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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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 Relações pós-divórcio: um tormento?

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Mar
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Mar

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Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyQua Jul 23, 2008 7:55 pm

"O nosso caminho é feito
Pelos nossos próprios passos...
Mas a beleza da caminhada...
Depende dos que vão connosco!"



Mar
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SA
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyQui Jul 24, 2008 2:46 am

3H da matina Mar????? Isso é que é pedal.
Beijinhos
SA
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joao
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joao

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyQui Jul 24, 2008 1:12 pm

Nós não somos completos por natureza, Mar? É a teoria das metades que têm de se buscar para se completar? Sabe que isso não passa de um mito romântico. Nós somos seres solitários, por natureza, por existência, por individualidade. E ninguém nos completa... É uma ilusão criada numa fase de paixão, em que o físico e a imaginação se entrelaçam de tal modo que acreditamos que o outro faz parte de nós. Mas não faz: é o outro e, mais ou menos rapidamente, percebemos que tem outras necessidades, comportamentos que nos chocam, atitudes que nos magoam e que os desencontros fazem parte da vida do dia a dia. Podemos conviver com isso muitos anos. E sobra amor, carinho, mãos dadas, compreensão do que gostamos menos, uma permanente negociação dos termos da relação, com enorme capacidade para cedências, ajustamentos, compromissos ... até ao dia que rompe! Porque rompe? É talvez aquela gota de água do samba.

PS: Aprendi com a vida que a beleza da caminhada depende de nós próprios. Completamente.
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Mar
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Mar

Feminino
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyQui Jul 24, 2008 1:36 pm

joão

Refiro-me a não sermos completos porque estamos em constante evolução enquanto pessoas...Eu escrevi que ninguém nos vai completar, mas poderá nos acompanhar...
Como diz a Sandrina, é uma questão de opções... cada um tem que fazer a sua e procurar a melhor forma de ser feliz.

Beijinho

Mar
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joao
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joao

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyQui Jul 24, 2008 1:42 pm

Está bem, Mar. No fundo é disso que se trata: encontrar a melhor forma de viver bem. Smile
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André G



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Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySáb Jul 26, 2008 4:42 pm

Olá a todos
Encontrei este forum por mero acaso, como sou tambem sou divorciado , vou deixar o meu contributo. Em relação a este tema e na minha opinião pessoal , muito dificilmente a primeira relação depois de um divorcio resultará em pleno.
Por mais que as pessoas se esforçem iram sempre haver obstaculos ligados ao passado que impedem estabilidade, não tem a ver com feridas mal saradas mas sim com a natureza humana.

André
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Ana O
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Ana O

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySáb Jul 26, 2008 4:44 pm

Bem vindo andré estamos cá para apoiar no que vou preciso
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André G



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Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySáb Jul 26, 2008 4:55 pm

Obrigado Ana.
Eu superei muito bem o meu divorcio, foi mesmo apenas contributo. Wink
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Ana O
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Ana O

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySáb Jul 26, 2008 4:57 pm

ainda bem... cheers
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LECUNGA
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LECUNGA

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyTer Jul 29, 2008 3:39 am

sunny
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyQui Jul 31, 2008 3:38 pm

Eu tive uma relaçao depois do meu divórcio e estive sempre com medo e desconfianças.
Tentava sempre comparar e talvez um erro que cometiamos, visto que ele tambem tinha uma ex mulher, era comparar a nossa relaçao com o meu casamento e com o dele, pensavamos que era bom mas afinal penso que ainda estavamos presos ao passado e nao estavamos preparados para uma relaçao séria!
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LECUNGA
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LECUNGA

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 01, 2008 1:51 am

flower flower
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Ana O
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Ana O

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 15, 2008 11:38 am

Alguem me pode ensinar a voltar a confiar em alguem?? Não que queira outra relação, não quero, não vou conseguir voltar a acreditar, mas confiar... até em quem se aproxima como amigo... não quero ser assim...
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SA
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 15, 2008 1:21 pm

Oh Ana, tu já confias e hás de confiar sempre embora com mais cautela. Confiar faz parte da nossa humanidade.
Queres a 1º prova do que estou a dizer? ao desabafares aqui, estás a confiar em quem te ouça, portanto, já estás a confiar em alguém.
As feridas hão de sarar, e tudo há de surgir naturalmente.
Beijinhos flower
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MJoao
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MJoao

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 15, 2008 4:42 pm

Pois é Gonçalves, não é fácil, não esqueci ainda o passado, estou cheia de reservas. Parece que já NÃO ACREDITO em palavras. Palavras leva-as o vento... Acho que nem em actos, NADA é para sempre. E tenho variações de humor e convicções, se uns dias acho que vou conseguir no outro já acho que não Crying or Very sad . é muito bom passar por umas emoções fortes, mas, tantos mas...Não estou a conseguir acreditar que algum dia vou conseguir refazer a minha vida plenamente, ainda não sei o que quero e se num dia me parece que até estou apaixonada, no outro já acho que não e que acabava logo ali na maior, sem sofrimento. O verdadeiro sofrimento foi o fim do meu casamento, como esse nunca mais. No

MJ
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Rosa
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Rosa

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MensagemAssunto: Será que estou errada? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 22, 2008 5:42 am

Algumas pessoas perguntam-me quando penso acabar com a “sabática” a que me impus desde à cerca de 2 anos. Outras acham que sou demasiado exigente, que tenho de alargar as perspectivas, que “lhes tenho de dizer onde fica o meu caixote do lixo” lol! .



Pois é, talvez tenham razão mas a verdade é que, para além do medo óbvio de voltar a gostar de alguém e de sair novamente magoada No , existe outro motivo bem mais importante que me faz manter o celibato por tempo indeterminado. E esse motivo são os meus filhos.



É que quem se proponha a ter algo comigo, tem de ter consciência de que leva um pack de 3 pelo preço de um. Ou então, dispõe-se a um fim de semana de 15 em 15 dias e a eventuais jantares semanais à 4ª feira.



Convenhamos que, no mínimo, isso assusta qualquer homem, não? affraid



Lamento mas não estou disposta a abrir mão do meu tempo com os miúdos, nem é justo nem para mim nem para eles que tal suceda. Não foram eles que pediram para ser filhos de pais separados, não terão de ser eles a sofrer algum “abandono” tanto o pai como da mãe pela existência de novas pessoas.

Com isto não pretendo dizer que qualquer nova relação será sempre secundária, muito pelo contrário. Acho que, quando e se acontecer, vai ser bom para todos: para mim, porque vou finalmente seguir em frente e superar medos e para eles porque vão sentir-se felizes por me verem feliz.



O melhor caminho para o meu coração é gostar e aceitar as minhas pestes. Depois disso, só fica a faltar o “click” da minha parte…(mas parece-me que o meu interruptor anda algo estragado!) queen
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monalisa
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monalisa

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 22, 2008 6:26 am

Eu concordo contigo Rosa,
Para alguem me conquistar tem tambem de conquistar a minha princesa.
Desde que soube que estava grávida que tive plena consciência que já não estava sozinha, e que nunca mais voltaria a estar.
É lógico que tenho de ter um tempo para mim e que ter um companheiro um amigo com quem partilhar a nossa vida é muito bom.
Mas nunca esqueço a minha prioridade a Beatriz.
Beijinhos
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Olga



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Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 22, 2008 7:44 am

Olá Rosa,

antes demais respeito a sua opinião ( não vá existir mal-entendidos) contudo acho que não devemos ser tão racionais... é obvio que os filhos são sempre a prioridade Nº1 porém julgo que não nos devemos "apagar"... creio ser conciliavel estes dois aspectos.

Creio não existir um timming para o periodo sabático... depende sempre de pessoa para pessoa mas, ao sairmos desse periodo sabático também a nossa auto-estima "sobe" pois "abrimo-nos" para o mundo e para o que possamos encontrar lá fora. Por vezes é necessário da nossa parte um grande esforço... sair dessa "concha de conforto"...

Idea
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 22, 2008 8:18 am

Olá Rosa

Eu tenho dois filhotes e as minhas "portas" continuam abertas para amar.
A minha prioridade, e a de todos, acho eu é sempre os filhos, mas como diz a minha filha mais velha de 13 anos: «Se tu és feliz, nós estamos felizes».
Por isso recuso-me ao periodo sabático, como tu dizes Wink , também não ando à procura, mas vou tomar café sozinha ou com os meus filhos e quando posso saio com as minhas amigas Very Happy

Beijinhos
RD
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Estrela
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 22, 2008 1:48 pm

Olá Rosa

Concordo a 100% com o que dizes.
Também me dizem que eu tenho que sair da concha, na qual me fechei.
Mas tal como tu, as minhas filhas, precisam de mim a 1000%, ainda são tão pequenas.
E como não tenho ninguém perto, com quem as possa deixar de vez em quando, para sair, limito as minhas saídas para os fins de semana em que elas não estão comigo!
Claro que, como diz a RD, as "portas" continuam abertas para amar.
Mas, como é que se pode encontrar alguém, se só de 15 em 15 dias é que estamos livres?
Imaginem a rotina: acordar, preparar as meninas, levar ás escolas, ir para o local de trabalho, almoçar, voltar para o local de trabalho, ir buscar as crianças, dar banhos, fazer jantar, brincar com as crianças, deitar.
Agora digam-me como é que conhecemos pessoas novas, pelas quais nos podemos interessar e ele interessar-se por nós, se nós temos tão pouco tempo livre?
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Rosa
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySex Ago 22, 2008 2:01 pm

exactamente Estrela!
Os meus já tomam banho e isso sózinhos mas tenho as actividades extra (piscina, futebol, catequese, etc) e a saga dos trabalhos de casa.
Além disso, acho que iriam aceitar mal um namorado da mãe.
Há um colega meu de quem gosto muito (embora não nesse sentido) e de quem falo imenso. Noutro dia mostrei-lhes uma foto de nós os dois e a exclamação da mais nova foi: "o tio ... devia era bater com a cabeça numa parede!"

Também limito as saídas aos fds em que estou sem eles e como guardo esses dias para fazer compras grandes e outras coisas que com eles atrás não dá para fazer, às vezes estou cansada demais para saír.

Além do mais, como diz a Ana no blog, "onde andam os homens interessantes?"

confused
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Nikita
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Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 Vide
MensagemAssunto: Coser as peças e recomeçar ainda antes dos trinta Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptyDom Ago 24, 2008 8:34 am

Jovens divorciados viveram casamentos de escassa duração. Uns assumem desconhecimento do parceiro, outros desilusão e até alguma violência emocional

Maria sentiu na pele que nem tudo é o que parece. Passava as férias de Verão com Tiago, numa aldeia do Norte de Portugal. As famílias conheciam-se e com um reencontro estival começou uma relação mais sólida, mas à distância. Ela no Porto e ele em Lisboa.
Quando ele conseguiu ir estudar um ano para o Porto, oficializaram a relação. Ela engravidou, "para que a família não pudesse negar a partida", e rumaram a Lisboa, onde supostamente "teriam muito mais hipóteses de trabalho", conta entre suspiros. Ambos conseguiram trabalho, ela como educadora de infância e ele numa empresa de transportes.
Quando revê a sua história tudo lhe parecem sinais. E agora entende como encerrou parte da sua vida e começou outra a partir de uma cama de hospital. Um dia ao sair do trabalho, foi abordada por um grupo de "bacanos" a quem via o seu ex-marido cumprimentar efusivamente. Apenas lhe disseram: "diz ao teu marido que a seguir é a miúda". De pouco mais se recorda.
Acordou no hospital com várias lesões. Tinha sido brutalmente espancada. Seguiram-se semanas de internamento, dores no corpo e na alma e as tentativas de explicar o sucedido. "Tinha 24 anos, era casada e tinha uma filha em comum com um traficante de droga. A minha vida e a dela estavam em perigo", relata.
A família de Maria, incrédula, resgata filha e neta e leva-as de volta ao Porto. Desse dia fatídico sobrou uma vasta herança: Maria deixou de comer; de se sentir segura; de acreditar na vida e nas pessoas. "O que eu queria era morrer, era ingénua ao ponto de me ter deixado enganar assim", confessa.
A somar à sua história, a família não quis dar explicações a ninguém ou contar a verdade sobre o que tinha sucedido. "Notava-se que havia um certo desconforto, as pessoas chegaram a levantar suspeitas sobre se eu tinha outra pessoa. Afinal de contas, quem abandonou a casa fui eu. Estava casada com uma besta e ainda tive de ouvir coisas inacreditáveis. Portugal é um país de bons costumes", remata.
O processo de divórcio foi fácil: "Eu não queria nada, o meu único desejo era não o voltar a ver. Mas, por outro lado, a minha filha tinha direito de ver o pai, por pior que ele fosse", relata.
O seu ex-marido, ainda que pudesse, nunca teve grande interesse em ver a filha. Aparece às vezes, com o espaço de meses. Quanto a Maria, a vida segue com a sua filha e família, namorados não tem. Ainda que admita que talvez seja tempo, agora que a filha lhe perguntou: "Óh mãe, quando é que arranjas um namorado?". Maria mostra um sorriso inocente ao ver os pedidos da filha. "A vida não pára, nem espera" , conclui.
Filipe esteve casado 11 meses. Não foi um casamento relâmpago, não foi um impulso, já viviam juntos. A sua ex-mulher era o "amor de liceu". Antes da "burocratização do amor", como intitula o casamento, o jovem economista tinha namorado com ela durante oito anos.
O divórcio tardou a concretizar-se uns penosos meses, desde Janeiro a Abril do ano passado. O acto foi simples: "Marcámos uma audiência, o homem leu o documento e assinámos. Mas ao contrário do casamento, desta vez não estava lá ninguém", relata . O difícil foi "em termos emocionais materializar a decisão", exprime.
E ainda que não creia na instituição, diz que "o casamento é um progresso e o divórcio anti-natura na evolução da vida em rebanho", conclui.
No campo económico "não houve luta, nem problemas com a divisão das coisas, sempre fomos muito organizados. Ela estava em pior situação profissional do que eu, mas sempre fomos amigos e tem sempre a porta aberta se precisar de alguma coisa", reflecte.
Filipe tem actualmente uma nova relação e confessa que a nível familiar houve um cuidado de explicar, sobretudo aos seus sobrinhos pequenos, que "a tia não ia voltar e que agora o tio tinha uma nova namorada, para evitar situações constrangedoras", conta. Apesar da nova relação, o casamento não faz parte dos seus planos, ainda que lhe façam piadas, dizendo que "ainda posso casar pela igreja".
No último ano e meio, a vida de Miguel deu uma grande volta. Era solteiro, estudava em Barcelona, no âmbito do programa Erasmus. Dezoito meses depois, está licenciado, divorciado, mas é pai. Tudo com apenas 26 anos.
Lembra-se bem do dia que marcou o ponto de viragem na sua vida: "Conheci a minha ex-mulher numa festa para alunos do Erasmus e apaixonei-me logo por ela. Tinha ar de nórdica e diferenciava-se bem de todos os outros, na sua maioria estudantes da Europa do Sul. Meteu-se comigo e chamava-me macho latino. Passado uma semana estávamos a viver juntos", recorda entre sorrisos amargos.
Dois meses depois, a então namorada, uma polaca, ficou grávida. Decidiram avançar com a gravidez e também com o casamento. "Um pouco por pressão da família dela, que achou que era uma vergonha se assim não fosse. Mas como planeávamos ficar juntos de qualquer maneira", cederam à pressão.
Casaram na Polónia, numa cerimónia civil preparada rapidamente para evitar que a noiva já tivesse uma barriga muito saliente. Acabado o período do Erasmus, em vez de regressar a casa, Miguel partiu rumo à Polónia. A falta de dinheiro dita que vão os dois viver para casa dos sogros. A adaptação foi difícil, "um tempo horrível, uma gastronomia péssima, cheia de vinagre, e sempre a sorrir para agradar aos meus sogros, aos amigos e irmãos dela", relata.
Quando o filho nasceu, "o comportamento dela mudou radicalmente: estava sempre irritada por tudo e por nada, dizia que eu lhe tinha estragado a juventude e que nunca poderia vingar na sua carreira. Eu apenas arranjei emprego numa fábrica, não sabia falar polaco e queria ganhar dinheiro para sair de casa dos pais dela e também para o bebé", relata.
O casamento durou nove meses. Regressar a Portugal foi um choque: "A minha família ficou toda contra mim", admite. Em termos materiais, não havia nada para dividir, apenas o filho continua a ser factor de discussão. O tribunal polaco decretou que "ficaria com a mãe e que eu o poderia ver, mas como vou para a Polónia de 15 em 15 dias?A lei é cega". A interrogação permanece sem resposta. As saudades apertam muito e tem conseguido, com a ajuda da família, ir lá a cada dois meses.
Aqui a vida prossegue, mas nada é o mesmo: "Quando eu me interesso por uma rapariga e ela sabe que sou divorciado e com um filho, afasta-se. Ninguém quer ser a mãe do filho de outra. Às vezes até pensam que estou a gozar", relata.
Apresentar outra pessoa à família também seria impensável. Além do mais, sempre que "saio à noite tenho de ouvir as bocas: 'vê lá o quê que fazes'. Devem pensar que vou engravidar outra pessoa" , ironiza. Arrependimento diz que não tem, mas "gostava que as coisas tivessem resultado entre os dois, era o melhor para o nosso filho", conclui.
Divorciada é o que diz o bilhete de identidade de Isabel. "Nunca mais nada volta a ser o que era", conclui, despida de sentimentalismos.
Isabel conheceu o seu marido pela internet. A longa distância que separava o Porto de uma pequena cidade transmontana arrastou-os para repetidas viagens com a ânsia de matar uma paixão impetuosa.
Passados seis meses, ela muda-se para casa dele e é então que decidem ter uma criança e casar. O casamento durou seis meses, terminou quando a bebé tinha apenas dois.
O processo de divórcio durou um ano, porque não chegavam "a acordo sobre as visitas e também havia uma esperança de que talvez ainda se voltassem a juntar", confessa. O facto da bebé ser ainda muito pequena também "não permitia um afastamento por muito tempo, porque ainda estava a amamentá-la, mas o pai tinha medo de perder o contacto com ela", explica.
Uma audiência foi suficiente para que solucionassem as divergências: "Houve uma pressão enorme, quem estiver reticente quase que casa de novo. Não nos falávamos quando lá chegámos e saímos do tribunal amigos. Assim que entrámos, disseram-nos: 'ou se entendem ou vão estar aqui anos' e isso assusta", confessa.
A primeira vez que se lembra de sentir uma reacção foi quando renovou o bilhete de identidade: "A senhora, ao ouvir o meu estado civil, fez um sorriso condescendente", conta. Mas nem só de compreensão foi feito este processo. "Houve algumas pessoas que se afastaram, afinal de contas ninguém se divorcia, logo, tinha de haver algo de errado comigo", ironiza.
A família nuclear foi o seu apoio, mas a sua vida profisional teve uma reviravolta, "porque tive de interromper uma formação que estava a fazer e recomeçá-la do zero no Porto, sem equivalências", relembra. Outra das coisas mais dolorosas é o facto de toda a gente querer falar sobre o assunto e "nós não queremos falar. A família também sofre muito connosco", reflecte.
Isabel admite ter um certo cinismo perante as relações, mas não descarta um novo casamento. Desta feita "com todas as etapas, conhecendo bem, e um namoro de ir à noite ao cinema", graceja.
O divórcio é uma violência emocional. Com esta sentença todos parecem concordar. Outro dos denominadores comuns é o facto de todos se sentirem ainda muito jovens para puderem recomeçar.
Afinal de contas, "a maioria dos meus amigos são solteiros", afirma Miguel. Maria concorda: "Há muito gente divorciada". Só na Europa são 340 mil cada ano.

Catarina Ferreira in "Jornal de Notícias"
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LECUNGA
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySeg Ago 25, 2008 1:42 am

study study
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LECUNGA
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LECUNGA

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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySeg Ago 25, 2008 2:56 am

Embarassed Embarassed










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MensagemAssunto: Para as mulheres casadas e com filhos... (*) Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 EmptySeg Ago 25, 2008 9:00 am

Ola Amigos;

Gostaria de saber como se conquista uma mulher que ja foi traída pelo marido ? Sei que nao é nada facil e que requer da minha parte muita paciencia, carinho e atenção...
Mas tudo isso nao se avizinha nada facil pois parece que ela ergueu uma barreira junto dela que nao permite ninguem se aproximar, e se por lado eu a entendo por outro penso que se ela nao abrir o coração nao vai nunca conseguir ser feliz....
Nao haverá respostas nem formulas magicas, mas apesar de tudo eu continuo a acreditar no amor e que o tempo cura tudo, ja ela parece que não....
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MensagemAssunto: Re: Relações pós-divórcio: um tormento? Relações pós-divórcio: um tormento? - Página 2 Empty

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Relações pós-divórcio: um tormento?
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