Testemunho de um recém separado

Boa tarde,

Sou novo por cá, aqui fica o meu desabafo e a minha história.

Tenho 32 anos, estive casado 3, e tudo parecia um conto de fadas até ao dia em que tudo desmoronou.

Quando conheci a minha ex-mulher achei que tinha encontrado a minha "alma gêmea", durante o tempo que namoramos continuei convencido disso mesmo, casamos e assim continuou. Por tudo o que ela me disse quando nos separamos o casamento foi vivido da mesma forma por ela, com alguns dias menos cor de rosa para ambos, mas, um casamento maravilhoso a todos os níveis.

Quando falamos sobre filhos resolvemos fazer exames antes sequer de começar, com ela tudo bem, comigo tudo mal! Esta impossibilidade física resultou no fim do casamento, eu não lhe posso dar um filho e, neste momento, não quero pensar em adoção, mas, por mim continuava casado, porque a amo, porque casei com ela sem qualquer reserva e porque para mim o mais importante continuava lá, o amor que nos fez namorar e casar, para ela não. Sem um filho não há casamento e aqui estou, separado, a caminho do divórcio.

Perdoem-me a brutalidade da escrita, foi tudo escrito de forma corrida e sem pausas. Poupei nos pormenores mas está aí tudo.

Agora, cada um segue o seu caminho sabendo que o outro o ama mas, que tem formas de encarar o futuro muito diferentes. Objetivos de vida diferentes destruíram um casamento fantástico.

Cruel, mas verdade.

Cumprimentos,

Braga.

Braga escreveu:

Perdoem-me a brutalidade da escrita, foi tudo escrito de forma corrida e sem pausas.

Eu vou fazer o mesmo....
Se havia, e há tanto amor, para onde foi ele?
Que estão a fazer com ele?
Não se precipitem e pensem.....
Ou então era um amor muito ténue.....
Sorry!

Bem vindo, Braga.

Amor perfeito. Amor à prova de tudo. Amor para sempre, aconteça o que acontecer. É esse o conceito de amor que, geralmente, temos, quando ainda temos em nós o conceito ideal de amor romântico. Por vezes encontra-mo-lo, realiza-mo-lo, como parece ter sido o caso, mas a vida é feita de ciclos e qualquer sentimento humano, justamente por ser humano, é limitado.

A necessidade de se compreender e de se racionalizar o que, à partida, não deve reger-se pela razão é uma artimanha da mente para se aceitar, à bruta, uma separação. Porém a verdade é que, a existir uma razão para que duas pessoas que se amaram e foram felizes juntas se separem, ela só se nos revelará mais tarde, a uns bons anos de distância.

A meu ver, o amor é incompleto por natureza e não é a falta de filhos que o torna assim. Se houver vontade, diálogo e compreensão, tudo se ultrapassa.

Há que lutar pelo que nos torna felizes e, caso não resulte, há que saber deixar partir, que é bem diferente de "assumir a culpa".

Link: Saber deixar partir...

Olá Braga, acho que ela apenas quis casar para atingir um objetivo: ser mãe
Isto não significa que não gostava de ti, mas não era amor. Não podia ser!
Se fosse amor, seria incondicional. Para o melhor e para o pior. Até porque existiam outras soluções para continuarem juntos e ela podia na mesma concretizar o sonho de ser mãe. Para tudo na vida existe um jeito, menos para a morte!