É mais fácil para quem pede a separação?

Atençao ha a Nocas (velha guarda) e a Nokas (aquisiçao recente) e trocaste-as Powerguido ;-)

@@Powerquido tás muito mais á frente do que eu quando da minha separação/divorcio. Isto p comentar a questão da paz do meu post. Acho que vais no bom caminho. E sim tens razão "nunca implores o que quer q seja" e foi isso que sempre fiz e sinto-me mto bem comigo mesmo por isso ;-)

@@ Sofiaa, eu ao longo deste tempo escrevi vários post sobre essa questao das, eventuais, preferências dos filhos pelo progenitor com mais posses (que, no meu caso, por acaso é a minha ex, lol). Tem casa c piscina, posses para viajar com eles para o estrangeiro etc. etc. ou com mais isto e aquilo.
Não digo que nuca me preocupei com isso mas as crianças valorizam outras coisas q nós adultos por vezes descartamos. Gostei muito de ha 2 anos a minha filha ter me dito que tinhas gostado tanto ou mais de ter ido acampado comigo para uma praia no Algarve do que as férias que tinha passado num hotel em Espanha? com a mãe. Acampar tb é bom pai!
O que os nossos filho precisam é amor, amor, amor e atenção e, pelo que contas, acho que nao tens nada a temer, muito pelo contrário.

Powerguido escreveu:

Nocas,
Eu senti e ainda sinto o mesmo. Um casamento totalmente pacífico, sem discussões, sem lutas, e em que tudo corria bem. De repente o meu mundo desaba, quando descubro que afinal existia uma 3ª pessoa na relação, por sinal, um amigo dela com quem eu até simpatizava, bem como da sua mulher.
No entanto, e apesar da mágoa da traição, sei que tb eu contribuí para que a minha ex mulher não fosse totalmente feliz comigo. Sei que muitos dias não dei a devida atenção, o devido carinho, e as viagens, os presentes, todo o tipo de bens materiais é bom mas nao chega.
Sei que ela comentou isso várias vezes, mas sempre achei que um casamento era para a vida e se neste momento, eu andava demasiado absorvido pelo trabalho, achava que assim que esta fase passasse, a iria poder compensar.
Não pude. Não cheguei a ter tempo para isso.
Agora não lamento o casamento ter falhado. É preciso dar e receber, é preciso estar atento aos detalhes. E eu nem sempre estive. Mas como te digo, agora não há nada a fazer, a opção foi tomada, e por muito dolorosa que seja e continue a ser, é preciso erguer a cabeça, sacudir a poeira, lamber as feridas, e acreditar que melhores dias virão.
Ficar a carpir mágoas também é importante, atenção, mas nas devidas proporções. E nunca, mas nunca implores, o que quer que seja. Acima de tudo tens a tua dignidade enquanto pessoa, e isso não podes deixar que ninguem te tire!!
Mta força!

Unfug escreveu:

Atençao ha a Nocas (velha guarda) e a Nokas (aquisiçao recente) e trocaste-as Powerguido ;-)

@@Powerquido tás muito mais á frente do que eu quando da minha separação/divorcio. Isto p comentar a questão da paz do meu post. Acho que vais no bom caminho. E sim tens razão "nunca implores o que quer q seja" e foi isso que sempre fiz e sinto-me mto bem comigo mesmo por isso ;-)

@@ Sofiaa, eu ao longo deste tempo escrevi vários post sobre essa questao das, eventuais, preferências dos filhos pelo progenitor com mais posses (que, no meu caso, por acaso é a minha ex, lol). Tem casa c piscina, posses para viajar com eles para o estrangeiro etc. etc. ou com mais isto e aquilo.
Não digo que nuca me preocupei com isso mas as crianças valorizam outras coisas q nós adultos por vezes descartamos. Gostei muito de ha 2 anos a minha filha ter me dito que tinhas gostado tanto ou mais de ter ido acampado comigo para uma praia no Algarve do que as férias que tinha passado num hotel em Espanha? com a mãe. Acampar tb é bom pai!
O que os nossos filho precisam é amor, amor, amor e atenção e, pelo que contas, acho que nao tens nada a temer, muito pelo contrário.

Nocas, Unfuge outros que já viveram isto:

Eu estou de facto muito preocupada. Eu estou mesmo muito abalada.

Eu sei que me hei-de habituar a ver o meu ex com outra, mas nunca me hei-de habituar se o meu fillho começar a querer ficar menos tempo comigo e mais com eles, eventualmente eté pedir para viver com eles. Ele adora crianças e adora o conceito de família e se aquilo correr bem acho que ele vai querer ficar lá e ver-me muito menos. Ele adora-me, vem sempre dizer que sou uma princesa e a melhor mãe do mundo, mas facto é que ele vê-me como uma pessoa rejeitada, por mais que eu disfarce ele percebe sempre quando estou triste, e obvio que ele prefere não ver isso, é muito mais giro estar numa família unida do que com uma mãe sozinha.

Estou mesmo com muito medo da reacção dele e não sei como vai ser, mas já ´só tenho o meu menino semana sim semana não, se há o acaso de ele querer viver com eles na sua casinha eu acho que a vida deixou de ter sentido. Isto está a abalar-me muito mesmo.

Por isso pergunto a vocês os dois, e a quem tenha já passado por isto, que me possam ajudar com os vossos casos, como reagiram os vossos filhos ao longo do tempo à nova família, se continuaram a gostar de estar de vocês como antes, se nunca pediram para ir vever com a família nova... como é que vocês lidaram com a frustração disto tudo, como se habituaram a estar em paz com isto, enfim, a minha cabeça está cheia de perguntas....

Desculpem eu neste momento parecer estar "sem pé", mas estou mesmo, sobretudo cheia de medo...

Caramba Sofia, não sei que te diga para te ajudar. Ainda não passei por isso nem quero imaginar. Hoje tou um porquinho mal. São as férias, a dose de cavalo sem o meu filho...agora imagino o que de ser uma semana num e outra noutro e o medo de ficarmos para trás.
Mas olha, não estarás a fazer de uma formiga um elefante?
Educaste o teu filho muito bem e não deves por em causa o amor que sente por ti. Eu sei, Sofia, é fácil falar.... se eu estivesse no teu lugar estaria, provavelmente, aterrorizada.
Não sei...porque não fazes terapia? Pode ajudar-te a ultrapassar esses momentos dificeis. Eu tou a fazer. Tenho de me ajudar para o que vem aí.
Pensa nisso.
Desculpa não te ajudar mais.
Fica bem.

Obrigada Brisa. Eu estou a fazer terapia, e ainda ontem lá estive a acalmou bastante, mas pronto, estou no momento quente...

E Brisa, tu tens a guarda total, confesso que nesse aspecto seria bem melhor...

A minha psicóloga diz que ele irá ter um choque inicial, porque ele luta desesperadamente para que o pai fique com a mãe e "proibiu-o" de ter namorada lololo, que pode eventualmente ser divertido brincar com a menina nos primeiros tempos, mas que não sabemos como ele vai reagir, não sabemos se o pai vai continuar a comportamento violento e promíscuo, não sabemos se vai continuar a tomar as porcarias que toma, e tem a sensação que ele deve ter um desvio comportamental do tipo narcísico, e assim aconselhou a esperar um pouco para ver o que acontece e disse que dependendo disso tudo se avalia o tipo de guarda que se deve ter, tem que se pesar prós e contras. Eu não percebo muito bem o que ela tem em mente, mas com o tempo ela me explica.

Nem me quero imaginar quando esse dia bater na minha porta...

Powerguido... sabe eu as vezes imagino que ainda poderia "lutar" um pouco mais, porque como tenho dito, todas as "falhas" são minhas, mas nesta fase só faço pior sempre que falo com ele, responde-me que só lhe provo que nunca mudarei... Perdi mesmo a minha dignidade Mas eu em mim já vejo mudanças!!! Acho que admissão de culpa foi a primeira Mas sou mesmo uma "nova aquisição", ainda muito imatura e com tanto para aprender. Vale me a voz da experiência, este forum fantástico, em que revejo as minhas atitudes em alguns post, e também algumas das mazelas que provoquei no meu ex companheiro. Sabe o que custa nesta fase ( 6 meses em "problemas", 1 mês de separação) ver o quanto eu o magoei, como podemos ser tão egoístas e egocêntricos que temos a realidade a nossa frente e não a vemos.. Como posso ousar dizer que o Amei, se o meu "Amor" o magoou tanto..
Mas enfim, vale o que vale o meu sentimento de remorso, tem sido difícil de aceitar, principalmente as minhas ignorâncias fase a relacionamentos e a vida.

"Nunca encontrei uma pessoa tão ignorante que não pudesse ter aprendido algo com sua ignorância."
(Galileu Galilei)

Julgo que o Unfug, possa ajudar mais dos que eu, uma vez que têm um regime idêntico.

A meu ver, e lendo o que vais postando, acho que não tens nada a temer.

Aliás, acho que ninguém tem nada a temer partindo do principio, que têem um relacionamento salutar com filhos e exs.
As tuas dúvidas e receios, nesta fase, são normais, quem é que não se questionou acerca desse assunto na devida altura? Todos, ou quase todos, é mesmo assim.

Nada nem ninguém substituí o amor, afecto, carinho, compreensão.

O meu contexto é completamento diferente do teu. O meu filho é bem mais novo e tenho a minha família por perto, de certa forma consigo proporcionar-lhe um ambiente familiar, felizmente.
O meu filho, já conheceu, do lado paterno, várias "novas famílias", umas com rebentos outras sem, tem em casa do pai/avós paternos o dobro dos brinquedos e o dobro da permissividade, por norma quando vai de fim de semana fazem tudo o que gosta de fazer, cinema, Mac, brinquedos novos, etc, etc, e eu também tive muitas dúvidas quanto ao futuro dele comigo...
No entanto, o máximo de tempo que lá passou, foram duas noites e três dias seguidos, ao fim desse tempo, pega na mochila, carrega-a com os seus pertences e diz que está na hora de ir para casa, a "casa dele".
Damos-lhe sempre flexibilidade, está onde quer, com quem quer, o tempo que quiser, desde que não interfira com a escola, claro!
Quando está zangado comigo, diz-me, até à exaustão, que não gosta de mim, que sou feia e má! Nem imaginas ou quanto isto me magoava e me deixava apreenssiva e com vontade de lhe fazer todas as vontadinhas, até perceber que era pura manipulação e se eles são perfeitos nisso! Felizmente tenho tido a capacidade de não ceder e a rotina e disciplina à mistura com uma boa dose de amor, produzem o mesmo ou melhor efeito, que centenas de brinquedos e caprichos satisfeitos.
Tentei sempre mostrar-lhe o quanto me agradava o facto de ele ir e de como seria bom para ele, embora por vezes sentisse uma dor tão grande que nem consigo descrever, as vesperas de fds do pai, eram uma tortura, fazer a mochila era uma tortura, porque pensava sempre no dia em que optaria por ficar mais tempo. Isso acabou por acontecer ( 1 dia e 1 noite a mais!!!), e eu ía morrendo!
Depois parei para pensar, e concluí, que se ele queria ficar era pq estava bem, feliz e bem tratado e com a família que tb é dele, a outra família, que, quer eu queira quer não, faz efectivamente parte da vida dele.
Também já me questionei sobre a hipótese de, quando for mais velho, decidir ir viver com o pai, para já e dadas as circunstâncias, não me vou opor. Vai doer, mas fará muito bem tanto ao pai como ao filho.
Isto tudo para te dizer, que até aqui e apesar de tudo, ainda não lhe vi vislumbre nenhum de opção. Como disse no post anterior, são vivências diferentes, das quais eles tiram (esperamos nós) o melhor partido.

Quanto à tua situação, eu no teu lugar, estaria mais preocupada com a integração dele nesse novo ambiente. Embora pareça tudo muito bonito e divertido, e será sem dúvida nas 1ª semanas, mas a instalação de uma rotina, a partilha de espaço e de brinquedos, nem sempre é fácil! Uma coisa é um fim de semana de brincadeira, outra é a rotina do dia a dia. Vai estando atenta ás reacções dele.

Quanto a ti, Sofiaa, estás ainda a atravessar a fase má resultante do divórcio, e encontras-te a lutar em vária frentes, com o tempo tudo entrará nos eixos, dá-te tempo a ti também.
Bjs&Abr

Obrigada Nokas, tranquilizaste-me bastante.

Instintivamente eu sei que ele vai sempre gostar de mim, ele próprio diz "mãe, te adoro, a gente dá-se tão bem, nunca nos zangamos nem discutimos" (eu opto pela técnica de "firme mas suave", sem andar aos gritos com ele. Eu acho que o que estou a fazer ha-de dar frutos, nem que seja quando ele crescer. A minha mãe diz que ele está a engolir tudo e que um dia se vai virar ao pai (às vezes já se vira). Logo, tenho que estar tranquila. Semear o melhor, tens paciência, aguentar a dor do que vier e confiar. Também temos que nos desprender um pouco, afinal os filhos não são nossos, são do mundo, nós apenas os orientamos

(ai custa tanto pensar nisto).

Obrigada pela partilha.

Sofiaa, não sou de todo a pessoa certa, não é uma experiência que tenha vivido, mas já começo a ter um pouquinho disso, na casa do meu ex marido ( casa dos pais dele) existem vários animais de estimação, terreno e quintal e sempre a casa cheia de visitas e amigos com filhos também pequenos, doí muito ver os meus filhos a pedirem para ficar la quando os vou buscar, mas quando chego a casa, recebo aquele beijo interminável e ouvir o mais pequeno de três anos dizer - tenho saudades tuas.. esqueço tudo... Sem duvida que também me amedronta e acho que tenho medo de ser "rejeitada" por eles também, mas quando chega a hora H, quando lhes doí e estão doentes, quando se zangam e tem problemas na escola, quando tem pesadelos e sonhos malucos, é ao "ombro da mãe". E nisto que nos temos de agarrar, ao carinho e amor e a sensação de segurança que demos aos nossos filhos, eles extravasam com o pai, e tem experiências com outras pessoas ( amigos esternos ao casal, amigos coloridos... enfim...) e depois voltam para o lar deles, o sossego,o apoio incondicional da mãe.. Haverá dias, sem duvida que verá que preferiam ficar com o pai, mas nunca nenhuma criança é "comprada", ninguém substitui uma MÃE. Não sei que idade tem o seu rebento, mas já pensou que se calhar ao invés de "preferir" o pai e a nova família do pai, ele não vai se tentar "tornar" o Homem da casa? O meu diz - Eu ajudo a mãe na casa! Força Sofiaa... mas não imagine o pior cenário... Andamos todos tão fragilizados, que não conseguimos ver o belo por do sol... desculpe o desabafo assim, mas pelas suas palavras que li, tanto carinho, preocupação pelo seu "rebento" acho que a visualizo como uma SUPER MAE!!! :-)

Vês?

Sofiaa, todas estas dúvidas ocorrem nesta fase inicial, quando recuperares os teus níveis de confiança e auto-estima, encararás tudo de maneira diferente e muito, mas muito mais mais sauve!
Passa tudo ou quase tudo por aí, confiança em nós e nas nossas capacidades!

Olá Nokas.... é verdade, o medo de este tipo de rejeição, a juntar-se ao outros, é horroroso.

O meu piqueno tem 7 anos e ele próprio diz que é o homem da casa e defende a mãe com unhas e dentes.

Acho que vou arranjar cá para casa um saco de boxe para dar murros e pontapés cada ver que me vierem os sentimentos ruins lololol

Nokas e Nocas, obrigada e tudo de bom para vocês também.

Ola,
nao sei se poderei ajudar muito com a minha experiencia.
O facto é que nem eu nem a minha ex temos alguem a viver conosco, nem foram apresentados "namorados" ou "namoradas" embora hajam "acusaçoes" recíprocas disso, i.é, eu digo q a mãe tem namorado (acho q sim) e a mae diz que eu tenho namorada (gostaria de ter).
O gostaria de ter aqui é muito importante já que eu, e nao sei se faço bem ou mal, tenciono somente apresentar um dia uma namorada se o caso for mesmo sério. O de brincar aos namorados e/ou familias com os meus filhos e eventuais outras crianças nao me entra na cabeça.
Posto isso eu tenho guarda e resp parentais partilhada, semana sim, semana não, vivo na casa que era da familia e estive sempre, mas sempre presente desde os primeiros minutos da vida deles. Qd tem pesadelos vem ter á minha cama, quando estao doentes sou eu que trato deles (na minha semana).
Receios que mais tarde optem por ficar com a mãe? Claro que tenho. Acho natural que a partir de certa idade se cansem de andar todas as semanas a mudar de casa. Não tenho é tanta certeza (como a mãe aparentemente tem) de que optem por ficar com ela. De qq modo acho que ainda vai demorar alguns anos e eles sairao de qq modo mais tarde ou mais cedo de casa (espero) de qq um dos pais, e mesmo que optem por ficar com a mãe nao lhes posso levar a mal, nem aos filhos nem á mãe.
Também eu já ouvi os meus filhos dizerem "Quero ir p a mãe!" ou "És mau!" principalmente qd me zango com eles. Sei tb que ja o fizeram com a mãe. Acho isso tudo normal. Mas oiço mtas mais vezes "Adoro-te pai" e "Tive saudades tuas" (nao me via ha 2 dias) ou "Vou ter saudades tuas" e por tudo isso estou tranquilo.
Em relaçao a ele viver com outra, acho q tens de engolir em seco e ignorar, fazer o melhor para o teu filho e pensar somente em ti e no teu filho e das coisas boas que ainda virão.

Unfug escreveu:

O gostaria de ter aqui é muito importante já que eu, e nao sei se faço bem ou mal, tenciono somente apresentar um dia uma namorada se o caso for mesmo sério. O de brincar aos namorados e/ou familias com os meus filhos e eventuais outras crianças nao me entra na cabeça.

Eu acho que fazes muito bem, e também acho que todos nós, independentemente de sermos pais ou mães, deveriamos ter isto em mente.

Unfug escreveu:

Posto isso eu tenho guarda e resp parentais partilhada, semana sim, semana não, vivo na casa que era da familia e estive sempre, mas sempre presente desde os primeiros minutos da vida deles. Qd tem pesadelos vem ter á minha cama, quando estao doentes sou eu que trato deles (na minha semana).

Reli o meu texto... ... Não me exprimi de maneira correcta, não quis acusar nenhum pai, nem nenhuma relação Filho/pai / mãe. Apenas tentei demonstrar que no meu caso especifico, a "brincadeira" é com o pai, o mimo é com a a mãe, acho que tentei apenas "demonstrar" que ambos os pais tem as suas horas e momentos, que não acredito que uma criança prefira um ou outro.Mas no fundo que também tenho medo que prefiram a "brincadeira" com o pai Não foi sem duvida com intenção de... As minhas sinceras desculpas..

Nokas, desculpas para quê?
Eu sei que há todo um enorme espectro de relações pais/filhos, independentemente do sexo do progenitor. A quesão do mimo / brincadeira / disciplina depende de pessoa para pessoa e tb do tipo de pai/mãe que se é e, tambem, do tempo que se passa com o(s) filho(s). Por isso escrevi aqui ha muitos, muitos meses atrás que para mim nao daria ser pai de fim de semana pois a educaçao dos filhos não é só feita de brincadeiras que seria o caso, penso eu, se só estivesse com eles 2 fins de semana por mês.
Um bj e fica bem.

Sifia, eu não tenho a guarda total. Ela é partilhada. apenas ele está comigo e o pai vai busca-lo durante a semana mas volta para minha casa. Serve aos dois.

Nocas escreveu:

Unfug escreveu:

O gostaria de ter aqui é muito importante já que eu, e nao sei se faço bem ou mal, tenciono somente apresentar um dia uma namorada se o caso for mesmo sério. O de brincar aos namorados e/ou familias com os meus filhos e eventuais outras crianças nao me entra na cabeça.

Eu acho que fazes muito bem, e também acho que todos nós, independentemente de sermos pais ou mães, deveriamos ter isto em mente.

Os meus filhos não tiveram essa sorte, o que muito magoou a minha filha de 9 anos.
A minha ex saiu de casa e passado uma semana estava a viver com uma pessoa que tinha conhecido á menos de 2 semanas.

Não só o apresentou, começou com saídas em conjunto, idas á praia e está com ele na mesma casa quando está com a mãe, um dia (e noite) por semana.

Não é por acaso que a minha ex não faz muita força para que a filha esteja mais tempo ao pé dela... a casa só tem 1 quarto e nesses dias ele dorme numa cama improvisada no chão.

Impôs-o de imediato à minha filha, que obviamente está muito magoada com a mãe.

Rafael,

Já tinha lido a tua experiência, e já me tinha ocorrido comentar essa imaturidade por parte da tua ex, mas a única coisa que me ocorre dizer-te é que lamento pela tua filha e por ti que sofres por ela.
Mas também me ocorre dizer-te, que a tua filha, em contrapartida tem uma sorte bestial, pq tem um excelente Pai!

Felicidades

no meu caso tenho a guarda compartilhada, mas é o mesmo que nao tivesse , o pai mora fora do país e ja tem mulher e mais dois filhos. Escusado seja dizer que os meus filhos estao com o pai uma vez por ano( quando isso acontece). O meu filho tem 8 anos e praticamente nunca viveu com o pai,entao nao lhe custa tanto( ou nada ) tar longe do pai. A minha filha ja é grandinha (13 anos) e agora ja compreende a situaçao dos pais,mas no inicio ela sofreu um pouco , graças a Deus essa fase ja passou. Sei que o pai adora os mas como tá longe...olhos que nao vêm coraçao que nao sente... entao cada vez liga menos aos filhos.

Nocas escreveu:

Rafael,

Já tinha lido a tua experiência, e já me tinha ocorrido comentar essa imaturidade por parte da tua ex, mas a única coisa que me ocorre dizer-te é que lamento pela tua filha e por ti que sofres por ela.
Mas também me ocorre dizer-te, que a tua filha, em contrapartida tem uma sorte bestial, pq tem um excelente Pai!

Felicidades

Este é um pouco que eu acho muito importante não só para o equilibrio da minha filha, como pelo facto que lhe pode deixar "marcas" que levarão o seu tempo a ultrapassar.

Incrivelmente quando falo neste facto, muita gente acha pouco relevante... o que não compreendo, pois até pessoas com filhos não acham isso importante.

Espero que estes acontecimentos nunca batam á porta dos próprios filhos, pois adoro crianças e os filhos de todos eles em particular...

O facto de alguns "amigos" ajudarem a minha ex, na socialização dos meus filhos com o actual companheiro dela, levaram-me ao afastamento dos mesmos... francamente ao contrário de que eu pensava até então... não me fazem falta nenhuma...

Sei que tratam bem os meus filhos, mas estão a fazer-lhes mal...

O que a sociedade diz, nem sempre é o mais correcto.
A ausência de um pai ou mãe prejudica sim os nossos filhos.
Ontem, o meu filho disse que a mãe dele é a minha mãe, ou seja… a avó!
Bem, não fiquei feliz com isso.
Ele está a ficar revoltado e eu já mais posso fazer, que não seja o que já faço.
O elo de mãe/filho está a perder-se, mas eu sei que isso vai trazer magoa. Não quero os meus filhos com magoa da mãe.
Muitas pessoas confundem a realidade com a fantasia. Quando acordam é tarde!
Os nossos filhos têm uma percepção muito clara em relação á verdade.
Não devemos ter medo se o nosso ex refez a vida ou não. Os nossos filhos, vão sempre querer o pai e a mãe, mas vão estar mais cúmplices de quem lhes der mais amor.
E dar amor, não é necessariamente dar tudo o que querem!

Ouvi há uns dias uma especialista a dizer que há algum mito em se dizer que a criança tem que ter referência paterna e materna, o que me deixou confusa, pois até agora, do que aprendi e me faz sentido, sempre pensei assim.

Explicava ela que muitas vezes as referências paternas ou maternas dos filhos, apesar de serem as biológicas, não são necessariamente as melhores para os filhos, tudo depende da situação.

Então ela explicou que há referências paternas ou maternas, masculinas e femininas em todo o lado, as crianças podem adquiri-las em vários lugares, desde escola, conhecidos, ou outros membros da família.

E isso por acaso também me fez sentido e dei por mim a olhar para trás e tentar perceber de onde vierem os meus princípios e referências. E o curioso é que percebi o seguinte:

Tenho 2 referências de base maternas: uma a minha mãe, trabalhadora, relativamente instável emocionalmente, igualmente um coração mole e comportei-me com o meu EX como ela se comportou com o meu pai. Tenho outra referência, e acho que é mais importante, que é a minha avó, que é uma rocha, um exemplo de sobrevivência, seriedade, faz sempre o que deve ser feito, não se quixa e nunca desiste, tem princípios morais excelentes, é controlada e para mim é uma super-mulher. O que eu sou hoje tem muito a ver com a mistura destas 2 mulheres, e uma dela não é minha mãe.

De referências paternas, não há qualquer dúvida, não consigo qualquer tipo de identificação com o meu pai, é um estranho para mim e é difícil para mim reconhecer características que ele tenha. O meu avô sim, eu vejo como meu pai. É igualmente uma pessoa excepcional, mais dócil, muito paciente, também faz tudo sempre como deve ser e tem um senso moral e um coração mole excepcionais, um elo conciliador, inteligente e ponderado. Ele é o pai com que eu me identifico.

Por outrop lado ocorre-me a mãe de uma amiga minha, uma colecção enorme de professores e pessoas que me ajudaram e foram exemplos para mim, que de certa forma me ensinaram o que era ser mulher, mãe, profissional, que foram a minha inspiração, bem como aquilo que um homem deveria ser, o problema é que não contei que nem tudo é que parece.

Portanto, depois de pensar nisto tudo, fiquei um pouco mais calma, porque tive de facto um pai que nos limitou e complicou muito a infância, mas facto dos factos é que todos nós 3 são pessoas de bem, em pouco ou nada se parecem com o meu pai, e pensar nisso foi muito reconfortante e tranquilizante! Não "ter" pai ou mãe prejudica sempre, mas não é uma sentença....

concordo plenamente contigo sofia.