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divórcio, separação, filhos, apoio emocional
 
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 Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo.

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AutorMensagem
MarioG
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Masculino
Número de Mensagens : 17
Data de inscrição : 29/05/2015

Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyDom maio 31, 2015 8:46 pm

Olá amigos!  Crying or Very sad

Haveria certamente várias formas de expôr a situação. De facto estive já várias vezes para me estrear no fórum e, se o tivesse feito, em cada uma dessas vezes tería exposto a situação de forma diferente, mas para tentar simplificar vou começar por explicar qual a minha opinião sobre o que se está a passar e, depois sim, abordar pouco a pouco os conteúdos. Isto caso alguém esteja disposto a ler-me, claro.

Então, o que se passa, em principio será isto:

Estou emocionalmente muito fragilizado. Muito sensível. Sinto-me sem capacidade emocional para lidar com todo o tipo de situações que coloquem em causa a relação com a minha companheira, porque sinto que uma eventual ruptura colocar-me-ia numa posição bastante perigosa. Ou seja, mais concretamente, não estou psicológicamente preparado para tal e não consigo prever nada mais que não sejam cenários catastróficos.

Esta situação de vulnerabilidade em que me encontro tem-me levado a uma posição de "subjugado" perante a minha companheira que, por seu lado, demonstra-se emocionalmente no lado totalmente oposto. Perante qualquer situação de conflito ou discussão entre nós que nos possa eventualmente aproximar da separação, eu não consigo dormir enquanto a paz não voltar, enquanto que ela fecha os olhos e 2 minutos depois já dorme profundamente. Isto apenas para dar um exemplo.

Desta forma estou totalmente nas mãos dela a nível emocional. Já desejei terminar a relação (por motivos que mais à frente poderei esclarecer), mas mesmo que eu esteja 100% certo de que essa é a decisão certa, não o consigo fazer. Se bem que, verdade seja dita, também não estou 100% certo de que essa seja a decisão acertada, nem perto disso.

Estamos a falar de uma relação (sem casamento) que já vai bem mais longa que uma década e com uma criança de 4 anos. Tudo o que fiz, pelo menos nos últimos 7 anos, foi para construir esta familia. Mudei hábitos, rotinas, hobbies, até crenças. Fui do 8 ao 80 em termos profissionais, quando a certa altura me foi dito muito directamente que ou eu evoluía profissionalmente ou acabava-se a relação. Ao longo destes anos sempre me foi pedido para mudar, para melhorar, e eu sempre mudei, sempre melhorei, mas há sempre mais a mudar ou a melhorar, é interminável, chegando-se ao ponto de se valorizar perfeitas insignificâncias.

Neste momento tenho/temos uma vida perfeita (não gosto de ser demasiado exigente) e tudo me/nos corre de tal forma bem que até custa a acreditar. Admito que sou um sortudo. Mas tudo o que me corre bem é canalizado para a família, para criar e educar a criança da melhor forma e, mais que tudo, para sentir que consigo fazer uma mulher feliz, pois, como homem, sempre me idealizei assim. E custa-me muito ver que, mesmo dando-lhe tudo, não consigo. Sinto que ela só dá valor à sua imagem e que, por isso, é infeliz (pois não é feliz com o corpo que tem...). O facto de o seu homem, pai da sua filha, gostar dela tal como ela é, não parece ser muito relevante.

Posso estar enganado ou até a ser injusto, mas sinto-me desrespeitado, violentado, injustiçado e por aí fora. Apesar do anonimato, tenho vergonha de escrever aqui relatos de episódios que retratem o nível de violência psicológica a que sou constantemente submetido. Talvez outro dia tenha vontade de partilhar algo, mas não desta vez.

E o que dói é não ter força emocional para tomar uma posição e tentar inverter um bocado os papéis. Se eu tivesse essa força psicológica e conseguisse ter coragem para terminar a relação (ou entrar em fase de ultimato), provavelmente sería ela a cair no desgosto e a finalmente mostrar alguma sensibilidade. Ou não, infelizmente não sei nem estou preparado para o saber. Eu acho que ela apesar de tudo dá mais valor à relação que aquele que demonstra, mas não consigo ter a certeza.

O que é que me aconselham? Eu estou a pensar recorrer a um psicólogo. Será que há boas hipóteses de conseguir retirar uma ajuda de valor da parte de um profissional, num caso desta envergadura e complexidade?

Eu também gostava de saber se estou a fazer alguma coisa mal. Se alguém que me esteja a ler quiser dar alguma opinião, é sempre muito bem-vinda. Oxalá o problema estivesse só em mim, pois aí passaría tudo a depender apenas de mim próprio. Também posso responder a todas as perguntas que me coloquem, pois bem sei que estou a deixar muito mas muito por dizer.

E depois também custa não saber até que ponto a amo. Porque tenho medo de a amar, pois quanto mais a amar maior a minha dependência sentimental. E será que se não fosse esse medo eu a amaria? A que ponto?

O mais assustador é que, olhando para trás, foi ela que me pediu para ser assim e eu fui-me deixando moldar. Amo-a porque estou agarrado emocionalmente à vida que tenho e essa vida sem ela não existe. Por isso ela pode ter todos os defeitos que eu lhe encontro, mas eu também sou responsável pelo estado em que me encontro neste momento.

Ela diz que quer continuar comigo e quando falamos do futuro ela fala sempre partindo do principio de que estaremos juntos. Eu acho que ela me ama mais do que pensa, mas por outro lado é sempre tão "insensível" que já nem sei. Por exemplo, se estivermos os 2 fechados numa casa de banho com um espelho durante 10 minutos, ela é capaz de olhar-se ao espelho durante 9 minutos e 58 segundos e se tiver sorte (é raro) os 2 segundos sobrantes usa-os para olhar para mim.

E assim é todo o dia, a olhar-se ao espelho em todo o material que reflicta imagem, a experimentar roupa, a ver roupa em sites de marcas, a estudar possíveis intervenções médicas ao nível estético, etc. Não é que queira criticar que as pessoas se dediquem a isso, mas porra que é demais, anda noutro mundo. Já lhe disse uma vez que me contentava se ela me dispensasse 5% do tempo que dispensa nestas coisas e achou que eu tinha razão, dizendo-me que sim. Mas até hoje não se concretizou.

Temos tudo para ser felizes, somos uns sortudos naquilo que tantos outros casais (ou individuos) não o são. E a vontade expressa por ambos é a de se fazer um esforço conjunto para continuarmos juntos, pelo que em teoria há vontade das duas partes. Mas na prática a relação está minada por algo que provavelmente terá a ver com algum problema de personalidade de parte a parte que está a provocar uma incompatibilidade assustadora. Que me assusta muito a mim que dou extremo valor a esta relação, mas que não a parece assustar minimamente a ela, pelo que sou levado a pensar que desvaloriza a vida que leva comigo e a forma como eu me dedico a ela.

Sad

Obrigado por me lerem. Posso continuar, se alguém estiver interessado.
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daniela pereira
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daniela pereira

Feminino
Número de Mensagens : 173
Data de inscrição : 15/09/2014

Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 01, 2015 5:59 am

Ola Mario. Bem, nem sei que te diga. Estou a escrever mais para tu saberes qud alguem leu e se interessou pelo que escreveste. E uma situaçao muito complexa a tua. Por um lado penso: bolas, nao me parece um problema capaz de destruir uma relaçao ja tao longa e seria. Mas por outro lado, imagino o horror de te sentires como que trocado a toda a hora pela busca constante da beleza, perfeiçao ou la o que a tua companheira busca. Qualquer mulher gosta de se sentir bonita e atraente mas neste caso parece doentio. Ela sempre foi assim? Se piorou com o tempo, entao imagino que ate pareça que ja nao e a pessoa que conheceste. E horrivel a sensaçao de ja nao acordarmos com a mesma pessoa por quem nos apaixonamos.
Sinceramente nao sei o que te aconcelhar. Mas pelo menos posso estar aqui se precisares de falar.
Muita força, beijinho
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MarioG
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Masculino
Número de Mensagens : 17
Data de inscrição : 29/05/2015

Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 01, 2015 6:52 am

Olá Daniela.

Muito obrigado pela tua resposta e apoio. Sim, provavelmente sempre foi assim, eu é que no principio não me dei conta pois nos primeiros tempos a confiança entre os dois não era a mesma e nem vivemos juntos durante os dois primeiros anos. Mas é certo que se tem acentuado com o tempo, o que é pena também para ela pois já estando nós nos 30, a tendência é para que o corpo envelheça e as preocupações que tanto a assombram venham a piorar.

Mas o problema é que a coisa não se fica por aí. Se ela fosse assim, dedicando demasiado tempo e atenção à sua imagem, mas depois fosse carinhosa, atenta, e com um mínimo de sensibilidade, tudo era ultrapassável. O problema é que demonstra uma "insensibilidade" absurda, não só comigo mas também com a criança, para a qual não tem paciência e abusa nos episódios de perda de paciência que são extremamente comuns (diários) e que vão a um ponto que a meu ver roça o exagero. A criança chega a implorar por piedade, pedindo desculpa (sem saber o que fez de errado) e chegamos ao ponto de nem quando a criança baixa os braços e pede desculpa em desespero ela lhe aceite as desculpas. Se a criança vem de braços abertos em minha direcção a chorar desesperadamente e a pedir colo/carinho/conforto, eu sou incapaz de lhe recusar tal coisa. Mas ela não, ela já em várias situações do género virou costas à criança, coitada Sad

Para mim tem sido um inferno. Eu também ne chateio e me irrito com a criança, como suponho que de vez em quando aconteça com quase todos os pais, mas tento levar a coisa na desportiva e não tão a peito. Se vou com a criança a algum sitio passear, já sei de antemão que posso contar com alguma chatice e birra, pelo que já vou preparado e não explodo quando tal acontece. Ela parece que não sabe que isso vai acontecer e depois reage de forma demasiado violenta (ainda que apenas verbal), ficando num estado em que é impossível alguém lhe dar simpatia. Ou seja, quando ela se chateia desta forma com a criança (quase todos os dias), define o ambiente "da casa" eu também entro inevitavelmente num modo de tristeza e cabeça baixa, sendo que mais tarde me será atribuida culpa por reagir desta forma.

Depois se eu digo (que já desisti, mas antes dizia) que não precisa de se chatear tanto pois não há motivo para isso, sempre me diz que fizesse eu então o que ela estava a fazer. Por exemplo, se se chateia ao dar o banho à criança e eu digo alguma coisa, sempre vem a frase "então tivesses tu dado o banho", o que me faz sentir culpado, pois indirectamente (ou directamente) culpa-me pelas suas explosões de raiva, no sentido em que se eu estivesse lá ou se tivesse feito eu, a explosão de raiva não teria acontecido...

Eu sou uma pessoa sempre presente. Estou sempre em casa. Não saio à noite com amigos desde há uns 10 anos, quando tinha 20 e poucos. As últimas vezes que saí à noite (para bares, copos...) foi com ela. Desde então só saio de casa para ir a casa de amigos (1 ou 2 vezes por mês) e só o faço porque visitar amigos também faz parte da minha profissão, senão se calhar já nem para isso saía de casa. E estou sempre em casa porque trabalho a partir de casa. Não é que esteja propriamente ausente e ela ande revoltada por criar a criança sozinha, nem perto disso.

Ela própria o admite, quando é tão óbvio que eu e a criança estamos felizes e ela se chateia sem grande necessidade, perante situação tão óbvia, alguma vezes já diz "sim, eu sei, sou uma rabugenta que se irrita por tudo e por nada". Estas palavras eu nunca as usei para a descrever, são palavras escolhidas por ela para identificar essa sua fraqueza. Está consciente dela, mas não entende até que ponto isso afecta a nossa relação e a personalidade da própria criança. Acha que eu sou sensível demais ou "lamechas"...

Eu, também me sinto mal em estar-lhe aqui a apontar defeitos, mas se aqui cheguei é porque já passei muitos anos de tristeza com a situação. Mesmo quando está tudo bem e não há um foco de irritação nem nada que a possa distrair, se estivermos a falar ela ao mesmo tempo que me tenta ouvir está a pensar noutras coisas, está distante. Mesmo quando são coisas que lhe interessa escutar e discutir, mesmo quando são temas agradáveis e que sei que lhe interessam, nota-se que obviamente não está a escutar nem 50% do que lhe digo. Às vezes parece que escuta as primeiras 2 ou 3 palavras e que a partir daí já está a pensar no que me vai responder a seguir e por isso já não escuta o resto da frase.

Certamente que não faz por mal e que não tem culpa de ser assim, tal como também tem muitas coisas boas e tal como eu também serei certamente criticável em diversos aspectos. Mas não tem uma vida tão stressante para a viver como a vive, sempre irritada e stressada. Não vivemos numa cidade grande, vivemos quase num meio rural, tem uma profissão relativamente tranquila, em que só trabalha 6 ou 7 horas por dia e após sair do trabalho está em casa em 5 minutos.

Temos disponibilidade financeira que nos permite estar constantemente a jantar fora, a passar fins de semana e semanas fora em hotéis, temos carros e casa pagos, não temos orçamento limitado para compras de supermercado, enfim, temos acima de 3 mil euros líquidos para gastar por mês, e são todos gastos até ao último euro na nossa qualidade de vida, não sobra nada ao final do mês, quando há quem seja feliz com metade ou até um terço daquilo que nós temos.

Cerca de 70% do dinheiro que entra vem da minha atividade profissional, pelo que não se coloca a possibilidade de ela me considerar um fracassado que não contribui para o bem-estar da familia. Antes pelo contrário, tenho quase a certeza que é a minha profissão e salário que ainda nos mantém juntos, pois se um dia tivesse o azar de ficar desempregado ela certamente me deixaría. Ou se lhe triplicassem o salário a ela, também tenho sérias dúvidas que continuasse muito tempo comigo.

É assim, muito dificil, no entanto tem aspectos positivos que certamente seriam dificeis de encontrar noutra pessoa. Mas acaba por ser assim mesmo, muito bruta e insensível para com as pessoas que lhe são mais chegadas, não é só comigo e com a criança, mas também com o pai, o irmão e qualquer outra pessoa com quem ela passe mais que 1 ou 2 dias. Excepto no trabalho, onde terá medo ou vergonha de ser assim e mais ou menos se vai controlando, ou então descarrega depois em mim, não sei.

Dou-lhe tudo e dedico-me inteiramente à familia, da qual ela é parte integrante e figura principal, mas mesmo assim já a ouvi dizer que pensa que se vivessemos separados a vida dela sería precisamente igual. Como se eu fosse insignificante. Eu sei que a vida dela seria muito, mas muito diferente e que só com a separação ela se aperceberia disso. E às vezes tenho vontade de fazer com que isso aconteça para que perceba quanto está errada e passe a valorizar mais o que tem/tinha.

Mas não tenho coragem para o fazer por ser fraco em termos psicológicos e sentimentais e, por isso, não estar preparado. E é isso que me está a corroer por dentro sem que possa sequer dar-lhe a entender que me sinto assim, pois se o fizer ainda me coloco numa posição mais frágil pois ela não tem compaixão sempre que eu demonstro alguma fragilidade do género. Responde-me mal, que sou "lamechas", ridicularizando-me.

Obrigado mais uma vez pelo apoio *
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dnvg
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 01, 2015 7:41 am

Como eu compreendo as tuas palavras, passei por uma relação onde a brutidão, um pouco de insensibilidade e discussões diárias eram o mote. depois de ano e meio a aturar esse estado, decidi dar o passo e terminar de vez com esta relação que me desgastava de todas as formas possíveis.

Também lhe dava uma vida espectacular, financeiramente estável, com um filho lindo...mas não é isso que faz a felicidade, são as pessoas. E essas infelizmente só dão valor (ou não) quando perdem...
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MarioG
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Data de inscrição : 29/05/2015

Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 01, 2015 9:11 am

Olá dnvg!

Obrigado pela sua simpatia e apoio. Lamento saber que a dada altura passou por um momento com algumas semelhanças àquele que atravesso.

Bem sei que, infelizmente em alguns casos, não chega dar tudo e mais alguma coisa. Porém na maioria dos casos vejo mulheres que estão infelizes com os seus homens porque eles não lhes dão todas estas coisas que eu dou. Ora porque não faz nada da vida, ora porque não lhe dá amor, ou porque anda sempre em festa com os amigos, ou porque não faz nada em casa e não ajuda nas lides domésticas, ou porque gasta o dinheiro em vicios ou hobbies de obcessão, ou porque é mulherengo e dá bola a outras mulheres, etc, etc.

Eu não falhei em nada disto. Nem se coloca a possibilidade de ela não se sentir fisicamente atraída por mim, coisa que se assim fosse certamente já me o teria dito pois para ela o facto de me dizer algo que me possa fazer sentir magoado é indiferente. Sempre se sentiu atraída por mim fisicamente e certamente que continua a sentir. Nem é um daqueles casos em que eu pense que ela está fisgada noutro homem, não é de forma nenhuma o medo da traição que está na origem do problema. Aliás, ela na rua basicamente olha só para mulheres, invejando as que têm um melhor corpo que ela segundo os seus padrões de beleza, criticando as que se vestem mal, etc. Fica mesmo a olhar para as gajas para as avaliar e as comparar consigo.

Mas lá está, que ela tenha os seus problemas e obcessões, eu até aceito, mas que me relegue para uma posição de total alheamento, em que me ignora a mim e aos meus sentimentos, esse sim é o problema. Eu nem sou muito exigente, com umas palavras de conforto e carinho de vez em quando, provavelmente teria capacidade para aguentar tudo o resto por muitos mais anos.

Sabendo que estamos numa fase dificil e que preciso de um voto de confiança da parte dela para conseguir ter estabilidade para seguir em frente e tentar manter a nossa relação, podería nem que fosse uma vez na vida, chegar-se a mim e dizer que está comigo de corpo e alma e que é seu desejo fazer os possíveis para continuarmos juntos. Mas não o consegue fazer. Eu bem tento dar a deixa, mas ou não a entende ou entende e disfruta da posição de superioridade que tal deixa lhe permite.

Depois cheguei a um ponto em que grande parte de mim quer muito acabar com tudo isto, mas não estou preparado. E só me posso preparar nas costas dela. Por exemplo, se eu procurar um psicólogo que me ajude a ganhar força psicológica para avançar para uma separação, terei que o fazer às escondidas. E é isto que estou a ponderar fazer, esconder-me num plano estratégico para destruir a vida que construí e na qual tenho tudo para ser feliz. É difícil fazê-lo sem andar a chorar pelos cantos da casa, pois também não o posso fazer em frente a ela, pois é um sinal de fraqueza altamente reprovável aos seus olhos.

E se me vê triste, também não lhe posso dizer porque estou triste, não posso dizer-lhe que é porque quero muito acabar com tudo isto mas não consigo por fraqueza emocional. Aliás, não posso sequer dizer-lhe que estou triste porque valorizo muito a nossa relação e a simples possibilidade de esta poder um dia terminar me deixa triste. Já lhe expliquei a coisa nestes termos há pouco tempo e fui tratado como se fosse um homem perturbado e com algum problema.

Mas isto que vos conto aqui, não é nada, quando comparado com a complexidade total da situação. Há detalhes bem mais complicados dos quais não falei aqui. Há por exemplo o facto de há uns 5-8 anos atrás ter sido ela a exigir mais proximidade física, afecto e atenção, sob pena de se acabar a relação caso eu não lhe desse isso. Mas era da boca para fora, pois eu fiz o esforço, dei-lhe tudo o que ela queria, tornei-me muito mais chegado a ela fisica e psicológicamente, para depois ser ela a afastar-se e a tratar-me como um ****** quando lhe peço o mesmo que ela me pediu há 5-8 anos.

Um dos meus sonhos de vida (talvez o mais importante), sempre foi o de fazer uma mulher feliz. E sei que a grande maioria das mulheres sería feliz comigo. Mas só se vive uma vez e não posso voltar a atrás...

Sad

Obrigado mais uma vez.
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 01, 2015 11:45 am

MarioG,

Eu sei que isto pode parecer superficial e simplista, mas a verdade é que todas as relações passam por momentos difíceis e pode ser o que esteja a acontecer convosco, pelo que a ideia de consultar um psicólogo individualmente talvez não fosse má numa primeira fase, mas o ideal seria fazer evoluir o tratamento para uma terapia de casal.

Algumas coisas que escreveste acima são reveladoras e se as releres com atenção, talvez possas compreender melhor o que se passa contigo e com a vossa relação atualmente. Por exemplo, quando dizes:

"Ao longo destes anos sempre me foi pedido para mudar, para melhorar, e eu sempre mudei, sempre melhorei, mas há sempre mais a mudar ou a melhorar, é interminável..."

e também:
"Amo-a porque estou agarrado emocionalmente à vida que tenho e essa vida sem ela não existe".

Ninguém disse que a relação tem que acabar, existem outras opções. A tua mulher, pelos vistos também anda muito stressada e talvez precise também de ajuda, até pela vossa filha (e principalmente por ela).

Sei que não é fácil, mas tens que reagir, não no sentido de pedir ajuda emocional para teres coragem de te separar porque nisso ninguém pode ajudar-te mas no sentido de tentares compreender o que se passa para depois agires em conformidade.

Força!Wink
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Sandra Lua
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Sandra Lua

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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyTer Jun 02, 2015 5:19 am

Olá MárioG, bom dia

Espero que estejas melhor e que todas as mensagens te tenham ajudado.

Desculpa mas eu vou ser um bocado mais "bruta" é da minha natureza. E quero que leias só como a minha opinião e nada mais.

Eu vivi uma relação de 21 anos com algumas semelhanças com a tua. Mais concretamente no conceito da mudança, da adaptação unilateral e da convivência diária com alguém que não se sente bem consigo própria.

Não sou apologista de separações, passei por uma há 2 anos e meio e ainda hoje é complicado, principalmente porque no meu caso há 2 piolhos, um deles com 5 anos.
Acredito que quando as pessoas concordam em estar juntas é para o bem e para o mal, e não para deitar a toalha ao chão na primeira adversidade. No entanto não concordo em relações em que um tem que se anular para que o outro exista. Uma relação é plural, envolve 2 pessoas e, os filhotes caso existam. Nós como indivíduos existimos sem a outra pessoa. É o que construímos juntos que torna tudo especial, no entanto continuamos a existir e devemos investir no nossos próprios sonhos e objectivos. Só assim conseguiremos ser felizes e fazer as pessoas à nossa volta felizes também.

Por outro lado a tua dependência emocional é normal, ama-la. E essa é uma característica de quem ama. Dar tudo, fazer tudo, tolerar tudo da pessoa amada. E não acho que esteja mal, desde que o sentimento seja reciproco. É uma questão de bom senso, se é só um lado a dar o outro fica desequilibrado, e a determinado altura o desequilibro é tão grande que se dá uma ruptura. Penso que é a esse ponto que tu chegaste. E a tua dependência emocional não é nada mais do que o medo do desconhecido. A tua zona de conforto é a tua relação, por muito problemática que seja. Isso é o que tu conheces, e como a amas, é o que te tranquiliza. Saber que chegas a casa e ela está lá, e que a vossa vida continua.
Comigo foi assim, por mais ansiedade que isso me causa-se aquele era o meu mundo e o pior, TUDO NELE ERA NORMAL. MENTIRA! Não é normal dar tudo e somente receber umas migalhas de quando em vez.
A alienação de ti mesmo dá à outra parte a capacidade e força para fazer de ti o que bem lhe apetece. E o pior de tudo, nós permitimos porque amamos. Somos pisados e pedimos mais, desde que isso garante que o outro não vai embora....

Concordo contigo, se podes, deves consultar um psicólogo, mas para te redescobrires e aprenderes a fazer alguma coisa pela tua relação. Mas a fazer o que tu queres. Tu fazes parte da relação, também tens uma voz activa nela.

Um BJ MT MT MT GD
Força, e qualquer coisa estamos por aqui

E lembra-te, é só a minha opinião, vale o que vale (nada)
Bjinhos



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Silvia Guimaraes
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQui Jun 04, 2015 6:22 am

Mário G,
Após a leitura do seu desabafo, vou dar-lhe a minha opinião.
Um divórcio deve ser a última solução a tomar, quando tudo o resto falha... A dor psicológica que se passa após o divórcio é uma dor tal que,não vai saber muito bem se estava melhor ou ficou ainda pior... mas esta situação é temporária vai doer nos primeiros 2 anos, mas depois suaviza-se ...agora, e caso continue com esta relação que no meu ponto de vista é doentia... sim que os casais tem altos e baixos tudo bem, agora se a sua companheira já é assim com o seu aspeto exterior a ainda é nova imagine com o avançar da idade...
Na minha opinião a sua companheira tomou-lhe o pulso e sabe que você faz tudo por ela e por isso mesmo abusa do poder e influência que tem sobre si... tente devagar colocar travão a ver se melhoram as coisas para sempre a pensar no Anjinho que tem em casa...
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hornet02



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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyDom Jun 14, 2015 3:59 am

Bom dia Mário, acho que a sua mulher tem um problema com ela mesma e deveria ser aconselhada por um psiquiatra. Está obcecada com ela mesma e não consegue ver mais nada do que se passa à sua volta.
Penso que o problema dela não seja você, mas ela mesma.
Por mais que faça não irá mudar nada porque mentalize-se, o problema é ela.A sua mulher tem que perceber que o mundo não gira em torno dela e que existem outras pessoas.
A separação seria a última solução, mas para haver mudança, ela teria que assumir que está mal e precisa de ajuda.

O meu problema é que não sei expressar-se bem, e comunico pouco, mas na sua situação acho que isso não acontece por isso tente abrir-lhe os olhos, não tenha medo.

Abraço

LC
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MarioG
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Masculino
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Data de inscrição : 29/05/2015

Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyDom Jun 14, 2015 9:18 pm

Olá a todos!

Antes de mais, obrigado pelas opiniões, apoio e conselhos partilhados. Como devem ter reparado estive mais de 1 semana sem entrar aqui no fórum, porque também tenho tido outros assuntos importantes com os que me preocupar (principalmente relacionados com o meu trabalho) e portanto fiz um esforço por deixar isto para segundo plano. Esforço esse que vou tentar prolongar por mais umas 2 semanas, pois tenho algumas responsabilidades laborais importantes para as quais tenho que estar minimamente disponível e emocionalmente equilibrado. Portanto estou em fase de manutenção, ainda que não seja fácil.

Vou tentar responder a todos.

F.D. > É verdade, concordo com a tua análise no geral. Sem dúvida que a relação não tem que acabar e que existem outras soluções. Mas não é por isso que a relação deixa de estar numa fase crítica. Pois concerteza que ela anda muito stressada e que também precisaria de ajuda. Ela própria o vai admitindo em algumas situações por demais óbvias em que perde a paciência por causa de quase nada e em jeito de desabafo admite: "Sim, eu sei, sou uma rabugenta que anda sempre mal disposta"

À mais pequena contrariedade (basta cair-lhe um objecto da mão, por exemplo) entra em modo de embirração, solta uns quantos palavrões e directa ou indirectamente (há as duas vertentes), insinua que por alguma razão a culpa é minha. Eu quero é paz e sossego, mas passo os dias a escutar e a assistir aos seus ataques de raiva e, como disse atrás, a coisa chegou a um ponto em que eu próprio já interiorizo que a culpa me está a ser atribuida e isso retira-me toda a paz, sossego e estabilidade. Paz, sossego e estabilidade que temos tudo para ter em 99% dos dias, mas que só temos em 1% dos dias. Ou vá lá, 10% dos dias...

Ela concorda em fazermos algum tipo de terapia de casal e provavelmente algum dia o faremos, talvez já dentro de 1 ou 2 meses. Quanto a isso o meu único medo é que se chegue mesmo à conclusão que o problema é só da parte dela. Porque se, por outro lado, se chegasse à conclusão de que uma mudança da minha parte a certo nível podería ser a chave para a coisa melhorar, tudo sería mais fácil, ao só depender de mim. Pois se depender dela em principio deverá estar o caso arrumado e não vejo que haja grande solução.

F.D. escreveu:
não no sentido de pedir ajuda emocional para teres coragem de te separar porque nisso ninguém pode ajudar-te

A ajuda não sería tanto para ter coragem de me separar, mas sim para me ajudar a deixar de ser tão sensível e emocionalmente dependente. Se é que isso é possível. Mas julgo que sim. Enquanto a eventualidade de um cenário de separação for uma enorme ameaça à minha saúde psicológica e ao mesmo tempo para ela seja algo simples e fácil de ultrapassar, estarei sempre numa posição não só de desvantagem mas também numa posição muito perigosa.


Sandra Lua > Obrigado pelas tuas palavras e opinião.

Sandra Lua escreveu:
Acredito que quando as pessoas concordam em estar juntas é para o bem e para o mal, e não para deitar a toalha ao chão na primeira adversidade.

É verdade que sim, mas falando de adversidades posso dar outro exemplo. Entre 2008 e 2012 atravessei uma fase muito complicado a nível de saúde que não vou especificar mas que apesar de não ser nada de grave no sentido de potencialmente mortal, foi algo que me retirava muita, mas muita qualidade de vida. Esclareço apenas que não foi nada do foro psicológico mas sim um problema fisiológico com consequências muito graves no dia a dia, provavelmente mais graves (mais sofrimento fisico) que outras doenças como alguns cancros, doenças neurológicas, etc.

Era óbvio que eu estava a sofrer, que fique claro que não se dá o caso de ela poder pensar que eu estaria a fingir, pois o sofrimento era visível e não deixava margem para dúvidas a ninguém. Por exemplo, se uma pessoa já de si magra perde 10kgs e acorda 5 dias por semana a vomitar sangue, não vamos fechar os olhos e dizer que não se passa nada se vivermos na mesma casa. Ora, depois de 2 ou 3 anos a viver nestas condições (e tendo em conta que nunca tive o apoio dela), chegou-se ao ponto de ter que ouvir frases como "Já estou farta, por causa de estares sempre doente não podemos ir a lado nenhum, só vamos quando tu queres porque só podemos ir quando te sentes bem, ir jantar fora é só quando tu queres, etc..."

Sempre culpabilizando-me por não ser mais forte e capaz de ignorar a doença. Muitas vezes deixando no ar a ideia de que possivelmente me poderia deixar por causa da situação, pois não queria viver o resto da sua vida com alguém doente. Eu de certa forma compreendo, a minha condição interfería na vida dela e é natural que ela pensasse assim. Mas são coisas que quando são ditas a uma pessoa que está sofrer muito com uma doença, podem piorar ainda mais a situação pois o meu problema não era do foro psicológico mas ao longo dos anos obviamente que me desgastou psicológicamente e teria sido fundamental o apoio da pessoa que supostamente me ama. Ou, pelo menos, o desprezo. Mas nem o desprezo tive, tive sim o dedo acusador, responsabilizando-me por ela viver uma vida com menos qualidade por causa da minha doença.

Ora, digam-me lá vocês o que acham do facto de esta mesma pessoa, depois de ultrapassada a doença (não totalmente mas, vamos lá, a 90%), me ter andado a tentar convencer a pedi-la em casamento? Eu não sou religioso nem provavelmente alguma vez me casaria pela igreja (nisso ela opina igual), mas imaginem que o casamento era na igreja.... tería eu que pedir ao padre para "se esquecer" de dizer a frase "na saúde e na doença". Pois "na doença" já comprovei que nunca terei o apoio dela. E isso é outro factor de me deita abaixo, pois pelo historial de saúde de nós os dois e também pelo facto de eu ser homem e ser 3 anos mais velho, a tendência é para na velhice (mais tarde ou mais cedo), ser eu o primeiro a ter problemas de saúde que exijam o apoio de alguém que supostamente me ama. E tenho medo do dia em que venha eventualmente a ter algum problema sério se for esta a mulher que estiver comigo.

Quando depois de finalmente ter conseguido ultrapassar essa dita doença (não totalmente mas quase), tudo o que ela criticava deixou de acontecer pois agora já tenho disponibilidade para fazer tudo o que enquanto estive doente só conseguia fazer de vez em quando, mas escusado será dizer que passou a encontrar outros defeitos e outras coisas com as que se chatear comigo. Durante esses anos ela queria fazer coisas das mais variadíssimas índoles que não fazíamos (ou que fazíamos poucas vezes) por causa do meu estado de saúde e culpabilizáva-me por isso. Agora que estou bom venho a descobrir que afinal ela nem queria fazer nada dessas coisas, pois agora sou eu que quero e ela não quer. Dei eu graças a deus (e olhem que sou ateu) quando vi o meu estado de saúde melhorado, pensando que todos esses problemas seríam resolvidos por arrasto, mas aquilo que parecia uma solução afinal foi uma fonte de mais problemas para a nossa relação.

E é óbvio que não me casei com ela. Aliás, vivendo juntos há mais de 10 anos e já com um filho, penso que estamos numa relação muito mais "séria" (risos) que muitos casamentos que andam por aí. Pelo que não havia grande interesse em estar-me a casar com ela. Mas mesmo que houvesse, quem se casaría com alguém que não tolera um azar de saúde, criticando e desprezando o outro por isso? Como é que eu poderia casar com alguém que sei que não me apoia na saúde, nem muito menos na doença?


Sandra Lua escreveu:
E a tua dependência emocional não é nada mais do que o medo do desconhecido

Precisamente por isso tenho pensado que um psicólogo talvez me pudesse ajudar. Além do medo do desconhecido há também o medo do conhecido, pois eu sou conhecedor de que em caso de separação provocada por mim, terei também que lidar com a dor psicológica de ter sido eu a decidir que a criança que tanto amo não poderá ter uma vida feliz em familia como eu tive. Que nunca terá um irmão que seja filho dos seus dois pais. E isso é psicológicamente devastador, ainda mais para quem já se sente emocionalmente muito vulnerável.

Juntando a isso, está o facto de a casa onde residimos ser minha, o que significa que sería eu a ficar na dita casa, sozinho, a chorar pelos cantos. A ver todos os dias as paredes, móveis e objectos com os quais até aqui nos imaginei felizes. Tendo "despejado" a criança do seu próprio quarto do qual tanto gosta.

É impossível lidar com tudo isto de ânimo leve. Impossível para mim, pois para ela não o é, ou pelo menos aparenta descontração total sempre que nos colocamos perante essa possibilidade.


Silvia Guimarães > Obrigado pela opinião e apoio.


Silvia Guimarães escreveu:
A dor psicológica que se passa após o divórcio é uma dor tal que,não vai saber muito bem se estava melhor ou ficou ainda pior...

A quem o dizes...


Silvia Guimarães escreveu:
os casais tem altos e baixos tudo bem, agora se a sua companheira já é assim com o seu aspeto exterior a ainda é nova imagine com o avançar da idade...

Pois, eu já a fiz ver isso mesmo. Não é que ela não saiba, claro, mas já lhe tentei abrir os olhos para o facto de a tendência ser sempre para "piorar" com o avançar da idade. Mas nem isso a faz jogar pela defensiva e abrandar um pouco.

Silvia Guimarães escreveu:
Na minha opinião a sua companheira tomou-lhe o pulso e sabe que você faz tudo por ela e por isso mesmo abusa do poder e influência que tem sobre si...

Infelizmente começo a pensar que ela já tem andado a agir em função desse mesmo raciocinio. Não há dúvida que ela tem a segurança que eu tanto gostaria de ter, mas não tenho. É também verdade que a culpa é em grande parte minha, pois fui eu que ao longo dos últimos tempos me coloquei cada vez mais nessa posição de submissão. E é verdade também que essa posição de submissão vai por sua vez alimentar a minha situação de vulnerabilidade emocional.

E tudo isso, para acabar de uma forma que não me destrua, só pode acabar de uma maneira: ser eu a fazer o ultimato ou a acabar de uma vez com a relação, situação para a qual só estaria preparado provavelmente com ajuda de algum especialista, pois como tenho vindo a relatar neste tópico se eu avançar para o ultimato ou para a ruptura coloco-me a jeito de ser colocado numa espécia de Guantanamo da tortura psicológica por tempo indeterminado.


hornet02 > Obrigado também pela tua ajuda e apoio. Muito honrado por ver que é o teu primeiro post no fórum depois de 2 anos de registo. Tem algum significado.

hornet02 escreveu:
acho que a sua mulher tem um problema com ela mesma e deveria ser aconselhada por um psiquiatra. Está obcecada com ela mesma e não consegue ver mais nada do que se passa à sua volta.
Penso que o problema dela não seja você, mas ela mesma.

O problema é isto ser tudo muito vago e subjectivo. Oxalá "o futuro" já nos tivesse trazido tecnologia capaz de colocar em nossa casa um robot que nunca interagisse connosco mas que tivesse capacidade para detectar e avaliar problemas de parte a parte que pudessem estar a minar a relação. Só aí havería uma objectividade isenta que pudesse ser aceite como verdadeira e certa por ambos os elementos do casal. Como isso não existe, mesmo que se opte pela terapia de casal, a avaliação do psicólogo será sempre muito mais subjectiva que a do dito robot, não só por se tratar de um ser humano e não de uma máquina, mas também pelo facto de um psicólogo só conhecer a realidade daquilo que nós lhe transmitirmos e não toda a complexidade do dia a dia vivido ao longo de mais de 10 anos.

Por outro lado, essa questão da alegada "obcessão" com a imagem própria e com o vesturário, adereços e tratamentos para a melhorar, tem muito peso mas não será provavelmente a questão de fundo. Ela é livre de ter os seus gostos, os seus hobbies, passatempos, etc. Não sou ninguém para a impedir ou criticar por decidir investir 3 ou 4 horas diárias do seu tempo em determinada actividade, mesmo que essa actividade a possa eventualmente prejudicar.

O problema é que, mesmo no tempo que lhe sobra depois de tudo isso, não há empatia, não há um momento genuíno de aproximação física e/ou afectuosa, não há um mínimo de preocupação comigo e com a nossa vida em conjunto.

E quando digo que a culpa é (ou também poderá ser) minha, é porque já há 5 anos atrás era assim. Não é uma novidade. Quando decidi que era com esta mulher que ia ter um filho, já sabia quão dificil tudo isto iria ser. Só não sabia que ela não ia ter um pingo de paciência com a criança, isso descobri já depois da criança nascer, mas pronto, é outra conversa que já abordei uns posts acima.

E se há 5 anos eu não tive capacidade psicológica e emocional para colocar um ponto final na questão e procurar outra pessoa, fazê-lo agora já deixa no ar uma sensação de que tenho alguma culpa pela actual situação. Infelizmente tenho pena dela. Mas mais infelizmente ainda, tenho ainda mais pena de mim.

Eu provavelmente sempre fui assim. Se esta maneira de ser não nasceu comigo, então pelo menos foi-se moldando durante a infância e adolescência, pois a (única) namorada que tive antes desta foi entre os meus 18 e 21 anos e quando essa relação terminou entreguei-me a um sofrimento profundo durante vários meses. Já nem sei se alguma vez recuperei disso ou se terá sido isso que por seu lado moldou a minha forma de ser que me trouxe até aqui a este triste momento.


honet02 escreveu:
O meu problema é que não sei expressar-se bem, e comunico pouco, mas na sua situação acho que isso não acontece por isso tente abrir-lhe os olhos, não tenha medo.

Pois, mas o problema é que até mesmo isso também é um problema. O facto de eu me expressar algumas vezes "bem de mais" também é foco de embirrância por parte dela. Por muito bem que eu lhe explique as coisas, com raciocínios lógicos que não deixem margem para dúvidas ou segundas interpretações, sempre partindo da paz e tranquilidade, ela ou não percebe, ou faz que não percebe ou, pior ainda, percebe mas critica-me.

Por exemplo, se um dia nos zangamos por qualquer razão e estamos mutuamente chateados um com o outro, significa que eu estarei chateado com ela por um motivo e ela comigo, por outro motivo. Ora, eu muitas vezes, para resolver a situação, apaziguar e colocar um ponto final no desentendimento de uma forma a que nenhum dos dois seja visado como o culpado, mas sim focando-me mais na noção de mal entendido, vou ao ponto de raciocinar e dar-lhe de bandeja a sua própria defesa, ou seja, defendo-a com raciocínios lógicos para que ela perceba que não vou ficar chateado com ela porque percebo qual era a sua intenção e analiso tudo como um mal entendido (porque muitas vezes o é). Mas mesmo assim, ela despreza a defesa que faço dela, respondendo-me mal e dando azo à continuação da divergência, quando lhe ofereci uma resolução pacífica em que a desculpabilizo mais a ela do que a mim. Corrói-me por dentro.

É uma relação sem dúvida dificil. Em que ela tem vários descuidos que eu tolero, nunca os criticando, mas que depois quando sou eu a cometer os mesmo descuidos sou criticado e tratado como uma criança de 5 anos. Temos direitos diferentes. Se eu deixar roupa minha num local onde não é suposto deixar, tenho que ouvir um sermão mesmo que todos os dias ela faça o mesmo com a sua roupa. Não quero estar aqui a relatar situações concretas que têm ocorrido como exemplos, mas acreditem que se o fizesse há situações que não lembram ao diabo. As únicas pessoas que me devem entender um pouco são os pais e irmãos dela, que a conhecem pelos 18 anos que viveram com ela. E sabem que ela é muito dificil (várias vezes foi motivo de conversa), mas desconhecem a sua evolução pós idade adulta.

Resumindo, estou descontente a quase todos os níveis e, ao mesmo tempo, dou-lhe motivos para ela estar contente a quase todos os níveis. Mas nunca está. Já penso com alguma crença que o problema pode mesmo estar em mim, que fui eu que a moldei assim, que se ela estivesse com outra pessoa não era assim e que se eu estivesse com outra pessoa essa outra pessoa sería como esta. Mas não fui eu que a fiz assim tão insensível e emocionalmente alheada. Eu tenho emoções e sou sensivel, mas quando ouso demonstrá-lo só recebo repulsa e desprezo da parte dela, ridicularizando-me.

Se eu estiver triste ou preocupado com qualquer coisa que nem tenha nada a ver com a nossa relação, não recebo qualquer apoio da parte dela. Os meus problemas não interessam, são fruto da minha imaginação. Mas depois tenho que levar com uma vida de lamentações porque não tem o aspecto fisico que sonha ter e apoiá-la nessa sua infelicidade.

Ela dá mais valor aos elogios que recebe de desconhecidos, que a elogiam por aquilo que ela aparenta ser com todos os acessórios que tão bem disfarçam (há que admiti-lo) os seus defeitos, que ao facto de a pessoa que a ama gostar dela como ela realmente é, incluindo os seus defeitos. O facto de eu gostar dela assim não a faz feliz. Mas se for elogiada na rua por um grupo de desconhecidos, isso sim já a faz feliz. Assim tão simples e directamente me o disse. Quase em tom jocoso. E eu aceito que seja normal que o elogio por parte de desconhecidos lhe aumente a auto-estima e por isso não me aborreço muito com isso. Mas que despreze o facto de a única pessoa que lhe conhece os defeitos a amar como ela é, dói-me e tem que doer a qualquer um.

E quanto à terapia de casal... posso estar enganado mas quase de certeza que a certo ponto vai concluir que o psicólogo não tem qualidade ou qualquer coisa do género.

Por tudo isto que tenho vindo a relatar por aqui, eu só queria ter imunidade emocional sem recurso a fármacos e podem ter a certeza que deste verão na passaría.

Obrigado mais uma vez a quem tem a paciência de me ler e mais ainda aos que partilham opinião.
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 15, 2015 6:41 am

MarioG,

Tomara que todas as opiniões/conselhos que aqui recebeste (alguns até contraditórios) não contribuam para te sentires ainda mais confuso mas antes te sirvam para analisares a questão sobre outras perspetivas e refletires sobre a melhor decisão a tomar.

Contudo, faças o que fizeres, sê tu próprio!
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Sandra Lua
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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySeg Jun 15, 2015 7:42 am

Olá mais uma vez MárioG, esquece lá isso da paciência estamos cá para isso. Este é o nosso cantinho de apoio, podemos dizer as maiores barbaridades que ninguém vai condenar ou fazer juízos de valor. Só pretendemos ajudar, se conseguirmos...

Não vou acrescentar mais nada em relação à tua relação e à tua companheira. Penso que só de leres o que escreveste consegues aperceber-te do tipo de pessoa que ela é. Feitios são feitios e cada um tem o seu, só nos resta ver se vai de encontro ao que nós queremos da vida ou não. Se nos faz feliz ou não...

"pois eu sou conhecedor de que em caso de separação provocada por mim, terei também que lidar com a dor psicológica de ter sido eu a decidir que a criança que tanto amo não poderá ter uma vida feliz em familia como eu tive. Que nunca terá um irmão que seja filho dos seus dois pais."

Vou acrescentar é em relação ao tem medo do conhecido, não o temas porque por muito que conheças outras histórias a tua é sempre diferente. Já ponderaste pedir a guarda da criança, ou pelo menos a guarda partilhada?
Mais, pensas mesmo que com todos estes atritos entre os pais o teu filho tem uma infância feliz como tu tiveste? Não te enganes, eles apercebem-se de tudo e reforço não poderás fazer NINGUÉM feliz enquanto não fores feliz, e o teu filho crescerá assim. Nomeadamente pensando que o comportamento que vocês têm como casal é um comportamento normal.

Olha é como sempre digo, as opiniões valem o que valem mas também eu vivi uma relação de 21 anos em que dei tudo e recebi muito pouco emocionalmente. E é nas pequenas coisas que se vê o amor e apreço que temos. Se custou a separação, custou e muito. Tenho 2 filhos, um com 17 e outro com 5 anos. O mais velho ainda hoje tem algum medo do pai, não quero isso para o mais novo. Custou-lhes? Muito e temos a guarda partilhada, mas acredita que me custa mais a mim que a eles. Feliz ou infelizmente eles acabam por se adaptar mais facilmente que nós...

Infelizmente a vida não é perfeita e muito menos justa mas, vale sempre a pena e acredita, depois de muito choro derramado as gargalhadas surgem, e é lindo o som que fazem...

Fica bem, qualquer coisa chateia...
Bjinhos
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyTer Set 01, 2015 6:03 am

MárioG, a tua esposa é narcisista, ama-se apenas a si mesma, tu e o filho apenas fazem parte do mundo que a rodeia. Tu não estás bem, o teu filho não está bem, que esperas para agir? Só ela é o foco nesse trio, só ela é que quer estar bem mas não faz nada para melhorar a vossa vida.
Que pessoa fútil, imatura e egoísta.
Dás-lhe tudo, se calhar esse é o teu erro. Se ela tivesse de lutar para as ter, dava valor às coisas que realmente importam e não a vaidades.
Cuida de ti e do teu filho, se ela não pensa nele, tens tu de pensar pelos dois.
Qualquer dia, até a criança sente culpa pelo que não deve sentir. Que péssima mãe, esposa e mulher! Desculpa a sinceridade mas há mulheres com muita sorte e não a merecem de todo!
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MarioG
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQua Out 21, 2015 5:41 am

Olá a todos!

4 meses depois...

Em Julho por acaso passei por cá mas o fórum estava em baixo (offline). Depois, há uns dias atrás, (infelizmente) senti necessidade de cá voltar e experimentei a ver se já estaria de volta, e cá estamos.

Tenho que vos dar razão. Se calhar pouco ou nada há a fazer. Tentei. Consegui até que ela entendesse e assumisse algumas coisas, vi até que se esforçou por alterar algumas maneiras de agir, mas ainda que diga que gosta mesmo de mim e que quer viver comigo e estar bem comigo, a realidade acaba sempre por ser outra diferente daquela que as suas palavras reflectem.

Apesar de tudo, parece que se tenta controlar mais. Pelo menos perante a criança. Se calhar por vergonha, não sei. Pois já deixei bem claro o que acho dos abusos. Ou seja, que aceito e até concordo que seja necessário por vezes repreender a criança, mas certos abusos nessa dita repreensão são desnecessários e contraproducentes. Quando chega ao ponto em que uma criança já está a ser repreendida há 10 minutos, a chorar e a implorar por carinho e aconchego, há que dar-lhe esse carinho e passar-lhe o sinal de que podemos chatear-nos com ela mas que o amor que lhe temos é incondicional. Penso que toda a criança precisa de sentir isso. E não estar a chorar desesperadamente 10 ou 20 minutos, implorando que a mãe simpática volte, sem qualquer sucesso, antes pelo contrário.

Ela, obviamente, concordou com esta análise. E, como dizia, talvez por vergonha, tem-se controlado um pouco melhor e os abusos são menos recorrentes e de menor intensidade.

Também tem feito uma tentativa por dar-me um pouco de atenção e proximidade. Ou pelo menos houve 1 ou 2 semanas em Agosto que o fez, mais um ou outro dia em Setembro. E com isso para ela está (ou deveria estar), tudo bem. Mas anda sempre chateada com tudo e mais alguma coisa, sempre cansada e com dor de cabeça... Quando chega a casa (por volta das 17h-18h), vinda do trabalho, em 80% dos casos vem com um mau humor do diabo e "usa-me" para descarregar.

Eu aceito que como "marido" que sou é um dos meus deveres servir para as ditas descargas. Mas é-me difícil tolerar isto dia após dia, quando não sirvo para mais nada a não ser para isto. Se depois noutras ocasiões eu tivesse algum afecto, carinho, atenção, por pouco que fosse, se calhar conseguia melhor servir-lhe de apoio para as contínuas "birras" que faz sempre que chega a casa, ou sempre que algum obstáculo lhe atravessa o caminho.

Mas sendo eu no demais totalmente desprezado, há dias em que não tenho paciência para as descargas dela, até porque em muitos dias eu tive um dia mais stressante e problemático que o dela, mas fico caladinho para não passar negativismo à família e tenho forçosamente que escutar as suas queixas a que reage de forma desesperada, muitas vezes referentes a problemas fúteis do dia a dia, e guardar as minhas coisas para mim.

E, nesses dias em que já não há paciência da minha parte, acabo por me retrair e ficar eu próprio com cara de amuado. Mas se fico com cara de amuado, ela cai-me em cima e atira para mim um jogo de culpa como se o mau estar desse dia daí para a frente fosse culpa minha porque estou com cara de chateado.

Enfim, hoje estou a escrever aqui porque estou (ou estava) entre fazer uma de duas coisas: Ou fazer malas e ir-me embora (pois tenho uma 2ª casa, de férias, para onde posso ir); Ou comprar-lhe flores e pedir-lhe desculpas pelo meu estado de humor nos últimos 5 dias, em que tenho estado de mau humor ao mesmo tempo que estou a forçar que ela perceba que isto assim não leva caminho.

É triste. E sinto-me culpado. Porque no fundo sei que sou culpado. Ela é assim mas ninguém me apontou uma pistola à cabeça e me obrigou a continuar com ela ano após ano, durante os últimos 13 anos.

É, acima de tudo, doloroso, chegar à incontornável conclusão de que só tenho 3 opções:

1 - Continuar com isto, sofrendo a vários níveis, quando ainda sou novo e ainda posso fazer alguém feliz numa relação comigo (algo que sempre desejei);

2 - Fazer um "kill the man, become the monster", matando o homem que há em mim e passando a ser um monstro no sentido de arranjar algum tipo de relaxão extraconjugal que, em parte, me dê aquilo que nesta relação me falta;

3 - Fazer um "kill the man, become the monster", matando o homem que há em mim e passando a ser um monstro no sentido de ganhar forças para a deixar e acabar a relação. Mas sentir-me-ia efectivamente um monstro por estar a fazer algo com fortes implicações no bem estar da criança e até também pelo transtorno que causaría na nossa familia mais próxima.


Tenho medo de deixar de ser quem sou e deixar de me conhecer. Por isso mantenho-me na opção 1 e, para o bem e para o mal, para a felicidade e para o sofrimento, cotinuo a conhecer-me minimamente.

Mas custa. Até porque tanto para a opção 2 como para a opção 3, tenho portas de saída. Que é como quem diz, sei que há mulheres que estariam dispostas a ter uma relação comigo se eu estivesse livre (ou disposto a tal mesmo não estando livre). E que, por muito fútil e baixo que seja este meu comentário, na verdade são mulheres que segundo os padrões de beleza e elegância da sociedade em que vivemos, são mais atraentes que esta com quem estou.

Sonho com uma realidade em que estou com outra pessoa que, mais atraente ou não, goste de estar comigo, que o saiba demonstrar e que fique feliz quando eu também o demonstro. E dói-me sonhar com isto. Porque se a nossa relação não fosse assim como é, eu nunca sonharia com tal coisa. Certamente que me passaria pela cabeça, o que considero normal, mas sonhar no sentido de parte de mim ter essa vontade, certamente que não. No fundo e acima de tudo eu sonho ter tudo isso em primeiro lugar nesta relação em que estou, mas procuro a saída do labirinto há anos e não a encontro.

Agora para terminar, porque às vezes sinto que podia estar aqui 40 horas de seguida a escrever, acabo por partilhar isto que vos vou dizer em seguida, para que me digam o que acham:

Ela pelo pequeno esforço que fez durante 5 ou 10 dias de Agosto mais um ou outro dia em Setembro, vinha estando convencida de que já estava tudo bem e de que me tinha "controlado" no que aos meus níveis de satisfação diz respeito. Para ela está tudo bem, estamos 4 ou 5 horas por dia na mesma casa, acordados (fora as 8 horas que dormimos juntos), mas não passamos efectivamente nem 1 minuto juntos. Duas ou três vezes ao dia manda-me uns beijinhos à distância, desde a comodidade do seu sofá, e com isso está convencida que me tem satisfeito e, assim, está tudo controlado.

Por tudo isto, e por estar convencida de que eu estou encantado com a forma como ela me trata, pensa (ou pensava até há 5 dias atrás) que a nossa relação é boa, ou que vinha sendo boa. E, neste sentido, estando de tal maneira convencida disso, operou uma mudança drástica em relação a um tema em que antes do verão opinava de maneira completamente diferente.

Por muita estranheza que vos possa causar, ela está digamos que a certo ponto decidida em ter um 2º filho (comigo, claro está). Isto quando em Maio (há 5 meses) dizia odiar crianças e que desistiu de querer ter mais crianças pois agora quer pensar mais nela e ser egoísta e não quer ceder mais do seu tempo para as aturar (palavras dela). Não sei (ou até sei) se foi algum estímulo externo, do género de ver alguma colega, amiga ou familiar a engravidar, mas é um facto que já mandou 2 ou 3 indirectas nesse sentido, bem como outras 2 ou 3 muito directas. Já referiu sem rodeios que está a pensar nisso. Já me disse que o próximo carro que comprarmos (apesar de termos um quase novo) terá que ser maior porque já deverá haver outra criança.

Portanto, não sei que viagem paguei eu quando decidi cá vir, mas lá do outro lado devo ser um glamoroso sadomasoquista, que pagou por uma viagem onde tenho tudo para que a dita corra bem, mas depois apanho-me nestes labirintos sem saída em que às vezes são pequenos pormenores que ditam a minha infelicidade.

Cá tenho certas e determinadas crenças que me levam a pensar que todos nós temos que ter a nossa dose de sofrimento. Porque somos tão viciados em sofrer como em ser felizes e que, por isso, ainda que de forma insconsciente, atraímos sofrimento para satisfazer os nossos desejos mais intimos e obscuros e, claro está, para que tenhamos um termo de comparação que nos permita disfrutar dos momentos de felicidade em todo o seu explendor quando estes surgem.

Neste sentido acredito que se eu neste momento não estivesse a sofrer por este motivo, por dificuldades na minha relação conjugal, estaría provavelmente a sofrer por outros motivos, talvez menos complexos mas talvez mais gravosos ou preocupantes.

Há quem diga que "há males que vêm por bem", mas eu digo que "todos os males vêm por bem".

E é nesta perspectiva, com a clara noção de que a realidade que vivo sou eu que no meu mais interno íntimo a construo, que vou continuar a viver e a disfrutar da dor e do sofrimento enquanto o conseguir aguentar fisica e mentalmente.

Um abraço a todos. Se eu por acaso nunca mais voltar a postar neste tópico, é porque a minha vida com esta pessoa melhorou e está, no mínimo, tolerável. Por isso, façam figas para que eu cá não volte. Pois se continuar a ser como tem sido ultimamente ou se eu optar pela opção 2 ou 3, cá me terão de volta para vos contar as peripécias.

Cumprimentos,

Mário G.
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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQua Out 21, 2015 7:15 am

Olá Mário, volta sempre. Pelo bem e pelo mal....

Em relação ao que descreves só te posso dizer que, tal como sabes, terás que ser tu a escolher um caminho. Penso que numa relação as coisas têm que resultar para os dois lados, se para o teu não funciona, as coisas não funcionam nem nunca vão funcionar.
Compreendo o que dizes em relação ao sofrimento, concordo que todo o ser humano gosta da sua cota parte de sofrimento, mas não abusemos. Aqui tratasse da pessoa que tu amas e com quem decidiste compartilhar a tua vida. Se persistires com a situação como está, não tarda nada o fosso entre vocês irá aumentar, na mesma proporção que o teu descontentamento e frustração. E um dia acordas e a pessoa que está ao teu lado não te diz nada (no melhor dos cenários). Sem falar nas repercussões que o vosso comportamento está a ter na criança. Pois não se iludam, ELE TOPA-AS TODAS!!!!
Por isso tens a bola no teu lado! Para tudo há sempre uma solução, o que custa é tomá-la. E por muito que falemos, a comodidade do conhecido é muito reconfortante. Já o povo diz, "antes o mal conhecido que o desconhecido" (ou algo do género)

Só mais uma coisa, NÃO TE METAS A TER MAIS UM FILHO. Se ele não gostava de crianças, não passou a gostar, e não é justo colocarem uma criança no mundo, no vosso ambiente. Magoa-te o que o teu filho passa, imagina dois.
Os filhos NUNCA resolveram os problemas dos pais!

Penso que és muito novo para te resignar. Eu vivi 21 anos com migalhas, é isso que pretendes? Migalhas??? E ainda por cima ter que mendigá-las????

Desculpa se fui um bocado bruta, eu tendo a ser um bocado.... Mas a idade torna-nos um bocadinho mais exigentes e sem tretas.

Ninguém te obrigou a ficar com ela, é verdade. Mas acredito que inconscientemente sempre achaste que ela ia mudar... (eu achei, durante 21 anos)

Olha é uma situação complicada, e para o que precisares estamos por aqui...
Um Bj Gd e força
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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQui Out 22, 2015 8:50 am

Olá Mário! Sou frequentador do Bar do Clube, antigamente com mais assiduidade do que agora... mas ainda cá venho de vez em quando...

Divorciei-me há 6 anos. De uma relação com 18 anos e dois filhos. Sentia que alguma coisa não estava bem há muito tempo. O facto de ela se queixar frequentemente de falta de carinho e atenção. Eu não tinha vontade de lhe dar esse carinho e atenção. Eu sou muito emotivo, sensível, mimoso, mas com a minha ex mulher isso não acontecia. Reconheço-lhe hoje qualidades ainda mais fantásticas como mulher, como pessoa, como mãe, mas a verdade é que percebo que não a amava. Que eu próprio me sentia insatisfeito por não sentir amor por ela. E tomei a iniciativa de me divorciar.

Comecei entretanto uma relação com outra pessoa. Passam agora quase 5 anos de relação e estamos a separar-mo-nos. E revejo-me muito no teu relato.

Ao contrário da minha ex mulher sinto que amo quem tenho agora (ou tinha). Mas ao contrário da admiração que tenho pela minha ex mulher, reconheço muitos defeitos na minha actual mulher. O meu racional diz-me frequentemente que não é a pessoa certa, mas a verdade é que sinto uma dependência visceral emocional por ela. No entanto ela mente-me, manipula-me, não trata os meus filhos com o respeito que eu acho que eles merecem.É uma pessoa fechada e não percebo a maior parte das vezes o que ela pensa.

Vivemos separados fisicamente há 3 anos, porque eu vim para Lisboa para acompanhar mais de perto os putos. E desde então tem sido uma aflição para voltar a viver com ela. Mas só da minha parte. Cada vez que estamos juntos com os putos discutimos frequentemente porque... sei lá. Porque ela nunca os aceitou nem nunca os encarou como dela... ou pelo menos que tentasse... sei que é difícil, mas ao menos tentar... ela admite que tem um problema com um deles, o mais velho porque passam vida a discutir (ele tem 12 anos). Eles pediram-nos há algum tempo durante as férias, para nós tentarmos não discutir tanto. No entanto quando estamos sozinhos e há um fim de semana para passar as coisas correm frequentemente bem. Ela diz muitas vezes que me ama, mas por outro lado não faz um esforço para proporcionar um bom ambiente quando está (pouquíssimo tempo) com os meus filhos e é capaz de me mentir olhos nos olhos (eu recentemente apanhei uma mentira destas) e ela não foi capaz de admitir. Preferiu inventar uma coincidência extraordinária...

Eu sinto um misto de sentimentos. Por um lado racionalmente acho que devia proporcionar aos miúdos, já que não a mãe, pelo menos alguém que os tratasse bem. Acho que ela não me trata também a mim com o respeito que mereço. Para além de mentir e manipular, frequentemente trata-me mal (sei lá, situações às vezes pontuais mas que são recorrentes). Por outro lado, sinto uma dependência emocional enorme por ela. Sinto que não tenho coragem para me separar mais uma vez.

O que eu acho é que quando há algo que nos faz sentir desconfortável permanentemente com uma relação, as coisas têm que mudar e temos que provocar mudança. Também não sou adepto de casa descasa. acho que se deve lutar para obter soluções, mas chega a um certo ponto que temos que provocar revolução para haver evolução. O mau é que não há revolução sem sofrimento...

Não acredito em almas gémeas... acho que somos tantos milhões, que há de certeza muitas almas gémeas...

Pelo teu relato, acho que a tua mulher não te ama. Parece-me que tu encaixas bem na vida dela, porque ela se centra muito em si própria. Tu deves proporcionar-lhe outras coisas que a satisfazem e ela acomoda-se, embora sem te tratar com amor. Tu, por outro lado, sentes uma ligação tremenda a ela, (será amor? porque a forma como criticas tantos traços da sua personalidade também não é normal. Acontece o mesmo quando falo da minha actual mulher. Sinto-me tão ligado a ela mas não a admiro como pessoa. Como isto é injusto...) mas sentes-te insatisfeito porque não te sentes amado. Eu em parte sinto-me amado, mas não tenho confiança nela (isto causa-me uma sensação de insegurança constante...) nem que no futuro ela seja boa companheira... sim, já penso na velhice ehehe...

As coisas que dizes que te causam insatisfação são muito por traços de personalidade e sentimentos que não me parece à partida que sejam fáceis de mudar nem com terapia de casal. Mas também não sou psicólogo e nunca fiz terapia de casal. No entanto, acho que deves tentar, se ela também o aceitar. Até porque o vosso filho merece que tentem até à última.

Mas... continuar a viver insatisfeito e não amado por medo... acho que não. Muito menos pensar em ter outro filho... Prepara-te. Tenta ser positivo, acreditar na evolução depois da revolução. O tempo tudo cura e outras oportunidades surgirão, outras pessoas fantásticas que te irão fazer sentir ainda melhor. Não sei se reparas... eu estou a falar também para mim...

Grande abraço.

Nuno


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Sandra Lua
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQui Out 22, 2015 10:39 am

Olá Nuno,

UM BEIJO ENORME E MUITO FORTE
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Florzinha
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySex Out 23, 2015 8:17 am

Mário, e que tal pensares na hipótese de que ela não veja as coisas com tu??????
Dizes que abdicas-te de muita coisa por ela? Será que era isso que ela queria?
"Mudei hábitos, rotinas, hobbies, até crenças. Fui do 8 ao 80 em termos profissionais, quando a certa altura me foi dito muito directamente que ou eu evoluía profissionalmente ou acabava-se a relação. Ao longo destes anos sempre me foi pedido para mudar, para melhorar, e eu sempre mudei, sempre melhorei, mas há sempre mais a mudar ou a melhorar, é interminável, chegando-se ao ponto de se valorizar perfeitas insignificâncias." - Foste-te anulando e ninguém gosta disso (nem o próprio nem o outro por quem nós o fazemos....).
Essa cabeça deva andar tão baralhada como a dela; ela também não estará feliz e provavelmente também achará que és tu que não a fazes feliz.... Ela também está a sofrer.
Ou vocês querem muito ficar juntos e lutam por isso ou então..... o desfecho não será nenhum fim do mundo. Cá estaremos...
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MarioG
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySáb Nov 14, 2015 6:37 pm

Boa noite caros amigos.

Muito obrigado a todos, em especial ao Nuno por ter partilhado não só alguns conselhos e opiniões mas também um pouco da sua experiência pessoal.

Força nisso amigo Wink

Realmente cada caso tem particularidades únicas e por muito que se escreva ou se tente expressar por palavras uma determinada situação, é impossível conseguir transmitir aquilo que se pretende.

Florzinha: Obrigado. E sim, sem dúvida, se leste a maioria dos meus posts terás certamente lido que estou convencido de que, em última análise, eu estou na origem do problema.

Mas sinceramente não julgo que seja eu o problema em função da mudança de hábitos referida na parte em que me citas. Eu mudei por exigência, não porque me apercebi que ela era capaz de apreciar que eu mudasse.

Em 2008, a certa altura eu estava há mais de 6 meses desempregado e sem grandes preocupações em encontrar uma ocupação remunerada (porque ocupações não remuneradas tinha e muitas) e ela lá do alto do seu pedestral decidiu que me havia de deixar por isso e foi-se embora alegando que, e passo a citar "Estamos num patamar diferente". Tinha ela na altura um emprego que tinha arranjado há menos de 1 ano em que ganhava 800 euros (salário que mantém hoje pois trabalha no mesmo ainda e não há evolução de carreira).

Além disso, também disse que se ia embora (deixou-me, sejamos directos) porque eu não lhe dava assim lá muita atenção, sentia falta de afecto, proximidade e tal.

Esteve 1 semana fora (em casa da familia dela). Já passei por muito, por muitas situações de sofrimento em termos de saúde, mas aqueles dias em que ela me deixou e que tudo indicava que era para não voltar, recordo-os como os dias mais angustiantes da minha vida. Culpa minha, que provavelmente sou demasiado sensivel, ansioso, perfeccionista... etc.

Não vou contar aqui tudo o que fiz para que ela me desse uma oportunidade, mas com um conjunto de artes e manhas (literalmente), consegui convencê-la a passar uma noite comigo (tarde, jantar, noite). O que se passou desde essa tarde até à manhã seguinte também não vou contar aqui, mas o certo é que no dia seguinte sem sequer eu perguntar ela disse que depois daquilo estava disposta a tentar continuar a relação.

Um mês depois arranjei emprego, a ganhar 600 euros mas a trabalhar ao lado de casa, pelo que com o que ela gastava em deslocações para o trabalho, era como se ganhassemos o mesmo. Mantive-me nesse emprego durante 2 anos e, apesar de ser um contrato sem termo (tinha trabalho certo para toda a vida, se quisesse), por não me sentir bem naquela profissão e naquele local, tomei a decisão de correr o grande risco de deixar aquele emprego ainda antes de arranjar outro.

Demorou 6 meses até arranjar outro emprego, porque também diga-se que foi um emprego que trabalhei para o arranjar durante esses 6 meses. Curiosamente, precisamente 2 semanas antes de eu arranjar esse dito emprego, fez-me um ultimato, dizendo que as pessoas (amigos, familiares, etc) lhe perguntam muitas vezes se eu já arranjei emprego e que está farta de ter que dizer que não. Eu, sabendo já com alguma certeza que em breve teria emprego, pedi-lhe só mais umas semanas.

Confirmou-se, arranjei o dito emprego, que mantenho desde 2010 até hoje e no qual tenho um salário mais de 3 vezes superior ao dela. Saltei "3 patamares"...  Rolling Eyes

Como disse por aí algures, o meu salário, mais o dela, dá-nos neste momento mais de 3500 euros por mês para gastarmos no que quisermos (pois não estamos a pagar carro nem casa). E a verdade é que o gastamos todo, não sobra nada, para grande satisfação dela. Passeios, roupa, hotéis, jantares, lanches, mobiliário, tecnologia, alimentação biológica e gourmet, etc, etc, tudo para satisfazer a senhora que vivia infeliz por ter um homem sem emprego e que o queria deixar por isso.

Ora, se eu mudei neste sentido e em tantos outros que não são tão fácilmente quantificáveis/expressáveis para os estar a partilhar por aqui, e se ela me pediu que o fizesse, eu fi-lo com sucesso e ela é a primeira a admitir que está muito orgulhosa de mim por isso (e grata) e que me ama muito por tudo aquilo que eu tenho sido e feito ao longo dos últimos anos, sou forçado a não concordar com a amiga Florzinha pois efectivamente todas as mudanças que ela me pediu e que eu, com sucesso, concretizei, parecem ser a razão para ela continuar ao meu lado e não a razão para ela ser como é e me tratar como me trata.

Esta é a minha opinião, não digo que esteja certo, mas opino desta forma.

Quando uma mulher diz a um homem que gosta dele mas que devido ao seu fracasso a nível profissional e que devido a não lhe dar atenção (carinho e sexo) suficiente, não está disposta a fazer uma vida a seu lado e o força a mudar, se depois o homem muda precisamente no sentido que a mulher queria, com sucesso e em grande estilo, não vejo como isso possa ser um factor de separação em vez de união.

Para mim, o facto de ela ser vaidosa, bruta, rabugenta, facilmente irritável, desrespeitosa, etc, são características que eu posso e se calhar até consigo mesmo, tolerar, depois de estar já tão habituado ao longo destes anos. Logo, e em última análise, o que mais me está a custar neste momento e que me traz a este fórum, é que ela está distante precisamente naquilo que antes exigiu que eu estivesse presente, na atenção, no carinho, no sexo.

No dia em que há alguns anos ela protestou por fazermos pouco sexo, eu disse-lhe que isso é sempre relativo. Que se eu conviver bem com, por exemplo, fazer sexo em média 2 vezes por semana e que se para ela com 3 vezes é que estaría equilibrado, é natural que ela sinta isso e me venha pedir mais. E disse-lhe também que, se de repente for eu a ter as 3 vezes semanais como normais e ela baixar para as 2 vezes, que as posições se invertem e serei eu a sentir falta.

Ora, e não é que acertei? Quando, por exigência da senhora, eu comecei a entregar-me mais, a estar mais próximo dela fisicamente, a ter mais sexo e, algo que notei muito, a amá-la mais, afinal é ela que se retrai. E agora sou eu que sou um lamechas. Eu que nem gosto de muita proximidade agora sou um lamechas. Quando ela sabe perfeitamente que se vier aproximar-se de mim com carinhos durante 2 minutos, eu ao terceiro minuto já nem tolero. Ou seja, no dia em que ela me der 5 minutos de atenção e eu pedir mais, que me chame então lamechas.

Mas no fundo isto nem vale muito a pena colocar a coisa nesta perspectiva. Pois o que eu acho que se está a passar (mesmo) é que ela não gosta de mim. Diz-me que sim, constantemente me diz que me ama, mas depois a forma como age transmite-me a clara ideia de que só diz que me ama para me manter "alimentado". Sou tipo um "tamagochi", preciso que me digam "amo-te" em média uma vez ao dia e que me mandem beijos "sonoros" à distância umas 5 vezes ao dia. E assim estou bem, alimentado. Deve ser assim que ela pensa.

E acho que no sexo é capaz de ser igual, anda a tentar o mínimo para me manter satisfeito. Quando sente que já passou algum tempo, lá vai mas é por obrigação. Quando existe uma desculpa para não o fazer (se por exemplo alguém da familia passar 2 semanas em nossa casa), para ela abençoado seja o pretesto pois ganhou 2 semanas sem ter que fazer sexo. De resto quando não há esse pretexto, há sempre o "estou cansada" (em média 5 vezes ao dia me o diz, não vá eu pensar que se vai passar alguma coisa mais intima), ou então para não usar sempre o mesmo, usa também o "dói-me a cabeça", ou é porque a criança está a dormir mas pode acordar, enfim, pouquinhas vezes e por iniciativa dela.

Durante 1 mês eu posso aproximar-lhe dela e tocar-lhe todos os dias, mas nessas vezes em que há uma pequena iniciativa da minha parte nunca chegamos a fazer nada, só fazemos quando é ela a sugerir. E 80% das vezes nem parece estar realmente com vontade, é mais do tipo "agora se perder estes 10 minutinhos, como não tenho nada para fazer, até nem é muito mau e fica o trabalho feito por 1 ou 2 semanas".

Mas diz que quer continuar comigo, houve aí um dia que até disse que passou o dia todo no trabalho a pensar em mim e como eu sou tão bom e tão amável e faço tanta coisa pela familia, etc. E que ia passar a tratar-me melhor, admitiu até já várias vezes que me trata de uma maneira que eu não mereço. A última vez que lhe dei flores, aqui há umas 3 semanas, quando as recebeu olhou para mim com cara triste e disse: "Outra vez flores? Mas eu trato-te tão mal, não mereço..."

É que chegou-se a um ponto em que ela ao longo de tantos anos apontou tanto defeito meu que estaria alegadamente a minar a relação e eu fui ao ponto de corrigir ou atenuar em grande medida esses defeitos, que agora já não tem defeitos para me apontar. Eu fui corrigindo praticamente tudo o que ela me pediu para corrigir e os problemas que ela dizia serem originados pelos ditos defeitos, mantêm-se. Já não pode dizer que a culpa é minha porque "X", porque já não há mais "X" que sejam suficientemente relevantes para justificar os nossos problemas.

Portanto, não sei. Ela se gosta de mim (insiste em dizer que gosta) então deve ter algum problema. Mas também se tem e se é essa a origem do problema, então não tem solução, pois é de nascença. Toda a familia dela tem histórias de como ela era birrenta, má, chata e rabugenta desde bebé, depois durante criança e durante a adolescência. E vem de uma aldeia onde tinha 2 irmãos e 10 ou 15 primos, pelo que se destacava dos demais por estas caracteristicas (não é tipo uma familia com 2 crianças e ela era a mais birrenta, era mesmo algo que toda a familia, próxima ou distante, reconhece e recorda quando a vê). Às vezes até sinto que nas primeiras vezes em que ela me apresentou à familia é capaz de ter havido alguma cumplicidade, no sentido em que ninguém me contava estas histórias caricatas do comportamento dela enquanto pequena que agora me contam, não fosse eu ficar assustado.

É triste, mas é assim. Sempre irritada e chateada com tudo, sempre sem vontade de proximidade fisica e muito menos de sexo. Ao puro estilo da menopausa, penso eu de que.

Depois ainda para mais quanto ao sexo é mesmo uma característica (para não lhe chamar problema). Eu podia desconfiar que é porque eu já não a excito ou porque ela não sente atracção por mim. Mas nessa parte eu tenho absoluta certeza que ela se sente fisicamente bastante atraída por mim. Posso duvidar de muita coisa, mas disso não duvido. Ela não está insatisfeita comigo em termos de atracção fisica. Nem está convencida que o meu aspecto fisico não é o adequado a ela no sentido em que poderia arranjar melhor, pois dificilmente arranjaria (sei que isto soa pouco humilde, mas o anonimato dá-me para escrever com sinceridade acima de qualquer complexo com humildades).

Isto para dizer que podemos ter muitos problemas e posso até pensar que ela podia ser melhor em muita coisa, mas no que diz respeito a confiança nela no sentido em que não é pessoa de me trair com outro homem, nisso estou satisfeitíssimo porque tenho muito mais confiança nela do que teria na grande maioria das mulheres. Só que isto acontece precisamente porque ela não é uma mulher "sexual".

Ela não se excita. Ela nunca me disse nada do género "temos que fazer agora, que não aguento", nem no inicio da relação (que é quando em teoria deveria haver mais paixão). Ela não se masturba, ou se o faz não será certamente mais que 2 ou 3 vezes ao ano, mas digo-vos já que duvido mesmo muito e apostava em como simplesmente não o faz. Não que isso seja criticável, mas é uma indicação de que efectivamente não se excita, nem comigo nem com outros homens.

Portanto, bem sei que se eu um dia a deixar e vier a arranjar outra mulher, que posso ter que lidar com outro tipo de problemas que esta não "inclui". Se eu tiver uma mulher que é louca por sexo, é natural que os meus receios de ser traído aumentem. Se é que vocês entendem... E talvez me custe mais lidar com esse tipo de receios que com o problema com que lido actualmente.

Mas vejam bem, quando tento pensar nas coisas positivas lembro-me de coisas assim, é realmente deprimente.

Se calhar é altura de ser eu a dizer que ela está num patamar diferente e tal, como ela me fez há 7 anos. Pois quando isso aconteceu para mim foi efectivamente um click, acordei, percebi que gostava dela e que tinha que me esforçar por ela. Eu nunca a coloquei nessa posição do "é agora ou nunca". Ela nunca esteve nessa posição e sempre me teve e continuar a ter como um dado adquirido. Tem-me por certo. Aliás, ela em 2008 quando me deixou, nem me fez nenhum aviso. Eu nos últimos 18 meses já lhe fiz 5 ou 6 avisos sérios, se eu a deixar de um dia para o outro não pode vir dizer que não foi avisada, ao contrário de mim que efectivamente em 2008 não fui avisado, deixou-me assim de forma inesperada, com argumentos mas que eu desconhecia que eram importantes para ela até esse dia.

Talvez eu deva colocar um ponto final e talvez aí ela acorde também, finalmente. Em vez de estar sempre a dizer que sim, que sentidamente entende que me trata indevidamente e que quer muito mudar, mas depois sem mudar praticamente nada ou o pouco que muda é notóriamente forçado e sem muita vontade. O problema é que eu acho que é errado colocar um ponto final na esperança de ser ponto final parágrafo e não ponto final fim da história. Se eu acabar a relação mas com a intenção de lhe provocar o click, depois se o click não acontece ainda fico eu de rastos e a culpabilizar-me pelo triste final.

Mas pronto, eu sei que mesmo sendo eu a acabar a relação (e mesmo que acabe efectivamente), vou ser sempre eu a ficar de rastos e a sofrer mais. Ela é forte. Ela na eminência de uma separação, vira a cabeça para o outro lado e adormece, enquanto eu fico a noite toda acordado em agonia. É precisamente isto que fez o título do tópico... E é precisamente isto que coloca a maioria da culpa do meu lado.

Até breve e abraços a todos.
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analu
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Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Vide
MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQua Nov 18, 2015 9:56 am

Ola MarioG, só uma pergunta que deves fazer a ti mesmo: és feliz???
Não és, não podes ser!
Então porque te falta a coragem?
Que dependência emocional é essa?
Tens de gostar mais de ti do que gostas dela! Tu em primeiro lugar.
Nitidamente ela não te ama, está contigo por todos os motivos menos por amor.
Acho que ela tem os valores invertidos e fica contigo pelo status, pelo desafogo económico, muda para outro emprego menos bem remunerado e vais ver a rapidez em que ela te dá cartão vermelho.
Nem tu a podes amar, só vês defeitos nela. Como podes amar alguém dessa forma?
Ficas sim preso a essa relação porque te falta amor próprio, auto estima, em parte espezinhado por ela todos estes anos. Essa mulher é uma tirana. Usa a tua dependência a seu belo prazer e vai-te dando migalhas para te manter quieto, enquanto ela reina no seu reinado!
Não é ela que precisa de ajuda, és tu! procura-a então de forma a ficares mais forte psicologicamente, a ganhares amor próprio e teres finalmente a coragem de lhe mostrares que és um homem com H grande, com amor próprio, com uma personalidade forte.
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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQui Nov 19, 2015 6:20 pm

Obrigado analu  Wink


analu escreveu:
Não é ela que precisa de ajuda, és tu! procura-a então de forma a ficares mais forte psicologicamente, a ganhares amor próprio e teres finalmente a coragem de lhe mostrares que és um homem com H grande, com amor próprio, com uma personalidade forte.

Alguma sugestão sobre como e/ou onde posso procurar essa referida ajuda de forma a ficar mais forte psicologicamente?

Já quando abri este tópico lhe dei o título que dei porque sei que em última análise tudo deriva para isso que acabas de comentar. O problema é eu tolerar tudo isto da parte dela, sem provocar nenhum tipo de revolução. E só não o fiz até aqui precisamente porque falta essa coragem.

Já houve por aqui quem dissesse que tenho que superar o medo do desconhecido, insinuando que o deconhecido é caso eu desista da relação no sentido de que a partir daí tudo pode acontecer. Eu entendo e sei que faz sentido essa insinuação mas no meu caso sinto que é ao contrário. Eu se acabar com a relação conheço perfeitamente onde vou cair: numa angústia severa em que me vou culpabilizar pelas consequências negativas de tal decisão e que, receio, possa vir a ser crónica.

Ou seja, tenho mais certezas acerca do que se passaria se terminasse a relação que as que tenho continuando na relação.

Há poucos dias estive para me ir embora, acabei por desistir mas desta vez esteve mesmo quase. Só que não era um timing adequado. Agora aguardo o timing adequado que será dentro de 10 ou 15 dias. Estou apenas na expectativa de ver o que acontece até lá, pode ser que aconteça algo que me faça mudar de ideias, nunca se sabe.

Não sei sinceramente se terei algum problema ou se isto que sinto é normal e muita gente encara situações similares da sua vida pessoal com o mesmo grau de caos emocional. Se calhar é mesmo um problema, ou uma característica de uma minoria da população. E digam lá agora a sério... na vossa opinião umas consultas com um psicólogo poderia ter um resultado positivo? Ou aconselham-me outra coisa?

Obrigado pelo apoio  Wink

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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyQui Nov 19, 2015 6:58 pm

Desculpem o duplo post, mas se me permitem gostava só de desenvolver um pouco a partir da pergunta com que a analu começou o seu post. Desculpem também vir para aqui escrever tanto, despejando tanta angústia pessoal. Eu não sou assim. Mas estou assim.

analu escreveu:
Ola MarioG, só uma pergunta que deves fazer a ti mesmo: és feliz???
Não és, não podes ser!

Eu sou feliz e infeliz. Como todos nós. O "segredo" está em conseguir manter o equilibrio entre ambos os extremos. Se eu fosse "só" feliz, acabaria por tornar-se monótono.

Agora concretizando, eu considero-me uma pessoa feliz. Neste momento vivo uma vida que gosto de viver, que sei apreciar, com saúde para o fazer, enfim, não pediria nada mais além de estabilidade na relação no sentido de eu estar satisfeito e sentir que a minha companheira também o está, genuinamente. Estaría disposto a grandes sacrifícios para conseguir ter isso (não digo que estaría disposto a tudo, porque "tudo" é muito vago e, portanto, estaría obviamente a mentir). Mas vou chegando à triste conclusão de que não depende de mim, pois se dependesse, com tudo o que já mudei e sacrifiquei, algumas diferenças se deveriam notar.

E custa-me, sem dúvidade nenhuma, que tendo tudo para viver (possivelmente e com um bocadinho de sorte) uns bons anos com condições para ser feliz e viver a vida, me acabe por ver preso neste buraco sem saída.

Mas sim, sou feliz. A maioria das pessoas inveja a vida de personalidades famosas, e/ou ricas, ou a dos seus "ídolos". Eu não trocava a minha vida pela de ninguém. Nem partes da minha vida, como por exemplo, não trocava o meu emprego por outro qualquer nem que me pagassem 5 vezes mais. Se me dissessem que me escolhiam aleatóriamente um emprego, sorteado entre todos os empregos que existem e para os quais eu estaría habilitado, mas que fosse qual fosse o que calhasse eu ganharia 5 vezes mais, eu não entraria nesse jogo, nem que fosse 10x mais, o que significa que a esse nível estou feliz.

Assim como a nível familiar, tenho os meus pais vivos e 3 avós. A nossa criança é saudável, muito inteligente e muito bonita. Vivo onde quero viver, se pudesse ir viver para outro sitio, não ia, ficava aqui. Não me deixo levar pela felicidade material, mas mesmo que fosse um materialista creio que estaría feliz ou pelo menos tenho tudo para isso. Estou feliz com o corpo e aparência que tenho. Tenho uma perspectiva da vida muito saudável, da qual me orgulho muito e que me permite encarar a vida com relativo optimismo. Ainda que não a possa partilhar com ela, pois sente-se incomodada com as minhas filosofias e como tal não posso falar nesses assuntos.

Não sou religioso mas tenho crenças, algumas delas muito pessoais, outras não tanto, que me ajudam a transformar a vida em algo único e fascinante. Falta-me "apenas" a base, que é o amor. Um amor de cumplicidade, proximidade e intimidade com a pessoa que vive ao meu lado. Não amor dos meus pais, que não só já não tenho idade para isso como tive e muito (se calhar em excesso), enquanto fui menor de idade e vive em casa deles. Nem me falta amor da minha filha que felizmente demonstra tanto por palavras como por afectos que gosta muito de mim e que sou muito importante para ela.


analu escreveu:
Nem tu a podes amar, só vês defeitos nela. Como podes amar alguém dessa forma?

Não é correcto dizer-se que eu só vejo defeitos nela. Aqui (quase que) só relato defeitos, pois para a finalidade que abri este tópico interessa abordar mais os defeitos que as virtudes. E não tenho dúvidas de que há nela pelo menos 3 ou 4 virtudes que dificilmente podería encontrar noutra mulher. E falo de virtudes importantes, claro, se fosse ao menos relevante encontraría mais. Mas lá está, ainda assim por cada virtude importante encontro-lhe vários defeitos de grande impacto negativo na relação.

Portanto... e voltando ao meu post anterior, que acaba por sair reforçado com mais este post, creio que fica patente que a minha vida é cheia de felicidade e por isso custa-me muito dizer que estou infeliz mas, se calhar, até estou.

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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySex Nov 27, 2015 1:15 pm

ola a todos.

o tempo passou e eu reparei em algumas coisas que desconhecia em mim.
eu reparei que gosto de estar sozinha pois quando tenho oportunidade de conhecer alguem afasto me, nao sei se é por medo de me magoar,ou por medo  da rejeiçao ou simplesmente porque sabe bem nao ter que dividir o meu tempo com outras pessoas.
acho agradavel organizar a minha vida sem ter que dar justificaçoes a ninguem, passar o meu tempo com os meus filhos sem me preocupar com um suposto namorado que tambem deveria dar atençao. desta maneira dou toda a atençao aos meus filhos que eles precisam...
gostaria de ter alguem mas ao mesmo tempo sinto me tambem bem sozinha...
que grande confusao que vai na minha cabeça, isto nao faz sentido nenhum...
tambem passarm por isso? será que é simplesmente medo da rejeicao? da dor?
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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptySex Nov 27, 2015 1:22 pm

so agora reparei Embarassed
postei o meu post no lugar errado...
desculpem
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MarioG
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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. EmptyDom Nov 29, 2015 12:39 am

Olá Sofia!

Não tem problema o post no lugar errado. Até porque nem são situações assim tão diferentes. Além disso estou muito perto de dar um passo no sentido de chegar ao ponto em que tu estás. Provavelmente vou fazê-lo dentro de 5-10 dias.

E ainda não cheguei a esse ponto mas já consigo adivinhar que, quando lá estiver, também me vou sentir assim, com medo de embarcar noutra relação que me venha a fazer sofrer. Ou então de embarcar noutra relação mas de não ser genuíno por estar já de pé atrás em função de tudo o que tenho passado.

Enfim, o tempo o dirá. Muita força e capacidade para desvalorizar esse tipo de pensamentos/sentimentos.

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MensagemAssunto: Re: Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Alta vulnerabilidade emocional, relação em perigo. Empty

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