Aspectos práticos/questões

Olá Grupo,

estou separada há 2 meses do meu marido. Ainda estamos a negociar a partilha de bens. Ele diz que me dá preferência em relação à casa, ou seja posso ficar com o apartamento desde que lhe dê a parte devida.

A questão é se quero ficar com o apartamento onde o nosso casamento começou, decorreu e morreu?
Eu gosto do apartamento, gosto da zona, já conheço os vizinhos, fico perto da minha familia e do ginásio.... Enfim, é cómodo e é a minha casa.
Porém, cada canto, cada armário,cada peça de decoração está ligada ao meu casamento e ao meu ex-marido.
Será que se mudasse de casa me ajudaria a ultrapassar esta fase dificil de luto e dor?
Qual a vossa opinião ou experiência?

LS

LS, boa noite...
Eu mudei. Sinceramente preferi. Acho que nao me iria sentir bem na casa onde vivi com ela. Mas cada pessoa é diferente....
E como tal tens que analisar se conseguirás la viver... E se assim for....
Eu acho que tambem depende da forma como acabou, quem teve a iniciativa, etc...
La esta, cada caso é um caso...

No meu caso fiquei na mesma casa,mas se tivesse de mudar mudava,mas concordámos assim,e sinceramente já tive uma fase em k pensei mudar,mas nao o fiz e ainda bem,mudei algumas coisas ,pu la mais ao meu jeito e sinto me muitissimo bem nela,adoro o sitio,perto do trabalho ,da escola da menina,e adoro a minha casa!!!!
mas isso cada pessoa é k pode mesmo decidir..

Eu mudei, agora o apartamento esta a venda, ele esta em casa dos pais e eu alguei um quarto. O aparatamento esta vazio, mas muitas vezes vou lá so para adormecer no sofa, pensar que foi um sonho e acordar a cinco anos atras. É como dizem cada caso é um caso, essa casa tem mais lembranças minhas que dele, a decoração, as fotos, as velas, os quadros, os espelhos, essas coisas que ele sempre deixou para mim, pois não tinha paciencia para tanta coisinha..
Agora olho pra ela e mudaria muita coisa... a cor das paredes até pareceria outra casa, pensa assim na remodelação da tua vida em paralelo com a da tua casa...

Não, não há filhos! Mais um sonho desfeito...

Hoje veio buscar mais umas roupas e assim....Doi tanto. Como é que a pessoa com quem vivemos e que amamos tanto durante 10 anos, de repente se tornou esta pessoa fria e distante, que mal nos dirige a palavra.
Eu sei que ele não merece as minhas lágrimas, mas como é que se ultrapassa este desepero que sinto....

Às vezes não se trata de ser frio e distante. Mostra-se frio e distante para conseguir fazer o que têm a fazer. Ou aquilo que ele acha que tem que se fazer. Um método de defesa. Qui sa?
Um relacionamento de anos não se apaga. Uma simples conversa pode libertas emoções, boas ou más. Principalmente se a separação for recente.

Não o estou a defender. Apenas a analisar outra prespectiva que só tu saberas se se encaixa ou não.

Por vezes tambem penso que os anos passaram em vão, mas olha que não. Se a decisão foi tomada eu penso assim, lembro-me sempre o porque foi tomada, e isso da-me nem que sejam 5 minutos de esperança e segurança que tudo vai correr bem. é uma face com dois meses muito parecida com a minha, dizer-te como ultrapassar.. nem pensar, pode ser só uma face ja pensas-te nisso.. se não e estar convicta então lembra-te sempre o porque estas convicta e vais arranjando aos poucos respostas as tuas questões, mas uma coisa apreendi só o tempo ajuda agora, falar, ouvir, para, pensar.. não sou exemplo mas penso que tudo agora é com calma.

No meu caso eu sai... mas tambem eu não gostava da casa, nem da zona, nem dos vizinhos,nem de nada....

Quanto a ti, penso que essa tristeza que sentes se deve ao facto da separação ser ainda muito recente. Com o passar do tempo as coisas mudam de prisma, acredita...
Vais sentir saudade e vazio mesmo que mudes de casa, pois isso faz parte do processo de separação...

Contudo és sozinha... Ou seja, não tens filhos à tua responsabilidade e que dependam de ti.

Por isso acho que deves pensar calmente. Avaliar bem os pos e os contras...

O encargo finaceiro, pode ser vantajoso ou não, depende da tua situação especifica...

Quanto à dor que sentes... Acredita que passa... Vai passando... e Quando menos esperares ja ultrapassaste essa mudança na tua vida .-..

Força e boa sote

Eu fiquei na casa e ele não exigiu tornas, ainda não fizemos as partilhas por isso "tecnicamente" a casa ainda é dos dois.

Preferia ter mudado mas não porque a casa ou as lembranças que tenho me incomodem, com o tempo acredita que isso passa. Separei-me há 7 meses (estou divorciada desde Janeiro deste ano) e já não me incomoda nada os vestígios dele terem desaparecido, o armário estar cheio com as minhas roupas (até dá jeito - mais espaço), a casa é grande e dá muito trabalho a limpar mas adoro-a, os miúdos também, fica bem localizada, se agora a vendesse ía certamente perder dinheiro.

Essa angústia passa, acredita que com o tempo custa menos. É normal que tenhas recaídas, num momento andas eufórica e cheia de planos para o futuro, no momento seguinte ficas deprimida e com saudades, mas o tempo atenua a dor.

Concordo com a Alice, a tristeza e o vazio irás sempre sentir no início, mesmo noutra casa.

Se optares por ficar na casa podes sempre optar por ir mudando a decoração, pintar paredes, mudar os móveis de lugar.

É só uma casa, a mudança tem que vir de dentro de nós, com o tempo isso acontece!

Muita força, tudo de bom para ti!

Venho aqui dessenterrar este tópico para colocar a seguinte questão:
Após uma separação em que ainda continua a existir um bem comum aos intervenientes (imóvel por exemplo) e um deles decidir contrair matrimónio, como será tratado no futuro a questão das tornas?
A formula continua a ser a mesma (valor da casa – dívida ao banco = X a dividir por 2) ou existe alteração?

Abraços

Olá a todos!

Após uma separação com poucos dias, alias a segunda na minha vida e é a segunda casa que "recomeço" sem duvida esta apesar de alugada e mais modesta deu-me muito mais "gozo" apesar que na hora do adeus custa muito mais, eu fiquei na casa pois foi ela que quis sair, poucas coisas tem ainda da minha exa, mas tudo foi nosso e a minha vontade é entregar a casa e dar ou vender tudo....ainda não falamos e isso menos importante..tenho ficado a dormir em casa dos meus Pais, estranho já saí de casa faz uns anos, mas não aguento estar sozinho naquela casa! As vezes bate forte uma pena da casa de a ver sozinha e abandona da-me vontade de regressar "cuidar" dela...mas rapidamente bate a tristeza e volto a sair...Muito complicado força a todos!

bem...cada caso é 1 caso, no meu caso eu fiquei com a casa,como o terreno já era meu, e ela nao pediu nada respeitante á casa, claro que nao a ia vender(e o preço é proibitivo) , e quanto aos moveis etc, reordenei tudo ao meu gosto.....ficou como eu queria.
Sinto-me bem lá dentro

Olá!

eu optei por sair... achei que seria melhor para mim e para a minha filha.
Não me arrependi e acho mesmo que foi a melhor opção que tomei!

Boa sorte e força!

Bisa,

De facto essa situação é lamentavel mas lembra-te que foi a atitude assumida pelo homem com quem viveste durante esses 30 anos e nao por qualquer outro.

Nao creio que fosses obrigada a dividir as tuas colecções pq sao considerados bens proprios, seja como for as atitudes individuais sao isso mesmo, individuais, e por isso qualquer generalização é injusta.

Nem me vou referir ao ridiculo e muito menos à incorreção e maldade da situação que te obrigaram a viver.

Esquece isso... sao só coisas... obviamente que o objectivo foi atingir-te...

Há que ultrapassar e andar pra frente.

Abraço e tudo de bom

quando me separei, pensei em vender a minha casa, aliás até a coloquei á venda!! Hoje, dou graças a Deus, não ter aparecido nenhum comprador, pois gosto da minha casa!! Claro que fiz algumas mudanças, principalmente no meu quarto!! A ausencia dele, já nada me incomoda!!! Pelo contrário, tenho mais espaço para mim...

Com o tempo tudo passa, mas, cada qual é diferente!!

Boa sorte

bisa, mts vezes a pessoa com a qual vivemos, não é a mesma depois de uma separação, pois tudo que faz é para nos atingir!! Foi isso que ele tentou fazer, e pelo que contas conseguiu....tens que seguir em frente, esquecer...doi, claro que sim!! Poderias ter negado, mas, não o fizeste, por isso agora há que erguer a cabeça e seguir em frente...

coragem e mt força... [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Bisa,

já foi quase tudo dito.

Naturalmente que o teu ex-marido traçou um objectivo: atingir-te. Conseguiu. Acho ridícula a maneira como o fez e ainda bem que os teus filhos assistiram: não podem alegar que deturpaste os factos e foi uma lição para a vida de como desrespeitar a mãe dos filhos, a ex-companheira, uma mulher, uma pessoa... São crescidos, tirarão as devidas ilações.

Agora é seguir em frente e nao pôr tudo "dentro do mesmo saco" como disse o Mário. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Segue, segue, és uma mulher forte e corajosa, saberás dar volta... [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Bisa.....

Tal como disseram, ele apenas quis atingir-te e conseguiu-o. Esforça-te por pensar positivo no meio de tantos problemas.

Afinal, quem aqui não teve decepções? Isso quer dizer que temos que englobar todos por igual?
Pensa apenas em manter-te fiel a ti mesma.... E acredita que haja mais pessoas assim, sejam homens ou mulheres....
um beijo.

Olá,
Vou-vos contar a minha situação - e pedir a V/ opinião sobre tal:
o meu (ainda) marido comprou a casa onde vivemos ainda antes de me conhecer. Sendo ele já pai (de um menor), casámos com comunhão de adquiridos. Em 2005, resolvemos reformular o crédito à habitação - mudámos de instituição bancária e, consequentemente, o meu nome ficou agregada ao empréstimo: ou seja, a casa não é metade minha, mas a responsabilidade sobre metade do pagamento é. Coincidência das coincidências, desde que a nova escritura foi feita, ele nunca mais pagou 1 cêntimo pela mensalidade - nem quando estive desempregada ele se dignou a perguntar: precisas que pague a prestação este mês? Não, para ele a casa era preocupação minha, unicamente (tal como o colégio dos meninos, que nunca se dignou a pagar 1 única mensalidade ou perguntar se eu precisava dessa ajuda)
Com a separação (e após conselho de advogado), saí de casa e fiz ver-lhe que não quero a casa. Por informação da casa, desde que eu saia de casa (o que já sucedeu efectivamente) eu não sou obrigada a continuar a pagar a casa - obviamente, eu não pagando e ele também não, lá vai o nome para o Banco de Portugal - e pelos piores motivos.

Digam-me: já algum de vocês passou por alg similar? Que me aconselham a fazer?
Espero o pior (nome sujo no banco), mas tenho a esperança que alguma coisa boa vai resultar...

olha praia, eu penso que o melhor mesmo é te informares com um advogado, pois a divida é dos dois , embora a casa não esteja em teu nome, têm uma divida em conjunto, ambos são responsaveis...

Desculpa mas não percebi muito bem esta parte

Citação :

desde que a nova escritura foi feita, ele nunca mais pagou 1 cêntimo pela mensalidade - nem quando estive desempregada ele se dignou a perguntar: precisas que pague a prestação este mês? Não, para ele a casa era preocupação minha, unicamente (tal como o colégio dos meninos, que nunca se dignou a pagar 1 única mensalidade ou perguntar se eu precisava dessa ajuda)

Estavam ainda casados e o marido não pagava a prestação da casa? Nem o colégio dos filhos? [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
Tu é que estavas "encarregue" da tarefa?

Bisa metade das bonecas, sinos,, carteiras e brinquedos? Sinceramente se deus é pai, e pai de cada um! Descansa que há des recuperar a tua coleção se arranjar algum sino cá da terra eu mando te praia na altura em que vocês de mudaram de banco a escritura não ficou no nome dos 2? Se ninguém pagar o banco vai abrir um processo de execução sobre o que puder fiadores bens contas ordenados e a responsabilidade e na totalidade dos 2 ou seja mesmo que quisesser pagar a tua metade para não ter problemas não dá mas manda uma pm à zc eu acho que ela deve saber explicar te essa coisa for processos de execução boa sorte

O que o advogado me disse foi que, n pagando, obviamente q a casa irá para penhora - com execução and so on..
O problema é que há + de 5 anos que só eu é que me preocupei com estas responsabilidades - casa, colégio, supermercado (aliás, este foi um dos grandes problemas que me ajudou a resolver rapidamente este cancro)... Tenho inclusivé justificativos de todos os pagamentos feitos por mim e por ele - em que a ajuda dele se resumia à conta da água (+/- 15€ por mês), à conta da tv cabo - 50€, e às consultas anuais dos filhos (60€ cada).
Depois de explicar tudo isto, e ainda antes de sair de casa, levantei esta questão ao advogado - que me respondeu que, a partir do momento em que eu saia de casa, não se justifica continua a pagar a mensalidade - esta responsabilidade deverá ser assumida por ele, até ao momento das partilhas. Inclusivé, da última vez que falei com ele e lhe disse já ter saído de casa, ele disse logo "já não vai pagar mais renda nenhuma!"
Obviamente que, se nos últimos anos ele nunca se preocupou com tal, duvido que agora o faça - aliás, acredito que ele tenha a ingenuidade de pensar que eu continuo a assumir essa responsabilidade. Resultado disto tudo? O banco acabará por executar a casa, pondo a mesma em leilão - e o valor em dívida restante será dividido pelos 2.
É uma situação que me vai prejudicar - tenho a plena consciência de tal - mas prejudicada tenho sido eu nos últimos anos - por isso,...

praia, é assim, mesmo a casa sendo executada e leiloada nao será pelo valor que devem(aqui frizo devem os dois) ou seja vão ter de pagar o valor remanescente, e sim ficas com o nome no banco de portugal.

Mesmo assim há soluçao para o problema, e nao teres de ficar a pagar até o resto da tua vida esse remanescente....mas para já vê como vão correr as coisas.

Se precisares de mais informaçao avisa. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]