanto casal, todos os dias ao serão ou um fim-de-semana a sós, de quando em vez. …”


( Paulo Oom, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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alice.rosa
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex maio 21, 2010 6:21 am

bom artigo.... gostei
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySex maio 21, 2010 3:29 pm

Direito à informação e acesso aos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres ao longo do seu ciclo de vida.

( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySáb maio 22, 2010 2:58 pm

Querem saber como vai ser a educação no futuro?
Leiam o Admirável Mundo Novo ( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )

“ … Uma bactéria, comandada por uma molécula de ADN sintético, conseguiu reproduzir-se da forma mais natural. O resultado, publicado na revista cience, tem aplicações e implicações – científicas e filosóficas – ainda em grande parte desconhecidas … “

( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )



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tounessa
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MensagemAssunto: Re: Educação... Educação... EmptySáb maio 22, 2010 3:00 pm

“ … continua a valer o princípio de que os filhos, tendo vida sexual, é melhor que a tenham com a nossa aquiescência. Todavia … levantam-se dois problemas. O primeiro é qualitativo: se a ligeireza nos relacionamentos de um não irá contagiar os outros. O segundo é quantitativo: uma coisa é ter um(a) namorado(a) em casa, outra é ter quatro. Somando as possíveis trocas, fica de facto uma confusão, além de a Maria Odete perder completamente a privacidade.

Para não entrar numa alta rotatividade, há que impor regras. Por exemplo: o filho, se quer dormir com a namorada, que vá dormir em casa dela. Mas os pais da menina são à moda antiga ou têm uma religião restritiva? Azarito. Ele que se desembrulhe. Explique-lhe que é por causa das irmãs; é sabido que mesmo os rapazes mais soltos são muito menos permissivos quando se trata da mãe e das irmãs.

Quanto a elas, quando a altura chegar diga-lhes que não quer perder a sua privacidade e portanto terão de ser discretas e comedidas. Nada de namorados a andar de cuecas pelo corredor, nada de pequenos-almoços comunitários, nada de grande rotatividade.

Não é grande solução? Pois não, não é. Mas não se deixe levar pela tentação de sacrificar a sua qualidade de vida só para provar aos filhos que é liberal e compreensiva. O que .. tem de lhes provar é que sabe o que quer. Mais que grandes modernices, o que eles esperam de si, e do que precisam, é de uma orientação. …”

( José Couto Nogueira, in: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )
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