A cerca de um ano escrevi aqui um tópico e de lá para cá a minha vida continua na mesma ou pior...e já não sei mais o que fazer.
A cerca de 4 anos atrás, por força das circunstâncias vi-me obrigado a emigrar. Pouco tempo depois da minha saída dos pais, a minha esposa entrou de baixa médica com um esgotamento e assim esteve durante quase 2 anos.
Tal esgotamento, vinha no acumular de varias situações ocorridas antes de depois de casar...familiar,tentativa de suicídio (antes de me conhecer), namoro, adaptação à nova vida de casada, tudo isto depois de quase 8 anos de namoro e 15 de casados. Como nunca tive uma vida fácil e dentro das minhas possibilidades, sempre a ajudei (ou tentei) a outra-passar as diversas situações, motivo pelo que sou dos muitos que considera que os esgotamentos não "existem", são doenças de ricos...enfim luto com tudo que o posso para que eu próprio não me vá abaixo mentalmente e não aceite a doença.
A nossa vida em comum nunca foi fácil, a semelhança de muitas outras pessoas / famílias. Temos os problemas comuns do dia-a-dia de todas as famílias, excepto (e graças a Deus) um dos maiores problemas da actualidade, pois como sempre tenho lutado para termos e darmos aos nossos filhos o melhor possível, não sabemos nem nunca soubemos o que são problemas financeiros de maior...ainda assim durante 4 anos, ela gastou uns bons milhares de euros, em médicos, ginásio, terapias inovadoras, medicamentos e até em bruxas...
No último ano porém, tem sido o pior e a minha vida um inferno. Primeiro pediu-me o divórcio, pois segundo ela está cansada da situação, mas queria terminar como "amigos" (algo que quando existe uma discussão pelos bens materiais, considero impossível).
Como aceitei o seu pedido de divorcio e tendo em consideração que temos 2 filhos, "ofereci-lhe" a casa (100% paga a altura do divorcio) + carro semi-novo + 500€ mês de pensão para os filhos (enquanto me encontrar no estrangeiro e poder pagar) + 50% de todas as despesas extras, sendo que eu ficaria com cerca de 20.000€ (depois das dividas ao banco pagas) restante para iniciar uma nova vida.
Claro que lhe exigia condições de salvaguarda dos interesses dos meus filho, tipo se ela voltasse a casar, deixar a casa e em alternativa a alugar com a receita a reverter para as crianças ou vender e dividir-mos o valor consoante a lei...mas segundo ela era pouco o valor a receber e a casa não lhe interessava, mas apenas o valor da venda imediata da mesma.Tudo isto após a advogada dela lhe ter dito que não tinha direito a tanto, algo que ela não aceita sequer ouvir, pois quer mais...quer tudo ou quase tudo.
Posteriormente e segundo a pessoa que a aconselhava (bruxa), eu teria amantes em todos os lados ou seja mesmo que sai de casa por 5 minutos para tomar café, no café do nosso prédio, já (segundo ela) venho ter com uma das minhas 1001 amantes...e o inferno agravasse mais a partir dessa altura. De parte a parte começaram a tornar-se cada vez mais recorrentes, os insultos, acusações, difamação, isto tudo perante a presença dos filhos (ela escolhe as alturas em que eles estão presentes para iniciar mais uma discussão).
Tendo mesmo da minha parte, quase perdido a cabeça (eu sei que não devia me ter deixado ir abaixo) em publico e na presença dos filhos...acabei pela a ameaçar fisicamente. A partir dessa data e devido à vergonha que sinto por tal acto cometido, quase me perdi física, psicologista e emocionalmente, acabando por vezes por seguir por caminhos errados que nada faziam parte da minha vida, tais como o álcool...
Neste momento estou a Portugal à cerca de 6 meses e apesar de tudo continuo a suportar (como sempre) todos os pagamentos lá de casa. Suporto cerca de 95% e ela os restantes, para não dizer que desde sempre pago 100% das despesas...(mas quase), continuo a ajudar nas tarefas domesticas (algumas das quais até já são feitas pela minha filha que tem 15 anos)..À pouco tempo atrás até uma simples camisa que precisava de ser passada a ferro ela se recusa a passar.
Além disso e numa tentativa de salvar o casamento ainda fiz algumas aquisições para a família, tais como carro novo (escolhido pela minha filha e por ela), fins de semana juntos, cinema, etc...mas claro de nada vale.
Como já varias vezes lhe disse, ela já não tem a cabeça em casa à muito tempo, claro que não necessita de haver alguém fisicamente, mas basta ter alguém idealizado em pensamento (o príncipe encantado/ homem ideal), para que nunca seja feliz ou saiba fazer feliz quem está casado consigo.
Visto que nem sequer dormimos juntos à mais de um ano, não trocamos duas palavras decentes um com o outro. Tendo em consideração que ela já tem à algum tempo uma nova casa em vista e o ambiente insuportável em que vivemos, no mês passado e depois de mais uma acesa discussão por msg, pedi-lhe que de uma vez por todas saísse de casa. Sem mais conflitos e que deixasse para os advogados o entendimento financeiro.
Mas até ao momento continua sem saber o que quer...nem sai nem entra.
Agradeço a vossa ajuda, pois começo a ficar desesperado e não tenho ninguém sequer com quem falar...