quando um dos pais vai viver para longe

Olá a todos! Eu estou a tentar divorciar-me do meu marido e tenho uma filha de 33 meses.
Ele no momento vive perto da filha, mas quando o divórcio for para a frente, ele tem intenção de ir morar para o norte, mais ou menos a 600 Km daqui.
Neste momento ele exige-me que vá levar a minha filha ao norte de 15 em 15 dias, para passar o fim-de-semana com ele. Esta lei também se aplica nesta situação? E se ele fosse para outro país como seríam as coisas?
Alguém conhece situação idêntica? Como se resolve? Eu não posso aceitar uma condição dessas para além das despesas.... e a criança? O cansaço da viagem de 15 em 15 dias? Ele não pensa na filha???
Obrigada a quem me puder esclarecer.

Olá JPaula.

Penso que o normal é ser o pai a deslocar-se para ver os filhos ou buscá-los para passar o fim-de-semana, férias, etc. Fala com o teu advogado e pede para ficar bem esclarecido no acordo paternal que a responsabilidade de se deslocar é do pai No nosso acordo está escrito.

JPaula,

Nao faz sentido nenhum que tenhas que ser tu a levar a criança principalmente se é ele que se vai mudar para longe.

Nessa decisao de mudança ele deveria ponderar todas as condicionantes, nomeadamente a proximidade da filha uma vez que as vantagens e desvantagens da decisão vão ser dele.

De qualquer forma, provavelmente o mais razoavel, é consultar um advogado experiente que possa apoiar-te nesse processo.

Um abraço

O problema é que ele não concorda que seja ele a vir buscar a filha. Bjs!

E tu não tens obrigação de o fazer. Se é ele que quer estar com a filha então que seja ele a deslocar-se

O pai do meu filho vive a 130 km daqui. Como na altura era eu que lá morava e vim embora, o meu advogado sugeriu, por bom senso, não ser sempre o pai a ter os gastos, afinal fui eu que me mudei...e assim é de 15 em 15 dias o pai vem buscá-lo á 6ª e eu vou lá ao Domingo...alteramos por vezes, por questões de jeito. Mas sempre cedemos de parte a parte. Um vê os esforço do outro e cede e vice-versa.
Mas nesse caso, seria o pai a ter que fazer o transporte. Secalhar se visses que ele se esforçava, até farias uma viagem de vez em quando. O mal é quando não há nenhuma cedência...e depois o outro tb não quer ceder e é um ciclo vicioso.
Tenta não entrar por aí. tenta apelar-lhe ao bom senso (se o tiver, vai entender)

Boa noite,

Divorciei-me em Outubro de 2008, teoricamente por mutuo acordo, e durante cerca de 3 meses tudo foi correndo mais ou menos bem.
A regulação das responsabilidades parentais foi mais ou menos pacífica tendo ficado acordado com a minha ex-mulher que não existiria rigidez nas visitas aos meus filhos (na altura um com 4 anos e outro 4 meses). Dessa forma alternariamos os fins de semana mas durante a semana eu tentaria estar sempre que possível com eles. Foi o que fiz até Fevereiro de 2009. Apesar de estar a viver em casa dos meus pais (60Km de distância) trabalhava e continuo a trabalhar na cidade onde antes vivia, e por isso ía várias vezes durante a semana buscar e levar os miúdos ao infantário e sempre dava para matar um pouco a saudade até que o fim de semana chegasse.
Em Fevereiro de 2009 a minha ex resolveu mudar-se para uma cidade a cerca de 370 Km de distância porque achava que lá conseguiria mais facilmente arranjar emprego e assegurou-me que me traria os miúdos de 15 em 15 dias. Eu acabei por aceitar, porque nunca a quis prejudicar, mas nada ficou escrito.
Durante algum tempo ainda cumpriu com o combinado e trazia os miudos à cidade onde antes residiamos (onde ela possui ainda hoje habitação própria) e eu deslocava-me lá para os ir buscar e levar.
Passados 7 meses ela arranjou realmente emprego na nova cidade e aqui é que tudo piorou. Deixou de trazer os miúdos de 15 em 15 dias e passou a dizer que era minha responsabilidade ir buscá-los.
Como a situação se complicou eu nunca sabia quando poderia ver os miúdos resolvi entrar com uma acção em tribunal para alterar o acordo de regulação das responsabilidades parentais. O que solicitei foi que ficasse registado que os fins de semana seriam passados alternadamente com cada um dos pais e que as despesas e tempo de deslocação fossem divididas pelos dois progenitores, ou seja que a mãe trouxesse os miúdos até um ponto a meio do caminho onde eu os iria buscar sexta-feira à noite e onde os entregaria no domingo no fim do dia.
Sugeri esta situação de partilha de custos por bom senso, já que para todos os efeitos julgo que o correcto seria a mãe trazer-me os filhos uma vez que foi ela que decidiu afastar-se.
Infelizmente o "acordo" que o tribunal propôs e que tive de aceitar foi exactamente em sentido contrário.
Eu entretanto voltei a casar e na altura da audiência a minha nova esposa estava já perto do final da gravidez.
O tribunal decidiu aumentar a pensão de alimentos e definir que as despesas de deslocação seriam inteiramente por minha conta.
O aumento da pensão de alimentos foi justificado porque entendem que existe um valor mínimo a pagar independentemente de o poder fazer ou não (passou de € 150 para € 250). Quanto às deslocações o que a Exma. Srª Drª Juíza disse foi que se não tivesse dinheiro para ver os meus filhos não os veria e ponto final. Quanto ao facto de dentro de pouco tempo as minhas despesas aumentarem por causa da nova criança, pura e simplesmente me responderam que não devia ter mais filhos...
Para além dos abusos de linguagem e tratamento absurdo de que fui alvo na sessão que durou cerca de 5h no tribunal, em termos práticos isto significa que, para estar com os meus filhos num fim de semana, faço 8h de viagem (4 ida + 4 volta) para os ir buscar (não posso trabalhar à sexta à tarde e chego a casa perto das 24h) passo o dia de sábado e o domingo de manhã com os meus filhos e volto a fazer a viagem no domingo (+ 8h de viagem). Em termos de custos estamos a falar em € 250 por fim de semana só em viagens.
Considerando 2 fins de semana por mês mais a pensão de alimentos tenho de gastar € 750 por mês.
O meu salário é inferior a esse valor e ainda tenho mais uma criança (3 meses) e as minhas despesas para pagar (renda, água, luz, etc.).
Neste momento, passados cerca de 6 meses da decisão do tribunal, será escusado dizer que estou esgotado fisica e financeiramente.
Esta situação é incomportável e se não fosse o apoio da minha esposa e da minha família não teria tido oportunidade de ver os meus filhos durante este tempo.
Entretanto falaram-me que existiria uma lei qualquer que impediria que os progenitores se afastassem mais do que x Km da área de residência sem autorização. Alguém sabe algo sobre isto?
Preciso de realmente de algumas luzes sobre a forma de abordar o problema novamente em tribunal porque infelizmente a nossa justiça continua a ser demasiado tendenciosa em determinadas situações :-(

Obrigado desde já por qualquer luz que me possam dar e desculpem a extensão do post.
Cumprimentos,

Pedro

Infelizmente, a (in)justiça foi feminista!

Mas para manter esse padrão de Pensão de Alimentos, sugiro que a sua actual esposa sustente inteiramente o vosso filho e se possível algumas despesas comuns da casa.

De outra forma, ou o Pedro arranja um segundo emprego, ou mete outro processo no tribunal para corrigir essa sitação ingrata. Seja como for $$$$ precisa-se.

Boa sorte

Ah e parabéns pelo mais recente membro da familia. Que seja saudável, inteligente e tudo de bom e que vos dê boas noites ! rsrsrsrs Parabéns.

Alguma novidade?

boa tarde,
Alguem me sabe informar com quanto tempo de antecedência e de que maneira devo informar o pai da minha filha da minha alteração de morada.
obrigada

TAMBEM quero saber ...

Bom dia,
Preciso da vossa ajuda e conselho. Tenho a guarda da minha filha, ficando ela com o pai durante o fim de semana de 15 em 15 dias (sexta à noite até segunda-feira de manhã) com o pai.
Para além disto ele tem o direito de ficar com ela durante 15 dias nas férias de verão e os dias especiais alternados (aniversário, natal, passagemd e ano, etc).

isto foi o que ficou no acordo, mas nunca neguei nem me passou sequer tal coisa pela cabeça cortar as visitas ou impedir que ele estivesse com a filha fora do tempo acordado. Acontece bastantes vezes e sempre sem oposição da minha parte. pelo contrário gosto que ela tenha uma boa relação com o pai.

Agora surgiu um problema: o pai mudou de residência e recusa-se a fornecer-me a morada. o que na prática quer dizer que quando a minha filha está com ele eu não sei onde ela está.
Ele pode recusar-se em me dar a nova morada? Posso exigi-la?

Alguém me pode ajudar? Não quero estar a arranjar conflitos, mas confesso que fico preocupada com esta situação

Cumprimentos

Olá!

Ele é obrigado a fornecer a morada e podes e deves exigi-la.
Caso ele faça finca pé deves participar ao tribunal de família e menores onde foi regulado o poder paternal. (é um processo muito rápido).

Boa sorte!

Obrigada. Eu pensava exactamente isso.
Acho que lhe vou enviar uma carta registada com aviso de recepção para a morada antiga a pedir a nova morada.
Por e-mail, ele não me responde e ainda goza...

Bom dia.
Muito rapido??
A nossa justiça pode ter muita coisa rapida e uma delas é se as mães se queixarem de algo sao logo atendidas e ainda bem que assim é. Pena é que seja tao rapido só para elas e para os pais não. Os nosso juizes ainda não conseguem serem isentos e tratar os 2 iguais, so passado uns anos ganham essa experiencia mas ai jámuito pai foi atropelado com injurias e queixas e contas e mais contas por pagar. ( Estou a falar no geral dos tribunais claro)

Bom dia a todos. Já pesquisei um pouco,li bastante,e queria apresentar o meu problema.Talvez já existe um similiante, mas não encontro.
O meu marido é português,eu não.Ainda estamos casados(já 15 anos),estamos no processo do divorcio.Temos dois filhos (14 e 8 anos).
Estamos separados quase 2 anos.Estou desempregada já algum tempo.A nossa qualidade de vida mudou bastante depois de saída da casa do meu marido.
É complicadissímo sobreviver com um subsidio de desemprego e oportunidades de um emprego fixo para breve quase nenhumas..
Tenho oportunidade de sair de Portugal,um emprego imediato,a casa também e a escola para os miudos.
Sei que vou precisar uma autorização do pai dos meus filhos,mas queria saber se ele vai negar,se tenho algumas possibilidades de ganhar com ele no tribunal e conseguir sair daqui com os meus filhos e recomeçar a minha vida num sitio onde que tenho melhores condições de vida e posso dar o melhor futuro aos meus filhos.
Obrigada pelas todas dicas.

Como sempre ninguém respomde....

Não sou advogada, mas se o pai é Portugês, vossos filhos nasceram aqui e fazem a vida em Portugal, deve ser muito raro, entregar a guarda a mãe que pretenda sair do país. Porque assim o pai perde a convivência com os filhos. Nem de 15 em 15 os poderá ver/conviver no fim-de-semana.

Como eu disse, não sou advogada, e portanto não tenho competência para afirmar seja o que for, é só conhecimento geral.
O melhor mesmo, quer para vocês, quer para a Justiça (que é demasiado lenta) é tentar um acordo com o pai.

bjs

Não sou advogada, mas trabalho muito com estas areas e estou a passar por um divorcio,alem disso o pai vive em outro país da europa que não portugal. Mas penso que só mesmo com o acordo dele poderá sair do país com ele.
Acompanho profissionalmente um caso: a mae quer sair do país, com os 3 filhos, 2 de um pai e outro d eoutro, mal os pais sonharam isso, um pai foi logo ao tribunal dizer que a mae s eiria ausentar com as filhas, a mae foi imediatamente chamada e neste moento elas provisoriamente estão com o pai, o outro mais pequenino, tb ficou entregue ao pai, pq este não abdica de ficar sem contacto com ele. A mae neste caso vai-se embora para a semana sozinha...

Primeiro obrigada pelas as duas respostas.
Eu nunca saia sem eles,são a minhã vida.
Falei já um pouco com a advogada dele e em principio ele não pode me presar aqui para sempre.Se depois de divorcio os filhos vão ficar comigo,eu posso decidir viver no outro país(dentro de União Europeia) e os filhos podem sempre vir passar as ferias de verão,ferias de Natal com o pai.
Acho que seria um pouco ridiculo não poder sair daqui...o pai mal vé as crianças,no max.2 horas por semana,toda a responsabilidade esta comigo,a vida dos meninos mudou completamente com a saida do pai,quase já não tenho o sustento para a vida.Mal estou a comer para poder comprar as coisas básicas para eles,os dois tinham que desistir de fazer o desporto,etc.Não tenho grandes perspectivas de arranjar um emprego brevemente,o pai não fica com os meninos para eu poder fazer os horarios mais tarde,e o meu subsidio esta se acabar.E depois??Como vamos sobreviver??
Lá fora tenho o emprego garantido e a casa para nós também.

Lena74, espero que consigas com a ajuda da advogada.

Também desejo que consigas levar as crianças contingo. Existe facebook, h5, twitter, telefone, para manter o contacto. Não é o mesmo que o convivio frequente, mas ficarem e as crianças mal poderem viver, porque a vida está muiiito dificil e o pai não pode dar as mesmas condições, que eventualmente conseguirás lá fora, então seria hipocrita defender a "o direito de exercer a paternidade" por egoismo.

Boa sorte e arranja um advogado rapidamente.

Decidi criar um tópico para pais que estejam fisicamente longe dos seus corações...

O meu caso são cerca de 400Kms...
A RPP foi feita como se tivesse a 400 metros!

Fim de semana de 15 em 15 dias, 15 dias de férias no Verão e 4 dias (que na prática são 2) no Natal/Páscoa.
Inicialmente a mãe da minha filha quis propor que apenas tivesse direito a isto, a partir dos 6 anos de idade
da menina, e na altura esta "miséria" de acordo, foi uma vitória.

As outras situações, de almoçar no aniversário, e visitas ocasionais durante a semana não se põem, embora
estejam lá na regulação, mas tentar passar à prática...

Será que um tribunal analisa as situações como distância, viagens e hoteis quando decide estas regulações?
Sim porque, quando é o meu fim de semana, eu dirijo-me à cidade onde está a minha menina, passo uma
noite no hotel com ela, e entrego-a à mãe passadas 24hrs...

Ou seja no meu caso a segunda paternidade está a ser algo traumatizante, é a distância, é o tempo, tudo é
amplificado!
Este ano ao propor uma mudança no acordo para aumentar os periodos de férias, para de certa forma compensar
a distância... NÃO... Dito pela mãe

Lá vamos nós de novo para tribunal, e eu novamente a pedir para me deixarem ser pai...

Mas querem saber de uma coisa?
Não troco o sorriso da minha menina por nada

E vamos à luta!

Gostei de ler... Sente-se o amor que tens pela tua filha.

Força para lutares por ela...

Didix escreveu:

Gostei de ler... Sente-se o amor que tens pela tua filha.

Força para lutares por ela...

Obrigado pelas tuas palavras Didix...

Tem sido uma luta complicada.

Não sei como se pode considerar justo, mesmo pelo ponto de vista da mãe, privar uma filha de estar com o pai.
E o tribunal, como se pode achar justo em 365 dias, eu ter direito a apenas 15+4 dias consecutivos com a minha menina?

Nisto gostava de saber o vosso input, porque não sei o que é a norma a aplicar nestes casos!?

Os 4 dias então, na prática são dois, porque no dia de entrega e no dia de a ir buscar passo-os a conduzir...

É a luta contra a alienação parental, que a mãe e a sua família querem implementar.

No meio disto o uso que se faz da criança é difícil de qualificar, mas uma coisa é certa, a minha filha nunca irá dizer... "O meu pai não lutou por mim"