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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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 Volência doméstica/psicologica

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AutorMensagem
LECUNGA
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LECUNGA

Feminino
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Volência doméstica/psicologica - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyQui Ago 07, 2008 2:03 am

sunny
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Flow3r
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Flow3r

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MensagemAssunto: ja fui alvo Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Out 05, 2008 3:21 pm

olá a todos!

encontrei o vosso site à pouco tempo, e muitos tópicos tem me ajudado a ver que não sou nem serei a única no mundo. Mas que este mundo não anda nada facil nao anda!

Sou uma pessoa educada numa familia tradicional portuguesa e sou licenciada, com uma classe de vida media nada facil ( com os tostoes contados) Isto para dizer que sei mininamente o que é correcto e o que nao é-

Estou a separar-me, à cerca de 2 meses não aguentei mais coloquei todas ou quase as minhas coisas no meu carro e sai de casa! Já antes tinha ameaçado, tinha saido de casa por horas para fugir e chorar, mas eu dia nao avisei saí!

Fui casada durante 3 anos e com um homem que pretencia as seguranças sociais deste país e como tal desde namoro pensei que seria uma pessoa correcta. Como me enganei, em certos aspectos!
Após, casamento e desde cedo foi revelando atitudes agressivas às quais eu no principio apenas me defendia. Posteriormente ele vinha na minha direcção e eu já estava tambem a reagir igual, por vezes nas discussões já o provocava para me bater agarrando mesmo nas maos deles antes deles, e depois batendo em mim , por sentir que a dor fisica era melhor que a psiclogoica e a minha auto estima, enfim....

Durante todo esse tempo, nao disse nada a ninguem, só após a minha saida de casa começei a contar aos poucos a minha mae ( claro que tenho o apoio de toda a familia que é m bom), alem que nao tinha marcas ( porque eles aprendem como bater sem deixar marcas, e no caso dele fica todo arranhado), há uma série de sentimentos que mexem aqui no nosso cerebro

1- a minha cabeça simplesmente tentava ao máximo eliminar o que tinha acontecido, tinha sido um pesadelo.

2- eu tinha casado e queria seguir com o meu objectivo

3 - tinha vergonha que alguem soubesse.
e aquilo que sempre tinha aconselhado aos outros e condenado, estava a acontecer-me a mim eu sabia que nao era certo. E que tinha de tomar uma atitude mas faltava-me a coragem.

4- enfrentar a sociedade

5- enfrentar a alguns da familia, dizerem que eu não tinha visto nada que ele era assim

6- nao quer magoar os meus pais

7- e depois como cheguei a bater-lhe igual, achava que estavamos quites

8- mas de facto, acontecia pelos motivos mais absurdos e sempre havia a " maria madalena" a seguir.

9- e como é que poderia continuar a ter sentimentos por ele, como ainda hoje?

Claro que junto a isto havia um excesso interesse por mulheres, em que a net tb ajuda muito a desenvolver.Mas esse era outro tema para outro post.

São situações muito complexas

Claro que ele nunca pensou que saisse mesmo de casa, mas só 2 meses depois e que decidiu vir ter cmg com o filme da maria madalena completa, e que tb nao esperou que negasse.

Nao é facil, e os sentimentos são contraditórios
Quando sai de casa senti aliviio e magoa , mt por tudo aquilo que queria que tivesse acontecido na minha vida e tinha acontecido coisas terríveis.

espero ter conseguido escrever algo que se entenda e que outras mulheres ou homens, nao esperem tanto tempo para ganhar coragem. Quando se bate 1, bate 2 e 3 e etc.... e o respeito perde-se a todos os niveis.

Não tenho filhos, graças a deus, além nunca tive aquele feeling de quer ser mae. E preocupava-me muito ser mae e o filho ver certas cenas ( porque ao espacamento ainda nao tinha chegado)




Obrigado
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Mendes
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Mendes

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Out 05, 2008 4:40 pm

Benvinda Flower, muita força e determinação neste passo que será, certamente, um dos mais importantes da tua vida.
Podes contar com o nosso apoio incondicional. Aqui ninguém julga ninguém, apenas nos apoiamos. I love you
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roger
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roger

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Out 05, 2008 4:52 pm

faço as minhas palavras as palavras da mendes
se bem vinda, estamos aqui para te apoiar
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Nikita
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Nikita

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Out 05, 2008 4:58 pm

Ipsis verbis!

Beijinhos Flow3r
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Postal
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Postal

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Out 05, 2008 6:30 pm

Bem vinda Flow3r sunny

Aqui encontrarás muito apoio, conta connosco!

Beijinho e muita força flower
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Lolablue
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Lolablue

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 06, 2008 1:47 am

Olá Flow:

Já tivemos oportunidade de "chatar" ontem um bocadito, mas reforço aqui as boas vindas.

Aqui, encontrarás sempre uma palavra amiga, de apoio e amizade.
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LECUNGA
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LECUNGA

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 06, 2008 3:34 am

flower flower
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alma
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alma

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 06, 2008 2:02 pm

Penso que é um assunto muito delicado e difícil de entender por quem está de fora. E como se percebe bem pelos testemnunhos dados o limiar entre a não violência e violência é ultrapassado num instante.

A maior parte das vezes acho que tem a ver com a dependêcia patente no vícunlo entre os parceiros, de opressão e prepotência por um lado e de baixa auto-estima e submissão por outro lado. Normalmente, na esmagadora maioria com o homem com o papel dominante.
Muitas vezes as pessoas não se apercebem que estão a viver esta situação havendo uma grande tendência a prepetuar o ciclo de agressões e perdão, permitindo ao agressor continuar com a sua conduta e normalmente aumentar a gravidade da situação.

Estes vínculos são habitualmente muito fortes existindo uma grande dependência entre os intervenientes e por isso tão dificeis de quebrar, levando o agredido a manter-se preso numa situação que apenas o mortifica e lhe retira dignidade. Esta dependência nada tem a ver com amor.

É muito importante que todas as pessoas que vivem uma situação destas em maior ou menor gravidade percebam que apenas pode piorar com o tempo. Espero que com o aumento de divulgação destes casos nos orgãos de comunicação social aumente também a capacidade das mulheres reagirem e lutarem contra este grande estigma.

Alma
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Flow3r
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Flow3r

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MensagemAssunto: é isso alma Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 06, 2008 3:29 pm

ola alma!

é isso, sábias palavras.

mas uma coisa que me revolta é que se eu fosse ao posto da psp ou da gnr sem marcas à séria, o que faziam eles, riam-se "entre dentes"! Talvez no hospital houve-se mais sensatez
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alma
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alma

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 06, 2008 3:48 pm

Ola Flow

Em relação à polícia depende um pouco dos agentes que tomarem conta da ocorrência, uns são mais sensíveis que outros, no entanto, acho que não há razões nenhumas para achar que se vão rir, pelo contrário, principalmente desde que a violência doméstica passou a ser crime público no nosso país em 2000.

Quer a polícia quer o hospital mantêm uma posição neutra apenas relatam os factos. Agora tu tens de facto muita razão quando dizes que eles sabem bater não deixando marcas e que eles ficam arranhados quando as mulheres se tentam defender. Mas isso também conta contra eles, porque mostra uma atitute calculista enquanto que a da mulher é espontânaea, apenas se quer defender.

Tenho noção, no entanto, que o processo judicial é sempre torturante, difícil e moroso. Mas atendendo à gravidade a que têm chegado hoje em dia alguns casos de violência doméstica é muito importante que sejam denunciados.

No teu caso parece que já tomaste a decisão mais importante, quebrar com o ciclo, é vital agora que te mantenhas firme na decisão e não te deixes de novo envolver nela. E mais tarde conseguires libertar-te do estigma de mulher violentada, porque tu não tens culpa das atitudes do teu ex-companheiro.

Alma
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Flow3r
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 06, 2008 4:48 pm

Obrigado Alma,

não sabes o quanto foi bom ouvires essas palavras.
embora ele esteja a dificultar o divorcio, eu tenho sido capaz de manter a minha palavra e nao recuar.
Mas, falas uma coisa mt importante o estigma de mulher violentada!
beijinho, obrigado pelo apoio
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Lolablue
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Lolablue

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MensagemAssunto: Violência doméstica... Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 13, 2008 9:38 am

Homens agredidos pelas mulheres têm vergonha social, in Jornal Noticias, hoje by Helena Norte

"São ainda poucos os homens que apresentam queixa por violência conjugal (cerca de 10% das denúncias). A vergonha social fala mais alto do que os abusos no momento de se assumirem como vítimas das mulheres.

Embora as razões económicas não sejam tão determinantes na manutenção de uma relação abusiva como acontece com as mulheres, a verdade é que os homens também sofrem a pressão dos mesmos factores e acabam por suportar o insuportável. Com uma agravante: socialmente é, para um homem, mais difícil assumir a vitimização, como explicou ao JN uma psicóloga da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a que recorre um número crescente de homens por crime de violência conjugal (cerca de 10% do total das vítimas).

Não há perfil único da vítima de violência conjugal - tal como não existe um retrato padronizado do agressor -, mas há algumas características que indiciam uma maior vulnerabilidade para aceitar maus-tratos, como baixa auto-estima, fraca confiança e elevada dificuldade em defender os próprios direitos.

O medo de perder os filhos - usados frequentemente na chantagem emocional que caracteriza as relações tóxicas -, a pressão familiar e social, a dependência emocional e financeira, bem como as crenças morais e religiosas sobre o casamento são alguns dos factores que favorecem a perpetuação das agressões.

A violência conjugal configura um ciclo de três fases: começa por um período de tensão (discussões), a que se segue o ataque violento (psicológico ou físico) e depois passa para a chamada "lua de mel", em que o agressor pede desculpa e promete nunca mais repetir os maus-tratos. Este ciclo tende a repetir-se, com a lua de mel a tornar-se cada vez curta e as agressões mais frequentes.

A violência doméstica é um dos crimes que, no ano passado, registou uma subida mais significativa: 6%, de acordo com o relatório de segurança internade 2007. No total, foram reportados à Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR) cerca de 22 mil ocorrências de violência doméstica.

As mulheres continuam a ser a esmagadora maioria das vítimas. Os homens representam cerca de 15% das pessoas maltratadas no seio familiar. Ou seja, este número inclui não apenas os que sofreram violência conjugal (perpetrada pela actual ou ex esposa, companheira ou namorada), mas todos aqueles que foram alvo de maus-tratos por familiares. Nesta categoria inclui-se um número crescente de idosos que denunciam situações de violência física e psicológica por parte dos cuidadores (filhos, netos ou outros parentes).

Estes dados correspondem à percentagem de casos denunciados à APAV: menos de 10% do total de vítimas de violência conjugal, de acordo com os dados dados de 2007."
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pcristina
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pcristina

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Out 13, 2008 10:29 am

E a violencia dos filhos para os pais.... um artigo na sabado desta semana....

incrivel.... parece que vivo noutro mundo... realmente nunca imaginaria situações como as que li....

vou ver se consigo colocar aqui a noticia....
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySex Dez 12, 2008 8:12 pm

olá
Assunto muito delicado,vivenciei 28 anos...quem está olhando por outro ângulo da fechadura,não sabe por que silenciamos nossas vozes quando queremos gritar!!!
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dulia
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Dez 14, 2008 12:38 pm

Eu acho que isso aconteçe qdo ela ou ele tem a autoestima muito debilitada... E ai tudo se torna difiçil e enorme.

Para se sair dessa situaçao e muito, mesmo muito difiçil. A pessoa sabe que esta errada mas continua. Eu tb nao entendo esse tipo de situaçao, talvez isso se deva a maneira como a pessao foi educada, o meio ambiente, a pessoa em si. Mas tenho amigas minhas que ja estiveram em situaçoes dessas e digo, so entende mesmo quem por la passa. O melhor e nunca entrar nisso. Fica-se çega, surda e muda.

E por muitos que os amigos queiram ajudar nao conseguem. Tem de se ter muita força de vontade e nao cruzar os braços!!!
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Dez 14, 2008 9:56 pm

Um pouco da minha história

Sou fruto do amor proibido entre um Português e uma turca ,em terras Brasileiras.

Nasci orfã de pai e rejeitada por mãe,juntas porém separadas pelos laços sentimentais,uma criança sem amor sofre demais vai se transformar num adulto carente,sem auto-estima,com uma sensação de abandono e rejeição que vai acompanha-la por toda sua vida.
Ficando aos cuidados da minha dinha, logo após meu nascimento,minha mãe não aceitava seu fruto ,compartilhávamos o mesmo teto.
Tratada como uma princesa por todos e rejeitada por ela,sentia falta de meu pai ,gostaria de saber mais sobre ele e fazia perguntas, mudavam de assunto e por vezes ela era até agressiva.
Era um misto de criança generosa,peralta,extrovertida...Na adolescência fiquei rebelde aos 15 anos,não me deixavam fazer amizades,sexo eu sabia de uma forma superficial , apareceu o príncipe(cafajeste) ele tinha 19 anos,cheio de experiências e filho de familia abastada,o pai oficial graduado na carreira militar,minha dinha era advogada ,situação financeiramente muito boa,casamento- relâmpago,com três meses de namoro,sem lua de mel, nunca viu-me nua inteiramente,eu morria de vergonha.Estudavamos no mesmo colégio,mas em turnos diferentes ele aprontava ,após dois meses separamos.
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptyDom Dez 14, 2008 11:49 pm

Nossas famílias eram unidas por interesses financeiros ,mantive um contato próximo com sua família,voltamos a namorar após 2 anos de separados tivemos uma relação sexual saudável , vimos que não existia futuro era só sexo ,separamos e continuamos casados a espera da lei de divórcio ,passei no vestibular ,mudei de cidade ,conheci um rapaz de 22 anos ,começamos namorar,fiquei gravida aos 18 anos e abandonada,eu ,dependia financeiramente da minha família,minha dinha deu todo apoio e carinho ,cada dia amava mais meu pequenino fruto,continuei os meus estudos na área da saúde,só tinha olhos para o meu bebê,apareceu um homem mais velho 13 anos,graduado em química industrial ficamos amigos,ele tinha rompido o noivado ,juntamos os trapos e mudamos de estado,com três meses de convivência iniciaram bebidas e os maus -tratos.
O fato de depender financeiramente dele,meu bebê também, ele o recebeu como filho,fui ficando esperando o amor acontecer. sunny
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 4:07 am

Contou-me um amigo,os momentos negativos que presenciou,a ser espancada por ele uma garota de programa .após um passeio turístico pela cidade,com música e cerveja,eu não levei a história a sério.
Ele fazia questão de ajudar-me cuidar do bebê ,ele transmitia um grande amor paternal...meu bebê registrado como seu filho légitimo,contratou uma babá,calma tranquila de boas referencias "Quem a boca do meu filho beija a minha adoça". Cega ,surda e muda engolindo os sapos.
Fiquei grávida pela 2° vez
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 6:32 am

Não percebi emoções do seu lado digerindo a notícia,poucas palavras como tínhamos um pouco dificuldades de conversar devido ao desconhecimento da língua,Não entendia o porquê daquilo.confesso que fiquei chocada ,aí que percebi que era só meu o sentimento de alegria ,ele não dixava demonstrar suas reações interiores.A vida corria normal ,foi quando uma daquelas festas da faculdade,mais precisamente em um churrasco entre amigos ,na praia de Pajuçara,tomando cerveja ,insinuou-se para uma amiga nossa,mas ela o repeliu,ele desesperado pela rejeição jogou um copo de cerveja na moça,nossos amigos colocaram panos quentes, fiquei assustada com tanta agressividade,bebedeira passou,ele não aceitou diálogo,engoli um sapo.
saiamos todo final de semana com casais amigos e coterrâneos dele,em um desses agressividade voltou-se contra minha pessoa,ele estava bêbado eu tomei a tarefa de conduzir o veículo.ele rasgou-me roupas ,quase pôs-me nua ao público presente na praia.Arrumei malas ele pediu por todos os santos que não o deixasse,arrependido do seu ato,fiquei ,após 3° mês tive um aborto espontâneo,24 hs após saída do hospital,ele comecou beber tivemos uma discursão pormotivos banais,de presente levei muitas porrdadas,debilitada e sozinha com um filho em terras estranhas,uma amiga enfermeira ajudou-me muito ,não contei-lhe o sucedido,silenciei-me,o mesmo pediu perdão pois não lembrava do ocorrido. cherry confused
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 8:02 am

Em criança sempre questionei o pqs do fatos em nossas vidas,sempre tive muita facilidade em acessar literaturas espiritualistas,cada dia sentia mais o amor de Deus em nossas vidas ,mágoas passaam rápidas ,sempre acreditei ser capaz de alcançar meus objetivos profissionais e pessoais,recebir a visita da minha segunda mãe minha dinha,hospedada vários dias em nossa casa para minha felicidade,não relatei nada sobre nossas vidas íntimas,mesmo pq ela ñ poderia fazer nada ,ela veio passear,não veio escutar lamentações,ela era muito inteligente e percebeu o egoismo dele com o carro ,ao regressar enviou-me de presente grana para comprar um carro zero.
Eu como sempre partilhei tudo entre nós,escolhemos o carro um fuscão verde que troquei-o, por um azul celeste,ele usava sempre quando o dele ficava na fábrica...Descobrir que estava gravida no meu íntimo sentia uma fruta abençoada e tinha certeza que era do sexo feminino,ele reagiu bem...mudamos para um sítio beira mar ,próximo à fabrica e a universidade,meus bebês ambos estavam protegidos pelas energias cósmicas,seria também,seria o último semestre do curso,formatura era prá logo,passei mais uma prova de fogo bebedeiras e agressões verbais e físicas que revidei com uma bela tijolada no seu tornozelo,uma reação em proteger nosso fruto no ventre,teria que ir para universidade ele tinha bebido e o carro ficou na valeta ,queria o meu falei os motivos que estava precisar,ele ficou com raiva jogou o litro de vodka no matagal e queria que eu fosse apanhá-lo,várias pessoas presentes em casa ,evitei prestar queixas afinal era um bêbado um louko,sair em busca do auxílio e conforto espiritual...foram cafés pequenos Basketball
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Lili
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 12:59 pm

Bem, já que não tive a coragem ou não quis reviver o que passei, mas uma vez que este tópico está de novo no topo, vou contar também a minha experiencia porque pode ajudar alguém.

Só para situar no tipo de pessoa que sou, para quem não me conhece, sou licenciada, considero-me uma pessoa culta e inteligente, bastante romantica e emocional, teimosa e orgulhosa, e acima de tudo muito sincera, mesmo muito.

Casei com 17 anos e estive casada 14 anos. Estou div há 2 anos.

Logo no dia do casamento comecei a ser vitima de violencia psicologica, e passado uma semana de violencia fisica também. A violencia psicologica ocorria sempre no sentido de me obrigar a fazer tudo como ele queria, se ele quisesse que as coisas fossem de uma forma e eu nao concordasse então vinha a chantagem emocional e a violencia psicologica. Ou fazes isto ou eu divorcio-me..., nunca mais te quero ver..., faço-te..., e no fim se ainda nao tivesse conseguido o objectivo, batia-me, fugia e depois regressava muito arrependido. Dava-me prendas, dizia que era um animal, que merecia que eu lhe fizesse o mesmo, que não ia acontecer mais, ..., blá, blá, que gostava muito de mim, mas que eu o enervava, que devia aceitar o que ele dizia e pronto, porque se eu obedecesse as coisas não chegavam a esse ponto, ...

Por aí fora, acontecia uma vez, outra, outra e outra.

Sempre sofri no silencio, nunca revelei nada a ninguem, nem uma palavra, tinha vergonha do que ele me fazia e achava sempre que eu era a culpada de tudo como ele me queria fazer sentir. Ele batia-me sempre em sitios do corpo nao visiveis, dava-me pontapés, murros, atirava-me com objectos como cadeiras, molhos enormes de chaves, tudo o que tivesse à mão. Rasguei fotos do casamento depois de ele fugir e me ter batido, quando eu ficava sozinha comigo mesma, com a vergonha que eu sentia do que me acontecera, com o que eu deixava que me aconetecesse, mas, com a minha educação rigida, o divorcio nao estava em questão, nem tão pouco me passava pela cabeça. No dia seguinte saía de cabeça erguida, mesmo dorida, de corpo e alma.
O pior é que me sentia obrigada, violentada, quando ainda por cima, me sentia forçada a ter intimidade com ele, sentia nojo de mim, lavava-me como se eu tivesse uma doença contagiosa, e chorava, as lágrimas misturavam-se com a água do chuveiro.

Os meus gestos de carinho eram ignorados e afastados por ele, pessoa bastante fria e nada dada a carinho. Era uma solidão acompanhada, a auto-estima, bem, essa, ia desaparecendo. Nessa altura eu era uma bela mulher, vejo-o agora, mas na altura nunca o vi, ele nunca me fez sentir especial, nada...

Após o nascimento do meu filho, unico filho, as coisas pioraram por demais. A minha familia inteira nao podia falar com o meu filho, nao podia pegar nele ao colo, se o tentassem eram imediatamente impedidos pelo pai, sempre de uma forma rude e grosseira. Sempre o desculpei perante os outros e sempre sofri por demais com isso cá dentro do meu peito. Ele não era sociável, não queria sair para lado nenhum, nem para passear o miudo. As agressões fisicas continuaram durante 5 anos, até que um dia cheguei a casa e disse: se me voltares a bater nunca mais me vês. Só me voltou a agredir no div.

Mas... a violencia psicologica nunca cessou, a chantagem emocional piorava de dia para dia. A unica maneira que ele conhece de ter alguem ao lado dele é exercendo poder sobre ela, à força. Quem nao concorda, pois, passa a violencia e chantagem emocional. Só ele está certo e todas as outras pessoas são burras. Comecei a tremer na presença dele, e por dentro despedaça-me o coração porque nunca sabia quem ele ia maltratar a seguir, que cenas iria fazer, que me iria dizer e fazer em casa. CASA, nunca disse LAR, mas CASA. Nunca tive um lar. Um lar é feito de amor e compreensão não de violencia...

Ás vezes a meio da noite levantava-me e pegava no carro e saía a conduzir em camisa de dormir pela cidade adormecida, não aguentava a dor que me oprimia, essa opressão que eu vivia no dia a dia, sempre com os nervos à flor da pele, sempre a viver no inferno.
Chorava constantemente aninhada no chão, enroscada em mim mesma.
Queria tanto um gesto de carinho, uma atenção e só recebi o contrário, ...

Afastei-me cada vez mais dele, refugiei-me no trabalho, cada vez mais trabalho e trabalho, viagens constantes e dedicação constante ao meu filho. Nada mais havia na minha vida. Estava bem quando ele estava longe e tremia na presença dele. Degradei-me psicologicamente, perdi a auto-estima...

Ele arranjou outras mulheres e deixou-me. Sofri, não sei bem porquê...

Posso dizer que foi o melhor que me aconteceu... Hoje sou uma pessoa muito mais tranquila, ainda com muita coisa para resolver, mas dou passinhos de bébé, tenho esperança que um dia vou voar...

Uma coisa tenho a certeza, nunca mais vou deixar que me tratem assim, nunca mais...

Ele não quis o meu amor, e tenho tanto para dar, pois alguem quererá e merecerá,...

Porque não o deixei? Por medo, vergonha, por acreditar que as pessoas mudam, por ser uma sonhadora, ....

Nunca contei a ninguém, só após o div e não com tantos pormenores, penso eu...
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Sun
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Sun

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 2:08 pm

Olá Lili,

Queria apenas deixar-te uma flower .
O passado é isso mesmo, passado, pena é que tenha deixado marcas profundas.
Espero que a vida te sorria, tanto no presente como no futuro.

Very Happy
jinho

Sun
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Volência doméstica/psicologica - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 2:14 pm

Lili e Iluminada, não sei que palavras de conforto e ânimo vos possa dar para de alguma forma minimizar a dor que devem sentir, mas digo-vos uma coisa vocês são MULHERES DE CORAGEM, é por isso que aqui estão e é por isso que a vossa vida vai mudar e trazer-vos apenas Felicidade e Amor.

São estes os meus votos do fundo do coração. Vocês são mulheres Lindas, com uma Força Interior que talvez estejam agora a descobrir, mas não deixem NUNCA que vos digam ou façam acreditar no contrário.

Um bem hajam por partilharem as V/ experiências e votos de um Futuro Feliz!
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iluminada
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iluminada

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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 EmptySeg Dez 15, 2008 3:21 pm

Obrigada amigas ,irei contando aos pedaços, minha vida de retalhos,é,para nós seres humanos é impossível fazer o tempo voltar,quer queiramos ou não.O dia de ontem não volta... através da memória, revivendo e revivendo um aprendizado passado ,
porque isto é o que é, um aprendizado . De fazer isto positivo,enxergando que foi necessário na escola de evolução"Deus nos dá o frio conforme o'cobertor"
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MensagemAssunto: Re: Volência doméstica/psicologica Volência doméstica/psicologica - Página 2 Empty

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